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  • Fluminense leva o gol mais rápido da história do Mundial de Clubes

    Fluminense leva o gol mais rápido da história do Mundial de Clubes

    Na decisão do Mundial de Clubes contra o Manchester City, o Fluminense levou o gol mais rápido da história do torneio. Aos 40 segundos, Julián Álvarez abriu o placar para os ingleses.

    Após um lançamento errado de Marcelo, Nathan Aké aproveitou o espaço e bateu da entrada da área, mas carimbou a trave. No rebote, o centroavante argentino surgiu livre de marcação na área e completou de peito para o fundo das redes.

    Anteriormente, Dante havia marcado o gol mais rápido de uma final de Mundial de Clubes na vitória do Bayern de Munique sobre o Raja Casablanca, em 2013. Na ocasião, o zagueiro brasileiro havia balançado as redes com sete minutos.

    Na história do torneio, o gol mais rápido havia sido marcado por Mohamed Ahmed, do Al Ain, em 2018. Na época, o Espérance, da Tunísia, havia sido a vítima.

    Lance

  • PL aprovado na Câmara obriga compra de crédito de carbono por donos de carro, caminhão e moto

    PL aprovado na Câmara obriga compra de crédito de carbono por donos de carro, caminhão e moto

    – O projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no país aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (22) obriga donos de veículos automotores a comprarem créditos de carbono para compensar as emissões de gases de efeito estufa de seus veículos.

    A legislação ainda precisa ser discutida no Senado, mas se for aprovada desta forma, englobará proprietários de carros, caminhões e motocicletas.

    O trecho foi incluído no relatório durante as discussões no plenário que antecederam a votação do projeto. A emenda veio do deputado Marangoni (União Brasil-SP) e foi acatada pelo relator da proposta, Aliel Machado (PV-PR).

    O artigo diz que caberá aos órgãos estaduais de trânsito a regulamentação desse sistema. Ou seja, nesse caso os Detrans (Departamentos Estaduais de Trânsito) precisarão estipular limites de emissões para cada um dos modelos de automóvel, e aqueles motoristas que não conseguirem cumprir suas obrigações precisarão comprar créditos de carbono.

    Esses créditos são gerados a partir de projetos de redução de desmatamento ou restauração florestal. Assim, a cada tonelada de carbono que deixou de ser emitida é gerado um crédito. Geralmente, esses projetos são desenvolvidos por grandes empresas.

    Não está certo, porém, quais serão as penalidades para aqueles motoristas que não compensarem as emissões de seus veículos. A cobrança, segundo a proposta, começará a valer no mesmo ano em que o texto entrar em vigor.

    “Fui surpreendido com essa emenda de última hora, me pareceu bem estranha. Foi tipo um jabuti, porque a gente não viu isso em nenhuma discussão; não teve nada parecido com isso”, diz Antonio Reis, sócio de direito ambiental e mudanças climáticas do escritório Mattos Filho.

    “Está me parecendo uma necessidade de forçar a demanda de crédito na ponta”, completa o especialista.

    Em outubro, o Senado aprovou um projeto que também regulamenta o mercado de carbono no país. O texto, porém, não trazia essa obrigação.

    Analistas avaliam ser praticamente impossível colocar esse modelo em prática. Isso porque a quantidade de carbono emitida na atmosfera depende não só do modelo de cada veículo, mas também da frequência que cada motorista dirige.

    “Isso é totalmente surreal. Você imagina que para cada carro que existe no país, vai ter que ter uma aferição de quantas emissões foram produzidas. E isso, claro, depende de quanto o motorista dirige, se é uma pessoa que dirige só no fim de semana ou se é uma pessoa que usa o carro todos os dias”, afirma Tatiana Falcão, consultora em tributação ambiental.

    “Você vai ter que levar em conta o tipo do carro e, se for um carro híbrido, você vai precisar saber se a pessoa coloca mais álcool, mais gasolina ou algum outro biocombustível. Do ponto de vista prático, isso é absolutamente impossível”, diz ela.

    É incerto se a norma valerá para veículos elétricos, já que eles não emitem carbono diretamente. Hoje, no Brasil, há cerca de 38 milhões de automóveis, sendo 84% deles do modelo flex, ou seja, que funcionam a gasolina ou etanol, combustível menos poluente.

    Há aparentes contradições entre esse trecho e o restante do projeto. Isso porque um dos primeiros artigos da proposta diz que caberá exclusivamente à União o estabelecimento de limites de emissão de carbono aos setores regulados. No caso dos veículos, porém, essa responsabilidade ficaria com os órgãos estaduais.

