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  • Israel declara Lula ‘persona non grata’ após declarações sobre Holocausto

    Israel declara Lula ‘persona non grata’ após declarações sobre Holocausto

    Após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista, o líder brasileiro foi declarado persona non grata pelo governo de Benjamin Netanyahu.

    Persona non grata é uma expressão em latim cujo significado literal é algo como “pessoa não agradável” ou “não bem-vinda”. Na diplomacia, a expressão se aplica a um representante estrangeiro que não é mais bem-vindo em missões oficiais em determinado país.

    Nas redes sociais, o ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que Lula não será bem-vindo no país até que se retrate por suas palavras.

    A decisão foi anunciada por Katz após encontro com o embaixador do Brasil em Israel no Yad Vashem, o memorial oficial de Israel em Jerusalém para lembrar as vítimas do Holocausto.

    O diplomata brasileiro foi convocado pelo governo Netanyahu para prestar esclarecimentos sobre as declarações de Lula.

    O presidente falou sobre o assunto durante uma entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou neste fim de semana de uma reunião da cúpula da União Africana.

    Lula já havia falado sobre a situação dos palestinos em seu discurso no evento, mas a declaração durante a entrevista gerou uma forte reação do governo israelense.

    A BBC News Brasil procurou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e o Ministério de Relações Exteriores brasileiro para um posicionamento sobre as declarações do chanceler israelense, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

    Mais de 28,8 mil palestinos, incluindo civis, mulheres e crianças, morreram durante os mais recentes ataques de Israel à Faixa de Gaza. O país iniciou uma guerra contra o Hamas em outubro após a morte de mais de 1.200 pessoas e o sequestro de 253 reféns em um ataque do grupo em Israel.

    Leia mais, a seguir, sobre o que Lula falou sobre o conflito e qual foi a reação de Israel.

    Lula e Netanyahu em encontro em Jerusalém em 2009
    CRÉDITO,GETTY IMAGES – Lula e Netanyahu em encontro em Jerusalém em 2009

    As declarações

    Durante sua viagem, Lula questionou a decisão de alguns países de suspender verbas à agência da ONU que dá assistência aos palestinos, a UNRWA.

    A suspensão havia acontecido porque Israel acusou funcionários da agência de envolvimento com o Hamas.

    Lula afirmou que a ajuda humanitária aos palestinos não pode ser suspensa e disse que, se confirmado que houve erros na UNRWA, deve haver responsabilização.

    “Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar a contribuição para a questão humanitária aos palestinos, eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente?”, disse o presidente.

    “E qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?”, afirmou.

    “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus.”

    “Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças. Se teve algum erro nessa instituição que recolhe o dinheiro, apura-se quem errou. Mas não suspenda a ajuda humanitária para o povo que tá há quantas décadas tentando construir o seu Estado”, disse o presidente.

    Lula também reiterou que condena o Hamas e os ataques realizados por eles.

    “O Brasil condena o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que Israel está fazendo na Faixa de Gaza”, disse.

    No sábado (17), Lula havia se encontrado com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh.

    O Palácio do Planalto afirmou que o presidente brasileiro condenou ataques do Hamas durante a reunião e reiterou a necessidade de paz no Oriente Médio e necessidade da criação de um Estado Palestino. Shtayyeh agradeceu a Lula pela solidariedade com o povo palestino, segundo o governo brasileiro.

    Por que a fala causou tanta controvérsia?

    O genocídio de mais de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial é um tema bastante sensível.

    A fala de Lula gerou uma forte reação de instituições judaicas, que afirmam que comparar a situação dos palestinos afetados pelos ataques de Israel com o genocídio de judeus feito pelos nazista é uma forma de “banalizar o Holocausto”.

    A Conib (Confederação Israelita do Brasil) emitiu uma nota de repúdio à fala de Lula, na qual defendeu as ações de Israel.

    “Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua carta de fundação a eliminação do Estado judeu”, diz o comunicado da entidade.

    “Essa distorção perversa da realidade ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”, afirmou.

    O presidente do Museu do Holocausto em Jerusalém, Dani Dayan, afirmou que a fala de Lula é “vergonhosa” e uma “combinação de ódio e ignorância”.

    Ministros do governo defenderam Lula nas redes sociais.

    “Todo meu apoio às preocupações do presidente Lula em relação ao conflito que vem cruelmente atingindo civis na Faixa de Gaza, vítimas do governo de extrema-direita de Israel”, escreveu Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) na rede social X.

