Categoria: Política

  • PSOL questiona lei de Goiás obriga gestante a ouvir batimentos cardíacos do feto antes do aborto

    PSOL questiona lei de Goiás obriga gestante a ouvir batimentos cardíacos do feto antes do aborto

    O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) ajuizou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7597, no Supremo Tribunal Federal (STF), contra lei que institui a Campanha de Conscientização contra o Aborto para as Mulheres no Estado de Goiás. A ação foi distribuída ao ministro Edson Fachin.

    Entre outros pontos, a Lei estadual 22.537/2024 estabelece a data de 8 de agosto como o “Dia Estadual de Conscientização contra o Aborto” e prevê diretrizes para a campanha, tais como a realização de palestras e seminários sobre os riscos da prática, a prestação de assistência psicológica e social às mulheres grávidas que queiram abortar, priorizando a manutenção da vida do feto, e o oferecimento a mulher de exame de ultrassom com os batimentos cardíacos do nascituro.

    Segundo a legenda, a lei tem o objetivo de impedir o acesso de gestantes ao procedimento de aborto, mesmo nas hipóteses legais, desencorajando-as a obter os serviços previstos em lei, bem como “as submete à tortura mediante a visualização do exame de ultrassonografia”. Para o PSOL, a lei viola os atuais entendimentos sobre justiça reprodutiva, que impõem ao Estado o dever de garantir todas as condições necessárias para que as mulheres exerçam suas escolhas.

    Princípios constitucionais

    O partido político alega que a norma atenta contra o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana e os direitos de mulheres à autonomia, à liberdade, à igualdade, à saúde e a não serem submetidas à tortura nem a tratamento desumano ou degradante. Sustenta, ainda, que a lei estadual disciplinou matérias de direitos civil e diretrizes e bases da educação, cuja competência legislativa privativa é da União.

    Processo relacionado: ADI 7597

    Rota Jurídica

  • 125 toneladas de leite em pó estão a caminho de Cuba enviadas pelo Brasil

    125 toneladas de leite em pó estão a caminho de Cuba enviadas pelo Brasil

    O Brasil despachou para Cuba um primeiro carregamento de 125 toneladas de leite em pó, produzido internamente, como parte de uma iniciativa para fortalecer a segurança alimentar e nutricional na América Latina. Essa ação foi acordada entre os governos do Brasil, Emirados Árabes Unidos e Cuba durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) realizada em Dubai no ano passado.

    A entrega do lote de leite em pó aconteceu na segunda-feira (12) em Cuba. O Ministério das Relações Exteriores brasileiro informou que envios adicionais, incluindo arroz, milho e soja, serão realizados nas próximas semanas.

    A ação conjunta tripartite, acordada durante a COP28 entre 30 de novembro e 13 de dezembro de 2023, está alinhada com a proposta da presidência brasileira do G20 de estabelecer uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, de acordo com o comunicado do Itamaraty.
    O SBT News questionou o Itamaraty sobre os detalhes da aquisição e transporte dos alimentos enviados a Cuba no contexto desta iniciativa, bem como se os custos são compartilhados pelos governos do Brasil e Emirados Árabes Unidos. A reportagem será atualizada com as informações quando disponíveis.
    Com informações de SBT News
  • Como justificar 53 bilhões em emendas parlamentares?

    Como justificar 53 bilhões em emendas parlamentares?

    O presidencialismo é vulnerável à chantagem parlamentar – um problema não apenas brasileiro. Que tal mudar para o parlamentarismo, em que o chefe do Executivo tem necessariamente a maioria para governar?

    Arthur Lira, o todo-poderoso chefão da Câmara dos Deputados, teve um Carnaval mais do que especial. No Sambódromo do Rio de Janeiro, ele desfilou pela Beija-Flor, que homenageou a cidade de Maceió, parte do “reino de Lira”. Para isso, o prefeito maceioense, João Henrique Caldas, conhecido como JHC, um amigo político de Lira, mandou 8 milhões de reais para a escola de samba carioca. Parte dessa grana, segundo o prefeito (conforme comunicado da prefeitura), viria de emendas parlamentares.