    O projeto que regula o mercado de carbono foi aprovado nesta quinta, mais de dois meses após o Senado concluir a votação de proposta semelhante. A intenção inicial do governo federal e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), era aprovar a matéria até o início da COP28, em 30 de novembro, mas seguidas divergências atrasaram a tramitação.

    Em geral, o mercado regulado de carbono estipula limites de emissões de gases de efeito estufa para as empresas, que precisarão entregar relatórios de emissões ao órgão gestor, ligado ao governo central. Aquelas companhias que não cumprirem suas metas poderão sofrer penas, como multas.

    O projeto determina que estarão sujeitas ao mercado regulado todas as empresas que emitem mais de 10 mil toneladas de carbono por ano. Já os limites de emissões serão estipulados às companhias que emitirem mais do que 25 mil toneladas.

    No caso das empresas de gestão de resíduos sólidos, serão estipulados outros pisos, e a agropecuária, assim como no projeto aprovado no Senado, não entrará no mercado de carbono ao menos neste momento, pois ficou de fora das duas propostas.

    Este último ponto, aliás, é um dos mais divergentes. Ambientalistas cobravam a inserção do agro na matéria, por se tratar do setor que mais emite gases de efeito estufa no país, se incluídas em seus dados as emissões relacionadas ao desmatamento.

    O setor, por outro lado, alega que não há hoje metodologias capazes de aferir o saldo de suas emissões.

    Durante a discussão no plenário, o PSOL apresentou um destaque que excluiria do relatório o trecho que retira o agro do mercado. A proposta, porém, foi rejeitada.

    Ainda antes da aprovação do PL do carbono na Câmara, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, com mais de 350 representantes dos setores privado e financeiro, academias e sociedade civil, divulgou nota pedindo o adiamento da votação.

    Entre as razões, estava o que chamava de falta de diálogo com a sociedade civil e a não inserção do agro no texto.

    O relator do texto na Câmara, Aliel Machado (PV-PR), chegou a fazer uma proposta para incluir o agronegócio dentro do mercado regulado, contemplando o setor com uma série de condições especiais e um período maior para se adaptar às novas regras, mas não houve acordo.

    Durante a sessão, o deputado argumentou que o projeto foi amplamente debatido, e tentou se defender das críticas. “O projeto vem sendo discutido há muito tempo. Nós tivemos mais de 200 reuniões. Todos os setores que nos procuraram tiveram audiências”, disse.

  • Goiânia reafirma título de Capital mais verde do Brasil na administração do prefeito Rogério

    Goiânia reafirma título de Capital mais verde do Brasil na administração do prefeito Rogério

    Gestão do Prefeito Rogério concentrou esforços na expansão de áreas verdes, iniciativas sustentáveis e projetos inovadores. Inauguração de sete parques públicos e de uma Unidade de Pronto Atendimento Veterinário, além do expressivo plantio de árvores nativas e uma série de ações, consolidam a Capital como referência em gestão ambiental no País

    Nos três anos da gestão do prefeito Rogério à frente da Prefeitura de Goiânia, a cidade registrou significativos avanços na área de meio ambiente, consolidando seu título de Capital mais verde do Brasil. Com foco em políticas ambientais, a administração municipal, por meio da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), implementou diversas ações que marcaram positivamente o cenário ambiental na capital goiana.

    “Criamos em Goiânia, desde o início da gestão, ações e projetos que, além de contribuir com a estética da cidade, ajudaram a reafirmar Goiânia como a Capital mais verde do Brasil”, pontua o prefeito Rogério, ao acrescentar que a ideia é continuar com o plantio de árvores na cidade e incentivar as ações ambientais, sobretudo nas escolas com educação ambiental, para que cada vez mais as políticas ambientais sejam evidenciadas pela população. “Assim, de primeira do país e segunda do mundo entre as capitais, nós queremos o título mundial de mais verde”, afirma.

    Parques
    Uma das conquistas expressivas foi a inauguração de sete parques públicos, que enriquece as opções de lazer do município, além de valorizar as áreas verdes na cidade. Entre eles, destacam-se o Buritis Sebastião Júlio Aguiar, as duas etapas do Leonardo Peixoto, o Antônio Wagno Codó (Parque das Flores), a segunda etapa do Sargento David Luiz (Vera Cruz II), o Rio Jordão, o Marcos Antônio Machado (Vale do Araguaia) e a revitalização dos parques Itatiaia e Fonte Nova.

