Categoria: Mundo

  • Explosões e sequestro de policiais marcam estado de emergência no Equador

    Explosões e sequestro de policiais marcam estado de emergência no Equador

  • 2023 foi o ano mais quente já registrado no Brasil

    2023 foi o ano mais quente já registrado no Brasil

    O ano de 2023 foi o mais quente já registrado no Brasil, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). De acordo com o órgão oficial da previsão do tempo no país, a média do ano passado chegou a 24,92°C, superando 2015 e 2019.

    A média de temperatura do Brasil é 24,23°C, segundo a série histórica do instituto, iniciada em 1961. Também no ano passado foi registrada a máxima histórica do país, de 44,8°C, em Araçuaí, Minas Gerais. A marca foi atingida em novembro, no último dia da oitava onda de calor a atingir o Brasil em 2023.

    O ano passado foi marcado por extremos de chuva, como em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, secas históricas na Amazônia e sucessivas ondas de calor, que podem dar o tom do verão em parte do país neste ano.

    A situação, no entanto, não é restrita ao Brasil. O observatório Copernicus, da Agência Espacial Europeia, afirmou nesta terça-feira (9) que 2023 foi o ano mais quente desde o começo da série histórica, em 1850.

    Com temperaturas excepcionalmente altas em diversos pontos do planeta, inclusive nos oceanos, o ano passado registrou média global de 14,98°C, superando em 0,17°C o recordista anterior, 2016.

    O ano passado foi também o primeiro em que todos os dias superaram em 1°C os níveis pré-industriais (1850-1900). Em novembro, pela primeira vez na séria histórica, houve dois dias em que os valores foram superiores em 2ºC.

    Com meses de temperaturas muito mais altas do que a média, antes mesmo de dezembro chegar, pesquisadores já vinham apontando que 2023 seria o mais quente dos últimos 125 mil anos.

    Com registros nas três primeiras semanas daquele mês cerca de 1°C acima da média histórica para o período, as previsões ganharam mais força.

    Além disso, uma análise publicada no final de novembro pela OMM (Organização Meteorológica Mundial) indicava que o ano atual deveria registrar uma média de temperatura 1,4°C acima dos níveis pré-industriais –somando-se a “uma cacofonia ensurdecedora” de recordes climáticos quebrados.

    2024 PODE SER UM DOS ANOS MAIS QUENTES DA HISTÓRIA

    A combinação de oceanos e planeta mais quentes com os efeitos do El Niño pode causar ondas de calor e possíveis recordes de temperatura neste verão. É nessa toada que seguirá o clima no primeiro de 2024 no Brasil, cada vez mais sujeito a efeitos da mudança climática.

    Embora as análises meteorológicas não tenham alcance para além do primeiro semestre, a chance de um arrefecimento do El Niño, caracterizado pelo aquecimento acima da média das águas do oceano Pacífico equatorial, poderia ajudar numa trégua.

  • O ano da IA: como a tecnologia dominou os investimentos em 2023 e o que esperar para 2024

    O ano da IA: como a tecnologia dominou os investimentos em 2023 e o que esperar para 2024

    Gastos globais em inteligência artificial atingirão US$ 154 bilhões ainda neste ano, um aumento de 26,9% sobre o valor gasto em 2022, segundo projeções da consultoria global IDC; a tecnologia também ficou na mira de investidores e deve seguir em expansão no próximo ano, avaliam analistas do mercado

    inteligência artificial (IA) dominou o mundo em 2023. Não só foi protagonista das discussões no setor de tecnologia — a ONU, por exemplo, realizou um evento totalmente dedicado ao tema –, como também atraiu boa parte dos investimentos e engrossou gastos corporativos. Embora a tecnologia esteja em desenvolvimento há décadas, a “corrida da IA” ganhou celeridade em janeiro, quando o ChatGPT, chatbot de IA generativa da OpenAI, atingiu 100 milhões de usuários ativos dois meses após seu lançamento.

    O marco alcançado pelo chatbot parece ter reorganizado o mercado todo em torno da IA. Não houve uma empresa grande que não tenha feito algum movimento nesse sentido: a Microsoft, que já era uma investidora da OpenAI, atualizou seu mecanismo de busca Bing para incluir o GPT-4; o Google, por sua vez, lançou o Bard para rivalizar com o ChatGPT; a Amazon lançou o “Q”, chatbot de IA para empresas, e há relatos de que esteja investindo milhões de dólares no treinamento de um “ambicioso” projeto de IA generativa. A Apple, que tem se mantido mais discreta, aumentou seus investimentos em P&D em pelo menos US$ 3 bilhões, impulsionados pelos trabalhos também em IA generativa.

