Categoria: Destaque

  • Atlético e Fluminense são os únicos brasileiros que evitaram ‘terror’ na Libertadores

    Atlético e Fluminense são os únicos brasileiros que evitaram ‘terror’ na Libertadores

    Copa Libertadores: Grupos da Libertadores foram sorteados na noite de segunda-feira (19/3): Atlético está no G e Fluminense no A

    Atlético e Fluminense foram os únicos times brasileiros que evitaram um “terror” na Copa Libertadores: a altitude. Diferentemente dos outros cinco representantes – Botafogo, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e São Paulo -, o Galo e o Tricolor Carioca não terão confrontos com altura superior a 2.300 metros, número que começa a preocupar pela dificuldade respiratória, por exemplo.

    Brasileiros na ponta

    Representante mineiro na Libertadores, o Atlético, que está no Grupo G, duelará com Peñarol (URU), Rosario Central (ARG) e Caracas (VEN). Esses clubes mandam jogos em cidades com altitude de somente 43m, em Montevidéu, 31m, em Rosário e 900m, em Caracas, respectivamente.

    Vencedor da Libertadores em 2023, o Fluminense está no Grupo A com Cerro Porteño (PAR), Alianza Lima (PER) e Colo-Colo (CHI), equipes que tem estádios em cidades com altitude de apenas 42m, em Assunção, 70m, em Lima, e 570m, em Santiago, respectivamente.

    Desta forma, Galo e o Tricolor Carioca terão dois confrontos como visitantes em cidades que, praticamente, não tem altitude e mais um duelo em uma altura comum – 570m e 900m -, até porque Belo Horizonte, por exemplo, está 852m acima do mar.

    Times brasileiros que enfrentarão altitude na Libertadores

    Por outro lado, Botafogo, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e São Paulo terão que enfrentar a temida altitude como visitante na Libertadores de 2024.

    O Flamengo terá dois confrontos em cidades que estão a mais de 2.300m acima do mar. O time comandado por Tite visitará o Bolívar (BOL), em La Paz, com altitude de 3.640m, e o Millionarios (COL), em Bogotá, que está 2.625m acima do mar.

    Já o Grêmio enfrentará a mesma altura boliviana que o Flamengo, pois também atuará no Estádio Hernando Siles. O Tricolor Gaúcho foi sorteado para o grupo do The Strongest e encarará 3.640m de altitude.

    Outros clubes brasileiros que terão dificuldades iguais são Botafogo e Palmeiras. Os times enfrentarão LDU e Independiente Del Valle, respectivamente, e visitarão a cidade de Quito, no Equador, que fica a 2.850 metros acima do mar.

    Por fim, o São Paulo foi sorteado para enfrentar o Cobresal (CHI), que normalmente manda os jogos no Estádio El Cobre, em El Salvador, cidade que fica 2.300m acima do mar e no deserto do Atacama. Porém, segundo a ESPN, o local não atende as exigências da Conmebol para partidas internacionais. O representante chileno ainda não divulgou qual estádio realmente receberá seus jogos.

     ‘maldição’ de rival pode impedir bicampeonato do Fluminense

    Tricolor Carioca entrará na Libertadores com o objetivo de repetir feito que apenas Palmeiras conseguiu no século 21

    Uma maldição pode impedir o Fluminense de conquistar o bicampeonato da Copa Libertadores. O Tricolor Carioca enfrentará o Alianza Lima, do Peru, na fase de grupos e terá que quebrar um longo tabu para ser campeão do torneio de forma consecutiva, feito que apenas o Palmeiras conseguiu na competição continental no século 21.

    No sorteio da segunda-feira (18/3), o Fluminense descobriu que enfrentará Cerro Porteño (PAR), Colo-Colo (CHI) e o temido Alianza Lima (PER). O temor não se dá pelo futebol praticado, já que o clube é apenas o sétimo colocado da liga peruana, mas sim por uma maldição.

    Desde 1998, o Alianza Lima esteve na fase de grupos da Libertadores em 14 edições e, em nenhuma ocasião, um adversário da chave foi campeão daquela edição do torneio continental.