    UPAVet
    O compromisso com o bem-estar animal também foi evidente com a entrega da Unidade de Pronto Atendimento Veterinário (UPAVet) do Centro de Saúde e Bem-Estar Animal – Genoveva Rezende Machado São Francisco de Assis. Além disso, a gestão de Rogério Cruz iniciou cirurgias de castração gratuitas no município, contribuindo para o controle populacional e saúde dos animais.

    A UPAVet conta com ambientes de recuperação, escovação, triagem e ambiente de descarte de resíduos hospitalares, além de contar com um arsenal terapêutico, ambiente utilizado para guardar medicamentos, hall cirúrgico com acesso para a sala de preparação para cirurgia, e hall para as salas de fluido terapia de gatos e cães, local em que os animais serão internados.

    ArborizaGyn
    A arborização urbana foi intensificada, com a plantação de 202 mil mudas de árvores pela Amma. O programa AborizaGyn 3.0, lançado em novembro de 2023, realizou o plantio de 90 mil mudas no Residencial Jardins do Cerrado 2, com destaque para espécies nativas do Cerrado, entre elas mudas de jatobá, cagaita, guapeva, sombreiro, angico, aroeira e mangaba. As mudas do programa são preparadas pelos viveiros da Amma. Nas edições anteriores, a Amma plantou 62 mil mudas, dentro do programa ArborizaGyn 1.0, em 2021, e 50 mil na edição 2.0, em 2022.

    Rearboriza Goiânia
    A gestão ambiental lançou a terceira etapa o “Rearboriza Goiânia” no Centro da cidade, que integra o Programa Centraliza, como prevê o plano de requalificação do Setor Central da Capital. A ação teve como início imediato, o plantio de 170 mudas de árvores nativas do Cerrado ao longo das avenidas Tocantins e Araguaia, dentre as espécies aroeira pimenteira, resedá, ipê jardim e aroeira salsa, todas de pequeno e médio porte. “Nós temos um olhar especial para o Centro de Goiânia. Dentro do Centraliza, temos vários projetos a serem executados, dentre eles a arborização, uma vez que sabemos que hoje o setor é repleto de prédios, por isso a requalificação passa também pelo plantio de árvores”, afirmou o prefeito Rogério.

    Disque-Árvore
    O programa Disque-Árvore, que permitiu a participação da população no aumento da arborização, resultou no plantio de mais de sete mil mudas nas residências dos moradores da capital. Pelo Disque-Árvore, de janeiro a dezembro deste ano, 2.623 solicitações já foram atendidas pela Amma.

    As equipes técnicas avaliam cada local e consideram os aspectos como a largura das calçadas, fiação elétrica, entradas de garagem e até as possíveis encanações de esgoto. “Esse cuidado prévio garante que as mudas sejam plantadas de maneira adequada e contribui não apenas para a estética, mas, também, para o equilíbrio térmico da cidade”, ressalta o presidente da Amma, Luan Alves.

    Fiscalização
    Quanto à fiscalização ambiental, a gestão estruturou a equipe com a entrega de equipamentos, sendo uma camionete, três doblos, uma pick-up strada, sete sonômetros, quatro computadores I5, além de outros 137 computadores, 13 notebooks para a pasta e 60 ares-condicionados.

    Ecopontos
    Goiânia ganhou também três novos ecopontos, que contribuem para o descarte adequado de resíduos, sendo na Capital um total de cinco estruturas que reduzem o número de ações irregulares em logradouros públicos e terrenos baldios. Objetivo é receber resíduos específicos como pneus, galhadas, material de construção civil, óleo de cozinha usado, móveis e eletrodomésticos. Recentemente, o prefeito Rogério autorizou o início das obras de revitalização da unidade localizada no Jardim Guanabara.

    Ações
    A administração de Rogério Cruz investiu na criação de um novo viveiro para a produção de mudas de árvores, localizado no setor Pedro Ludovico, e inaugurou, em parceria com a Organização das Cooperativas do Brasil em Goiás (OCB-GO), o Horto Medicinal no Jardim Botânico. Além disso, foram entregues nove pet places em parques municipais, proporcionando ambientes de convivência para a população e seus animais de estimação.

    Para reconhecer a contribuição de empresas às práticas socioambientais, foi instituído o “Prêmio Goiânia Sustentável”, valorizando iniciativas voltadas para a conservação, recuperação e promoção da qualidade ambiental. A iluminação de LED nos Parques Vaca Brava, que também teve a fonte luminosa reativada, e Leolídio di Ramos Caiado também foi implementada, consolidando a gestão de Rogério Cruz como um período de avanços e comprometimento ambiental em Goiânia.

