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Assembleia legislativa do ES derruba decisão de Moraes, em votação favorável à soltura de Capitão Assumção

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A  Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) optou pela liberação do deputado Capitão Assumção (PL-ES), com um placar de 24 votos a favor e apenas 4 contrários. Esta ação ocorreu na quarta-feira, 6, culminando com a revogação da detenção de Assumção, que se encontrava preso desde o dia 28 do mês anterior, sob a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os parlamentares Iriny Lopes (PT), Camila Valadão (PSOL), Tyago Hoffmann (PSD), e João Coser (PT) posicionaram-se contra a soltura, enquanto Marcelo Santos, presidente da Ales, preferiu a abstenção. A decisão da Assembleia, que necessitava de no mínimo 16 votos favoráveis para proceder com a revogação, será agora formalizada em resolução e remetida ao Supremo para as providências cabíveis referentes à libertação do deputado.

Entre os votos, destacam-se figuras como Adilson Espindula (PDT), Alcântaro Filho (Republicanos), e Alexandre Xambinho (Podemos), demonstrando um espectro variado de apoio. Em contraparte, a resistência veio de membros do PT, PSOL e PSB, ilustrando uma clara divisão de opiniões dentro da casa legislativa.

A decisão da Ales marca um ponto de inflexão no caso de Assumção, revelando as complexas dinâmicas políticas e judiciais em jogo. Agora, os olhos se voltam para o Supremo, à espera das próximas etapas neste episódio que mescla direito, política e a contínua negociação entre as esferas de poder.

Hora Brasília

‘Pior presidente’ x ‘progresso em risco’: Biden e Trump trocam ataques após resultados da Superterça

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Tanto Biden quanto Trump são os favoritos dentro dos próprios partidos para a corrida à Casa Branca. Eleitores foram às urnas para primárias eleitorais em vários estados.

Joe Biden e Donald Trump trocaram críticas e acusações após a divulgação dos primeiros resultados da “Superterça”. Nesta terça-feira (5), eleitores de mais de 15 estados norte-americanos foram às urnas escolher quem desejam que concorra à Casa Branca na eleição presidencial de 2024.

Tanto Biden quanto Trump são favoritos e estão com as candidaturas praticamente encaminhadas dentro dos partidos Democrata e Republicano, respectivamente.

Trump, que foi presidente dos Estados Unidos entre 2017 e 2021, fez um discurso depois de vencer na maioria dos estados onde aconteceram primárias republicanas nesta terça-feira.

Ele afirmou que, se não tivesse perdido a eleição de 2020 para Biden, Ucrânia e Israel não teriam sido invadidos. Ele também afirmou que os Estados Unidos não estariam lutando contra a inflação.

O ex-presidente também acusou o governo Biden de estar destruindo o país ao abrir as fronteiras para imigrantes e disse que os Estados Unidos se tornaram uma piada na comunidade internacional.

“Ele é o pior presidente da história do nosso país. […] Todos os problemas que nós temos hoje, eu acho que nós não teríamos. Acho que teríamos sucesso”, afirmou.

 

Já o atual presidente, Joe Biden, não fez um discurso, mas publicou um comunicado na noite desta terça-feira. Ele afirmou que os norte-americanos deixaram as próprias escolhas claras e elogiou feitos do governo dele.

O democrata também disse que o retorno de Trump à Casa Branca representaria um risco e que o republicano tem um plano de retrocesso.

“Se Donald Trump voltar à Casa Branca, todo este progresso estará em risco”, disse. “Ele é movido por mágoas e fraudes, focado em sua própria vingança, não no povo americano.”

Em uma rede social, Biden também afirmou que cada geração de americanos enfrentará um momento em que terá que defender a democracia. “Esta é a nossa luta”, concluiu.

G1

Mega-Sena: funcionária de lotérica escolheu números de bolão de Goiânia que ganhou R$ 206 mi, mas não participou da aposta

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Bolão foi registrado na casa lotérica Boca 27, no Setor Vila Nova. Dono do estabelecimento contou que também não participou da aposta.