    As emendas parlamentares são recursos aplicados conforme a vontade de cada parlamentar, privilegiando suas bases eleitorais. E tais emendas fazem a festa no “reino de Lira”. Para o atual ano de 2024, o Congresso aprovou o valor recorde de 53 bilhões de reais em emendas parlamentares, um grande aumento sobre os já bem gordos 37,3 bilhões de reais do ano passado. O aumento do valor reflete o poder cada vez maior do Congresso sobre o orçamento. Em nenhum outro país do mundo, os parlamentares conseguem interferir tanto no orçamento como aqui no Brasil.

    As emendas se fortaleceram em 2015, quando a fraqueza do governo Dilma acordou a fome dos congressistas. Desde então, tal fome dos parlamentares só aumentou. Eles sabem que o presidente Lula precisa da cooperação do Congresso para conseguir realizar suas políticas – fato inerente do presidencialismo brasileiro. O que culminou no mensalão do governo Lula (2005) uma mesada paga a deputados para votarem a favor de projetos de interesse do Poder Executivo. Hoje, o governo procura garantir os votos de forma mais institucionalizada e legalizada.

    Mas o problema, no fundo, continua o mesmo. Tanto o presidente quanto os parlamentares foram eleitos de forma direta pelo povo. A ideia era aplicar o sistema de freios e contrapesos, quer dizer: em uma divisão dos poderes, um poder fiscaliza o outro. Mas, na realidade, deixa o sistema vulnerável a bloqueios, que só se resolvem através de barganhas. Pois o partido do presidente não tem maioria no Congresso.

    Vemos um cenário semelhante atualmente na Argentina, onde o novo presidente Javier Milei não tem uma maioria para transformar suas ideias libertárias em leis. Partiu, portanto, para a fase 2, que é o xingamento dos parlamentares como “traidores da pátria”. E ameaça governar por plebiscitos. Só que eles não são vinculativos quando a iniciativa vem do presidente e não do Congresso. Assim, Milei pode logo virar um lame duck, ou seja, carta fora do baralho da política argentina.

    Impasse semelhante se vê nos Estados Unidos, onde partes do Partido Republicano no Congresso bloqueiam os pacotes de ajuda financeira do governo de Joe Biden à Ucrania, Israel, Palestina e Taiwan. Resta ao presidente Biden apenas fazer apelos. Brasil, Argentina e Estados Unidos – três exemplos que mostram como o presidencialismo dificulta a capacidade do Executivo de botar em prática suas políticas.

    Diferente do parlamentarismo, em que a maioria do Parlamento elege o chefe do Executivo. Para manter o governo vivo, a maioria parlamentar precisa prevalecer. Pois quando ela se perde, o governo cai. Assim, garante-se que o governo tenha a maioria necessária para tocar o barco da governabilidade.

    Sei que a ideia de trocar o presidencialismo pelo parlamentarismo é um tema antigo no Brasil, discutido e votado há trinta anos, quando uma maioria optou pelo presidencialismo. Escuto muitas vezes que o parlamentarismo não funcionaria no Brasil, devido à má qualidade dos partidos, que, muitas vezes, não têm ideologia, mas seguem os lemas do fisiologismo. Quero dizer: as trocas de favores em detrimento do bem comum.

    Se isso é verdade, me parece mais um argumento para o parlamentarismo. Pois só a disciplina exigida para manter a base governamental neste sistema pode enfraquecer o fisiologismo – que, no sistema do presidencialismo, corre solto. Ou, melhor dizendo: nestes tempos de Carnaval, samba solto na cara dos brasileiros.

    Thomas Milz saiu da casa de seus pais protestantes há quase 20 anos e se mudou para o país mais católico do mundo. Tem mestrado em Ciências Políticas e História da América Latina e, há 15 anos, trabalha como jornalista e fotógrafo para veículos como a agência de notícias KNA e o jornal Neue Zürcher Zeitung. É pai de uma menina nascida em 2012 em Salvador. Depois de uma década em São Paulo, mora no Rio de Janeiro há quatro anos.