  • PT quer processo ético disciplinar contra deputado que levou tapa

    PT quer processo ético disciplinar contra deputado que levou tapa

    O PT (Partido dos Trabalhadores) enviou na 5ª feira (21.dez.2023) uma representação ao Conselho de Ética da Câmara pedindo a abertura de processo ético disciplinar, por quebra de decoro parlamentar do deputado federal Messias Donato (Republicanos-ES).

    Donato recebeu um tapa do também deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) durante a promulgação da Reforma Tributária na 4ª feira (20.dez.2023), no plenário da Casa. A agressão se deu depois que Donato insultou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    A presidente do PT, Gleisi Hoffmann e o líder do partido na Câmara, Zeca Dirceu, alegam que o congressista da oposição “agrediu” o deputado Quaquá enquanto fazia o registro em vídeo do grupo de deputados que gritava “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Segundo a representação, Donato tentava derrubar o equipamento de filmagem para impedir o registro. Leia a íntegra do documento (PDF – 255 kB).

    Segundo o texto, os fatos narrados consistem em “ato intolerável e de extrema gravidade”. Assim, pede que sejam tomadas as devidas providências e aplicadas as sanções cabíveis.

    A representação precisa ser recebida pelo presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto (União-BA), e incluída na pauta para votação. Os deputados devem apresentar seus pareceres para decidir se serão aplicadas sanções, como punição ou até cassação de mandato.

    ENTENDA O CASO

    O deputado Washington Quaquá deu um tapa no rosto do também deputado Messias Donato no plenário do Congresso Nacional. A discussão se deu durante a promulgação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Reforma Tributária. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estavam presentes.

    Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver o início da discussão depois de deputados da oposição puxarem gritos de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão” pouco antes da fala do presidente. Nesse momento, Washington Quaquá se aproxima do grupo com o celular na mão e diz que vai apresentar uma ação no Conselho de Ética contra as manifestações.

    Messias Donato pede então para que Quaquá se afaste do grupo. O petista reage dando um tapa no rosto do congressista do Republicanos.

    Assista ao momento (1min39s):

    Ao Poder360, Washington Quaquá afirmou que estava tentando gravar o momento em que os “bolsonaristas” estavam xingando Lula e teria sido chamado de “ladrão” pelo congressista Nikolas Ferreira (PL-MG).

    Em resposta, Quaquá teria chamado Nikolas de “viadinho”. Nessa hora, Messias Donato pegou em seu braço. “Ele tenta pegar meu celular e me empurra. Aí ele toma um tapa no meio da cara”, disse o petista.

    “Dei 1, dou 2 e dou 3, não tem problema nenhum. Se me agredir, eu agrido eles. Os bolsonaristas estão acostumados a querer dar uma de machão e bater nos outros. Comigo a porrada canta. Então, dei-lhe um tapa na cara muito bem dado”, declarou.

    Poder360

  • Presidente do Conselho de Ética da Câmara diz que tapa na cara dado por petista é ‘grave’

    Presidente do Conselho de Ética da Câmara diz que tapa na cara dado por petista é ‘grave’

    O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), classificou como “grave” o tapa dado nessa quarta-feira, 20, pelo deputado Washington Quaquá (PT-RJ) em Messias Donato (Republicanos-ES).

    A agressão ocorreu durante a sessão de promulgação da reforma tributária, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em meio ao bate-boca, Quaquá gravava um vídeo quando chamou Nilokas Ferreira (PL-MG) de “viadinho”, um termo considerado homofóbico, e em seguida esbofeteou Donato.

    O petista alegou ter revidado uma agressão. Parlamentares bolsonaristas gritavam “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. “Esse deputado segurou minha mão e me empurrou. Tomou um tapa na cara”, afirmou Quaquá.

    Apesar de classificar o fato como “grave”, o presidente do Conselho de Ética da Câmara ponderou, no entanto, que ainda não chegou nenhuma representação sobre o assunto. “O Conselho só age sobre provocação”, acrescentou Leur em mensagem ao Estadão.

    Donato afirmou que registrará boletim de ocorrência sobre o incidente. A equipe do parlamentar também prepara uma representação ao Conselho de Ética. A ideia é que o Republicanos protocole o documento já nesta quinta-feira, 21, segundo a assessoria de Donato.

