Categoria: Política

  • Bolsonaro e Mauro Cid indiciados por falsificar cartão de vacina

    Bolsonaro e Mauro Cid indiciados por falsificar cartão de vacina

    Ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens são acusados de associação criminosa e inserção de dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde

    A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o tenente-coronel Mauro Cid pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos no Sistema Único de Saúde (SUS) no inquérito que apura a falsificação de certificados de vacinas contra a COVID-19. Ao menos outras 15 pessoas também foram acusadas (confira a lista abaixo). As informações são da Daniela Lima, da GloboNews.

    Na sequência vem o caso da entrada ilegal das joias sauditas no Brasil. Já o caso da tentativa de golpe de Estado, considerado por advogados do ex-presidente como o único com potencial de levar Bolsonaro à prisão, deve entrar na fase de indiciamentos até o meio deste ano.

    O depoimento do general Marco Antonio Freire Gomes, que confirmou à Polícia Federal (PF) que participou de reuniões em que foram discutidas os termos da “minuta do golpe”, foi considerado “consistente” e “revelador”. As informações são da jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo.

    O Estado de Minas

  • Tesouro estuda emitir títulos sustentáveis em reais para balizar mercado doméstico

    Tesouro estuda emitir títulos sustentáveis em reais para balizar mercado doméstico

    Após o lançamento no mercado internacional de títulos de dívida pública em dólar vinculados a compromissos socioambientais, o Tesouro Nacional avalia emitir papeis sustentáveis em reais, disse à Reuters o subsecretário da Dívida Pública da pasta, Otávio Ladeira.

    “Estamos estudando o tema, como um segundo passo, após a consolidação das emissões sustentáveis em dólares”, afirmou.

    O estudo, inicialmente noticiado pelo jornal Folha de S.Paulo, vem após o Tesouro entrar no mercado dos chamados títulos verdes com uma emissão que levantou 2 bilhões de dólares em novembro de 2023, operação considerada bem-sucedida.

    O Ministério da Fazenda vem argumentando que o objetivo principal desses lançamentos não é gerar caixa para o governo, mas balizar operações similares pelo setor privado. Portanto, a emissão doméstica serviria para nortear emissões de títulos de dívida por empresas no mercado brasileiro.

    Ladeira ressaltou que um possível lançamento de títulos sustentáveis em reais ainda não é um plano concreto e depende de estudos do Tesouro sobre o tema.

    As emissões verdes são parte do plano de transformação ecológica do governo, colocado como prioridade pela equipe econômica, e são guiadas por um arcabouço no qual o Tesouro apresenta compromissos vinculados à arrecadação gerada pelas operações, como a destinação de recursos a programas sociais e ao financiamento de infraestrutura sustentável.

    (Reuters)

  • Lira diz que é viável votar a regulamentação da reforma tributária neste semestre

    Lira diz que é viável votar a regulamentação da reforma tributária neste semestre

    Presidente da Câmara vai discutir calendário de votações com o ministro da Fazenda nesta tarde

    O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o cenário ideal é votar a regulamentação da reforma tributária ainda neste semestre. Ele informou que vai se reunir nesta tarde com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para apresentar um calendário de votações das leis complementares que vão regulamentar a reforma aprovada no ano passado. Segundo ele, o ideal é que não haja demora para essa votação. A expectativa de Lira é que esse calendário seja apresentado ainda hoje. O presidente deu a declaração em evento que debateu os desafios para a mobilidade de baixo carbono no Brasil, promovido pelo grupo Esfera Brasil.

    “Eu penso que a gente tem que resolver isso no primeiro semestre. É factível. Vamos para o detalhamento [da reforma], o pente fino, vamos separar “A” de “B”, mas precisamos de tempo, não pode ser feito de afogadilho e não podemos passar de 2024”, disse Lira.