    “A fala do presidente Lula sobre o que está acontecendo em Gaza é corajosa e necessária. Já são mais de 20 mil mortos palestinos através de ataques promovidos por Israel. Que esse posicionamento incentive outros países a condenarem a desumanidade que estamos vendo dia após dia”, disse Sônia Guajajara (Povos Indígenas), também no X.

    BBC

  • Motoristas com 50 anos ou mais poderão ter desconto na renovação da CNH

    Motoristas com 50 anos ou mais poderão ter desconto na renovação da CNH

    A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) terá sua primeira reunião do ano na terça-feira (20), às 10 horas, com sete itens em pauta. Um deles é o projeto que estabelece que os motoristas com idade de 50 anos ou mais terão desconto na renovação da carteira nacional de habilitação (CNH).

    O PL 5.153/2023 determina que o desconto será calculado sobre o valor integral cobrado aos demais condutores pelo órgão executivo de trânsito a título de taxa administrativa na renovação das carteiras. O texto, de autoria do senador Fernando Dueire (MDB-PE), reduz em 50% o valor da taxa para condutores com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 anos. Para aqueles com idade igual ou superior a 70 anos, a redução será de 70%.

    O autor argumenta que a cobrança sem diferenciação aos condutores sujeitos a prazo menor de renovação impõe ônus financeiro desproporcional aos maiores de 50 anos. Para Dueire, é injusto que o mesmo valor a título de taxa administrativa seja cobrado de um condutor cuja CNH tenha vigência menor. O senador cita como exemplo o idoso de 75 anos, que precisa fazer a renovação a cada 3 anos e pagaria 30% do valor aplicável aos condutores menores de 50 anos. O projeto seria, na visão do autor, uma forma de privilegiar a isonomia e a inclusão no trânsito

    A relatora, senadora Teresa Leitão (PT-PE), é favorável ao projeto. Ela aponta que a concessão de desconto na renovação da CNH para pessoas acima de 50 anos é meritória. A senadora diz que, se os indivíduos com idade entre 50 e 70 anos precisam renovar sua habilitação duas vezes a cada dez anos, é justo que paguem a metade daqueles que podem renová-las uma única vez a cada década. O mesmo raciocínio se aplicaria aos maiores de 70 anos, que necessitam renovar sua CNH três vezes a cada década.

    Se aprovada na CAE, a matéria seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde vai tramitar em decisão final.

    Pedágios e cadastro de obras

    A pauta da CAE ainda traz um projeto de lei que inclui os cartões de crédito e débito como meio de pagamento de tarifas de pedágios em rodovias federais (PL 4.643/2020) e outro que cria o cadastro informatizado de obras públicas custeadas com recursos federais (PL 1.343/2022). Fonte: Agência Senado

  • Bilionário, Abilio Diniz morre aos 87 anos

    Bilionário, Abilio Diniz morre aos 87 anos

    O empresário Abilio Diniz morreu aos 87 anos. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e foi vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite.

    O velório será realizado nesta segunda-feira (19), no Salão Nobre do Estádio do Morumbi, do São Paulo, seu clube do coração, das 11h às 15h.

    Com a trajetória marcada pelo empreendedorismo, Abilio Diniz  transformou a doceria da família, fundada em 1949 por seu pai, Valentim Diniz, em um dos maiores negócios do Brasil: o Grupo Pão de Açúcar.

    Abilio assumiu o comando do grupo na década de 1990 e deixou o  “GPA” em 2013. Além da trajetória no Pão de Açúcar, teve outras atuações de destaque como empreendedor e foi acionista do Carrefour Brasil.