    As “transferências” de azar mais marcantes do time peruano foi para São Caetano, em 2002, Boca Juniors (ARG), em 2018, e River Plate (ARG), em 2019, já que os clubes chegaram à final e perderam.

    O Estado de Minas

  • Bolsonaro e Mauro Cid indiciados por falsificar cartão de vacina

    Bolsonaro e Mauro Cid indiciados por falsificar cartão de vacina

    Ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens são acusados de associação criminosa e inserção de dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde

    A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o tenente-coronel Mauro Cid pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos no Sistema Único de Saúde (SUS) no inquérito que apura a falsificação de certificados de vacinas contra a COVID-19. Ao menos outras 15 pessoas também foram acusadas (confira a lista abaixo). As informações são da Daniela Lima, da GloboNews.

    Na sequência vem o caso da entrada ilegal das joias sauditas no Brasil. Já o caso da tentativa de golpe de Estado, considerado por advogados do ex-presidente como o único com potencial de levar Bolsonaro à prisão, deve entrar na fase de indiciamentos até o meio deste ano.

    O depoimento do general Marco Antonio Freire Gomes, que confirmou à Polícia Federal (PF) que participou de reuniões em que foram discutidas os termos da “minuta do golpe”, foi considerado “consistente” e “revelador”. As informações são da jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo.

    O Estado de Minas

  • Banco do Japão aumenta principal taxa de juros pela primeira vez em 17 anos

    Banco do Japão aumenta principal taxa de juros pela primeira vez em 17 anos

    O Banco do Japão (central) elevou nesta terça-feira (19) sua principal taxa de juros pela primeira vez em 17 anos, abandonando a sua política de juros negativos.

    O banco promoveu a política monetária ultraflexível para estimular o crescimento econômico e o aumento de preços após “décadas perdidas” de estagnação e deflação.

    Nesta terça-feira, no entanto, a instituição anunciou em um comunicado que a taxa de juros de curto prazo passará do atual -0,1% para entre 0 e 0,1%.

    O banco “avaliou o ciclo virtuoso entre salários e preços e considerou que se vislumbra que a meta de estabilidade (no aumento) dos preços de 2% será alcançada de maneira sustentável e estável”, acrescenta a nota.

    A decisão tornará os empréstimos mais caros para consumidores e empresas, mas permitirá que os bancos ganhem mais dinheiro com os seus empréstimos.

    Também aumentará a fatura da dívida nacional do Japão, calculada em 260% do PIB, um dos níveis mais elevados do mundo.

    Taro Saito, economista do NLI Research Institute, declarou à AFP que a decisão representa “um grande passo para o Banco do Japão rumo à normalização da política monetária que tanto almeja”.

    Nos últimos dois anos, os bancos centrais das grandes economias, começando pelo Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, aumentaram as taxas de juros para conter a inflação provocada pela invasão russa da Ucrânia, em 2022.

    Embora a inflação tenha alcançado 4% no Japão, o banco central decidiu manter as suas taxas em território negativo, como estavam desde 2016, para tentar incentivar os empréstimos.

    A política contrária à adotada pelas outras potências também provocou uma desvalorização do iene em relação ao dólar, uma boa notícia para os exportadores, mas não tanto para os consumidores, uma vez que encarece os produtos importados.

    A desvalorização do iene também provocou, na cotação em dólar, a queda do Japão do posto simbólico de terceira maior economia do mundo, ocupado atualmente pela Alemanha.

    Para o economista Saito, o Banco do Japão não adotará um aumento mais expressivo dos juros até obter “sinais mais claros de que a economia está melhorando”.

    De fato, há quase dois anos a inflação está ao redor da meta de 2% estabelecida pelo Banco do Japão. Mas a instituição quer mais evidências de que os salários também estão em alta e de que aumento dos preços é estimulado pela demanda e não por fatores temporários.

    Para Stefan Angrick, da agência de classificação Moody’s, o banco “está se precipitando” porque não há certeza de que acontecerão mais aumentos salariais ou uma demanda interna mais forte.

    “No passado, quando o Banco do Japão se precipitou a endurecer sua política, rapidamente ocorreu uma contração”, advertiu.