Uma funcionária da casa lotérica Boca 27 foi quem escolheu os números do bolão de Goiânia que ganhou R$ 206.475.189,60 milhões na Mega-Sena. Ao g1, Leonardo Salermo, dono do estabelecimento, contou que a atendente e os outros funcionários não participaram da aposta, como de costume.

“Infelizmente, eu não fiquei com a cota. É de prática dos lotéricos de quando fazemos um bolão, ficamos com a cota para a lotérica concorrer. Infelizmente, apesar do tanto que a gente joga, nesse bolão eu não cheguei a participar”, desabafou Leonardo.

O bolão foi registrado na lotérica que fica no Setor Vila Nova, na capital, na última segunda-feira (4), com um total de 10 números apostados.

As dezenas sorteadas foram 04 – 13 18 – 39 – 55 – 59.

Primeiro político condenado pela Lava Jato retorna ao PT e faz trabalho de base para o partido

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 Quase dez anos após ser atingido pela Operação Lava Jato, o ex-deputado federal e ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados André Vargas produz pitaias em um sítio em Ibiporã, no norte do Paraná, enquanto realiza um trabalho de base para o PT.

Vargas voltou ao PT no início de 2023. Ele havia sido forçado a se desfiliar dez anos atrás, às vésperas da campanha pela reeleição de Dilma Rousseff (PT). A pressão surgiu depois de vir à tona sua relação com o doleiro Alberto Youssef, pivô da operação, que em 2014 dava os primeiros passos.

“Foi meu único partido e agora tenho ajudado o PT a se organizar em minha região”, resume ele, que no passado chegou a presidir a legenda no Paraná. Apesar do retorno à sigla, diz que não tem pretensões eleitorais por enquanto: “Não disputo em 2024, estou reorganizando a minha vida, enfrentando as questões jurídicas e pessoais”.

Depois da desfiliação, Vargas perdeu o mandato na Câmara dos Deputados e acabou preso. Tornou-se o primeiro político condenado pela Lava Jato, em sentença assinada pelo então juiz Sergio Moro, hoje senador pelo Paraná.

Vargas ficou na prisão entre 2015 e 2018 e foi alvo de duas denúncias criminais, mas as sentenças depois foram anuladas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que declarou a 13ª Vara de Curitiba incompetente para o julgamento dos casos. Os processos migraram para a Justiça Federal do Distrito Federal.

Vargas alega inocência. “Fui vítima de uma perseguição política perpetrada por bandoleiros que usaram e abusaram de suas funções públicas para fins pessoais”, diz ele. “A Lava Jato nos submeteu a um processo de tortura visando arrancar mentiras sobre o Lula e o PT”, afirma o ex-parlamentar.

Vargas diz que quando saiu da prisão, em liberdade condicional, pediu para cuidar da sua propriedade rural, onde agora produz 2.100 pés de pitaias, depois vendidas aos supermercados da região.

“Eu nunca tinha plantado um pé de cebolinha. Mas, na condicional, você tem que arrumar emprego formal. Eu estou na política desde os 20 anos de idade. Onde eu arrumaria emprego? O sítio foi a única alternativa que me sobrou”, diz ele.

Folha de São Paulo

Dono de empresa de cosméticos é encontrado morto dentro de escritório em Goiânia

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Abraão Lincoln de Matos foi encontrado na manhã desta terça (5), no escritório que fica localizado no Jardim América

O empresário Abraão Lincoln de Matos, dono da empresa Onni Cosméticos Beauty, empresa localizada no Jardim América, em Goiânia, foi encontrado morto dentro do escritório, nesta terça-feira (5). A Polícia Científica foi acionada e isolou o local.

Funcionários da Onni Beauty, que não eram empregados de Abraão, mas tinham convivência diária na rotina do trabalho, dizem que o empresário era uma pessoa extrovertida, bem-humorada, gostava de brincar e estava sempre com um sorriso no rosto.Foto

As circunstâncias da morte assustaram os “colegas de trabalho”, já que Abraão não transparecia estar com nenhum problema grave, seja profissional ou pessoal, que levasse à morte.