    O texto reflete a opinião do autor, não necessariamente a da DW.

    Autor: Thomas Milz

  • Bolsonaro pede ao STF devolução de passaporte para ir a evento nos EUA com Trump

    Bolsonaro pede ao STF devolução de passaporte para ir a evento nos EUA com Trump

    O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução do seu passaporte para que ele possa participar de um evento conservador nos Estados Unidos na próxima semana que terá a presença do ex-presidente dos EUA Donald Trump.

    O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, que representa Bolsonaro, disse à Reuters que o pedido foi apresentado ao Supremo para que Bolsonaro possa participar da Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), que ocorrerá de 21 a 24 de fevereiro. Trump, que deve concorrer a um novo mandato presidencial em novembro, é anunciado na página do evento como a principal estrela do encontro.

    Bolsonaro teve o passaporte apreendido em operação da Polícia Federal na semana passada, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, no âmbito de inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado orquestrada durante o seu governo.

    O ex-presidente também foi proibido pelo Supremo de manter contato com os demais investigados na operação, como os ex-ministros da Defesa Walter Braga Netto e Paulo Nogueira Batista; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno.

    Quatro pessoas foram presas na operação, incluindo o ex-assessor especial de Bolsonaro Filipe Martins.

    Alvo de uma série de investigações pelo STF e inelegível de concorrer até 2030 por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro recentemente fez uma convocação pública pelas redes sociais para um ato em sua própria defesa para o dia 25 deste mês, domingo, na Avenida Paulista.

    Reteurs

  • Relembrando….Arquivado na Justiça Eleitoral, mensalinho do PT no Twitter entra no foco da CPI das Fake News

    Relembrando….Arquivado na Justiça Eleitoral, mensalinho do PT no Twitter entra no foco da CPI das Fake News

    A investigação do esquema de pagamento de influenciadores de redes sociais para propagação de notícia para políticos do PT não tem avançado na Justiça Eleitoral nos estados, mas o chamado “mensalinho do PT no Twitter” será uma das frentes de apuração da CPI das Fake News

    A investigação do esquema de pagamento de influenciadores de redes sociais para propagação de notícia para políticos do PT não tem avançado na Justiça Eleitoral nos estados, mas o chamado “mensalinho do PT no Twitter” será uma das frentes de apuração da CPI das Fake News.

    O comando da comissão deve pedir que a Polícia Federal e os tribunais regionais eleitorais entrem no caso e ainda auxiliem com dados e investigações. A O Antagonista, o presidente da CPI, senador Angelo Coronel, do PSD da Bahia, disse que não descarta indiciamentos sobre o caso a depender do resultado das apurações.

    Empresas ligadas ao ex-deputado federal Miguel Corrêa, do PT de Minas Gerais, teriam fechado contratos milionários com pelo menos uma dezena de políticos nas eleições de 2018 que pagaram para participarem de um espécie de game. Para ganhar pontos no jogo, os influenciadores convidados a baixar o aplicativo deveriam compartilhar conteúdo positivo sobre os candidatos nas redes sociais.

    A Justiça Eleitoral em Minas rejeitou uma ação contra Corrêa sob argumento de que, como ele não chegou a ser eleito ao Senado, não haveria como prosseguir com o processo porque a única sanção aplicável seria a cassação ou rejeição do diploma, portanto, a punição não poderia ser aplicada.

    Em outra ação que poderia provocar a inelegibilidade de Corrêa, o TRE mineiro julgou se o caso poderia se enquadrar em abuso de poder econômico, além de arrecadação e gastos ilícitos de recursos. Os desembargadores avaliaram que não há provas nos autos de que o aplicativo alcançou um número expressivo de eleitores a ponto de desequilibrar o pleito. Uma perícia informou que o aplicativo foi baixado por ao menos 1.000 pessoas.