    O governo deve encaminhar alguns projetos de lei complementar para regulamentar a reforma como a que criará o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) para englobar o ICMS e o ISS; e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para substituir o PIS, o PIS-Importação, a Cofins e a Cofins-Importação. Outra lei vai tratar do chamado imposto para taxar produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente. Outra proposta deve estabelecer regimes tributários específicos pra alguns setores, como os de combustíveis, imóveis e cooperativas, entre outros pontos.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • Lula alimenta polarização em reunião do ministério e vê gestão aquém do esperado

    Lula alimenta polarização em reunião do ministério e vê gestão aquém do esperado

    Em uma reunião ministerial realizada após pesquisas indicarem a queda da popularidade do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a alimentar a polarização com o seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente foi tema de boa parte do discurso do petista na abertura do primeiro encontro do ano com os 38 ministros. No plano administrativo, Lula admitiu mais uma vez que seu governo está aquém do que foi prometido.

    O presidente disse que o último ano foi de “recuperação” e sabe que ainda falta muito a fazer naquilo com que se comprometeu durante a campanha eleitoral. A retomada, conforme o discurso do petista, foi o gancho para os ataques a Bolsonaro, a quem Lula classificou como “covardão”. O petista afirmou que o País “correu sério risco de ter um golpe” após as eleições de 2022.

    “Não teve golpe não só porque algumas pessoas que estavam no comando das próprias Forças Armadas não quiseram fazer, não aceitaram a ideia, mas também porque o (ex-) presidente é um covardão”, afirmou Lula, destacando que Bolsonaro “preferiu fugir” para o exterior e, de lá, acompanhar o desenrolar dos fatos no País.

    Em fevereiro e neste mês, a Polícia Federal ouviu investigados e testemunhas no inquérito que apura suspeita de tentativa de golpe de Estado. Na última sexta-feira, 15, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo e os depoimentos se tornaram públicos. As declarações do ex-chefe da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior e do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes à PF narram detalhes das reuniões em que o ex-presidente teria tentado arregimentar as Forças Armadas em uma tentativa de se manter no poder.

    Para aliados de Bolsonaro, Lula ataca o adversário político para tentar reverter a queda de popularidade de sua gestão. “Qual a surpresa? É isso que podemos esperar de um governo que não tem o que mostrar”, afirmou o segundo-vice-presidente da Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), no X (antigo Twitter). O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da bancada do agronegócio, que conta com 374 parlamentares no Congresso, respondeu à postagem de Sóstenes, dizendo que “esperar uma autocrítica do líder do PT é ilusão sem final feliz”.

    Outros aliados de Bolsonaro contestaram a fala de Lula, comparando a popularidade do ex-presidente com a do atual chefe do Executivo. “Engraçado que o ‘covardão’ sai nas ruas, enquanto o outro…”, disse o presidente da Comissão de Educação da Câmara, Nikolas Ferreira (PL-MG).

    Crises

    A reunião ministerial durou cerca de quatro horas e foi convocada em meio a uma sequência de crises no governo. Em fevereiro, Lula comparou o ataque de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler e as declarações desencadearam um abalo internacional. Depois, disse estar “feliz” com a escolha da data para a eleição na Venezuela, marcada para 28 de julho – dia do aniversário de Hugo Chávez -, criticou a oposição e pediu “presunção de inocência” contra irregularidades cometidas por Nicolás Maduro.

    Recentemente, a decisão do Executivo de suspender a distribuição de dividendos extraordinários, no valor de R$ 43 bilhões, aos acionistas da Petrobras, provocou uma perda de mais de R$ 55 bilhões em valor de mercado para a empresa. Além disso, escancarou a disputa interna pelos rumos do terceiro mandato de Lula.

