Categoria: Brasil

  • Reparação mecânica e as tendências para 2024, por Paulo Miranda

    Reparação mecânica e as tendências para 2024, por Paulo Miranda

    No agitado mundo automotivo, as tendências e expectativas para 2024 prometem transformar o mercado de reparação de veículos.  Os carros elétricos deixaram de ser um experimento e tomam conta das ruas de Goiânia, que já é famosa em todo País por sua frota de veículos sempre atualizada. O impacto da tecnologia vem a galope para o mercado de reparação mecânica, ávido pelas transformações e aprendizado para acompanhar as inovações.

    Enquanto os elétricos despertam a necessidade por aperfeiçoamento das oficinas mecânicas, o mercado tradicional tem demandas centradas na suspensão e nos sistemas de injeção eletrônica, refletindo a busca por desempenho e eficiência. Quanto ao design, a evolução dos automóveis se concentra em uma aerodinâmica mais avançada, proporcionando maior eficiência de combustível e segurança, sem negligenciar a estética.

    Apesar das oportunidades, os empresários do ramo enfrentam desafios como a manutenção de estoques diversificados e o acesso à tecnologia, uma vez que cada fabricante guarda seus segredos.

    Uma das provas da expansão do mercado de reparação mecânica está nos robustos números da Expo Peças em 2023. Foram mais de 30.000 visitantes em dois dias de evento aberto no Centro de Convenções de Goiânia. Somente as palestras atraíram mais de 6.000 participantes. Para 2024, esperam-se mais de 180 stands de expositores e um aumento para 50.000 visitantes, além de ter ganhado mais um dia na programação nos dias 5, 6 e 7 de setembro.

    Para se manter como referência, a Expo Peças mantém o foco em toda a cadeia automotiva, oferecendo uma plataforma para conexões, negócios e tendências, destacando as oportunidades que o mercado de reparação automotiva oferece atualmente.

    Fato é que o mercado automotivo promete continuar a evoluir, oferecendo oportunidades lucrativas e desafiadoras, enquanto os profissionais se preparam para abraçar as mudanças e inovações que estão por vir.

    A reparação mecânica e as tendências para 2024Paulo Miranda – CEO da Expo Peças

  • Governo ameaça tirar cargo e verba de deputados que assinaram impeachment de Lula

    Governo ameaça tirar cargo e verba de deputados que assinaram impeachment de Lula

    Membros do governo federal afirmaram a lideranças da Câmara dos Deputados que aqueles que assinaram pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT) por ele ter comparado as mortes na Faixa de Gaza ao Holocausto irão sofrer consequências do Executivo.

    A informação foi dada pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), a líderes da base do governo em reunião nesta terça-feira (27).José Guimarães | Partido dos Trabalhadores

    Segundo relatos, o entendimento foi o de que deputados que assinaram o pedido e que indicaram cargos regionais perderão esses postos, bem como serão menos atendidos pelo Executivo, o que contempla emendas parlamentares.

    “Quem assinou o impeachment do presidente está dizendo claramente que não está na base. Portanto, se tinha algum tipo de espaço no governo, tem que perder. Afinal de contas, essa contradição não pode continuar. Quem assinou tem que decidir de que lado está: ao lado de Lula ou contra”, diz o deputado Alencar Santana (PT-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara.

    De autoria da deputada Carla Zambelli (PL-SP), o pedido foi protocolado na noite da última quinta-feira (22). De acordo com a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, o pedido foi protocolado com 139 assinaturas. Há entre os signatários parlamentares que integram a base do governo Lula na Casa.

    O pedido de impeachment estava na pauta da reunião desta terça. A reportagem teve acesso ao documento que foi distribuído para as lideranças no encontro.

    Nas redes sociais, Guimarães disse que houve um consenso na reunião de que é “incompatível” um deputado ser da base, “ter relação com o governo e assinar” o pedido.

    “Isso não é razoável e a minha posição é encaminhar a lista desses parlamentares para que o governo tome providências”, escreveu o deputado.

    Segundo participantes, os parlamentares também discutiram a divisão do comando das comissões permanentes da Câmara —esse deverá ser um dos temas tratados em reunião com líderes e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), na tarde desta terça.

    Ainda de acordo com relatos, foi repassada às lideranças uma lista com o nome dos deputados da base que assinaram o impeachment, junto com um pedido para que os líderes comecem uma força-tarefa para retirada dos apoios.