    Em relação aos influenciadores, os magistrados consideraram que não ficou evidenciado o benefício ao ex-deputado. Isso porque ele não foi citado em e-mails dirigidos supostamente a influenciadores digitais, contendo o resumo das matérias que deveriam ser divulgadas em suas redes sociais, referentes às pautas políticas de esquerda, havendo referência a certos candidatos (Wellington Dias, Fernando Haddad, Manuela D’Ávila, Luiz Marinho, Lindbergh Farias, Décio Lima e Gleisi Hoffmann).

    O Ministério Público Eleitoral recorreu e o processo ainda está em fase de admissão pelo TSE.

    A falta de provas também foi a justificativa da Justiça Eleitoral no Piauí para rejeitar uma ação contra o governador Wellington Dias (PT). O mensalinho do PT no Twitter estourou justamente pelo caso de Dias, sendo que a  jornalista Paula Holanda, militante de esquerda e influenciadora digital, revelou no Twitter ter sido convidada, em troca de dinheiro, pela Lajoy a promover em seu perfil conteúdo de esquerda. Ela, porém, disse que se recusou a fazer postagens sobre Dias.

    O juiz auxiliar Geraldo Meneses considerou que “não há prova idônea de que a coligação e/ou o candidato representados contrataram influenciadores digitais ou a Lajoy a fim de expandir a audiência de conteúdos no twitter”.

    A situação da campanha de Dias ainda é discutida em outra ação no TRE.

    O caso de Luiz Marinho, que concorreu ao governo de São Paulo pelo PT, também foi encerrado, mas por questão processual. Não houve discussão sobre o mérito do caso.
    O Antagonista , publicado em 16.02.2020
  • Indícios de corrupção contra Moro são ponto lateral em processo de cassação

    Indícios de corrupção contra Moro são ponto lateral em processo de cassação

    Embora o PT de Lula e PL de Jair Bolsonaro apontem indícios de corrupção nos gastos da pré-campanha do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), é o suposto abuso de poder econômico pelo ex-juiz da Lava Jato que forma o eixo central do processo movido pelas duas siglas na Justiça Eleitoral do Paraná.

    Isso tem ligação com a natureza do processo, que é uma Aije (ação de investigação judicial eleitoral) proposta pelos dois partidos.

    O advogado do PT, Luiz Eduardo Peccinin, diz que a ação contra Moro se propõe a apontar provas de abuso de poder econômico nos termos do artigo 30-A da “Lei das Eleições” (lei 9.504/1997) e artigo 22 da “Lei das Inelegibilidades” (lei complementar 64/1990).

    Já a apuração de eventuais crimes eleitorais (como caixa 2 ou apropriação indebita eleitoral) ou crimes comuns (como lavagem de dinheiro) caberia ao Ministério Público, que poderia propor uma ação penal pública.

    “A competência é do Ministério Público. Nós podemos representar criminalmente denunciando ao MP [Ministério Público] ou o próprio TRE já pode mandar os autos para o MP analisar. Mas, nestas hipóteses, quem propõe a denúncia é o MP, e quem toca o inquérito é a Polícia Federal”, explica.

    Na ação, os partidos apontam suposto abuso de poder econômico e, por isso, pedem a cassação do mandato de Moro. Mas também defendem que os indícios de corrupção sejam apurados.

    Os indícios de corrupção mencionados pelas siglas na ação estão ligados principalmente ao contrato de serviços jurídicos feito entre a União Brasil e o escritório do advogado Luis Felipe Cunha (União Brasil), que é amigo de quase 20 anos de Moro e se tornou seu primeiro suplente no Senado.

    PT e PL acham suspeito o contrato, já que o escritório de Cunha até então não atuava na área do direito eleitoral. O valor do contrato também foi considerado alto —R$ 1 milhão para um período de quatro meses, de abril a julho de 2022.

    Os partidos de oposição a Moro defendem que haja uma investigação mais aprofundada sobre o destino do dinheiro. Para o PT e o PL, Moro pode ter usado os recursos para um “autofinanciamento oculto e antecipado” para sua campanha ou para pagar despesas pessoais. Ele nega qualquer irregularidade.