    A pesquisa Quaest divulgada no dia 6 preocupou o Palácio do Planalto. O levantamento mostra que a avaliação negativa do governo subiu cinco pontos porcentuais (34%), encostando na positiva (35%). A desaprovação do presidente, por sua vez, passou de 43% em dezembro para 46% agora. Entre os evangélicos, o índice de reprovação chega a 62%. Já o porcentual dos que aprovam o trabalho de Lula caiu de 54% para 51%. Outras pesquisas também identificaram problemas e fizeram acender o sinal amarelo no Planalto.

    Recado

    Na reunião ministerial, Lula avisou aos integrantes do primeiro escalão que não quer que novos programas sejam anunciados pelo governo. Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente cobrou foco na concretização do que já foi divulgado.

    Lula já havia dado recado semelhante a ministros ao longo de 2023. De acordo com Costa, a ideia é evitar a “pulverização” dos programas e garantir que não haja ações demais para que todas sejam executadas e divulgadas a contento. Ele deu as declarações no Planalto ao lado do ministro Paulo Pimenta (Secom). Pimenta disse que a reunião de ontem foi de alinhamento do governo.

    Reuniões ministeriais costumam ser convocadas para o presidente alinhar ministros em torno dos discursos e prioridades da gestão. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisou desmarcar a viagem que faria à Alemanha, ontem, para participar da reunião. No ano passado, Lula realizou quatro reuniões com os chefes das pastas.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

  • Ex-comandante do Exército desdiz o que escreveu sobre acampamentos e usa tese rebatida por Moraes

    Ex-comandante do Exército desdiz o que escreveu sobre acampamentos e usa tese rebatida por Moraes

    Trechos do depoimento do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes à Polícia Federal sobre os acampamentos golpistas em frente a quarteis contradizem uma nota assinada por ele em 2022 ou já foram contestados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal dos inquéritos que investigam a participação de militares em tentativa de golpe.

    Publicada em 11 de novembro de 2022, quando Lula já havia vencido a eleição, e assinada pelo general Freire Gomes, então comandante do Exército, em conjunto com seus homólogos da Marinha (almirante Almir Garnier) e da Aeronáutica (brigadeiro Baptista Junior), a nota “Às Instituições e ao Povo Brasileiro” deixava claro o endosso dos comandantes aos acampamentos.

    O texto lembrava que a Constituição assegura “livre manifestação do pensamento”, “liberdade de reunião, pacificamente” e “liberdade de locomoção no território nacional” e foi inteiramente assentado nessa tese.

    No seu depoimento à PF em 2 de março passado, entretanto, ao ser indagado se a nota “foi utilizada como respaldo das Forças Armadas para manifestações de apoiadores que estavam acampados em frente às instalações militares”, Freire Gomes respondeu que não.

    “Que tal interpretação foi dada de forma equivocada”; “que o objetivo era demonstrar que as manifestações não deveriam ocorrer em frente às instalações militares, e sim no âmbito do Poder Legislativo”.

    Não há nenhum trecho da nota que ampare esta última afirmação. As menções que há na nota sobre o Legislativo dizem respeito a leis aprovadas no Congresso ou a “importância da independência dos Poderes, em particular do Legislativo, Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua, sempre na busca de corrigir possíveis arbitrariedades ou descaminhos autocráticos que possam colocar em risco o bem maior de nossa sociedade, qual seja, a sua liberdade”.

    A referência ao Legislativo foi vista na época como uma indireta ao Judiciário, uma vez que Bolsonaro e seus aliados viam (e veem) abuso de poder por parte do Supremo, em particular do ministro Alexandre de Moraes.

    Na outra menção ao Legislativo, a nota dos comandantes reitera seu apoio à livre expressão ao afirmar que, na lei nº 14.197, de 2021, “o Parlamento Brasileiro foi bastante claro ao estabelecer que: ‘Não constitui crime […] a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais, por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais’”.

    Noutra passagem tida como recado ao Judiciário, os comandantes escreveram que “são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública”.