    CNN

    Homenagens

    Muitas personalidades já nos deixaram no ano de 2024. Abilio dos Santos Diniz, o 31º brasileiro mais rico do mundo, morreu aos 87 anos de idade. Segundo informações da revista Forbes, o fundador do Grupo Pão de Açúcar teve uma insuficiência respiratória em função de uma pneumonia e deixou uma fortuna estimada em quase 10 bilhões de reais. A notícia foi divulgada pela irmã dele, Lucília Diniz, em uma publicação do Instagram: Hoje o inacreditável aconteceu: o Abílio nos deixou. Perco meu irmão mais velho, meu primeiro mentor, meu ex-sócio aguerrido e, sobretudo, um dos meus amigos mais queridos. […] Abílio foi gigante e, também, um homem de fé. E, como tal, tenho fé de que logo ele estará ao lado de nossos pais e aos abraços com seu filho João Paulo. Esta é a imagem que quero manter dele até o dia que nos encontrarmos novamente. Descanse em paz, irmão querido. Nos comentários, alguns famosos deixaram mensagens de condolências à família. Junno Andrade, companheiro de Xuxa Meneghel, escreveu: Lu querida, meu mais profundos sentimentos!!! Muita força e paz pra voce e toda sua familia!. Já Isabella Fiorentino disse: Lu sinto muito, muito mesmo! Que Deus e nossa senhora console o coração de vocês! E ele, nós sabemos, está na Glória de Deus Pai! Luciano Huck usou suas redes sociais para compartilhar um clique ao lado de Abílio e lamentou: Viver a vida é construir memórias. E nisso, Abilio foi o mestre dos magos. Além de empreendedor competente e corajoso, empresário de sucesso, brasileiro preocupado com o Brasil, filantropo, pai e marido presente, ele era o pai do meu melhor e mais longevo amigo. Convivi com o Bilo desde os meus oito anos de idade, ele me viu crescer e sempre vibrou muito com as minhas conquistas. E eu o vi se transformar. O tempo e o amor fizeram o empresário implacável, com punhos e nervos de aço, se transformar em um homem atencioso, carinhoso, presente, que, mesmo gostando de falar, aprendeu a ouvir. Um homem apaixonado pela vida, pela família, pelos amigos, pelo São Paulo. Vá em paz, meu amado amigo. O João esta te esperando.

    Estrelando

  • Dino quer trocar aposentadoria compulsória por demissão sem salário de juiz, militar e promotor

    Dino quer trocar aposentadoria compulsória por demissão sem salário de juiz, militar e promotor

    Em breve passagem no Senado antes de assumir a vaga como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino (PSB-MA) irá apresentar, nesta segunda-feira, 19, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) propondo o fim das aposentadorias compulsórias a juízes, promotores e militares que cometerem delitos graves. Ao invés disso, ele sugere a exclusão do serviço público.

    O texto ainda buscará colher assinaturas. Ele precisa do apoio de 27 senadores, o que equivale a um terço de todos os 81 integrantes da Casa. “Não há razão para essa desigualdade de tratamento em relação aos demais servidores públicos que, por exemplo, praticam crimes como corrupção ou de gravidade similar”, diz Dino.

    Em dissertação de mestrado, em 2001, Dino se opôs à demissão para juízes por ato administrativo. “Com isso, revogar-se-ia uma das mais importantes garantias da independência da magistratura — isto é, a vitaliciedade — que se diferencia da mera estabilidade exatamente por implicar a vedação de demissão por ato administrativo”, escreveu Dino. A PEC que criou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estabeleceu que a punição máxima aplicada pelo colegiado a um magistrado seria de aposentadoria compulsória com direito a continuar recebendo remuneração.

    O agora senador deixou o ministério da Justiça no final de janeiro e voltou ao Senado Federal no começo de janeiro. Ele disse, dias antes do retorno, que apresentaria cinco propostas legislativas e faria discursos no plenário da Casa.

    No plenário do Senado, Dino criticou ações para restringir poderes da Corte. Para ele, há “falsas soluções” sendo colocadas em debate, como a defesa de impeachment de ministros do STF. Um dos projetos apresentados por ele, por sua vez, visa proibir o acampamento de pessoas em quartéis.

    O último ato de Dino no Senado será na próxima terça-feira, 20. Ele fará um discurso de despedida no plenário e se despedirá oficialmente da Casa na quarta-feira. “Semana cheia de emoções boas. E, como sempre, de muito trabalho”, afirma.

    Dino assumirá o STF na próxima quinta-feira, 22. Ele herdará a relatoria de 344 processos que estavam no gabinete da ministra aposentada Rosa Weber. Entre eles, há investigações sobre o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, investigado pela Polícia Federal em operação baseada em reportagens do Estadão. Eles foram parceiros na Esplanada dos Ministérios.

    Estadão

  • Pendências do STF para aposentados do INSS e trabalhadores em 2024

    Pendências do STF para aposentados do INSS e trabalhadores em 2024

    O STF (Supremo Tribunal Federal) adiou para o final deste mês de fevereiro o julgamento da revisão da vida toda, que permite ao segurado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) usar todas as suas contribuições previdenciárias para o cálculo de benefício, não apenas as feitas após julho de 1994.