Após o encontro do corpo, as testemunhas ainda foram surpreendidas com um bilhete de “despedida” da vítima. O teor da mensagem não será divulgado.

G5News

 

Morre, aos 83 anos, o jornalista Hélio Rocha

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Membro da Academia Goiana de Letras, Hélio foi editor no jornal O Popular. Ele tinha 83 anos.

O escritor e jornalista Hélio Rocha morreu na tarde desta terça-feira (5), em Goiânia. Membro da Academia Goiana de Letras, Hélio foi editor no jornal O Popular e atuou em diversos jornais goianos.

Hélio Rocha tinha 83 anos. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Em nota, a Prefeitura de Goiânia lamentou a morte do jornalista. “Neste momento de luto, expressamos nossas mais sinceras condolências à família, amigos e a todos que tiveram o privilégio de conhecer e trabalhar com Hélio Rocha. Que seu espírito pioneiro e sua obra perdurem, mantendo viva a chama de sua memória em nossos corações e na história de Goiás”, diz a nota.

As informações de velório não foram divulgadas até a última atualização da reportagem.

Quem foi Hélio Rocha?

 

Hélio Rocha, nascido em Corumbá de Goiás em 14 de agosto de 1940, foi um renomado jornalista e escritor brasileiro. Ele foi o fundador e primeiro titular da Cadeira 32 na Academia Goianiense de Letras. Rocha foi autor de várias obras, incluindo “Os Inquilinos da Casa Verde – Governos de Goiás de Pedro Ludovico a Maguito Vilela” (1998) e “JK para a Juventude” (2002).

Após estudar no Ateneu Dom Bosco em Goiânia, Hélio Rocha iniciou sua carreira jornalística aos 19 anos. Além de sua contribuição para o jornalismo, Rocha formou-se em Estudos Sociais na Universidade Federal de Goiás. Ele ocupou cargos importantes em diversos jornais, sendo editor-chefe do “O Popular” em 1972 e, mais tarde, editor especial em 1982.

G1GO

Motorista é flagrado transportando R$ 200 mil em roupas falsificadas em Jaraguá

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De acordo com a corporação, as peças falsas adquiridas em Jaraguá tinham como destino Brasília

Um homem de 40 anos foi encaminhado à delegacia depois de ser flagrado transportando mais de 600 peças de roupas falsificadas, em Jaraguá. O flagrante ocorreu nesta terça-feira, 5, durante fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-153.

A corporação decidiu inspecionar o carro, visto que o motorista apresentou nervosismo no momento da abordagem. Durante a revista, os policiais encontraram o vestuário de marcas famosas embalado em sacos plásticos que estavam distribuídos entre banco dianteiro, traseiro e o porta-malas.A mercadoria, avaliada em cerca de R$ 200 mil, foi adquirida em Jaraguá – cidade conhecida nacionalmente pela confecção de roupas. Segundo a PRF, o condutor admitiu que as peças falsificadas foram compradas em uma fábrica do município.

O destino final das mercadorias era Brasília, onde seriam distribuídas para comerciantes da capital federal. A PRF encaminhou as roupas apreendidas e o condutor do veículo à Central de Flagrantes do local. O homem pode responder por descaminho, crime contra a propriedade intelectual e o crime de contrafação (falsificação).

jornal Opção

Martinho da Vila processa INSS após ter aposentadoria suspensa

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Martinho da Vila moveu uma ação contra o Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS, por ter interrompido sua aposentadoria. No processo, os advogados de Martinho pedem a devolução de R$ 80 mil.

O cantor entrou na Justiça em setembro após o pagamento de seu benefício ser interrompido. A suspensão da aposentadoria se deu pela falta de prova de vida, um procedimento obrigatório para quem é beneficiário.

Segundo informações da coluna Ancelmo Gois, do jornal O Globo, entre outubro de 2022 e junho de 2023, Martinho realizou 13 novas provas de vida. O pagamento foi interrompido em julho de 2021 e desde então o cantor tenta resolver o problema.

Com 86 anos de idade, Martinho recebe o benefício desde 2006.