    Outro ruído do depoimento de Freire Gomes em relação aos acampamentos diz respeito a uma suposta omissão dos comandantes por não terem desmantelado a tempo aqueles locais, apesar da pauta dos manifestantes ser abertamente golpista -não reconheciam o resultado das eleições e pediam um golpe militar.

    À PF o ex-comandante respondeu “que não havia suporte jurídico para remoção das manifestações naquele momento” e “que nunca houve uma ordem judicial” nesse sentido.

    Relator de todas as investigações no STF sobre tentativas de golpe por parte de Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes já refutou a tese.

    Em entrevista dezembro passado, a Folha de S.Paulo perguntou a Moraes sobre o argumento, na época já encampado por muitos militares e demais aliados de Bolsonaro.

    “A Justiça age a pedido”, respondeu o ministro. Moraes citou dois casos em que, por solicitação das autoridades, o STF determinou a retirada dos acampamentos, em Belo Horizonte e em Rio Branco, o primeiro antes mesmo dos ataques de 8 de janeiro -depois, vários outros também seriam desmontados.

    “Bastaria às Forças Armadas, e isso faz parte do poder de polícia dos órgãos administrativos, retirarem [os acampamentos], até pela quebra de segurança. Aqueles acampamentos na frente dos quarteis atentavam contra a própria segurança das Forças Armadas. Eles não sabiam exatamente o que poderia ocorrer. E isso que está sendo investigado, quem eventualmente colaborou para isso de dentro das Forças Armadas.”

    Assim como outros ministros do STF, Moraes considera “um grande erro” a manutenção de acampamentos em frente aos quarteis após a definição da eleição presidencial de 2022.

    “Não existe liberdade de expressão em você acampar na frente de um quartel pedindo para as Forças Armadas derrubarem o regime democrático. Isso não é permitido em nenhum lugar do mundo. E não há também, como se levantou à época, impunidade ou inviolabilidade nesses locais por serem militares. Obviamente que não. A administração é militar, mas os crimes praticados lá podem e devem ser combatidos pela polícia”, disse.

    “Manifestação na frente de quartel pedindo golpe militar, pedindo volta do AI-5, pedindo a quebra do regime democrático, pedindo o fechamento de poderes, é crime. Isso o Supremo já pacificou. Agora o processo vai analisar a autoria de cada um.”

    Freire Gomes também mencionou um parecer da AGU (Advocacia-Geral da União) de 2019 que, por sua versão, impediria as Forças Armadas de agirem contra os acampamentos.

    O referido parecer, no entanto, embora afirme que deve caber à polícia realizar prisões em flagrante delito quando ocorrem crimes comuns próximos a quarteis, diz também que “o perímetro de 1.320 metros em torno dos estabelecimentos militares continua a constituir área de servidão militar sobre a qual o Estado (Forças Armadas) possui o direito real de gozo, em prol do interesse público ínsito à função militar”.

    Com base no texto da AGU, o Exército poderia, se quisesse, ter pelo menos bloqueado os acessos aos quarteis.

    Diz o parecer: “É possível que as Forças Armadas promovam, na área de 1.320 metros ao redor dos estabelecimentos militares, ações típicas de polícia administrativa, incidentes sobre bens, direitos ou atividades, citando-se como exemplos: patrulhamento, fiscalização de trânsito no perímetro da OM, com estabelecimento temporário de posições estáticas ao longo do seu itinerário, junto aos limites das instalações militares, bem como o bloqueio dos acessos ao quartel”.

    No termo de depoimento de Freire Gomes à PF, não consta se o ex-comandante foi indagado se os comandantes receberam ordem superior para permitir a manutenção dos acampamentos -que, no caso, só poderia ter partido do ministro da Defesa, à época Paul Sérgio Oliveira, ou do então presidente, Bolsonaro.

    Folha de São Paulo

  • Tarcísio e Caiado chegam a Israel e se reúnem com Netanyahu nesta terça

    Tarcísio e Caiado chegam a Israel e se reúnem com Netanyahu nesta terça

    Visita ocorre em meio ao estremecimento das relações entre Brasil e Israel após críticas de Lula à ofensiva israelense na Faixa de Gaza

    Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), deram início no domingo (17) à agenda oficial de cinco dias em Israel.