    A correção é aguardada há anos, mas não é o único processo pelo qual brasileiros esperam uma decisão. Confira outras sete ações que podem afetar a renda de aposentados e trabalhadores na ativa e estão para entrar na pauta da Corte em 2024.

    AS PRINCIPAIS AÇÕES EM DEBATE NO SUPREMO

    1 – REVISÃO DA VIDA TODA

    A revisão da vida toda deve voltar ao plenário do STF no dia 28 de fevereiro de 2024 e pode ter uma reviravolta. O julgamento será retomado com a inclusão na pauta da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 2.111, que pede a derrubada do fator previdenciário, aprovado pela lei 9.876, de 1999.

    Trata-se de uma ação em tramitação no Supremo há mais de 20 anos que contesta a implementação do fator e pode afetar a revisão da vida toda, caso o plenário aprove o voto do ministro Luís Roberto Barroso que derruba a regra de transição da lei de 99.

    A revisão da vida toda é aguardada por aposentados e pensionistas desde 2018, quando o caso chegou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). A correção possibilita ao segurado do INSS usar todas as contribuições antigas na aposentadoria, feitas antes de julho de 1994, quando passou a valer o Plano Real.

    Tem direito à correção o segurado que se aposentou nos últimos dez anos, desde que seja com as regras anteriores à reforma da Previdência, instituída pela emenda 103, em 13 de novembro de 2019. É preciso, ainda, que o benefício tenha sido concedido com base nas regras da lei 9.876, de 1999.

    O tema 1.012 (revisão da vida toda) chegou ao STF em 2020, após ser julgado procedente no STJ no ano anterior.

    A revisão foi aprovada no Supremo em dezembro de 2022, por 6 votos a 5, mantendo entendimento do STJ, de que, diante de mudança nas regras previdenciárias, o segurado tem direito de escolher a que lhe seja mais favorável.

    Porém, após o reconhecimento, a AGU (Advocacia-Geral da União), que representa o INSS na Justiça, entrou com recurso para limitar os efeitos da decisão e o alcance do pagamento.

    2 – APOSENTADORIA ESPECIAL PARA VIGILANTES

    O Supremo pode julgar neste ano o tema 1.209, que trata sobre o direito de vigias e vigilantes à aposentadoria especial do INSS, que garante o benefício com menos tempo de trabalho.

    O Superior Tribunal de Justiça garantiu o direito, inclusive no caso de vigilantes que não portam arma de fogo no exercício da sua função, mas o INSS recorreu.

    Atualmente, todos os processos judiciais do tipo estão suspensos.

    A forma de provar a atividade de risco é por meio laudo ou formulário padronizado pelo INSS, como o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário).

    O STJ definiu ainda que o tempo especial pode ser comprovado por meio de outras provas, por similaridade, utilizando laudo de outro colega.

    3 – DIREITO À PENSÃO POR MORTE DO MENOR SOB GUARDA

    A ação integra o tema 1.271 e deve determinar se crianças e adolescentes que estão sob guarda –ou seja, cujos responsáveis ainda não têm a tutela legal– podem receber a pensão em caso de morte do adulto responsável.

    O motivo do julgamento é que a reforma da Previdência de 2019 equiparou a filhos apenas o enteado e o menor tutelado, desde que haja dependência econômica do segurado que morreu.

    Crianças e adolescentes sob guarda, no entanto, não estariam amparados pela lei e ficariam sem o benefício.

    O STF já decidiu que o caso tem repercussão geral. Agora, aguarda-se o posicionamento final dos ministros. O STJ e a Justiça do Ceará, de onde vem o caso, definiram que negar a proteção social da pensão por morte ao menor fere o Estatuto da Criança e do Adolescente.

    4 – APOSENTADORIA ESPECIAL DE POLICIAL CIVIL

    Em setembro de 2023, o Supremo Tribunal Federal decidiu que policiais civis que tenham preenchido os requisitos para a aposentadoria especial voluntária têm direito ao cálculo do benefício com base na regra da integralidade, conforme determina lei de 1985.

    Esses profissionais também podem ter direito à paridade com policiais da ativa, mas, neste caso, é necessário que haja previsão em lei complementar estadual anterior à promulgação da Emenda Constitucional 103/2019.

    A integralidade é o direito de se aposentar recebendo o último salário da ativa e a paridade garante ao servidor aposentado o mesmo reajuste dado aos profissionais que estiverem em exercício.