    Há assinaturas de representantes de partidos como União Brasil, PSD, Republicanos e PP. Os dois primeiros têm três representantes na Esplanada dos Ministérios, enquanto os dois últimos têm um indicado cada.

    Um dos vice-líderes do governo na Câmara, Rubens Pereira Jr. (PT-MA) diz que os parlamentares que assinaram o pedido de impeachment são “radicais” e que o Executivo não tem interesse em dialogar com eles. “A nossa estratégia é isolar os radicais. Os [deputados] que assinaram esse pedido injusto são radicais. Com todo o restante da Câmara, nós queremos ter um bom diálogo”, afirma.

    Lula foi eleito tendo uma base de esquerda minoritária na Câmara e, por isso, teve de fazer alianças com partidos do centro e da direita. Apesar disso, a relação do Executivo e do Legislativo, em especial a Câmara, foi marcada por momentos de tensão ao longo de 2023.

    Apesar de a crise com as declarações de Lula ter dado munição à oposição e ter mobilizado aliados de Bolsonaro em torno do pedido de impeachment, líderes de bancadas no Congresso Nacional afirmam ser zero a chance de a ofensiva prosperar.

    A abertura do processo depende do presidente da Câmara. Lira não tem prazo para analisar esses pedidos, que podem ficar em sua gaveta por tempo indeterminado. Em caso de arquivamento da solicitação, pode haver recurso ao plenário.

    A coleta de assinaturas pelo impeachment começou após Lula ter comparado a ofensiva de Israel em Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.

    Pedidos anteriores de impeachment feitos pela oposição, alguns deles formalizados em grupo pelos deputados, englobam uma série de episódios, que, na argumentação dos parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mereceriam a destituição do presidente.

    O primeiro deles foi apresentado com apenas 26 dias de mandato de Lula.

    Entre os motivos elencados nas peças, há uma suposta omissão de Lula nos ataques bolsonaristas de 8 de janeiro de 2023, a recepção ao ditador Nicolás Maduro em maio do ano passado, a revogação dos decretos de armas de Bolsonaro, a indicação de Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal e uma entrevista em que Lula fala que, nos tempos em que estava preso, queria “foder” o então juiz Sergio Moro.

    O CAMINHO DO IMPEACHMENT

    – O presidente da Câmara dos Deputados é o responsável por analisar pedidos de impeachment do presidente da República e encaminhá-los

    – O atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é aliado de Lula e ex-aliado de Jair Bolsonaro. Ele pode decidir sozinho o destino dos pedidos e não tem prazo para fazê-lo

    – Nos casos encaminhados, o mérito da denúncia deve ser analisado por uma comissão especial e depois pelo plenário da Câmara. São necessários os votos de pelo menos 342 dos 513 deputados para autorizar o Senado a abrir o processo

    – Iniciado o processo pelo Senado, o presidente é afastado do cargo até a conclusão do julgamento e é substituído pelo vice. Se for condenado por pelo menos 54 dos 81 senadores, perde o mandato

    – Os presidentes eleitos após a redemocratização do país foram alvo de pedidos de impeachment. Dois foram processados e afastados: Fernando Collor (1992), que renunciou antes da decisão final do Senado, e Dilma Rousseff (2016)

  • Caiado lança programa Goiás em Movimento – Eixo Pontes 2024

    Caiado lança programa Goiás em Movimento – Eixo Pontes 2024

    A meta principal é dar mais segurança e conforto aos usuários das vias

    O governador Ronaldo Caiado lançou, nesta terça-feira, 27, o programa Goiás em Movimento – Eixo Pontes (GM – Pontes 2024) na sede da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), em Goiânia.

    A iniciativa prevê a instalação de aduelas de concreto armado para substituir pontes de madeira ou construir passagens sobre cursos d’água nos municípios de Goiás.

    A meta principal é dar mais segurança e conforto aos usuários das vias, priorizando o atendimento de rotas escolares e escoamento de produções de alimentos.

    Na oportunidade, serão apresentados detalhes do programa Goiás em Movimento 2024.

    DM

  • Confinanciamento Estadual reflete no desenvolvimento em municípios goianos beneficiados

    Confinanciamento Estadual reflete no desenvolvimento em municípios goianos beneficiados

    Prefeituras que investiram 70% dos recursos do programa no ano passado podem utilizar recursos este ano

    O governador Ronaldo Caiado (UB) anunciou, nesta segunda-feira, 26, o repasse de R$ 14,9 milhões do Cofinanciamento Estadual para 113 municípios do estado. As prefeituras que investiram 70% dos recursos no Cofinanciamento de 2023 foram contempladas este ano.