    A visita ocorre em meio ao estremecimento das relações entre Brasil e o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

    O encontro dos governadores com o premiê Benjamin Netanyahu está marcado para terça-feira (19) em Jerusalém. No mesmo dia, eles também se reúnem com o presidente de Israel, Isaac Herzog.

    Nesta segunda-feira (18), de acordo com a programação, Tarcísio e Caiado devem conhecer o local dos atentados do Hamas de 7 de outubro, visitar um memorial e encontrar com alguns sobreviventes, incluindo um brasileiro.

    Ao longo da semana, os governadores também se reúnem com o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz e devem visitar locais históricos como o Museu do Holocausto, o Monte das Oliveiras, a Biblioteca Nacional Israelense e a Cidade Antiga de Jerusalém.

    Os dois governadores desembarcaram em Tel-Aviv no domingo (17). Nas redes sociais, o governador de Goiás publicou fotos de um jantar com o representante da comunidade judaica-brasileira em Israel, Alberto Rabinonovich

    De acordo com a gestão de Tarcísio, a viagem acontece a convite do governo de Netanyahy para estreitar as relações com o país e “trocar experiências para o desenvolvimento de novas tecnologias no Estado”.

    O governo paulista informou que na quarta-feira (20), Tarcísio conhecerá a sede da Israeli Aerospace Industries, uma das mais importantes indústrias globais de aviação civil e militar e desenvolvimento de tecnologia eletrônica.

    Na quinta (21), uma visita à estação de saneamento de Shafdan, uma das mais modernas do mundo em sistemas de tratamento de água e esgotos.

    Nesta segunda-feira, se completa um mês da polêmica declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, ao criticar a ofensiva de Israel em Gaza, o petista citou o Holocausto.

    “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse a jornalistas durante viagem à Etiópia.

    A declaração desencadeou uma crise diplomática. Lula foi declarado persona non grata, e o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, foi chamado de volta pelo presidente. Ainda não há previsão para o retorno do diplomata, o que indica que a relação entre os dois países segue estremecida.

    CNN

  • Cuba tem protesto em meio a apagões e escassez de alimentos

    Cuba tem protesto em meio a apagões e escassez de alimentos

    Centenas de pessoas participaram na segunda maior cidade de Cuba, Santiago, de um raro protesto público no domingo, de acordo com relatos oficiais e a rede social. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, pediu diálogo em uma “atmosfera de tranquilidade e paz”.

    Os manifestantes em Santiago saíram às ruas com gritos de “energia e comida”, de acordo com vídeos postados nas redes sociais. Os apagões em alguns lugares se estenderam por 18 horas ou mais por dia, colocando em risco os alimentos congelados e aumentando as tensões na ilha.

    Cuba entrou em uma crise econômica sem precedentes desde a pandemia de covid-19, com grande escassez de alimentos, combustível e medicamentos. Isso provocou êxodo recorde de mais de 400 mil pessoas, que migraram para os Estados Unidos.

    Díaz-Canel confirmou o protesto em Santiago na plataforma X, logo após o fim da manifestação.

    – Várias pessoas expressaram sua insatisfação com a situação do serviço elétrico e da distribuição de alimentos –  disse Díaz-Canel. “A disposição das autoridades do Partido, do Estado e do Governo é atender às reclamações do nosso povo, ouvir, dialogar, explicar os diversos esforços que estão sendo realizados para melhorar a situação, sempre em uma atmosfera de tranquilidade e paz.”

    Díaz-Canel também afirmou que “terroristas” dos Estados Unidos estavam tentando fomentar novas revoltas.

    “Esse contexto será aproveitado pelos inimigos da Revolução para fins de desestabilização”, disse ele no X.