    AFP

  • Funcionário de prefeitura de cidade de Minas preso por pornografia

    Funcionário de prefeitura de cidade de Minas preso por pornografia

    Um funcionário da Prefeitura de Jordânia, no norte de Minas Gerais, foi preso pela Polícia Civil de Jacinto, nesta segunda-feira (18/3), em flagrante, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do suspeito. Ele é investigado por armazenamento de conteúdo pornográfico de adolescentes, bem como exploração e incentivo à prostituição dessas vítimas.

    As investigações tiveram início em 23 de fevereiro quando uma vítima, de 13 anos, acompanhada da mãe, compareceu à Delegacia de Polícia Civil de Jacinto. Ela disse que um indivíduo, que é funcionário da prefeitura daquela cidade, estava mantendo contato pelo celular com o adolescente e solicitando imagens de suas partes íntimas com a promessa de pagamento em dinheiro.

    A Polícia Civil solicitou, junto à Justiça, a busca e apreensão do aparelho celular e demais dispositivos eletrônicos na residência do suspeito, que foi deferida pelo Judiciário.

    O celular foi apreendido e a perícia do aparelho revelou diversas imagens pornográficas envolvendo adolescentes, além de conversas de cunho sexual entre o homem e as vítimas.

    O homem, segundo o delegado Victor Wiedenhoelft, foi preso e levado à Delegacia, que representou à Justiça pela conversão da prisão em preventiva. O investigado foi levado para o sistema prisional.

    EM.com.br

  • Infecção respiratória fatal apavora o mundo

    Infecção respiratória fatal apavora o mundo

    O metapneumovírus humano (hMPV) é potencialmente tão contagioso quanto a COVID-19, quanto o vírus sincicial respiratório e quanto a gripe, mas poucos de nós ouvimos falar dele. Na verdade, a maioria das pessoas que pegou a doença provavelmente nem sabe que teve. Pessoas doentes geralmente não são testadas para isso fora de um hospital ou pronto-socorro. Além do mais, não há vacina ou medicamentos antivirais para combater esse agente patogênico. Então, que vírus assassino é esse que teve um pico no inverno e na primavera passados na Europa e nos Estados Unidos? Os médicos já alertaram para seus efeitos na saúde humana…

    Na galeria, entenda as respostas e conselhos sobre como evitar contrair esta doença respiratória pouco conhecida.

    O que é o metapneumovírus humano?

    A doença em questão é o metapneumovírus humano (hMPV), um vírus respiratório que causa doenças respiratórias superiores (rinite e sinusite, por exemplo, entre outros) e inferiores (pneumonia, bronquite, etc.).

    Doença sazonal

    É uma doença sazonal que geralmente ocorre no inverno e início da primavera, semelhante ao vírus sincicial respiratório (VSR) e à gripe.

    Um vírus potencialmente assassino

    Assim como o VSR, o metapneumovírus humano (hMPV) pertence à família Pneumoviridae, o que o torna um vírus potencialmente mortal.

    Quem está mais em risco?

    Qualquer pessoa pode ser infectada com hMPV, porém ele é mais comum em crianças, adultos mais velhos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido.

    Crianças e hMPV

    A maioria das crianças que se infectam com hMPV tem cinco anos ou menos. Destes, um pequeno número (5-16%) de infectados desenvolverá uma infecção do trato respiratório inferior, como pneumonia.

    Idosos e hMPV

    Idosos infectados com metapneumovírus humano também estão propensos a desenvolver pneumonia ou outros distúrbios respiratórios, como bronquiolite ou bronquite, de acordo com a American Lung Association.

    Sistema imunológico enfraquecido

    Outros que estão em risco de contrair hMPV são aqueles com sistema imunológico enfraquecido, talvez como resultado de quimioterapia ou em recuperação de um transplante de órgão. Além disso, qualquer pessoa com uma doença pulmonar subjacente sempre estará suscetível ao hMPV.

    Sinais e sintomas

    Os sintomas comuns do metapneumovírus humano incluem tosse, dor de garganta, febre, congestão nasal e falta de ar – os mesmos sinais da gripe ou de COVID-19. E aí está o dilema. O patógeno hMPV é frequentemente ignorado devido à sua semelhança com esses distúrbios respiratórios mais familiares.