    A solenidade foi marcada por celebração, tanto por parte das primeiras-damas e deputados presentes, quanto pelos prefeitos, que comemoraram a redução no índice de pobreza em Goiás, que é o segundo no país com essa diminuição. estimulada por programas como o Goiás Social e Cad Único.

    De acordo com a coordenadora do Goiás Social, a primeira-dama Gracinha Caiado, o valor já foi depositado nos Fundos Municipais de Assistência Social. Além disso, o programa que ela coordena destinou R$ 48 milhões para a consolidação da assistência social nas cidades goianas.

    Gracinha destavou que a lei estadual do Cofinanciamento é de 2015, e que começou a ser efetuada há três anos.

    “Já foram aplicados R$ 63 milhões diretamente nas secretarias municipais de assistência social […] Este ano buscamos, com a nova lei, facilitar para os gestores a utilização de recursos. também tivemos a preocupação de cuidar daqueles municípios menores com a nova lei. Nenhum município, mesmo aquele pequenininho, irá receber menos que R$ 72 mil”, disse.

    Ronaldo Caiado afirmou que, além dos programas de assistência social, o programa atende também a área de saúde. Nos últimos meses, Goiás tem enfrentado uma alta no número de casos e mortes causados pela dengue.

    “Em relação à dengue, solicitei o apoio das primeiras-damas dos municípios para que conscientizassem as pessoas, para que não houvesse aumento de criatórios destes mosquitos, e que provocam o óbito tanto de jovens quanto de idosos. É um sototipo 2, que passamos muito tempo sem tê-lo. É um risco e nós precisamos atender essas pessoas o mais rápido possível”, afirmou.

    “Com esse dinheiro, o assistente social facilita o deslocamento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de endemias para fazer visitas para que eles possam perceber quando a pessoa está na fase inicial da doença”, enfatizou.

    De acordo com o secretário do Desenvolvimento Social, Wellington Matos de Lima, famílias que recebem os benefícios oferecidos por programas como estes, apresentaram uma melhora nas suas economias.

    “Temos observado uma redução da pobreza no estado, ou seja, as famílias que hoje estão no Cad Único, estão tendo uma elevação da sua renda. Elas estão migrando das faixas da extrema pobreza para baixa renda. Isso é muito significativo e se dá principalmente porque a área social está totalmente integrada à área econômica do Estado”, ressaltou.

    Ele finaliza afirmando que “as pessoas que recebem programas sociais no governo, podem participar de cursos de qualificação, de capacitação, para que possam entrar no mercado de trabalho ou serem pequenas a empreendedoras”.

  • Empresas são investigadas por sonegação tributária em Goiás

    Empresas são investigadas por sonegação tributária em Goiás

    Foi deflagrada na manhã de hoje (27/2), a maior operação já realizada entre a Secretaria da Economia, por meio do Fisco Estadual, e a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária – DOT, com a participação de mais de 30 auditores-fiscais, totalizando em torno de 50 servidores da Secretaria da Economia, entre Fisco e equipe de apoio, e mais de 200 policiais civis.

    Empresas são investigadas por sonegação tributária em Goiás
    Foto divulgação: PCGO

    A fraude, inicialmente, foi detectada pela Gerência de Inteligência Fiscal, ao longo de mais de quatro meses de investigações. Os trabalhos apontam para a existência de um grupo empresarial, do ramo de produtos elétricos, que comercializa quase que a totalidade de suas mercadorias com o setor público, por meio de licitações.

    O grupo empresarial utiliza-se de “laranjas” para ocultação dos reais proprietários e do patrimônio, ao passo que sonega impostos em suas operações de vendas de produtos elétricos.

    Na operação foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, 07 mandados de prisão temporária e efetuado bloqueio judicial de bens e valores até o montante de R$ 115 milhões. Entretanto, o valor sonegado pode chegar a mais de R$ 250 milhões.

    DM/O HOJR
  • Câmara destrava empréstimo de R$ 710 mi e matéria deve ser votada nesta terça

    Câmara destrava empréstimo de R$ 710 mi e matéria deve ser votada nesta terça

    Após uma sequência de polêmicas envolvendo a legalidade do texto, emenda encaminhada pelo Paço permitiu a aprovação da matéria na CCJ

    O tão sonhado empréstimo de R$ 710 milhões solicitado pela prefeitura de Goiânia está mais próximo de se tornar realidade. O texto foi ‘destravado’ após envio de uma emenda substitutiva pelo Poder Executivo à Casa de Leis. Na última segunda, o projeto passou pelo crivo da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Casa de Leis. Com o avanço da matéria no Parlamento, a expectativa é que o texto seja submetido à primeira fase de votação e discussão em plenário nesta terça, 27.