    O caso que chegou ao STF em 2018 é de uma policial de Itanhaém, litoral de São Paulo, que pedia a aposentadoria com as regras de integralidade e paridade da lei de 1985. No TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), a funcionária pública ganhou o direito à integralidade, mas perdeu a paridade.

    Tanto ela quanto a SPPrev (São Paulo Previdência) recorreram. O órgão previdenciário de SP quer que integralidade seja considerada como 100% da média salarial, e não com base no último salário.

    5 – REVISÃO DO FGTS

    O Supremo Tribunal Federal deixou para 2024 a decisão no processo que pede que a mudança no índice de correção do FGTS (fundo de garantia). O caso começou a ser julgado, mas houve pedido de vista do ministro Cristiano Zanin.

    A ação judicial questiona a constitucionalidade da correção do Fundo. O retorno atual do FGTS é de 3% ao ano mais a TR (Taxa Referencial), que rende próxima de zero, deixando de repor as perdas do trababalhador.

    O pedido é para que a TR seja considerada inconstitucional e um índice de inflação passe a ser utilizado no FGTS. A revisão corrigiria perdas desde 1999, quando a TR foi implementada.

    Para o relator, ministro Luís Roberto Barroso, a correção do FGTS dever ser ao menos como a da poupança, mas somente a partir de 2025. Em 2024, deve ser distribuído 100% do lucro do fundo aos trabalhadores.

    Os resultados do FGTS têm sido distribuídos pela Caixa Econômica Federal desde 2017. Em 2023, 217 milhões de contas receberam quase R$ 13 bilhões, aumentando a rentabilidade do dinheiro.

    O voto de Barroso foi acompanhado por André Mendonça e por Kassio Nunes Marques. Em recurso, a AGU diz que, se a revisão for concedida, o impacto nas contas da União é de R$ 660 bilhões. Além disso, por ano, o Ministério da Fazenda calcula desembolsar R$ 8,6 bilhões a mais com o FGTS.

    6 – VÍNCULO DE TRABALHO ENTRE MOTORISTAS E APLICATIVOS

    O Supremo Tribunal Federal se prepara para analisar a existência de vínculo empregatício entre entregadores e aplicativos. O julgamento de uma reclamação levada ao STF pelo Rappi estava marcado para o início de fevereiro, mas foi adiado.

    O debate sobre o vínculo entre entregadores e apps levou a uma queda de braço entre o Judiciário trabalhista e o Supremo em 2023.

    O caso em análise é um recurso que contesta uma decisão da 2ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que reconheceu o o direito ao registro em carteira entre motociclita e um aplicativo de entrega. A relatoria da ação é do ministro Alexandre de Moraes.

    Os posicionamentos do STF sobre os motoristas de aplicativo têm tido como base definições da própria corte liberando a terceirização e outros tipos de contratação profissional, como o contrato PJ (Pessoa Jurídica).

    Outro caso em análise no STF trata sobre a Uber. O processo será julgado no plenário virtual e pode vincular de forma repetitiva as demais ações. Quando isso ocorre, a Justiça é obrigada a aplicar o mesmo entendimento em todos os processos do tipo no Brasil.

    7 – DEMISSÃO DE EMPREGADOS PÚBLICOS

    O STF também deve tomar uma decisão final sobre a constitucionalidade da demissão sem justa causa de servidores das empresas estatais e de sociedades de economia mistas admitidos por meio de concurso público.

    A repercussão geral da tese foi reconhecida, ou seja, a decisão do STF valerá para casos semelhantes em outros tribunais do país.

    A ação foi apresentada por um grupo de funcionários demitidos do Banco do Brasil em 1997. Eles pedem que o banco seja condenado a reintegrar-lhes a seus empregos e a pagar-lhes o valor dos salários que deixaram de receber.

    Folha De São Paulo

  • Moraes dá cinco dias para Zema se explicar sobre vídeo falando de vacinas ao lado de bolsonaristas

    Moraes dá cinco dias para Zema se explicar sobre vídeo falando de vacinas ao lado de bolsonaristas

    Alexandre Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), deu prazo de cinco dias para que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se explique sobre vídeo em que aparece ao lado de parlamentares bolsonaristas afirmando que não vai cobrar cartão de vacinação para matrícula de crianças na rede estadual de ensino.

    A prática é comum e tem como objetivo garantir a imunização da população infantil contra doenças como poliomielite, sarampo, catapora e, agora, Covid-19. A obrigatoriedade da aplicação de vacinas está prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

    No vídeo, publicado nas redes sociais, Zema aparece ao lado do senador Cleitinho (Republicanos-MG) e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), ambos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que, no estado, todo aluno, vacinado ou não, terá acesso à escola.