Após o caso se tornar público, o INSS informou que o benefício foi restabelecido, além do pagamento de dezembro de 2023 e janeiro de 2024. O instituto ressaltou que está calculando os demais valores que ficaram em débito com Martinho, e que serão disponibilizados nos próximos 15 dias.

“O INSS ressalta que é importante que o senhor Martinho logo saque com urgência as parcelas já disponíveis para que o sistema não suspenda o pagamento por não recebimento por parte do segurado”, disse a instituição, em nota à imprensa. “O INSS lamenta o ocorrido e reitera que trabalha constantemente para melhorar a prestação de serviço à população brasileira”, completa o texto.

Pipoca Moderna

CNJ retoma julgamento de reclamação disciplinar contra ex-juíza da Lava Jato Gabriela Hardt

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Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve retomar o julgamento de uma reclamação disciplinar contra a juíza Gabriela Hardt, ex-substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, base da Operação Lava Jato, nesta terça-feira, 5. O caso trata de um suposto “conluio” na homologação do fundo de R$ 2,5 bilhões na Lava Jato.

O ato foca na homologação feita pela juíza, em janeiro de 2019, do acordo firmado pelo Ministério Público Federal (MPF), pela Petrobras e pelo Departamento de Justiça norte-americano. A proposta estipulava a criação de uma fundação para administrar R$ 2,5 bilhões oriundos de multas paga pela estatal em processos nos Estados Unidos.

Após forte repercussão negativa sobre o fundo, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba decidiu suspender o acordo e desistir do fundo.

A reclamação contra Hardt foi apresentada pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e outros parlamentares. Na época, o grupo pediu ao CNJ a “declaração de ilegalidade da conduta da magistrada”, e cobrou a aplicação de sanções como advertência, censura e remoção compulsória (aposentadoria compulsória).

A apuração de infração disciplinar de Hardt é do ministro Luis Felipe Salomão, e deve ser a quinta pauta da 2ª Sessão Ordinária do CNJ deste ano.

Em 2023, Gabriela Hardt deixou a 13ª Vara Federal após ser transferida para a 3ª Turma Recursal do Paraná. A primeira vez que ela assumiu as ações da Lava Jato foi em 2018, quando substituiu o ex-juiz e senador pelo Paraná, Sérgio Moro.

Ainda no ano passado, o ministro Luis Salomão abriu uma outra apuração sobre a conduta de Gabriela Hardt na Lava Jato. A investigação foi aberta no bojo de uma reclamação disciplinar de autoria do empresário Tony Garcia, que atribui à juíza suposta “parcialidade” e “retaliações”.

Na ocasião, o empresário alegou que a magistrada “tinha conhecimento de fatos potencialmente criminosos praticados” por Moro e procuradores da extinta força-tarefa da Lava Jato, “mas se manteve inerte”. Ele ainda sustentou que houve “retaliações” de Hardt após ela tomar conhecimento dos “fatos delituosos”.

Estadão

Decisão de Mendonça sobre acordo na Lava Jato abre caminho para tema ir ao plenário do STF

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A decisão de André Mendonça que estabeleceu um prazo para a renegociação de acordos de leniência ajudou a amenizar o clima de incômodo no STF (Supremo Tribunal Federal) iniciado a partir das determinações do ministro Dias Toffoli que beneficiaram a J&F e a Novonor (antiga Odebrecht).

Mendonça criou, no último dia 26, uma mesa de conciliação entre órgãos públicos e empresas que firmaram esses acordos no âmbito da Operação Lava Jato e de seus desdobramentos.

Com isso, ele retomou o controle das discussões sobre a validade das leniências e abriu caminho para que eventuais julgamentos sobre o tema aconteçam no plenário do Supremo, composto pelos 11 ministros da corte.

Desde março do ano passado, Mendonça é relator de uma ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental) que questiona a legalidade dos acordos.

A apresentação desse tipo de ação é restrita a algumas autoridades, entidades e a partidos políticos. Nesse caso, ela foi proposta pelo PSOL, pelo PC do B e pelo Solidariedade, que foram representados por integrantes do escritório de advocacia de Walfrido Warde, conhecido pelos posicionamentos críticos aos métodos da operação.