    Para o advogado do PT, Luiz Eduardo Peccinin, Moro “contratou o amigo como suposto advogado e triangulou esses recursos”. Peccinin deu a declaração à imprensa logo após a audiência na qual Moro prestou depoimento ao relator do caso, o juiz Luciano Falavinha, em dezembro.

    Ao juiz Moro justificou que o valor também abrangia pagamentos ao escritório do advogado Gustavo Guedes, que não teria sido contratado diretamente pela União Brasil em razão de uma resistência do presidente da sigla, Luciano Bivar.

    Guedes, responsável hoje pela defesa de Moro na Justiça Eleitoral, confirma a versão e diz que Cunha subcontratou seu escritório.

    “Houve por parte do partido a informação de que não gostariam de me contratar pelo fato de eu ter assinado contra o PSL [hoje União Brasil] uma ação de desfiliação de justa causa da Joice Hasselmann”, disse Guedes, em janeiro, em entrevista à Folha de S.Paulo.

    “Na época, eu tinha a informação de que este apontamento teria vindo do próprio Bivar. Depois o Bivar disse em entrevista que não falou. Mas, alguém disse internamente lá. Se alguém usou o nome do Bivar porque não gosta de mim, não sei. O fato é que isso foi dito lá atrás. Respeito o Bivar, não tenho nada contra ele. Mas entendi a resistência como compreensível”, afirmou o advogado.

    Segundo ele, a alternativa encontrada, e que teria recebido o aval da própria sigla, foi a parceria com o escritório de Cunha, que pretendia começar a atuar na área eleitoral.

    “Eu não vou apontar valores, mas recebi uma parte significativa deste pagamento de R$ 250 mil por mês”, disse Guedes. “Ele prestou serviços comigo. Não foram só quatro pareceres. Foram dezenas de documentos que a gente produziu, entre coisas para o partido e defesas do Moro. E eu acho que o Felipe [Cunha] teve outras prestações de serviço também”, continuou ele.

    Ao longo da audiência conduzida pelo juiz Luciano Falavinha em dezembro, o contrato foi o tema da maioria das perguntas feitas pelo magistrado ao senador.

    Falavinha ainda não divulgou seu voto sobre o caso, mas já informou ter concluído a análise do processo, em 30 de janeiro. Agora ele aguarda a formação completa do colegiado da corte regional para colocar o assunto na pauta de julgamentos.

    Uma das sete cadeiras de juízes está vaga desde o final de janeiro. A expectativa é que a posse do sétimo membro ocorra nos próximos dias, após indicação de um nome pelo presidente Lula com base em uma lista tríplice.

    A ação motivada por representação dos partidos PL e PT sustenta que o ex-juiz da Lava Jato fez gastos excessivos durante o período da pré-campanha eleitoral ligada ao pleito de 2022, o que teria trazido desequilíbrio para a disputa.

    Moro se filiou ao Podemos no final de 2021 de olho na disputa presidencial. Em março de 2022, abandonou o partido, anunciando filiação à União Brasil e uma candidatura ao Senado por São Paulo. Em junho, depois da Justiça Eleitoral barrar a troca de domicílio eleitoral para São Paulo, anunciou que seria candidato ao Senado pelo Paraná.

    Por isso, os partidos opositores apontam que os gastos de pré-campanha, voltados inicialmente para a disputa ao Palácio do Planalto, tornaram-se “desproporcionais” e “suprimiram as chances dos demais concorrentes” ao Senado no Paraná.

    Já a defesa de Moro nega que tenha feito gastos excessivos e sustenta que as despesas realizadas entre novembro de 2021 até início de junho de 2022 nem poderiam ser consideradas, justamente porque o pré-candidato almejava outros cargos.

    Folha de São Paulo

  • Bolsonaro convoca apoiadores para ato na Paulista

    Bolsonaro convoca apoiadores para ato na Paulista

    Jair Bolsonaro (PL) convocou seus apoiadores para um ato que será realizado na Avenida Paulista, em São Paulo.