    A polícia chegou a Santiago para “controlar a situação” e “evitar a violência”, de acordo com relato publicado na rede social pela estatal CubaDebate.

    Não ficou claro se alguém havia sido preso durante o protesto.

    Partido Comunista

    Beatriz Johnson, representante do Partido Comunista de Santiago, disse que os manifestantes foram “respeitosos” e ouviram “atentamente” as explicações do governo sobre a escassez de alimentos e eletricidade.

    Vídeos nas mídias sociais sugerem que a manifestação foi pacífica.

    A capital cubana e locais periféricos pesquisados pela Reuters pareciam calmos no fim da noite de ontem. A Reuters não pôde confirmar imediatamente a veracidade de vídeos nas mídias sociais de supostos protestos em outras cidades cubanas.

    Correio do Brasil

  • Policiais e bombeiros militares cobram revisão da data-base em Goiás

    Policiais e bombeiros militares cobram revisão da data-base em Goiás

    Reajuste proposto pelo Estado foi de 3,71%

    O Governo de Goiás propôs nesta semana que a data-base para os servidores públicos do Estado deverá ser de 3,71%, recompondo apenas a inflação. Diversas categorias cobram o pagamento dos reajustes atrasados de 2019, 2020 e 2021, que, segundo os trabalhadores, não foram cumpridos pela gestão. Entre as categorias policiais e bombeiros militares, que tentaram uma negociação nesta sexta-feira (15/3).

    “Acabamos de sair da reunião com a equipe do governo, onde estávamos tratando sobre a data-base. Infelizmente, o governador Ronaldo Caiado continua firme nos seus propósitos de não cumprir com o pagamento das datas-bases vencidas. Infelizmente, hoje foi mantido o pagamento dos 3,71%”, disse o coronel Nilson Justino Pereira, presidente da Caixa Beneficente da Polícia Militar e dos Bombeiros Militares do Estado de Goiás.
    “Nós não aceitamos, nós só aceitaremos o pagamento dos 18,73%, se não me engano, que ele nos deve referente às datas vencidas. Pois somente as datas-bases irão atender toda a Polícia Militar e todo o Corpo de Bombeiros militares, que são os ativos, os veteranos e pensionistas”, completou Pereira.
    São oito entidades que representam a Polícia Militar (Assof, Assego, ACS, Caixa Beneficiente, Amigo, APPB, Unimil, Aofimil) e outras seis que representam a Polícia Civil (Sinpol, Sindepol, Ugopoci, Adpego, Appego, Asppap).
    O jornal A Redação entrou em contato com o Governo de Goiás para obter um posicionamento sobre a questão do reajuste e aguarda resposta
  • Daniel Vilela assume Governo de Goiás pela 6ª vez em pouco mais de um ano

    Daniel Vilela assume Governo de Goiás pela 6ª vez em pouco mais de um ano

    Caiado viaja a Israel neste sábado (16/3)

    Com a viagem do governador Ronaldo Caiado (UB-GO) a Israel neste sábado (16/3), o vice Daniel Vilela (MDB) assume o comando do Governo de Goiás pela 6ª vez neste segundo mandato da gestão caiadista, que tem pouco mais de um ano.

    Daniel Vilela e Caiado se reúnem na tarde desta sexta-feira (15) para definirem as pautas prioritárias que serão conduzidas ao longo da próxima semana. A princípio, o emedebista permanecerá à frente do Executivo goiano até a próxima sexta-feira (22/3).

    Protagonismo
    Desde o início do 2º mandato da atual gestão, em 2023, Daniel Vilela tem ganhado espaço de protagonismo como vice do governador Ronaldo Caiado. Isso porque, no ano passado, o chefe do Executivo goiano priorizou agendas internacionais, dando a oportunidade de Daniel conduzir as ações no Estado, além de projetos comandados diretamente por Vilela, como a reestruturação do Estádio Serra Dourada, em Goiânia.