    “De fato, o ano é marcado pela IA, não tem como dizer outra coisa. Se você for ver a performance do [índice da Bolsa dos EUA] S&P 500 e tirar as sete maiores empresas de tecnologia, você vai ver que [a performance] não foi tão boa este ano. Isto é, mais de 50% do rali do S&P 500 está relacionado à IA este ano. É um tema que realmente vem muito forte, especialmente no mercado norte-americano”, aponta Thomas Monteiro, analista da Investing.com.

    “A verdade é que hoje estamos diante de uma revolução, e não vai ter volta”, acrescenta Monteiro. “A gente pode chamar de buzz? Na minha visão, não. É exagerado considerar a IA simplesmente um hype. Por outro lado, ainda que de fato a gente espere um potencial muito grande de lucros corporativos, não só no segmento de tecnologia, mas em todo o espectro produtivo — incluindo bancos, serviços e outros setores –, existem ainda muitas empresas que não geram lucros em relação à IA. Outras estão em fase inicial, outras diversas ainda não chegaram ao patamar de inovação de fato. As duas coisas coexistem. Então, o investidor tem a tarefa de separar o joio de trigo”, observa.

    Para Bruno Batavia, diretor de Tecnologias Emergentes do Valor Capital Group, o cenário prova que a IA deixou de ser uma promessa futurista para se tornar “uma realidade prática”. “O mercado de IA experimentou um salto no volume de investimentos em 2023, uma tendência que provavelmente persistirá no próximo ano. Esse salto é evidência clara de um mercado em expansão, apesar de dois terços desse crescimento serem atribuídos a poucas, mas significativas, transações, como a parceria entre a Microsoft e a OpenAI”, diz.

    Brasil, mais consumidor que desenvolvedor

    Uma projeção da consultoria global International Data Corporation (IDC) mostra que os gastos globais com inteligência artificial, incluindo software, hardware e serviços para sistemas centrados em IA, atingirão US$ 154 bilhões ainda neste ano, um aumento de 26,9% ante o valor gasto em 2022. O valor engloba não apenas o segmento de tecnologia — os dois setores com maiores investimentos em IA no ano, segundo o IDC, são financeiro e varejo.

    “Acredito que os próximos anos vão seguir sendo de investimentos e aperfeiçoamento. Sem dúvidas as grandes empresas devem seguir investindo pesado na área”, observa Pedro Henrique Accorsi, analista e consultor de investimentos na Benndorf Research.

    Sobre o mercado brasileiro, ele acredita que ainda há uma certa defasagem. “O Brasil sempre reage de forma um pouco atrasada aos grandes eventos globais quando eles demandam mão de obra altamente especializada. Em geral, os maiores interessados da IA em nosso país são os próprios consumidores, e não as empresas desenvolvedoras — até porque elas quase não existem em solo nacional. É claro, existem exceções, mas nosso mercado é muito mais consumidor do que desenvolvedor”, observa.

    Um estudo divulgado recentemente pelo IDC aponta que as plataformas de IA devem crescer 38% na América Latina em 2024, ao mesmo tempo em que as empresas vão sofrer uma maior pressão nos custos relacionados a gastos com infraestrutura de rede. A consultoria estima que, até 2028, 35% dos serviços de empresas da região incluirão entregas já habilitadas para IA generativa.

    Startups de IA em alta

    Outro sinal que demonstra a força da IA na atração de investimentos vem do ecossistema de inovação — em meio ao “inverno das startups”, aqueles negócios que de alguma forma estão pautados por IA têm animado os investidores. No Web Summit Lisboa, um dos maiores eventos de inovação do mundo, uma sondagem feita com 111 investidores de capital de risco mostrou que, para 62,2%, a IA e o aprendizado de máquina têm o maior potencial de inovação entre as tecnologias emergentes. No ano anterior, essa fatia era de 29%.