    Uma condição médica pouco conhecida

    O metapneumovírus humano foi descoberto em 2001, mas, embora o uso de testes de diagnóstico molecular tenha aumentado a identificação e a conscientização sobre o hMPV, a doença em sua maior parte permaneceu desconhecida do público.

    Estreptococos do grupo B em idosos
    ©Shutterstock
    Surpreendentemente comum

    No entanto, estudos nos últimos quatro anos mostraram que o hMPV era tão comum quanto o vírus sincicial respiratório (VSR) e quanto a gripe em pacientes internados no hospital, de acordo com o jornal britânico Mirror.

    Os mais jovens em perigo
    Casos de hMPV estão em crescimento
    ©Shutterstock

    Além disso, o hMPV foi a segunda causa mais comum de infecções respiratórias em crianças, atrás do VSR nos últimos 25 anos.

    Casos de hMPV estão em crescimento

    Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos registraram recentemente um pico de casos de hMPV no país, embora poucos cidadãos pareçam estar cientes da natureza exata do vírus.

    Não estamos cientes do perigo
    Testes para o vírus
    ©Shutterstock

    Mas o que é mais preocupante é que a maioria das pessoas parece ignorar o quanto este vírus é potencialmente perigoso e, até mesmo, fatal.

    Testes para o vírus

    Mas o CDC também relatou uma disposição do público em geral para aprender mais sobre o hMPV e seu efeito sobre a saúde.

    Transmissão

    A transmissão do hMPV, provavelmente, acontece de uma pessoa infectada para outras através de secreções de tosse e espirros.

    O metapneumovírus humano também pode ser transmitido através do contato pessoal próximo com pessoas infectadas, como tocar ou apertar as mãos.

    A propagação do vírus também é promovida pelo contato com objetos e superfícies contaminadas por secreções dos contaminados, que com frequência tocam a boca, o nariz ou os olhos.

    Período de circulação

    O metapneumovírus humano circula em ciclos anuais distintos, iniciando-se no inverno e prolongando-se até a primavera. De forma confusa, o VSR e a influenza podem circular simultaneamente durante a temporada dos vírus respiratórios.

    Quando ir ao médico

    Sintomas leves do hMPV podem ser tratados com medicamentos de venda livre para controlar a dor, a febre e a congestão. A recuperação geralmente leva cerca de 10 dias.

    Sintomas mais severos

    No entanto, pacientes com sintomas mais graves, como chiado no peito ou falta de ar, devem marcar uma consulta com o médico. Inalador temporário e esteroides podem ser prescritos.

    De acordo com o CDC, atualmente não há terapia antiviral específica para tratar o hMPV e nenhuma vacina para prevenir a doença. Os cuidados médicos são puramente de apoio.

    A Prevenção

    Os métodos de prevenção da propagação do hMPV são conhecidos de todos nós, já que os procedimentos seguem de perto os que fizemos durante o confinamento de COVID-19. Em primeiro lugar, evite tocar em pessoas infectadas e lave as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos.

    Independentemente de estar com os sinais do vírus ou não, evite tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.

    É importante evitar contato próximo com pessoas que estejam doentes ou que apresentem sinais de terem contraído o hMPV.

    Adquira o hábito de limpar possíveis superfícies contaminadas, coisas como tampos de mesa e maçanetas. Isso pode ajudar a evitar a propagação do vírus.

    Associação com pneumonia

    Esteja ciente de que o hMPV está associado a um risco aumentado de desenvolver pneumonia bacteriana. Esta condição é tipicamente tratada com antibióticos.

    Pessoas com doenças pulmonares crônicas, como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e fibrose pulmonar, devem sempre tomar precauções para se proteger do hMPV, da gripe e de outras doenças contagiosas.

    Um vírus relativamente novo

    O fato do hMPV ser um vírus respiratório reconhecido só recentemente significa que os profissionais de saúde podem não considerar ou testar rotineiramente a doença.

    Maior conscientização

    “[Porém] há uma atenção muito maior para identificar a causa (das infecções) do que já tivemos antes”, garante o Dr. Rick Malley, especialista em doenças infecciosas do Hospital Infantil de Boston, durante uma entrevista ao USA Today.