    O processo emendado foi votado pela CCJ na manhã da última terça e deve aguardar, conforme determina o regimento interno, um período de 24h para ser apreciado em plenário. O prazo deve ser findado até às 11h de hoje, quando o assunto deve ser resgatado e debatido pelos vereadores.

    Durante a tramitação na CCJ, a vereadora Kátia Maria (PT) apresentou voto em separado pelo arquivamento do texto. Ela afirmou que o envio pela Prefeitura era ilegal por entender que a Administração enviou um substutivo ao substutivo, o que fere o regimento interno da Câmara. O voto em separado foi rejeitado. A vereadora Sabrina Garcêz (Republicanos) disse que não se trata disso e que não há ilegalidade. Se aprovado em primeira fase nesta terça, a matéria seguirá para a Comissão de Finanças. A tendência é que a iniciativa seja aprovada em definitivo até o fim desta semana.

    Conforme mostrado pelo O HOJE, desde a retomada das discussões em plenário, na última terça-feira, 20, não se falava em outra coisa senão a expectativa de aprovação da matéria que autoriza a contratação da operação de crédito com o Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal.

    O texto, desde o início de sua tramitação na Casa, enfrenta dificuldades. Houve, a princípio, uma obstrução da tramitação da matéria, por recomendação do Ministério Público de Goiás (MPGO) porque ao listar as obras beneficiadas, a prefeitura acrescentou um item que permite investimento também em outras obras em processo de licitação e de interesse social e da gestão, o que foi alvo de contestação tanto por alguns vereadores como por parte do MPGO.

    A emenda substitutiva encaminhada à Casa de Leis busca justamente dar nova interpretação ao texto de forma a não deixar o gestor em exercício “solto” para uso dos recursos de maneira diversa.

    O empréstimo de R$ 710 milhões foi solicitado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) para dar fôlego aos cofres municipais diante da redução nos repasses de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que comprometeu severamente a programação financeira delineada pela administração pública municipal.

    Emenda

    A reportagem obteve acesso ao documento submetido à análise técnica da Procuradoria da Câmara e aprovado ontem pelos vereadores membros da CCJ. O texto diz que a emenda proposta objetiva aprimorar e detalhar alguns aspectos referentes à contratação, “proporcionando maior clareza e transparência na aplicação dos recursos”.

    Em outro trecho, o documento diz que o projeto de lei “assegura que os recursos sejam usados exclusivamente nas obras” e “tem como intuito estabelecer regras claras para o remanejamento de recursos em casos de obras em andamento que tenham recebido parcelas pagas com recursos do tesouro municipal antes da contratação da operação de crédito”. Se passar pelo crivo dos técnicos, a expectativa é de que o documento seja lido em plenário nesta quarta-feira, 21.

    Pela proposta, os recursos serão divididos nas áreas de educação, saúde, obras de infraestrutura, como reconstrução asfáltica, construções de pontes, reformas de praças e outras intervenções. O texto original, vale lembrar, chegou ao Legislativo municipal ainda em novembro do ano passado. A previsão inicial era alcançar um empréstimo superior a R$ 1 bilhão, porém, depois de rever os valores, a prefeitura da capital reduziu a investida para R$ 710 milhões.

    O Hoje

  • Lula cede a Lira e abre flanco de insatisfação no Senado

    Lula cede a Lira e abre flanco de insatisfação no Senado

    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é apontado por congressistas como responsável por recentes decisões do governo Lula (PT) que, se por um lado, atenderam a demandas do centrão na Câmara, por outro, abriram um flanco de insatisfação no Senado.

    São atribuídas ao chefe do centrão o recuo do governo no veto ao calendário de pagamento das emendas parlamentares e a articulação para barrar o nome do senador Renan Calheiros (MDB-AL), aliado de Lula, mas rival declarado de Lira, na relatoria da CPI da Braskem.

    A nova relação Lula-Lira foi acertada entre ambos em reunião no Palácio da Alvorada, no último dia 9, ocasião em que o presidente da Câmara obteve canal direto de contato com Lula e a sinalização de uma relação diária com o Planalto mais azeitada, inclusive com a escolha do interlocutor.