    “Soluções que utilizam IA têm uma demanda crescente. Por isso, apesar de todos os problemas macroeconômicos que atingiram os aportes nas startups nos últimos anos, como a alta dos juros, por exemplo, as empresas disruptivas que ofertem esse tipo de solução continuarão a chamar a atenção dos investidores”, acredita Igor Marinelli, Co-CEO da Tractian, startup brasileira que fornece tecnologia de IA e Internet das Coisas (IoT) para indústrias. A própria Tractian recebeu investimento de R$ 230 milhões em rodada série B, liderada pelo fundo General Catalyst.

    Um relatório do PitchBook divulgado em maio sobre avaliação de negócios em estágio inicial apontou que a mediana das avaliações de startups de IA generativa, em rodadas iniciais, aumentou 16% em 2023 na comparação com o ano passado. Enquanto isso, os preços de avaliação de todos os outros segmentos de startups em estágio Série A ou Série B caíram quase 24%.

    Na América Latina, o cenário é semelhante. As startups da região captaram durante o mês de novembro US$ 287 milhões, o menor volume mensal registrado desde julho de 2020, segundo relatório da Sling Hub. A maior captação do mês foi feita pela logitech brasileira Logcomex, que auxilia empresas com dados em tempo real sobre importações e exportações, utilizando — justamente — inteligência artificial. Ela levantou US$ 32,5 milhões em uma rodada série B liderada pela Riverwood Capital.

    O que esperar para 2024

    Em relação ao cenário de investimentos, Thomas Monteiro faz um alerta: “A gente está entrando num momento em que parece haver uma divergência muito grande entre a precificação do mercado e os indicadores macroeconômicos, e isso pode ser um problema. Se você está colocando Venture Capital de maneira desenfreada em empresas que ainda não dão lucros, contando que ano que vem você terá um ambiente de juros mais favorável, caso isso não se materialize poderemos ver a morte de muitas empresas pequenas”, avalia.

    Em relação à indústria como um todo, Bruno Batavia acredita em uma ampliação ainda maior do uso de interfaces de usuário baseadas em linguagem, tornando o acesso a produtos e serviços digitais mais inclusivo, especialmente em mercados emergentes como o Brasil. “Uma das tendências para o próximo ano na IA é a redução do custo de criação de conteúdo. As ferramentas de aumento de produtividade baseadas em IA, que lidam com tarefas monótonas usando dados desestruturados, também vão se destacar, transformando o trabalho”, acredita.

    Época Negócios

  • Nova lei geral apresentada por Javier Milei 🇦🇷 garante defesa legítima

    Nova lei geral apresentada por Javier Milei 🇦🇷 garante defesa legítima

    Projeto de lei inclui ações para facilitar privatização de estatais e aumento de penas para quem participar de protestos nas ruas

    presidente Javier Milei enviou ao Congresso da Argentina, nesta quarta, 27, um megapacote de medidas, que inclui a reforma do Estado, o fim das eleições primárias e mais desregulamentações na economia.

    O projeto de lei proposto por Milei tem 664 artigos. As medidas incluem a declaração de emergência pública e econômica até 31 de dezembro de 2025, que poderá ser prorrogada por até dois anos.

    O pacote também dá mais poderes ao Executivo para privatizar empresas estatais e para encerrar ou fundir agências e entidades públicas, com exceção de universidades.

    Na parte criminal, a reforma amplia penas para quem participa ou organiza protestos com bloqueios nas ruas. A punição poderá chegar a seis anos de prisão. Há também uma ampliação do direito à legítima defesa.

    Este é o segundo grande pacote de medidas de Milei. Na semana passada, ele promulgou um megadecreto, apelidado de DNU (Decreto Nacional de Urgência). O texto impõe, de uma só vez, mais de 300 reformas que revogam leis, eliminam dezenas de regulamentações, permitem a privatização de empresas públicas, abrem as portas para operações em dólares e dão início à flexibilização do mercado de trabalho e do sistema de saúde. A decisão está sendo contestada no Congresso, nos tribunais e nas ruas por aqueles que a consideram inconstitucional.

    Os DNU são mecanismos excepcionais que permitem ao Executivo aprovar ou modificar leis para tratar de assuntos urgentes que não podem esperar pelo debate no Congresso. O governo argumentou que a situação do país — com altos níveis de inflação e pobreza — é “muito complicada” e merece essa medida, que não tem precedentes no país devido à sua magnitude. Entretanto, muitos setores consideram que o presidente está se apropriando de poderes legislativos e questionam a “necessidade e urgência” de alguns pontos do pacote.