    StarsInsider

  • Lira diz que é viável votar a regulamentação da reforma tributária neste semestre

    Lira diz que é viável votar a regulamentação da reforma tributária neste semestre

    Presidente da Câmara vai discutir calendário de votações com o ministro da Fazenda nesta tarde

    O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o cenário ideal é votar a regulamentação da reforma tributária ainda neste semestre. Ele informou que vai se reunir nesta tarde com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para apresentar um calendário de votações das leis complementares que vão regulamentar a reforma aprovada no ano passado. Segundo ele, o ideal é que não haja demora para essa votação. A expectativa de Lira é que esse calendário seja apresentado ainda hoje. O presidente deu a declaração em evento que debateu os desafios para a mobilidade de baixo carbono no Brasil, promovido pelo grupo Esfera Brasil.

    “Eu penso que a gente tem que resolver isso no primeiro semestre. É factível. Vamos para o detalhamento [da reforma], o pente fino, vamos separar “A” de “B”, mas precisamos de tempo, não pode ser feito de afogadilho e não podemos passar de 2024”, disse Lira.

    O governo deve encaminhar alguns projetos de lei complementar para regulamentar a reforma como a que criará o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) para englobar o ICMS e o ISS; e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para substituir o PIS, o PIS-Importação, a Cofins e a Cofins-Importação. Outra lei vai tratar do chamado imposto para taxar produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente. Outra proposta deve estabelecer regimes tributários específicos pra alguns setores, como os de combustíveis, imóveis e cooperativas, entre outros pontos.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • Lula alimenta polarização em reunião do ministério e vê gestão aquém do esperado

    Lula alimenta polarização em reunião do ministério e vê gestão aquém do esperado

    Em uma reunião ministerial realizada após pesquisas indicarem a queda da popularidade do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a alimentar a polarização com o seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente foi tema de boa parte do discurso do petista na abertura do primeiro encontro do ano com os 38 ministros. No plano administrativo, Lula admitiu mais uma vez que seu governo está aquém do que foi prometido.

    O presidente disse que o último ano foi de “recuperação” e sabe que ainda falta muito a fazer naquilo com que se comprometeu durante a campanha eleitoral. A retomada, conforme o discurso do petista, foi o gancho para os ataques a Bolsonaro, a quem Lula classificou como “covardão”. O petista afirmou que o País “correu sério risco de ter um golpe” após as eleições de 2022.

    “Não teve golpe não só porque algumas pessoas que estavam no comando das próprias Forças Armadas não quiseram fazer, não aceitaram a ideia, mas também porque o (ex-) presidente é um covardão”, afirmou Lula, destacando que Bolsonaro “preferiu fugir” para o exterior e, de lá, acompanhar o desenrolar dos fatos no País.

    Em fevereiro e neste mês, a Polícia Federal ouviu investigados e testemunhas no inquérito que apura suspeita de tentativa de golpe de Estado. Na última sexta-feira, 15, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo e os depoimentos se tornaram públicos. As declarações do ex-chefe da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior e do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes à PF narram detalhes das reuniões em que o ex-presidente teria tentado arregimentar as Forças Armadas em uma tentativa de se manter no poder.

    Para aliados de Bolsonaro, Lula ataca o adversário político para tentar reverter a queda de popularidade de sua gestão. “Qual a surpresa? É isso que podemos esperar de um governo que não tem o que mostrar”, afirmou o segundo-vice-presidente da Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), no X (antigo Twitter). O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da bancada do agronegócio, que conta com 374 parlamentares no Congresso, respondeu à postagem de Sóstenes, dizendo que “esperar uma autocrítica do líder do PT é ilusão sem final feliz”.

    Outros aliados de Bolsonaro contestaram a fala de Lula, comparando a popularidade do ex-presidente com a do atual chefe do Executivo. “Engraçado que o ‘covardão’ sai nas ruas, enquanto o outro…”, disse o presidente da Comissão de Educação da Câmara, Nikolas Ferreira (PL-MG).