    Em vez de Alexandre Padilha (PT), o responsável formal pela articulação política do governo, mas que caiu em desgraça com Lira, foi escalado o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).

    A aproximação ocorreu após um duro discurso de Lira na retomada dos trabalhos legislativos, recheado de recados ao Palácio do Planalto, que em suas palavras deveria cumprir acordos firmados e aceitar que a gerência do Orçamento não é exclusividade do Executivo.

    Na última quinta-feira (22), por exemplo, Lula recebeu Lira e vários outros deputados federais para um amistoso encontro no Palácio da Alvorada, com mesa de frios vinho e uísque. No dia seguinte, Lira afirmou que o presidente da República vai apoiar o candidato que ele definir para sucedê-lo no comando da Câmara, em fevereiro de 2025.

    Integrantes do Senado afirmam que o tratamento não tem sido o mesmo por lá, apesar de o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ter caminhado ao lado de Lula desde a eleição. Lira, por outro lado, era o principal sustentáculo legislativo de Jair Bolsonaro (PL) e apoiou o ex-presidente em sua tentativa de reeleição.

    A ação do governo Lula para barrar Renan na relatoria da CPI, e por suposta exigência do principal adversário político do senador, pode ter efeito na base governista do Senado, afirmam congressistas.

    Renan foi o grande articulador da CPI e tinha o apoio de Pacheco para relatar os trabalhos. Ele conseguiu colocar a comissão de pé mesmo com a articulação interna contrária do líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), e do líder da bancada do PSD. Otto Alencar (BA).

    Renan abandonou o colegiado, porém, após o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), aliado de Lula, ter indicado para a função o senador Rogério Carvalho (PT-SE).

    “Com encaminhamentos que ensaiam domesticar a CPI, não emprestarei meu nome para simulacros investigatórios”, disse Renan, afirmando ainda ter sido vetado “por mãos ocultas, mas visíveis” —em referência que foi entendida como sendo a Lira, contra quem trava uma turbulenta rivalidade em Alagoas.

    Havia temor do grupo do presidente da Câmara de que na relatoria da CPI Renan agisse para desgastar politicamente o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), aliado de Lira. A CPI foi criada em meio ao risco de colapso da mina de sal-gema da Braskem em Maceió.

    Omar Aziz justificou a escolha afirmando buscar “isenção” que não haveria em Renan por ele ser alagoano.

    À reportagem o presidente da CPI negou que tenha havido pedido de líderes do governo ou de Lula para que Renan fosse vetado. “Só conversei com o presidente Lula ontem [quinta-feira], por telefone, e esse assunto nem foi mencionado”, disse Aziz.

    A reportagem não conseguiu falar com Renan. Lira não se manifestou.

    Além da questão relativa ao senador de Alagoas e às emendas parlamentares —o governo havia vetado a proposta aprovada pelo Congresso de pagamento das emendas de 2024 até junho, mas agora anuncia que vai recuar—, um outro episódio recente é atribuído ao centrão da Câmara.

    Trata-se da exoneração no dia 16 do assessor especial da secretaria executiva da Fazenda, José Manssur, responsável pela elaboração das regras que regulamentaram o setor de apostas esportivas no Brasil, conhecidas como “bets”. O centrão teria interesse nesse cargo.

    Lula foi eleito tendo uma base de esquerda minoritária tanto na Câmara como no Senado, por isso foi obrigado a fechar acordos com partidos de centro e de direita.

    No Senado o caminho se mostrou menos difícil, justamente pelo apoio de Pacheco e de Renan, além do suporte do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que caminha para voltar a comandar a Casa em 2025.

    Mesmo assim, a oposição bolsonarista é expressiva —há sete ex-ministros de Bolsonaro, além de seu ex-vice, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), e de seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ), reunindo quase sempre pouco mais de 30 das 81 cadeiras.

    Na Câmara, Lula decidiu ainda na transição apoiar a reeleição de Lira, mesmo o presidente da Casa tendo chefiado a tropa legislativa que tentou dar um segundo mandato a Bolsonaro.

    A avaliação, na época, era a de que o PT não tinha força para fazer o presidente da Casa, situação que persiste. A esquerda controla apenas cerca de um quarto das 513 cadeiras. A oposição, outro quarto. Metade das vagas é controlada pelo centrão e outros partidos de centro e de direita, em especial PSD, MDB e União Brasil.