    O decreto está previsto para entrar em vigor nesta semana. O Congresso pode rejeitá-lo com uma maioria de votos em cada Casa. No entanto, se apenas uma das câmaras o aprovar, o decreto é considerado válido; e se não for posto em pauta por nenhuma delas, também é válido. Enquanto isso acontece, outra maneira de impedi-lo é por meio dos tribunais: mais de uma dúzia de amparos já foram apresentados, de acordo com a agência de notícias Télam.

    O Congresso entrou em sessão extraordinária na terça, 26, para debater as medidas. No entanto, o DNU não pode ser modificado pelos parlamentares: eles só podem aprovar ou rejeitar a peça na íntegra.

    O partido de Milei, A Liberdade Avança tem 40 dos 257 deputados e sete de 72 senadores, e dependerá do apoio de outros partidos, como da coalizão Juntos por el Cambio, de direita, para aprovar medidas.

    Milei ignora protestos e desafia Congresso com novo pacotaço de 664 artigos  - NeoFeed
    neofeed

    Nesta quarta, houve protestos em Buenos Aires contra as medidas de Milei, convocada por sindicatos. Os sindicatos se reunirão novamente nesta quinta-feira para definir “um plano de luta”. Também está em pauta a possibilidade de uma greve geral de 24 horas.

    Com Agencia O Globo.

  • Tesla no apocalipse? Elon Musk comenta cena do filme ‘O Mundo Depois de Nós’

    Tesla no apocalipse? Elon Musk comenta cena do filme ‘O Mundo Depois de Nós’

    Nono thriller da Netflix traz um alerta sobre nossa ‘fé na tecnologia’ – entre muitos outros tópicos

    Como já é de costume, dezembro é marcado pelo lançamento de um thriller apocalíptico da Netflix. Neste ano, ‘O Mundo Depois de Nós’ (‘Leave the World Behind’), estrelado por Julia Roberts, Ethan Hawke, Mahershala Ali Myha’la Herrold, traz um alerta sobre nossa ‘fé na tecnologia’ – entre muitos outros tópicos.

    Em determinada cena, a personagem de Julia Roberts tem que se esquivar de uma gigantesca fila de Teslas que se acumulam em uma rodovia. Os carros com recurso de direção autônoma foram ativados durante um ataque hacker, e estão saindo desgovernados das fábricas da empresa – complemente destrutivos.

    Como destaca a Variety, com o sucesso do filme, Elon Musk não perdeu tempo e comentou sobre a cena, mas por uma outra perspectiva. Ele aproveitou para afirmar que os veículos elétricos podem usar painéis solares para carrega.

    “Teslas podem carregar a partir de painéis solares mesmo que o mundo fique totalmente Mad Max e não haja mais gasolina!”, escreveu em seu perfil do X. Sobre a possibilidade de o recurso autônomo ser uma ‘arma mortal’, o bilionário não falou nada.

    ‘O Mundo Depois de Nós’ é baseado no livro homônimo de Rumaan Alam, lançado em 2020, e dirigido por Sam Esmail, criador da série ‘Mr. Robot’.

    epocanegocios

  • Justiça do Paraguai confisca bens de Dario Messer, o ‘doleiro dos doleiros’

    Justiça do Paraguai confisca bens de Dario Messer, o ‘doleiro dos doleiros’

    A Justiça do Paraguai determinou o confisco de bens do doleiro Dario Messer, investigado na Lava Jato por liderar uma rede de lavagem de dinheiro.

    A decisão atingiu ativos do doleiro e de três empresas ligadas a ele e atendeu a um pedido de assistência jurídica feito em 2019, após as autoridades brasileiras descobrirem que Messer mantinha um patrimônio milionário fora do país.

     

    Justiça do Paraguai confisca bens de Dario Messer, o 'doleiro dos doleiros'  | Jovem Pan

    Além de investimentos financeiros, a Justiça confiscou 109 imóveis, além de nove tratores, nove carros e uma aeronave.

    A lista de bens no Paraguai era avaliada em U$S 150 milhões. De acordo com o Ministério Público Federal, Messer mantinha um avião, carros de luxo, fazendas e milhares de cabeças de gado no Paraguai.

    Segundo a Procuradoria, o confisco dos valores será usado para o ressarcimento dos cofres públicos. O montante será dividido entre o Brasil e o Paraguai. Ainda cabe recurso. O UOL não conseguiu contato com a defesa de Messer.