    Crises

    A reunião ministerial durou cerca de quatro horas e foi convocada em meio a uma sequência de crises no governo. Em fevereiro, Lula comparou o ataque de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler e as declarações desencadearam um abalo internacional. Depois, disse estar “feliz” com a escolha da data para a eleição na Venezuela, marcada para 28 de julho – dia do aniversário de Hugo Chávez -, criticou a oposição e pediu “presunção de inocência” contra irregularidades cometidas por Nicolás Maduro.

    Recentemente, a decisão do Executivo de suspender a distribuição de dividendos extraordinários, no valor de R$ 43 bilhões, aos acionistas da Petrobras, provocou uma perda de mais de R$ 55 bilhões em valor de mercado para a empresa. Além disso, escancarou a disputa interna pelos rumos do terceiro mandato de Lula.

    A pesquisa Quaest divulgada no dia 6 preocupou o Palácio do Planalto. O levantamento mostra que a avaliação negativa do governo subiu cinco pontos porcentuais (34%), encostando na positiva (35%). A desaprovação do presidente, por sua vez, passou de 43% em dezembro para 46% agora. Entre os evangélicos, o índice de reprovação chega a 62%. Já o porcentual dos que aprovam o trabalho de Lula caiu de 54% para 51%. Outras pesquisas também identificaram problemas e fizeram acender o sinal amarelo no Planalto.

    Recado

    Na reunião ministerial, Lula avisou aos integrantes do primeiro escalão que não quer que novos programas sejam anunciados pelo governo. Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente cobrou foco na concretização do que já foi divulgado.

    Lula já havia dado recado semelhante a ministros ao longo de 2023. De acordo com Costa, a ideia é evitar a “pulverização” dos programas e garantir que não haja ações demais para que todas sejam executadas e divulgadas a contento. Ele deu as declarações no Planalto ao lado do ministro Paulo Pimenta (Secom). Pimenta disse que a reunião de ontem foi de alinhamento do governo.

    Reuniões ministeriais costumam ser convocadas para o presidente alinhar ministros em torno dos discursos e prioridades da gestão. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisou desmarcar a viagem que faria à Alemanha, ontem, para participar da reunião. No ano passado, Lula realizou quatro reuniões com os chefes das pastas.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

  • Ex-comandante do Exército desdiz o que escreveu sobre acampamentos e usa tese rebatida por Moraes

    Ex-comandante do Exército desdiz o que escreveu sobre acampamentos e usa tese rebatida por Moraes

    Trechos do depoimento do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes à Polícia Federal sobre os acampamentos golpistas em frente a quarteis contradizem uma nota assinada por ele em 2022 ou já foram contestados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal dos inquéritos que investigam a participação de militares em tentativa de golpe.

    Publicada em 11 de novembro de 2022, quando Lula já havia vencido a eleição, e assinada pelo general Freire Gomes, então comandante do Exército, em conjunto com seus homólogos da Marinha (almirante Almir Garnier) e da Aeronáutica (brigadeiro Baptista Junior), a nota “Às Instituições e ao Povo Brasileiro” deixava claro o endosso dos comandantes aos acampamentos.

    O texto lembrava que a Constituição assegura “livre manifestação do pensamento”, “liberdade de reunião, pacificamente” e “liberdade de locomoção no território nacional” e foi inteiramente assentado nessa tese.

    No seu depoimento à PF em 2 de março passado, entretanto, ao ser indagado se a nota “foi utilizada como respaldo das Forças Armadas para manifestações de apoiadores que estavam acampados em frente às instalações militares”, Freire Gomes respondeu que não.

    “Que tal interpretação foi dada de forma equivocada”; “que o objetivo era demonstrar que as manifestações não deveriam ocorrer em frente às instalações militares, e sim no âmbito do Poder Legislativo”.

    Não há nenhum trecho da nota que ampare esta última afirmação. As menções que há na nota sobre o Legislativo dizem respeito a leis aprovadas no Congresso ou a “importância da independência dos Poderes, em particular do Legislativo, Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua, sempre na busca de corrigir possíveis arbitrariedades ou descaminhos autocráticos que possam colocar em risco o bem maior de nossa sociedade, qual seja, a sua liberdade”.