    O deputado Washington Quaquá (PT-RJ) deu tapa na cara de uma colega durante sessão do Congresso. FOTO: ZECA RIBEIRO/AGENCIA CAMARA Foto: DIV
    O deputado Washington Quaquá (PT-RJ) deu tapa na cara de uma colega durante sessão do Congresso. FOTO: ZECA RIBEIRO/AGENCIA CAMARA Foto: DIV© Fornecido por Estadão
    Ao discursar na tribuna do plenário da Câmara após as agressões, Donato chorou e disse ter se sentido muito humilhado. “Eu confesso que eu tenho medo, além das agressões físicas que foi um tapa no meu rosto, além das agressões psicológicas. Estou muito abalado psicologicamente”, relatou.
    Estadão
  • Câmara aprova projeto que regulamenta bets e retoma autorização para cassinos online

    Câmara aprova projeto que regulamenta bets e retoma autorização para cassinos online

    A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta sexta (22) o projeto que regulamenta as apostas de alíquota fixa, como as chamadas bets, e devolveu ao texto a possibilidade de cassinos online. O texto vai à sanção ou veto do presidente da República.

    Para tentar vencer a resistência das bancadas evangélica e católica, o relator do projeto, Adolfo Viana (PSDB-BA), concordou com a mudança que havia sido feita pelo Senado e proibiu de forma expressa a instalação de máquinas físicas, como as de caça-níqueis.

    O texto-base do projeto foi aprovado por 292 votos a 114 na última sessão do ano —na madrugada do último dia antes do recesso parlamentar. Parte dos deputados participou da votação de forma remota.

    Diante dos apelos da bancada evangélica para que a votação fosse adiada para fevereiro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o texto.

    “Se nós simplesmente não votarmos a regulamentação, os jogos deixam de existir? As pessoas deixam de jogar? As bets deixam de funcionar, de patrocinar times de futebol, programas de televisão, torneios e eventos? Não.”

    O projeto prevê uma alíquota de 12% sobre a arrecadação das casas de aposta descontado o pagamento dos prêmios. Já os apostadores devem pagar 15% ao ano quando o valor recebido for acima de R$ 2.112 —referente à faixa de isenção do Imposto de Renda.

    Na proposta enviada ao Congresso, o governo federal defendia a alíquota de 18% para as empresas e de 30% para os usuários sobre o valor do prêmio.

    O texto classifica como apostas de alíquota fixa os eventos “reais de temática esportiva” e também os “virtuais de jogos online” —dispositivo que inclui os games, ou eSports, e abre brecha para jogos de azar em ambiente virtual.

    Em sessão no último dia 12, os senadores aprovaram, inicialmente, a proposta com a permissão aos cassinos virtuais. Mas, após a votação do texto, a oposição conseguiu aprovar uma emenda do líder do PL, Carlos Portinho (RJ), excluindo a permissão.

    A oposição no Senado também conseguiu emplacar outra alteração, que impedia a comercialização das apostas de alíquota fixa em dispositivos físicos —mantida agora pelos deputados federais a pedido da bancada da bíblia.

    A proposta passou por diversas mudanças desde que foi apresentada pelo Ministério da Fazenda ainda como MP (medida provisória). Diante do embate entre as duas Casas sobre a tramitação de MPs, o tema passou a ser discutido via projeto de lei.

    Durante a tramitação na Câmara dos Deputados, por exemplo, foi estipulada a outorga de R$ 30 milhões pelo prazo de três anos, foram turbinadas as verbas para ministérios controlados pelo centrão (Esporte e Turismo) em detrimento da área social e foi criado o dispositivo para cassinos online.

    No Senado, a autorização foi ampliada para cinco anos e o projeto passou a contemplar Saúde e Defesa no bolo da arrecadação. A alíquota das empresas caiu de 18% para 12% e, em contrapartida, foi criado um percentual específico para apostadores, de 15%.

    Viana manteve o prazo de outorga definido pelos senadores (de 5 anos em vez de 3), além das alíquotas para operadores e ganhadores.

    As bets foram autorizadas por meio de projeto de lei no final de 2018, ainda sob o governo Michel Temer (MDB). Após essa etapa, o tema precisaria ter sido regulamentado pelo Executivo, o que não aconteceu durante os quatro anos de governo Jair Bolsonaro (PL).

    Atualmente, as empresas de apostas esportivas que atuam com o público nacional funcionam em uma zona cinzenta da legislação: com sede no exterior, mas com usuários brasileiros e sem pagar impostos no país.

    O limbo legal permitiu a proliferação de empresas no país, mesmo sem legislação específica ou fiscalização, e contribuiu para o surgimento de escândalos de corrupção —como o que culminou na prisão de uma organização criminosa pela manipulação de resultados do Campeonato Brasileiro.

    Na aposta de quota fixa, o apostador de um jogo de futebol, por exemplo, ganha se acertar o resultado final ou alguma condição da partida, como pênaltis.