    O “doleiro dos doleiros” foi um dos principais alvos da Lava Jato Rio. Messer foi investigado na operação Câmbio, Desligo por liderar uma rede de lavagem de direito por meio de operações dólar-cabo.

    Neste tipo de movimentação, o doleiro pede ao cliente que deposite o valor em reais em sua conta para transferir, a partir de uma conta no exterior, o valor convertido. O mecanismo é usado para burlar os órgãos de fiscalização brasileira.

    A investigação atingiu o ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Ele foi condenado por participar de esquema que incluiu o recebimento de US$ 100 milhões em propina.

    Alvo de mais operações. Messer também foi alvo das operações Marakata, que mirou o contrabando de pedras preciosas, e Patron, que investigou a organização criminosa que o ajudou a fugir do Brasil.

    Em 2020, Messer fechou delação com o MPF (Ministério Público Federal). Ele se comprometeu a devolver R$ 1 bilhão aos cofres públicos e cumpriria pena de 18 anos e nove meses de prisão.

    Folha de São Paulo

  • Cápsula ingerível que vibra no estômago pode ajudar no emagrecimento

    Cápsula ingerível que vibra no estômago pode ajudar no emagrecimento

    Vibração causada pela cápsula estimula sensores que criam a sensação de saciedade e provocou em animais uma redução de 40% na ingestão de alimentos

    Uma cápsula vibratória foi desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) que pode ser ingerida para auxiliar no emagrecimento.

    A novidade adota a tática de estimular os mesmos sensores usados pelo corpo humano para dizer que o estômago está cheio de comida ou de líquidos, o que gera como resposta do cérebro uma sensação de saciedade.

    A vibração da nova cápsula, que pode ser ingerida pela boca, simula a sensação de estiramento do estômago e, em testes feitos em animais, reduziu a ingestão de alimentos em 40%, em média.

    Os pesquisadores acreditam que, se as pesquisas apontarem para essa direção, a pílula pode passar a ser usadas em humanos e se tornar uma tática pouco invasiva para combater a obesidade, quando comparada a métodos como os balões gástricos e a cirurgia bariátrica.

    “Para quem quer perder peso ou controlar o apetite, pode ser tomado antes de cada refeição”, diz Shriya Srinivasan PhD ’20, ex-aluna de pós-graduação e pós-doutorado do MIT.

    “Isso poderia ser realmente interessante, pois forneceria uma opção que poderia minimizar os efeitos colaterais que vemos com outros tratamentos farmacológicos existentes”, completou.

    Srinivasan, que atualmente é o professora assistente de bioengenharia na Universidade de Harvard, é o autor principal do novo estudo, que foi publicado na sexta-feira (22) na revista Science Advances.

    Ela acredita que essa nova tecnologia pode ser fabricada e vendida de forma muito mais acessível a populações de baixa renda do que outros métodos.

    “Para muitas populações, algumas das terapias mais eficazes para a obesidade são muito caras. Em escala, nosso dispositivo poderia ser fabricado com um preço bastante econômico”, disse.

    “Adoraria ver como isto transformaria os cuidados e a terapia para pessoas em ambientes de saúde globais que podem não ter acesso a algumas das opções mais sofisticadas ou caras que estão disponíveis hoje.”

    Jojo Todynho desabafa após bariátrica

    Desde que realizou a cirurgia bariátrica no início de agosto, Jojo Todynho vem celebrando a nova rotina nas redes sociais. No entanto, não esconde dos fãs e internautas as dificuldades enfrentadas nesse período.

    A cantora de 26 anos contou ter perdido o prazer em comer e que, apesar de tudo, não se arrepende de ter realizado o procedimento.

    “Realidade de um bariátrico, só consigo comer dois pedacinhos de frango. Estou comendo um creminho. Pedi uma saladinha, mas não vou conseguir comer, tomar um suco de limão é o que eu consigo”, começou ela.

    “A gente perde total prazer de querer comer. E você passa muito, muito mal. É ruim? É. Me arrependo? Não. Mas, não tem prazer nenhum, gente. Tipo assim, Natal vai ter tudo o que eu amo. E eu… uma beliscadinha aqui, uma beliscadinha ali, e tá ótimo”, desabafou.