    A referência ao Legislativo foi vista na época como uma indireta ao Judiciário, uma vez que Bolsonaro e seus aliados viam (e veem) abuso de poder por parte do Supremo, em particular do ministro Alexandre de Moraes.

    Na outra menção ao Legislativo, a nota dos comandantes reitera seu apoio à livre expressão ao afirmar que, na lei nº 14.197, de 2021, “o Parlamento Brasileiro foi bastante claro ao estabelecer que: ‘Não constitui crime […] a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais, por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais’”.

    Noutra passagem tida como recado ao Judiciário, os comandantes escreveram que “são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública”.

    Outro ruído do depoimento de Freire Gomes em relação aos acampamentos diz respeito a uma suposta omissão dos comandantes por não terem desmantelado a tempo aqueles locais, apesar da pauta dos manifestantes ser abertamente golpista -não reconheciam o resultado das eleições e pediam um golpe militar.

    À PF o ex-comandante respondeu “que não havia suporte jurídico para remoção das manifestações naquele momento” e “que nunca houve uma ordem judicial” nesse sentido.

    Relator de todas as investigações no STF sobre tentativas de golpe por parte de Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes já refutou a tese.

    Em entrevista dezembro passado, a Folha de S.Paulo perguntou a Moraes sobre o argumento, na época já encampado por muitos militares e demais aliados de Bolsonaro.

    “A Justiça age a pedido”, respondeu o ministro. Moraes citou dois casos em que, por solicitação das autoridades, o STF determinou a retirada dos acampamentos, em Belo Horizonte e em Rio Branco, o primeiro antes mesmo dos ataques de 8 de janeiro -depois, vários outros também seriam desmontados.

    “Bastaria às Forças Armadas, e isso faz parte do poder de polícia dos órgãos administrativos, retirarem [os acampamentos], até pela quebra de segurança. Aqueles acampamentos na frente dos quarteis atentavam contra a própria segurança das Forças Armadas. Eles não sabiam exatamente o que poderia ocorrer. E isso que está sendo investigado, quem eventualmente colaborou para isso de dentro das Forças Armadas.”

    Assim como outros ministros do STF, Moraes considera “um grande erro” a manutenção de acampamentos em frente aos quarteis após a definição da eleição presidencial de 2022.

    “Não existe liberdade de expressão em você acampar na frente de um quartel pedindo para as Forças Armadas derrubarem o regime democrático. Isso não é permitido em nenhum lugar do mundo. E não há também, como se levantou à época, impunidade ou inviolabilidade nesses locais por serem militares. Obviamente que não. A administração é militar, mas os crimes praticados lá podem e devem ser combatidos pela polícia”, disse.

    “Manifestação na frente de quartel pedindo golpe militar, pedindo volta do AI-5, pedindo a quebra do regime democrático, pedindo o fechamento de poderes, é crime. Isso o Supremo já pacificou. Agora o processo vai analisar a autoria de cada um.”

    Freire Gomes também mencionou um parecer da AGU (Advocacia-Geral da União) de 2019 que, por sua versão, impediria as Forças Armadas de agirem contra os acampamentos.

    O referido parecer, no entanto, embora afirme que deve caber à polícia realizar prisões em flagrante delito quando ocorrem crimes comuns próximos a quarteis, diz também que “o perímetro de 1.320 metros em torno dos estabelecimentos militares continua a constituir área de servidão militar sobre a qual o Estado (Forças Armadas) possui o direito real de gozo, em prol do interesse público ínsito à função militar”.

    Com base no texto da AGU, o Exército poderia, se quisesse, ter pelo menos bloqueado os acessos aos quarteis.

    Diz o parecer: “É possível que as Forças Armadas promovam, na área de 1.320 metros ao redor dos estabelecimentos militares, ações típicas de polícia administrativa, incidentes sobre bens, direitos ou atividades, citando-se como exemplos: patrulhamento, fiscalização de trânsito no perímetro da OM, com estabelecimento temporário de posições estáticas ao longo do seu itinerário, junto aos limites das instalações militares, bem como o bloqueio dos acessos ao quartel”.