    Devido a isso, a relação em 2023 de Lula com a cúpula da Câmara sempre foi mais tensa do que a relação com a cúpula do Senado, o que ameaça desandar agora, dizem congressistas.

    Além do caso relativo a Renan, pegou mal no Senado a comparação feita por Lula da ação de Israel em Gaza à de Adolf Hitler com os judeus.

    Alcolumbre é judeu e um dos principais aliados de Pacheco, que cobrou publicamente uma retratação por parte de Lula. O próprio líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), disse que Lula passou do ponto.

    O petista não só não se retratou como reafirmou nesta sexta-feira (23) entender que Israel promove um genocídio em Gaza e que suas palavras anteriores foram deturpadas pelo primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu.

    Lula também sofre desgaste no Senado em relação ao projeto de reoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.

    Desde o fim do ano passado, parlamentares defendem que Pacheco devolva a medida provisória da reoneração sob o argumento de que o Congresso já deliberou sobre o tema ao derrubar o veto do presidente Lula e manter o benefício.

    De acordo com parlamentares, esse é um assunto já pacificado no Senado e Lula só amplia a insatisfação ao protelar uma definição sobre o assunto.

    Na última quarta-feira (21), o governo decidiu enviar um projeto de lei com urgência constitucional após reunião entre Pacheco, Padilha e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

    Folha de São Paulo

  • Comissão aprova PEC que autoriza igrejas a pagar menos impostos

    Comissão aprova PEC que autoriza igrejas a pagar menos impostos

    O texto segue para votação em plenário

    Uma comissão especial instalada na Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária de entidades religiosas e templos de qualquer culto. Agora, o texto segue para votação em plenário.

    Por se tratar de uma PEC, a proposta será aprovada se obtiver os votos de, no mínimo, 308 deputados, em dois turnos de votação.

    A proposta aprovada prevê inserir na Constituição que os governos federal, estadual e municipal não poderão criar impostos sobre a aquisição de bens e serviços “necessários à formação” do patrimônio, geração e prestação de serviço, manutenção e funcionamento dessas entidades.

    A medida também deve contemplar organizações assistenciais e beneficentes ligadas às entidades religiosas. Isso constitui em creches, asilos, orfanatos e comunidades terapêuticas.

    Nessas atividades, o mecanismo da imunidade ampliada funcionará por meio da devolução de tributos pagos. De acordo com a PEC, os tributos serão devolvidos por meio de créditos tributários, depositados em conta corrente. As regras devem ser definidas posteriormente, por meio de lei complementar.

    O Hoje

  • Bolsonaro chega à sede da PF para depor sobre suposta importunação a baleia

    Bolsonaro chega à sede da PF para depor sobre suposta importunação a baleia

    Bolsonaro não deve ficar em silêncio na oitiva.

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou à sede da Polícia Federal (PF) para depor sobre uma suposta importunação intencional a uma baleia, em São Sebastião, em 2023. Bolsonaro não deve ficar em silêncio na oitiva.

    Este é o sétimo depoimento à PF que o ex-presidente presta desde que perdeu a reeleição. Seu advogado, Fabio Wajngarten, também será ouvido pela polícia.

    A investigação começou após um vídeo em que uma moto aquática com motor ligado chega a cerca de 15 metros do animal, que seria uma baleia jubarte, ser publicado nas redes sociais. Investigadores suspeitam que Bolsonaro pilotava o veículo.

    O HOJE

  • Gleisi diz que Milei faz molecagem ao compartilhar mensagens que associam Lula ao Hamas

    Gleisi diz que Milei faz molecagem ao compartilhar mensagens que associam Lula ao Hamas

     A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o presidente da Argentina, Javier Milei, fez uma “molecagem”, ao compartilhar mensagens sobre o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na avenida Paulista neste domingo (25).

    “Javier Milei fez molecagem nas redes sociais, divulgando mentiras de bolsonaristas sobre @LulaOficial. Falar em ditadura no Brasil é total irresponsabilidade, mais grave ainda se é reproduzida pelo presidente de país vizinho, amigo e parceiro comercial”, afirmou.

    O argentino divulgou também postagens que associam o presidente brasileiro ao Hamas.

    “Milei devia cuidar primeiro de resolver os graves problemas do povo da Argentina. Foi eleito para isso, mas prefere ofender Lula e perseguir estudantes brasileiros em seu país”, declarou a petista.

    Folha de São Paulo