    CNN

  • Polícia francesa anuncia detenção de homem suspeito de matar esposa e quatro filhos

    Polícia francesa anuncia detenção de homem suspeito de matar esposa e quatro filhos

    A polícia francesa anunciou a detenção nesta terça-feira (26) de um homem suspeito de matar a esposa e os quatro filhos, encontrados mortos no dia de Natal em um apartamento em uma região próxima de Paris.

    As autoridades encontraram na segunda-feira os corpos da mulher e seus quatro filhos, de nove meses, quatro, sete e 10 anos, na casa da família na cidade de Meaux, que fica 40 km ao leste de Paris, depois que parentes não receberam notícias dos cinco e alertaram a polícia, informou o procurador Jean-Baptiste Bladier em um comunicado.

    “O apartamento não apresentava nenhum sinal de entrada forçada, e o pai da família estava ausente”, disse.

    O homem foi detido em Sevran, outro subúrbio no leste de Paris, segundo uma fonte policial.

    Outra fonte próxima ao caso afirmou que a mãe, de 35 anos, e os filhos foram assassinados a facadas. O pai tem 33 anos.

    O suspeito já havia esfaqueado a esposa na omoplata em 2019, afirmou o promotor. O caso foi arquivado por questões de estado mental, disse Bladier à imprensa. À época, a perícia apontou que havia um problema de discernimento no suspeito, um homem de nacionalidade francesa que é acompanhado desde 2017 por transtornos depressivos e psicóticos.

    A investigação aberta por “homicídio doloso com premeditação” é liderada pela direção regional da polícia judicial de Versalhes.

    Recentemente, dois infanticídios triplos foram registrados em áreas próximas da capital francesa.

    No final de novembro, um homem de 41 anos, já condenado por violência doméstica, compareceu a uma delegacia para confessar os assassinatos das três filhas, com idades entre 4 e 11 anos, em Alfortville.

    Um mês antes, um gendarme matou as três filhas e depois cometeu suicídio, em sua residência em Vémars.

    A França tem a média de um feminicídio a cada três dias.

    No ano passado, 118 mulheres foram assassinadas pelo cônjuge, ou ex-companheiro.

    No total, 244.300 vítimas de violência de gênero, a maioria mulheres, foram registradas pelas forças de segurança, um número que representa um aumento de 15% na comparação com 2021.

    As associações de defesa dos direitos das mulheres interpretam o aumento como um sinal de que suas reivindicações estão sendo mais ouvidas.

    AFP

  • Milei prepara decreto para dispensar 7.000 funcionários públicos

    Milei prepara decreto para dispensar 7.000 funcionários públicos

    Medida deverá atingir todos os trabalhadores da estrutura do governo, incluindo autarquias e sociedades mistas; assinatura pode acontecer ainda nesta terça (26)

    O presidente da Argentina, Javier Milei, está se preparando para assinar um decreto que não prorroga os contratos de ao menos 7.000 funcionários públicos que foram contratados em janeiro. Os acordos vencem agora, em 31 de dezembro.

    Segundo a imprensa local, o encerramento dos contratos deve ocorrer já nesta terça-feira (26).

    O número exato de desligamentos ainda é incerto, já que a medida pode atingir servidores da Casa Rosada e administração direta, e também dos órgãos descentralizados, empresas públicas, sociedades anônimas com participação majoritária do Estado, como a petroleira YPF e também os contratos terceirizados com validade até o último dia deste ano.

  • Mercado ilegal faz Brasil perder R$ 94,4 bilhões em impostos com cigarros

    Mercado ilegal faz Brasil perder R$ 94,4 bilhões em impostos com cigarros

     Principal mercadoria contrabandeada do Paraguai para o Brasil, o cigarro fez com que o país deixasse de arrecadar R$ 94,4 bilhões em impostos nos últimos 11 anos.

    O mercado ilegal de cigarros, que responde por 4 em cada 10 maços consumidos no Brasil, é composto pelas marcas produzidas no país vizinho e que entram de forma clandestina, além de produtos fabricados por empresas brasileiras que não pagam impostos.

    Dados do FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria) mostram que os cigarros contrabandeados representaram 33% do mercado em 2022, enquanto os fabricados no Brasil e que sonegam impostos somam outros 8%.

    Embora esses 41% sejam um índice mais baixo que os de anos anteriores, a soma do prejuízo acumulado é muito danosa para o mercado brasileiro, segundo o presidente do FNCP, Edson Vismona.