    A decisão foi tomada pelo ministro Moraes dentro da Reclamação 65.586 apresentada à Corte por quatro parlamentares de Minas Gerais do PSOL: a deputada federal Célia Xacriabá, a deputado estadual Bella Gonçalves, e as vereadoras por Belo Horizonte Iza Lourenço e Cida Falabella.

    A argumentação das parlamentares é que o anúncio do governador fere a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 754, relatada pelo ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski que trata da vacinação no país.

    A decisão do ministro Moraes é desta quinta (15). O prazo dado pela Corte, porém, passa a valer a partir da notificação do governador. A reportagem entrou em contato com o Palácio Tiradentes e aguarda retorno.

    O vídeo foi publicado em 4 de fevereiro. “Aqui em Minas, todo aluno, independente de ter ou não vacinado, terá acesso às escolas”.

    Quatro dias depois, ao participar de anúncio de investimentos do governo federal em Minas, ao lado do presidente Lula, Zema foi vaiado e ouviu gritos de “vacina, sim” de integrantes de movimentos sociais que participavam da cerimônia, em Belo Horizonte.

    Folha de S.Paulo

    Folha de São Paulo

  • Transferências de R$ 41 milhões, notas frias e mais: um resumo das novas acusações de Ana Hickmann contra Alexandre Correa

    Transferências de R$ 41 milhões, notas frias e mais: um resumo das novas acusações de Ana Hickmann contra Alexandre Correa

    A guerra entre Ana Hickmann e Alexandre Correa ganhou novas acusações por parte da apresentadora nesta quinta-feira (15). Segundo informações da colunista Monica Bergamo, da Folha de São Paulo, a famosa recebeu um parecer técnico pericial que afirma que o ex-marido transferiu R$ 41,8 milhões da empresa Hickmann Serviços Ltda. para contas particulares.

    O documento aponta que as saídas foram “contabilizadas de forma dissimulada” e que as transferências aconteceram “de forma completamente em desacordo com as práticas contábeis usuais”. A perícia reitera, também, a acusação de que a assinatura de Ana foi falsificada em vários documentos.

    De acordo com o documento, a maneira como os lançamentos foram feitos “caracteriza claramente uma fraude contábil, pois oculta na contabilidade os saques efetuados por Alexandre Bello Correa, assim como não evidencia integralmente e de forma correta o débito dele junto a empresa referente aos respectivos saques”. A perícia aponta, também, que houve “manipulação dos relatórios financeiros que acaba por enganar sócios e credores”.

    ANA HICKMANN X ALEXANDRE CORREA: APRESENTADORA APONTA EXISTÊNCIA DE NOTAS FRIAS

    Segundo a publicação, o dinheiro transferido para a conta de Alexandre foi registrado como despesas judiciais, postais, trabalhistas e advocatícias. Além disso, o empresário teria emitido notas frias. Em resumo, é a falsificação de uma nota fiscal, utilizada, geralmente, para enganar a Receita Federal e pagar menos tributos – ou nem pagá-los. Segundo o laudo, cerca de 32 notas frias foram emitidas, totalizando R$ 4,9 milhões.

    Em 2022 e 2023, segundo o laudo, houve uma “prática continuada de emissão de notas fiscais frias”, referentes a “documentos de vendas referindo-se a negócios que não existiram”. O perito garante que entrou em contato com as empresas apontadas nas notas e elas atestam que não haviam feito trabalhos com a Hickmann Serviços. “Observamos também que além de descontar as notas frias emitidas, em alguns casos, uma mesma nota fria era descontada em mais de uma instituição financeira”, completa o documento.

    A perícia ainda aponta que um valor que seria de antecipação de lucro foi posteriormente modificado na contabilidade para “duplicatas a receber”. Com as duplicatas, Alexandre sacava dinheiro em bancos, além de factorings e fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDC).

    Por fim, o laudo ainda aponta que Alexandre deixou de honrar impostos e contribuições. “Observa-se também a falta de recolhimento de impostos, inclusive de parcelas que já estavam negociadas”, entrega o documento.

    Em contato com a colunista Monica Bergamo, o advogado de Alexandre, Enio Martins Murad, diz que as alegações de Ana são falsas e que ela “não conseguiu provar nada do que alega”.