    O ex-chefe do Executivo recorreu às redes sociais para anunciar que está organizando um evento presencial com o intuito de “se defender” das acusações das quais tem sido alvo pelas autoridades policiais, além dos mandados de busca e apreensão contra ele e aliados como parte da investigação por uma suposta tentativa de “golpe de Estado”.

    ‘’No último domingo de fevereiro, dia 25, às 15h, estarei na Paulista realizando um ato pacífico em defesa do nosso Estado Democrático de Direito. Peço a todos vocês que compareçam trajando verde e amarelo. E mais do que isso: não compareçam com qualquer faixa ou cartaz contra quem quer que seja’’, disse ele em vídeo.

    ‘’Nesse evento, eu quero me defender de todas as acusações que têm sido imputadas à minha pessoa nos últimos meses. Mais do que discurso, uma fotografia de todos vocês, porque vocês são as pessoas mais importantes desse evento, para mostrarmos para o Brasil e para o mundo a nossa união, as nossas preocupações e o que queremos’’, finalizou.

  • Deputados republicanos aprovam impeachment de principal autoridade de fronteira dos EUA

    Deputados republicanos aprovam impeachment de principal autoridade de fronteira dos EUA

    A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou por uma margem estreita o impeachment da principal autoridade de fronteira do presidente Joe Biden, à medida que a imigração se torna um tema importante para as eleições deste ano.

    Por uma votação de 214 a 213, a Câmara aprovou dois artigos de impeachment acusando o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, de não aplicar as leis de imigração dos EUA, o que, segundo os republicanos, levou a um fluxo recorde de imigrantes na fronteira do país com o México, e de fazer declarações falsas ao Congresso.

    A votação marcou apenas a segunda vez na história dos EUA, e a primeira vez em quase 150 anos, que a Câmara impugnou um membro do gabinete de um presidente. O gabinete do líder democrata do Senado, Chuck Schumer, disse que os senadores seriam empossados como jurados logo após o retorno do recesso em 26 de fevereiro.

    No entanto, é altamente improvável que o Senado, controlado pelos democratas, vote para destituir Mayorkas do cargo.

    Um número recorde de imigrantes tem cruzado ilegalmente a fronteira com o México desde que Biden assumiu o cargo em 2021, e o ex-presidente Donald Trump tem feito disso um dos principais focos de sua campanha contra o democrata.

    A votação de terça-feira reverteu uma derrota legislativa que o presidente da Câmara, Mike Johnson, sofreu na semana passada, quando um esforço semelhante não foi bem-sucedido. O deputado republicano Steve Scalise, que não compareceu à votação da semana passada enquanto recebia tratamento contra o câncer, deu o voto decisivo na terça-feira.

    Os republicanos têm uma pequena maioria de 219 a 212 na Câmara.

    “O Secretário Mayorkas tem se recusado deliberada e consistentemente a cumprir as leis federais de imigração, fomentando a pior catástrofe de fronteira da história norte-americana”, disse Johnson após a votação.

    Uma pesquisa Reuters/Ipsos no mês passado mostrou que a imigração era a segunda maior preocupação dos eleitores, depois da economia.

    Nenhum democrata apoiou o impeachment na terça-feira, enquanto três republicanos – Ken Buck, Tom McClintock e Mike Gallagher – desafiaram sua liderança ao votar não. Eles também votaram contra o impeachment na semana passada.

    Mayorkas tem dito que não é responsável pela situação da fronteira, atribuindo a culpa a um sistema de imigração quebrado que o Congresso não tem conseguido consertar.

    Reuters

  • Republicanos bloqueiam ajuda à Ucrânia

    Republicanos bloqueiam ajuda à Ucrânia

    Joe Biden alertou, nesta terça-feira (13), os congressistas republicanos da Câmara dos Representantes que “a história será testemunha” se sabotarem a ajuda à Ucrânia aprovada pelo Senado, mas o líder da oposição replicou dizendo que sequer haverá votação.

    O líder da maioria democrata no Senado dos EUA, Chuck Schumer, retorna ao seu escritório no Capitólio, em Washington, em 13 de fevereiro de 2024.
    O líder da maioria democrata no Senado dos EUA, Chuck Schumer, retorna ao seu escritório no Capitólio, em Washington, em 13 de fevereiro de 2024. © Kevin Dietsch

    “A história será testemunha”, disse Biden na televisão, repetindo a frase cinco vezes.