A ação é ampla e diz que as leniências foram firmadas antes do acordo de cooperação técnica que sistematizou as regras para o procedimento e, por isso, seriam ilícitas.

No fim de dezembro, porém, Toffoli decidiu em outra ação suspender o pagamento do acordo de leniência da J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. O valor total dessa multa é de R$ 10,3 bilhões.

O processo é relacionado às conversas hackeadas de integrantes da Lava Jato, obtidas pela Polícia Federal na Operação Spoofing.

Em sua decisão, Toffoli apontou suspeitas, a partir do material obtido pela Spoofing, de que “teria havido conluio entre o juízo processante e o órgão de acusação para elaboração de cenário jurídico-processual-investigativo que conduzisse os investigados à adoção de medidas que melhor conviesse a tais órgãos, e não à defesa em si”.

No fim de janeiro, sob o mesmo argumento, Toffoli estendeu sua decisão e suspendeu também a multa do acordo de leniência da antiga Odebrecht.

O ministro vinha trabalhando para que eventuais recursos fossem levados apenas à Segunda Turma do Supremo, composta por cinco ministros e tradicionalmente de maioria contrária à Lava Jato.

As decisões de Toffoli incomodaram uma ala do Supremo, que, sob reserva, manifestou insatisfação com a repercussão negativa e com os argumentos que ele deu para suspender as multas -de que os acordos de leniência foram firmados em ambientes de coação.

Mas a determinação de Mendonça, que no último dia 26 fixou um prazo de 60 dias para que haja um consenso entre órgãos públicos e empresas, pôs panos quentes nesse atrito.

Ele estabeleceu que durante esse período está suspensa qualquer multa em razão de eventual descumprimento das empresas das obrigações financeiras pactuadas.

Mendonça afirmou que o objetivo é assegurar que as empresas negociem com os entes públicos com base nos princípios da boa-fé, da mútua colaboração, da confidencialidade, da razoabilidade e da proporcionalidade.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse que concorda com a abertura do diálogo, assim como o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas.

A conciliação coloca frente a frente o Ministério Público Federal e órgãos como a AGU (Advocacia-Geral da União) e CGU (Controladoria-Geral da União) e empresas como a própria Novonor e a J&F, mas também a Metha (antiga OAS), a Camargo Corrêa, a Engevix, a Braskem, a Samsung Heavy Industries e outras companhias que reconheceram terem cometido ilicitudes.

Acordo de leniência é uma espécie de delação premiada das empresas. Elas reconhecem desvios em contratos com o setor público e se comprometem a ressarcir o prejuízo em troca de continuar com contratos públicos.

Ao anunciar a abertura da mesa de negociação, Mendonça defendeu os acordos de leniência como instrumento de combate à corrupção e afirmou que a conciliação não servirá para que seja feito “revisionismo histórico”.

Para parte do Supremo, a decisão de Mendonça possibilita que as empresas possam negociar uma extensão no prazo de pagamento da multa ou até descontos, mas evita que os acordos sejam anulados.

A decisão do ministro teve oposição de entidades de combate à corrupção. Elas temem que, ao contrário do que disse Mendonça, a conciliação sirva como um revisionismo da Lava Jato, e que as vítimas de práticas corruptas das empresas sejam prejudicadas.

Parte dos integrantes do Supremo já tem sinalizado que, quando o tema das leniências chegar ao plenário, deve haver fortes discussões.

Na última terça-feira (27), o decano da corte, Gilmar Mendes, fez uma longa manifestação crítica à Lava Jato na sessão da Segunda Turma e disse que o assunto tem “encontro marcado” com o plenário.

Segundo ele, as renegociações trarão à tona “revelações assombrosas” a respeito de como foram celebrados os acordos.

O relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, afirmou que antes de qualquer acordo ser fechado as empresas eram questionadas sobre a voluntariedade e que, “em todos os atos, os colaboradores estavam devidamente acompanhados e orientados por seus respectivos advogados”.

Folha de São Paulo