    Purepeople.br

  • Preços dos combustíveis não param de aumentar e ficam mais caros na próxima semana

    Preços dos combustíveis não param de aumentar e ficam mais caros na próxima semana

    A próxima semana deverá trazer um novo aumento dos preços dos combustíveis, tanto para o gasóleo como para a gasolina.

    Desta forma, e segundo fontes do mercado, na madrugada da próxima segunda-feira, 19 de fevereiro, o preço da gasolina 95 simples deverá registar um aumento de 3,5 cêntimos por litro, para um preço médio de €1,742 por litro, enquanto o preço do gasóleo simples, o combustível mais usado em Portugal, deverá registar uma subida de 2,5 cêntimos por litro para cotar a preço médio de €1,674 por litro.

    A publicação especialista em assuntos económicos lembra que a confirmarem-se estes aumentos, o preço do gasóleo simples vai registar a quinta semana consecutiva de subida, enquanto a gasolina simples vai para a oitava semana.

    Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

    AutoGear BR

  • INSS consolida liberação de auxílio sem perícia e avança na implantação da telemedicina em 2024

    INSS consolida liberação de auxílio sem perícia e avança na implantação da telemedicina em 2024

    Quatro em cada dez pedidos de auxílio-doença do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) feitos por meio do Atestmed –sistema para a inclusão do atestado médico pela internet– são concedidos sem a necessidade de perícia médica presencial.

    Do total de 1,386 milhão de auxílios por incapacidade temporária solicitados a distância pelo aplicativo ou site Meu INSS em 2023, 627,6 mil foram concedidos, o que representa 45%.

    Os demais seguiram por dois caminhos: agendamento da perícia presencial ou encaminhamento para um sistema chamado de pós-perícia, onde se analisa se o cidadão que pede o benefício é, de fato, segurado do INSS. Esse último representa 25% dos pedidos.

    Na avaliação do presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, o Atestmed tem se mostrado eficaz, o que faz com que o órgão avance na implantação da teleperícia ainda neste ano.

    Um projeto-piloto está em andamento neste mês. Os resultados consolidados devem sair em março.

    “Posso dizer a você, em primeira mão, que os resultados são alvissareiros. Nós não tivemos nenhum problema técnico”, afirmou à reportagem.

    O auxílio-doença a distância foi implantando de forma temporária em março de 2020, quando houve o fechamento das agências do INSS por causa da pandemia de coronavírus. Em 2022, lei aprovada ainda no governo de Jair Bolsonaro trouxe de volta o auxílio sem perícia.

    Em 2023, a medida foi aprimorada com a implantação do Atestmed. Segundo Stefanutto, que ingressou na Previdência há 24 anos e foi procurador do órgão, a possibilidade de liberar o auxílio-doença pela internet surgiu em 2012, quando ganhou ação judicial autorizando a medida.

    Na época, não deu certo. “Foi um desastre porque não tinha tecnologia que tem hoje”, diz. Em julho de 2023, quando assumiu a presidência do instituto, o ex-procurador solicitou o aprimoramento da ferramenta de recepção dos atestados pela internet e passou a utilizar o Atestemed.

    Os últimos dados mostram que o tempo médio de espera para a concessão do auxílio pela internet foi de 26 dias em dezembro, e a economia com a medida, implantada no segundo semestre de 2023, chegou a quase R$ 1 milhão;

    Em janeiro deste ano, o tempo médio de concessão de benefícios previdenciários em geral ficou em 46 dias, acima dos 45 dias previstos na lei.

    Agora, o instituto está utilizando a inteligência artificial e a análise de dados para evitar fraudes, motivo pelo qual parte dos peritos médicos foi contra a implantação do Atestmed. Segundo Stefanutto, o 1,3 milhão de pedidos de auxílio criaram um banco de dados de mais de 1 milhão de atestados médicos no sistema da Previdência.

    Com isso, é possível cruzar informações sobre os médicos, como em qual hospital trabalham e se o número do registro no conselho de medicina, de fato, é daquele profissional.

    A implantação da teleperícia também esbarra na resistência dos peritos, que afirmam haver parecer conselho federal da categoria contrário à medida.

    Stefanutto, no entanto, diz que não nada que justifique forçar um segurado a andar quilômetros para fazer uma perícia presencial quando é possível realizar consultas online. “Nenhum brasileiro precisa viajar, levar uma pessoa com deficiência, uma pessoa doente por 150 quilômetros, 200 quilômetros, para fazer uma perícia.”