    A regulamentação das apostas esportivas é o último item do pacote enviado pelo Ministério da Fazenda ao Congresso para elevar as receitas em 2024 e reduzir o déficit nas contas públicas. Nesta quarta (20), o Senado aprovou a medida provisória que altera as regras para benefícios do ICMS.

    A lista de Fernando Haddad (PT) incluía ainda a reforma tributária, promulgada nesta quarta, e o projeto de lei sobre a tributação de recursos em fundos exclusivos (usados por super-ricos) e offshores (com sede no exterior).

    Já o projeto que corta benefícios tributários do JCP (juro sobre capital próprio), remuneração paga por empresas a acionistas, foi incluído na MP do ICMS, e aprovado também nesta quarta pelo Senado.

    Como mostrou a Folha, a pasta ficou positivamente surpresa com o resultado da chamada prévia para que empresas manifestassem interesse em participar do mercado de apostas, com mais de 130 demonstrações de intenção.

    As apostas esportivas terão sua gestão dividida entre Esportes e o Ministério da Fazenda, que ficará responsável pela arrecadação. O secretário do tema deve ser o advogado José Francisco Manssur, que integra a equipe de Haddad.

    FOLHA DE SÃO PAULO

  • Fim da reeleição entra na mira de Pacheco para 2024

    Fim da reeleição entra na mira de Pacheco para 2024

    Presidente do Senado pretende avançar com a PEC que acaba com a reeleição no primeiro semestre de 2024

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira, 20, que pretende avançar no ano que vem com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil. Além da regulamentação da reforma tributária, Pacheco afirmou que a discussão sobre a reeleição será uma das prioridades da Casa no primeiro semestre de 2024.

    “Nós tivemos um ano muito produtivo e temos desafios para o ano que vem. Nós temos uma pauta que eu considero importante que é a discussão sobre a reeleição no Brasil. Está no momento de a gente fazer uma reflexão [se a reeleição] foi positiva para o Brasil”, disse Pacheco.

    Segundo o presidente do Senado, a PEC sobre a reeleição vai na linha das propostas discutidas pela Casa que tratam sobre o “equilíbrio dos poderes”“Existe uma série de medidas sobre o equilibro de poderes, assim como foi a PEC das decisões monocráticas e a discussão sobre o mandato dos ministros do STF. Claramente respeitando o que for vontade da maioria, mas acho que são transformações positivas para a sociedade”, completou Pacheco.

    O que é a PEC da reeleição?

    A reeleição dos presidentes, governadores e prefeitos foi uma novidade instituída em 1997. Em discussão no Senado, a PEC de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO) acaba com essa possibilidade e aumenta os mandatos para cargos executivos de quatro para cinco anos.

    O texto original da PEC, ainda sem relator, prevê em seu segundo artigo que a nova regra não alcançaria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os atuais governadores. Ou seja, o artigo serve de cláusula de transição e instrumento para vencer resistências de parlamentares aliados dos chefes de governo hoje com direito à reeleição.

    Pacheco acredita que essas mudanças seriam importantes para evitar um “estado eleitoral permanente” e permitir que os mandatários tomem decisões sem se preocuparem com a busca por popularidade.

    O Antagonista

  • Jantar de Lula com ministros do STF tem clima de confraternização e ausência de Mendonça e Cármen

    Jantar de Lula com ministros do STF tem clima de confraternização e ausência de Mendonça e Cármen

    O jantar organizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na casa do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, nesta terça-feira, 19, teve ampla adesão entre os ministros da Corte e funcionou como uma “confraternização de natal”, nas palavras de interlocutores dos presentes.

    Apenas dois magistrados não compareceram ao chamado do chefe do Executivo: o ministro André Mendonça e a ministra Cármen Lúcia, que justificaram a ausência por estarem em viagem. O presidente foi acompanhado da primeira-dama, Janja Silva e do advogado-geral da União, Jorge Messias.

    Recém-aprovado para ocupar uma vaga na Corte a partir do ano que vem, o ministro da Justiça, Flávio Dino, também compareceu. O futuro magistrado é hoje um dos principais elos entre o governo e o STF. Sua indicação à Corte, além de agradar Lula, foi avalizada pelos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

    Lula convidou os ministros com o objetivo de estreitar as relações com os membros Corte. Barroso se disponibilizou a fazer na sua casa. Cada vez mais emparedado por deputados e senadores, o presidente depende dos magistrados para conter derrotas sofridas pelo governo no Congresso.