    “Apoiar este projeto de lei é enfrentar Putin. Opor-se a ele é fazer o jogo de Putin”, acrescentou o democrata.

    Ele também atacou seu antecessor, Donald Trump, depois que o ex-presidente disse que encorajaria a Rússia a atacar os membros da Otan que não cumprem seus compromissos financeiros com a Aliança.

    “É tolo. É vergonhoso. É perigoso. É antiamericano”, disse Biden da Casa Branca.

    “Quando [Trump] olha para a Otan, não vê a aliança que protege os Estados Unidos e o mundo. Ele vê uma fraude”, acrescentou. “Nenhum outro presidente em nossa história jamais se curvou a um ditador russo.”

    Mas o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, muito próximo a Trump, ignorou os alertas de Biden e disse aos jornalistas que sequer pretende permitir uma votação sobre o projeto de lei.

  • Não sei se teríamos eleições sem decisões de Moraes, diz Temer

    Não sei se teríamos eleições sem decisões de Moraes, diz Temer

    Ex-presidente afirma que pleito teria corrido um “risco”, sem dar detalhes, e que ministro do STF “não sai dos limites legais”.

    O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse na 5ª feira (8.fev.2024) que talvez o Brasil não tivesse realizado as eleições se não fossem as decisões do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Afirmou, sem dar detalhes, que, diante da investigação da PF (Polícia Federal) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, o pleito teria corrido um “risco”. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos investigados.  Temer falou que o magistrado está “cumprindo a determinação legal” como ministro, e que ele “cumpre rigorosamente o texto constitucional”. As declarações foram dadas em entrevista à CNN Brasil. O ex-presidente foi o responsável por indicar Moraes, em 2017, para a vaga de Teori Zavascki, morto no mesmo ano.

    “Devo dizer, com toda franqueza, e até os fatos estão confirmando, que se não fossem as decisões muito firmes e legalmente estabelecidas pelo Alexandre, não sei se teríamos tido eleições”, declarou.  O ex-presidente disse não saber se “há um ou outro exagero” nos autos de investigação do caso, por não conhecer os autos do processo. Contudo, declarou que observa o fato de que Moraes “não sai dos limites legais”.  “TENTATIVA DE GOLPE” Temer afirmou que a investigação da PF demonstra que “houve uma intenção mal sucedida” de golpe de Estado. Também falou que existiu uma “tentativa de ação” com O ex-presidente disse não saber se “há um ou outro exagero” nos autos de investigação do caso, por não conhecer os autos do processo. Contudo, declarou que observa o fato de que Moraes “não sai dos limites legais”.

    “TENTATIVA DE GOLPE” Temer afirmou que a investigação da PF demonstra que “houve uma intenção mal sucedida” de golpe de Estado. Também falou que existiu uma “tentativa de ação” com os atos do 8 de Janeiro, mas “de pessoas que não tinham exata e precisamente um plano completo”

    “Só se tem um golpe de Estado quando as Forças Armadas querem. E as Forças Armadas não quiseram isso. Pode, sim, ter envolvido um ou outro general, muito mais aqueles próximos do [ex-] presidente Bolsonaro, mas nada mais do que isso”, afirmou. Apesar disso, o ex-presidente disse que toda a operação partiu da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e, portanto, “é preciso que a investigação verifique” sua veracidade. “O que posso dizer é que essa matéria não pode ganhar a dimensão que está ganhando. Ela é grave, mas tem que ser solucionada por meio da investigação que se processará”, declarou.

    Sobre a possibilidade de Bolsonaro ser preso, Temer disse que, com os “fatos que vieram à luz até agora, penso que não há razão para prisão”. “Há sempre a perspectiva de, mas a perspectiva de depende de uma concretização de determinados fatos. E esses, a meu modo de ver, caso concretizarem, sei-lo-ão adiante”, declarou.

    Poder 360