    O QUE É O ATESTMED?

    É o sistema do INSS no qual o segurado doença que necessita do auxílio-doença, hoje chamado de auxílio por incapacidade temporária, envia o atestado médico para conseguir o benefício. O atendimento à demanda é feito totalmente online, pelo aplicativo ou site Meu INSS

    COMO CONSEGUIR O AUXÍLIO-DOENÇA A DISTÂNCIA?

    Acesse o aplicativo ou site Meu INSS

    É necessário ter senha do Portal Gov.br; informe CPF e, depois, a senha

    Clique em “Pedir benefício por incapacidade”

    Os agendamentos de perícia vão aparecer na próxima página, mas, para fazer a solicitação, é preciso clicar em “Novo requerimento”

    Vá em “Benefício por incapacidade (Auxílio-doença)” e, depois, em “Ciente”

    Leia as informações na tela e clique em “Avançar”

    Na próxima página, informe os dados pessoais, como CPF, número de telefone, endereço e email

    Escolha “Sim” para acompanhar o número do processo pelo aplicativo, email ou pela Central Telefônica 135

    Indique se é autônomo ou empregado de empresa privada (neste caso, é preciso informar a data do último dia de trabalho e o CNPJ da empresa)

    Abaixo, clique no sinal de mais e inclua os seus documentos, como o atestado e os laudos médicos, além dos documentos pessoais

    A cada inclusão, clique em “Anexar”, depois, em “Avançar”

    Em seguida, indique o CEP da residência para que se possa escolher a agência do INSS mais próxima ao qual estará vinculado

    Confira as informações, clique em “Declaro que li e concordo com as informações acima” e vá novamente em “Avançar”

    COMO DEVE SER O ATESTADO PARA TER O AUXÍLIO-DOENÇA PELA INTERNET?

    O atestado médico ou odontológico deve ser em papel sem rasuras, e conter as seguintes informações:

    Nome completo

    Data de emissão (que não pode ser igual ou superior a 90 dias dias da data de entrada do requerimento

    Diagnóstico por extenso ou código da CID (Classificação Internacional de Doenças)

    Assinatura do profissional, que pode ser eletrônica e deve respeitar as regas vigentes

    Identificação do médico, com nome e registro no conselho de classe (Conselho Regional de Medicina ou Conselho Regional de Odontologia), no Ministério da Saúde (Registro do Ministério da Saúde), ou carimbo

    Data de início do repouso ou de afastamento das atividades habituais

    Prazo necessário para a recuperação, de preferência em dias (essa data pode ser uma estimativa)

    O QUE É A TELEPERÍCIA?

    É o sistema de perícia médica por meio de consulta online, utilizando um celular ou um computador. O médico do INSS vai até a agência da Previdência onde trabalha, e atende o segurado que estiver em qualquer local do país, sem necessidade de que a pessoa doente se dirija até essa agência.

    FolhaPress

  • Senador critica discurso de Lula no Egito: “Uma surpresa negativa até para os egípcios”

    Senador critica discurso de Lula no Egito: “Uma surpresa negativa até para os egípcios”

    A fala de Lula no Cairo gerou forte repúdio por parte do senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel.

    Viana classificou o discurso como “uma surpresa negativa até para os egípcios”, vítimas de atos terroristas do Hamas.

    Segundo o senador, Lula teria mentido sobre sua posição no conflito em Gaza, afirmando que o Brasil “condenou de forma veemente os atos terroristas”, o que não condiz com a realidade.

    Para Viana, Lula jamais responsabilizou o Hamas pela execução de mais de 1.300 pessoas, incluindo crianças, idosos e quatro brasileiros.

    Viana critica a postura de Lula como “lamentável” e “um desserviço ao Brasil”. Afirma que o presidente, “mal orientado por Celso Amorim”, demonstra “fata de conhecimento” sobre a situação no Oriente Médio e apequena o país no cenário internacional.

    O senador destaca que o Egito tem horror ao Hamas e mantém relações com Israel. Ao se aliar a países “que estão fora do eixo de desenvolvimento”, como Irã e África do Sul, Lula isola o Brasil e o afasta de nações que defendem a paz e reconhecem o direito de defesa de Israel.

    A fala de Lula no Cairo é um retrocesso na política externa brasileira e coloca em risco os interesses nacionais. É urgente que o governo brasileiro reconsidere sua posição e se alinhe com os países que defendem a paz e a segurança no Oriente Médio.

    Jetts