    Está na mira do Planalto a atuação do STF para reverter a derrubada dos vetos de Lula ao marco temporal de terras indígenas e à desoneração da folha de pagamento. Os dois projetos encampados pelo Congresso, em enfrentamento aberto a Lula, atingem pontos centrais para o governo na busca por arrecadação, na área econômica, e proteção das comunidades tradicionais, nas áreas ambiental e social.

    Antes do início do jantar, Barroso afirmou que o encontro foi pedido por Lula para realizar uma “conversa institucional”. A reunião, porém, teve contornos de confraternização de final de ano com a presença de familiares dos ministros.

    A maioria dos ministros foi acompanhada das esposas, como Alexandre de Moraes, que levou a companheira Viviane Barci. Luiz Fux, Gilmar Mendes, Flávio Dino e Jorge Messias foram sem as esposas.

    O presidente do STF estava acompanhado da filha, Luna Barroso. O magistrado recebeu Lula pessoalmente na porta de casa e o apresentou à filha. “O senhor conheceu a mãe dela”, disse Barroso.

    O buffet de entrada teve salgadinhos e canapés de queijo com tomate e requeijão na entrada. Alguns ministros do STF levaram garrafas de whisky de sua reservas pessoais.

    Jantar marca aproximação entre Lula e Nunes Marques

    A presença de Kassio Nunes Marques no evento chancela a aproximação entre o ministro indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e o Palácio do Planalto. Lula fez diversos gestos recentemente ao magistrado, como indiciar o seu aliado João Carlos Mayer para a vaga de desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

    Durante a cerimônia de posse do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, na última segunda-feira, 17, Lula conversou ao pé do ouvido com Kassio antes de deixar o evento. A mesma relação, em contrapartida, não foi construída com André Mendonça. O ministro, que fez parte do governo Bolsonaro, ainda é resistente à aproximação com o Planalto. O jantar era tido como uma oportunidade de Lula encurtar a distância com o magistrado.

    Evento teve forte esquema de segurança

    Barroso mobilizou um forte esquema de segurança para o jantar. Mais de 20 agentes, entre policiais judiciais e federais, protegeram a entrada da casa do ministro no Lago Sul, que fica numa região nobre de Brasília.

    Viaturas da Polícia Militar do Distrito Federal e da Polícia Judicial do STF foram posicionadas na entrada da rua para monitorar o entra e sai de convidados, moradores e transeuntes.

    Estadão

  • Michelle Bolsonaro rifa vestido usado na posse de Javier Milei

    Michelle Bolsonaro rifa vestido usado na posse de Javier Milei

    A peça de tom branco que foi confeccionada pela marca de luxo Pawlick

    Nesta quarta-feira (20/12), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro rifou o Michelle Bolsonaro  usado por ela na posse do presidente da Argentina, Javier Milei. A venda tem como objetivo ajudar uma instituição de caridade. Detalhes do look de Michelle Bolsonaro que roubou a cena em posse na  Argentina

    A peça de tom branco que foi confeccionada pela marca de luxo Pawlick, foi arrematada em sorteio promovido durante uma live no perfil de Michelle no Instagram. Com a ação, a  presidente do PL (Partido Liberal) Mulher conseguiu arrecadar R$43.000.

    Michelle informou que o “vestido é simbólico, é uma doação”, porque o objetivo era ajudar o lar de acolhimento de pessoas com necessidades específicas. Ela também convidou as pessoas a visitarem a instituição localizada em Brasília.

    O valor arrecadado com o leilão será doado à Vila do Pequenino Jesus e destinado ao pagamento da 2ª parcela do 13º salário dos 140 funcionários e outras despesas da organização.

    O Hoje

  • Promulgada reforma tributária, Caiado deve ir ao Supremo contra o texto

    Promulgada reforma tributária, Caiado deve ir ao Supremo contra o texto

    Governador não escondeu sua insatisfação com o texto desde o início e deve judicializar a PEC no Supremo

    “Eu fui o único governador que fez um périplo pelo Brasil e mostrei o quanto a reforma tributária vai promover um prejuízo”, afirmou Ronaldo Caiado (UB) em coletiva de imprensa na semana passada no Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Durante  lançamento de programa do governo estadual que promete facilitar a atividade econômica em Goiás, o governador ainda acentuou o discurso e fez uma aposta. “Eu, sinceramente, vou dizer mais claro a vocês, nem acredito que essa reforma vai ser aprovada. Até o Maílson da Nóbrega (ex-ministro da Fazenda), que veio aqui me criticar, já voltou atrás e disse: ‘Olha, essa daí vai ser um desastre’”, disse aos jornalistas.