    Além disso, há a previsão de que o emedebista concorra às eleições como governador do Estado em 2026, enquanto Caiado deve buscar a presidência da República.

    Visita de Lula
    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está com agenda prevista em Goiás. Há a expectativa de que o petista visite a cidade de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana, na próxima sexta-feira (22/3). Na data, há a possibilidade de Daniel Vilela ainda estar como governador em exercício.

    Lula é a principal oposição do governador Ronaldo Caiado, que tem buscado se aproximar do ex-presidente Jair Bolsonaro já de olho em 2026. Daniel Vilela, no entanto, permanece neutro.

    A Redação

  • Haddad deve adiar envio da reforma do IR e descumprir prazo constitucional

    Haddad deve adiar envio da reforma do IR e descumprir prazo constitucional

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve adiar o envio da proposta de reforma do Imposto de Renda. A decisão descumpre o comando constitucional previsto na emenda da reforma tributária, promulgada pelo Congresso em dezembro e que deu prazo de 90 dias para o encaminhamento do texto.

    O prazo termina na próxima terça-feira (19). Como a emenda não fixou uma punição para o descumprimento, a equipe econômica optou em assumir o ônus de não enviar o projeto para privilegiar a regulamentação da reforma sobre o consumo, também exigida pela emenda -mas com um prazo mais folgado, de 180 dias (até meados de junho).

    O assunto já vinha sendo discutido na cúpula da Fazenda, mas, com a proximidade do prazo final, a opção foi adiar, segundo dois integrantes da equipe econômica.

    Um secretário da equipe de Haddad disse à reportagem, na condição de anonimato, que não há como terminar a reforma do consumo e fazer a da renda ao mesmo tempo, porque não há espaço na agenda política deste ano diante do calendário eleitoral.

    No primeiro semestre, o governo quer aproveitar a janela de votações para aprovar a regulamentação da reforma tributária, o que deve exigir o envio de três a quatro projetos. Pessoas a par das negociações informaram que o governo vai aproveitar a janela pós-eleição para tentar aprovar um projeto de modernização do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido).

    Mesmo a emenda dando 180 dias para enviar os projetos, a Fazenda, em negociação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu antecipar esse prazo para que o calendário das eleições municipais não prejudicasse a tramitação dos textos na Câmara e no Senado.

    Além do calendário eleitoral, que dificulta a votação, parlamentares envolvidos na discussão informaram que as negociações no Congresso podem demorar mais tempo devido à discussão paralela da regulamentação que já acontece na Câmara.

    Outro ponto é que investidores cobram a aprovação rápida da regulamentação por não saberem o tamanho das modificações que os congressistas vão aprovar. O temor é de aumento da carga tributária, mesma preocupação com a reforma da renda. Depois de várias medidas do governo para aumentar a arrecadação, o setor produtivo é contra a volta da tributação de lucros e dividendos -ponto central da reforma da renda.

    A preocupação dos empresários é de que o governo use a reforma da renda para aumentar ainda mais a arrecadação de olho em aumentar as despesas. É que o novo arcabouço fiscal atrela a possibilidade de aumento real de despesas ao comportamento das receitas.

    Um programa de assessoramento técnico à implementação da reforma foi criado no início de janeiro, com 19 grupos temáticos e outro de análise jurídica.

    Uma comissão de sistematização, coordenada pelo secretário Extraordinário de Reforma Tributária, Bernard Appy, ficará responsável em sintetizar e definir o escopo geral das propostas a serem apresentadas ao ministro Haddad, antes de serem enviadas ao Congresso.

    O governo deve ter um primeiro esqueleto dos projetos no fim de março, mas nem todos os grupos estão caminhando no mesmo ritmo, admitem interlocutores da Fazenda. Apesar do prazo apertado e divergências em alguns dos grupos, Appy quer manter o calendário.

    Folha de São Paulo