    No termo de depoimento de Freire Gomes à PF, não consta se o ex-comandante foi indagado se os comandantes receberam ordem superior para permitir a manutenção dos acampamentos -que, no caso, só poderia ter partido do ministro da Defesa, à época Paul Sérgio Oliveira, ou do então presidente, Bolsonaro.

    Folha de São Paulo

  • INSS anuncia data da primeira parcela antecipada do 13º salário em 2024

    INSS anuncia data da primeira parcela antecipada do 13º salário em 2024

    Decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicado no Diário Oficial da União antecipa o pagamento do abono anual a aposentados e pensionistas, conhecido como décimo terceiro salário de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

    De acordo com o texto, a primeira parcela do abono anual será paga na folha de abril e a segunda na folha de maio,  ou seja, o pagamento da primeira parcela será depositado entre os cinco últimos dias úteis de abril e cinco primeiros dias úteis de maio e a segunda parcela entre os cinco últimos dias úteis de maio e cinco primeiros dias úteis de junho.

    INSS: Confira o calendário de pagamentos de 2024
    Créditos: Divulgação/INSS

    Têm direito ao benefício segurados e dependentes da Previdência Social que, durante o ano de 2024, tenham recebido auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão.

    “Na hipótese de cessação programada do benefício antes de 31 de dezembro de 2024, será pago o valor proporcional do abono anual ao beneficiário”, destaca a publicação.

    Calendário de pagamentos do INSS:

    Confira abaixo as datas de pagamento do INSS, organizadas de acordo com o valor do benefício:

    Consulte facilmente a data de pagamento do seu benefício

    As datas de pagamento variam de acordo com o montante do benefício, criando uma distinção clara entre os depósitos destinados aos beneficiários com renda mensal de até um salário mínimo e aqueles com renda superior ao piso nacional.

    Para determinar a data de pagamento, é simples: basta observar o último algarismo do cartão de benefício, desconsiderando o dígito verificador após o traço. Por exemplo, se um cartão exibe o número 123456789-0, o dígito final considerado é o 9.

    Para aqueles com histórico de recebimento, a data de pagamento segue o padrão comum, simplificando o processo para os beneficiários.

    Acesse seu extrato do INSS de forma simples e rápida

    Para conferir o extrato do INSS, os segurados podem utilizar tanto o aplicativo do INSS quanto o site Meu INSS.

    O acesso é feito através da conta Gov.br, o login único para os serviços digitais do governo federal.

    Tanto no aplicativo quanto no site, o segurado terá acesso a informações cruciais, como o extrato de pagamento de benefícios, os valores a serem recebidos no próximo calendário, as datas de pagamento, além de possibilitar o agendamento ou remarcação de perícias e a utilização de outros serviços relacionados aos benefícios da seguridade social.

    A modernização dos serviços digitais proporciona aos beneficiários uma experiência mais eficiente e acessível.

    Com informações da Agência Brasil.

  • Atenção! 46 mil chaves Pix têm dados cadastrais expostos, diz BC

    Atenção! 46 mil chaves Pix têm dados cadastrais expostos, diz BC

    46.093 chaves Pix de clientes da Fidúcia foram expostas em um vazamento de dados, segundo comunicado do Banco Central (BC) nesta última segunda-feira (18). Este é o 6º incidente desde o lançamento do Pix em 2020.

    Falhas nos sistemas da Fidúcia causaram a exposição de dados cadastrais, como nome, CPF e telefone. Informações protegidas como saldos, senhas e extratos não foram comprometidas.

    O impacto potencial foi baixo, mas o BC optou por divulgar por transparência

    Segundo o BC, os clientes afetados serão notificados pelo aplicativo Phi Pagamentos ou internet banking da Fidúcia. Fique atento: o BC não usa outros canais (ligações, SMS, etc.) para comunicar sobre o Pix.

    Mesmo assim, conforme o órgão, os dados expostos não significa que foram acessados, mas sim que ficaram visíveis para terceiros por algum tempo.

    Com a investigação em curso, o BC pode aplicar sanções à Fidúcia, incluindo multas, suspensão ou exclusão do Pix.

    Jetts