    Em 2018, esses dois grupos de cigarros responderam por 54% do mercado, índice que subiu para 57% no ano seguinte maior percentual da série histórica desde 2012.

    O fechamento das fábricas no Paraguai durante a pandemia fez com que a produção caísse: os ilegais representaram 49% em 2020, 48% em 2021 e chegaram aos 41% no ano passado.

    Segundo o FNCP, a evasão provocada pelo contrabando foi de R$ 8,3 bilhões somente no ano passado, para uma arrecadação de impostos que chegou a R$ 15,9 bilhões.

    No ano recorde de participação estrangeira no mercado interno, 2019, o montante chegou a R$ 12,7 bilhões de evasão (R$ 16,26 bilhões, corrigidos pela inflação).

    “O crime se sofisticou e as organizações criminosas estão ocupando espaço inclusive com ‘mulas’ para o transporte de pequenas parcelas. Isso vai ser incentivado pela decisão que tivemos no STJ, de que a apreensão de até mil maços é considerada crime de bagatela, insignificante. O que vai acontecer, o resultado imediato, é que vão utilizar mais as pessoas para diminuir as cargas e, com isso, liberá-las [não serem presas]”, disse Vismona.

    Ele se refere a uma decisão de setembro da Terceira Seção do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que entendeu que o princípio da insignificância é aplicável ao crime de contrabando de cigarros quando o total apreendido não ultrapassar mil maços.

    As grandes apreensões são mais frequentes no país e ocorrem principalmente em caminhões que chegam ao Brasil pela fronteira terrestre na região de Guaíra (PR). Foz do Iguaçu é menos usada para grandes cargas por causa da maior dificuldade em transpor o rio Paraná com as mercadorias.

    “Guaíra responde por mais da metade dos cigarros que são apreendidos no país”, disse o superintendente da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no Paraná, Fernando César Oliveira.

    De janeiro a novembro, foram 31,1 milhões de maços apreendidos na região, o que equivale a 52,9% dos 58,7 milhões do país.

    Em 16 de novembro, 600 mil maços de cigarros foram encontrados pela PRF em uma carreta bitrem em Alto Paraíso, noroeste paranaense. Oito dias depois, um caminhão com 250 mil maços foi apreendido em Nossa Senhora das Graças, na região norte do Paraná.

    Já no dia 30 de novembro, em Guaíra, na BR-163, outros 150 mil maços e 300 quilos de agrotóxicos foram descobertos em um caminhão. Duas pessoas foram presas.

    Duas das marcas paraguaias estão entre as cinco mais vendidas no Brasil no ano passado, segundo o Ipec Inteligência: Eight, com estimados 12% do mercado, foi a segunda mais comercializada, enquanto Gift ficou na quarta posição, com 9%.

    Eight tem forte penetração principalmente em São Paulo, com 32% do mercado, e no Paraná, com 20%. Outras marcas paraguaias facilmente encontradas no mercado brasileiro são Bill, Fox, Euro, San Marino, Palermo, Record, Meridian e Vila Rica.

    Para Vismona, o principal problema envolvendo essa disputa é a questão tributária, que faz com que a diferença de preço seja muito grande entre os produtos paraguaios e os nacionais.

    “Eles produzem cerca de 65 bilhões de cigarros ao ano e consomem 2 bilhões, o resto é tudo contrabando para a região, especialmente para o Brasil, que é o grande mercado. […] No Paraguai você tem impostos de 13% a 22% e, no Brasil, de 70% a 90%, dependendo o ICMS.”

    Com isso, o consumidor de baixa renda vai atrás dos produtos mais baratos, que são os falsificados —sejam eles camisas de clubes de futebol, óculos de sol, roupas de marca ou brinquedos— ou que entram de forma ilegal no Brasil.

    O preço médio das marcas nacionais de cigarros foi de R$ 8,18 no ano passado, ante R$ 5,08 do paraguaio.

    Nas ruas de Ciudad del Este, vendedores ofereceram à Folha pacotes com dez maços de marcas variadas por R$ 20, ou R$ 2 por maço. Para grandes lotes, ofereceram entrega nos hotéis em Foz do Iguaçu.

    A reportagem questionou a embaixada do Paraguai sobre o regime tributário adotado para o cigarro e se há alguma discussão governamental para a alteração de impostos, mas não houve resposta até publicação deste texto.

    Folha de São Paulo