    A fala de Caiado, no entanto, ocorreu na quinta-feira (14), um dia antes de a Câmara dos Deputados dar aprovação final à reforma tributária, que unifica cinco impostos  sobre consumo e torna o Brasil um dos países que adotam o Imposto Sobre Valor Agregado, conhecido como sistema IVA. A proposta de emenda à Constituição 45/2019 (PEC) foi aprovada em primeiro turno por 371 a 121 votos. Em seguida, no segundo turno, o texto foi aprovado por 365 a 118. Alterações constitucionais precisam de pelo menos 308 votos — o que colocou a PEC em posição de vantagem. Dos 17 parlamentares goianos, 10 foram favoráveis e sete contrários.

    A promulgação da reforma, prevista para esta quarta-feira (20), já agita o ânimo de diversos setores e lideranças políticas e econômicas. Pelas redes sociais, o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), disse que a medida que simplifica os tributos promoverá ganhos para o país. “Vamos promulgar essas regras que, tenho certeza, vão impulsionar a economia e criar condições para que nosso país retome o caminho de crescimento consistente, com geração de emprego e redução da desigualdade social. Aguardada há 40 anos, a medida promove justiça tributária para cobrar mais de quem ganha muito e menos de quem ganha pouco”, destacou.

    Ao jornal O Hoje, a advogada tributarista Eléia Alvim ressalta que é importante distinguir o texto que foi aprovado do texto que foi discutido. “Existia um texto base, que foi passando por alterações nas casas legislativas, com ajustes e emendas. O que vai à promulgação é esse texto alterado que, em si, não vem de muitos anos; foi solidificado mesmo em agosto. A discussão [sobre a reforma] é antiga, mas o texto [aprovado] é recente”, explica.

    O governador de Goiás, que demonstrou reiteradamente de forma pública a insatisfação com relação ao texto da PEC, deve buscar, agora, a judicialização da reforma tributária no Supremo Tribunal Federal (STF), algo que ele próprio vocalizou em diversas oportunidades desde que tema começou a ser tratado como prioridade para o ano de 2023 pelo Congresso Nacional. Caiado chegou a repetir a promessa ao ser questionado pelo jornal O Hoje na coletiva de imprensa na semana passada. “Como governador de estado, eu vou recorrer ao Supremo Tribunal Federal diante daquilo que é o ponto que revoga uma cláusula pétrea da Constituição Brasileira que é a autonomia do governador, do ente federado — Goiás. Eu não posso admitir que sejamos geridos amanhã por um comitê, uma agência montada em Brasília”, declarou.

    Sobre a “agência montada em Brasília”, a advogada Eléia Alvim compara a um banco a forma de gestão que o comitê deverá ter com relação aos estados. “Ao fazer a gestão da receita, o comitê funciona como um banco. Ele vai cuidar do seu dinheiro, mas não vai dizer onde você deverá aplicá-lo”, diz.

    Alegando inconstitucionalidade do texto, Caiado poderá assinar petição da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) elaborada pela Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) que, com as instruções adequadas, seguirá para ser protocolada no STF. Para especialistas ouvidos pelo O Hoje, a ação do governador apresenta legitimidade e tem pertinência, mas pode encontrar dificuldades de prosperar.

    O procurador federal e professor de direito constitucional Bruno Pontes afirma que Caiado tem legitimidade para apresentar a peça ao Supremo, especialmente pela diminuição da autonomia dos estados. “A reforma tributária de fato concentrou um pouco mais a competência da União porque criou um comitê gestor federal para coordenar a fiscalização do Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS) — que substituiu o ICMS. Além disso, não se sabe se haverá perda de arrecadação do estado ao longo do tempo”, diz.

    Pontes atenta para o fato de que não houve abolição da federação e o Senado manteve uma considerável autonomia dos estados ao garantir que a fiscalização, cobrança e representação administrativa ou judicial relacionada ao tributo serão realizadas pelas administrações tributárias e procuradorias dos entes federados.

    Com a reforma tributária, de acordo com o texto aprovado, estados e municípios poderão definir hipóteses para delegar ou compartilhar acerca das competências. Ficará a cargo do comitê gestor a coordenação das atividades administrativas. “O Senado também retirou a possibilidade de iniciativa de lei pelo comitê gestor e definiu que a representação do comitê será feita por integrantes das carreiras da administração tributária e das procuradorias de estados e municípios. Além disso, incluiu a possibilidade de o Congresso Nacional convocar o presidente do comitê e solicitar informações, como já acontece com ministros de Estado”, explica o professor.

    O Hoje