Categoria: Política

  • Weintraub diz que vai recorrer de demissão e acusa ‘CGU do Lula’ de ‘perseguição

    Weintraub diz que vai recorrer de demissão e acusa ‘CGU do Lula’ de ‘perseguição

    O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (PMB) afirmou na noite desta quarta-feira, 7, que irá recorrer da decisão da Controladoria-Geral da União (CGU) que o demitiu da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por faltas injustificadas e o tornou inelegível por oito anos. Segundo Weintraub, a ação foi uma “perseguição” empreendida após ele ter se lançado pré-candidato à Prefeitura de São Paulo há duas semanas.

    Weintraub era professor de ciências contábeis desde 2014, mas já estava com os vencimentos suspensos desde abril de 2023, quando foi iniciado o processo administrativo para apurar faltas injustificadas dele e de Daniela Weintraub, sua mulher e também professora da universidade.

    Em uma live para apoiadores no YouTube, o ex-ministro afirmou que não teve direito de defesa no processo e que o seu advogado não foi intimado antes da publicação da sua demissão no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta.

    “Coincidentemente, andou rápido sem ter ainda a plena defesa e com o cerceamento de defesa. O meu advogado, por exemplo, estava cuidando de ambos os processos (de Weintraub e da sua mulher) não foi intimado e não foi lá pessoalmente”, afirmou.

    Weintraub afirmou que irá recorrer judicialmente da decisão que o tornou inelegível para continuar com o seu projeto eleitoral. O ex-ministro se lançou “pré-candidato” de forma independente. A legislação brasileira, porém, não permite que um candidato dispute a eleição sem filiação partidária.

    “A gente vai protocolar, lutar judicialmente, não vou arredar o pé. Vamos judicializar e vamos conseguir sim. Eu acredito que ainda tem espaço, estou bem confiante, reverter isso no Judiciário e conseguir a garantia de que eu concorra, de forma independente aos partidos, à Prefeitura de São Paulo, afirmou Weintraub.

    O ex-ministro também disse que não retornou para as salas de aula da Unifesp após deixar o Banco Mundial, em abril de 2022, por conta de ameaças físicas feitas por estudantes. “O ambiente ficou horrível, agressivo e perigoso”, disse.

    Weintraub também disse na live que esse seria o seu único processo investigativo em que ele já foi alvo. Porém, o ex-ministro já foi investigado pela universidade por utilizar, sem autorização, o logotipo da instituição em consultorias particulares. Essa sindicância foi arquivada por falta de provas em 2022.

    Estadão procurou a Controladoria-Geral da União (CGU), mas não obteve retorno.

    Quem é Abraham Weintraub?

    Abraham Weintraub foi o segundo ministro da Educação do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele deixou a pasta após 14 meses no cargo, após a divulgação de um vídeo em que chamava magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos” durante uma reunião ministerial.

    Após deixar o MEC, ele ocupou o Banco Mundial entre 2020 e 2022, deixando o órgão para se lançar pré-candidato ao governo de São Paulo. Bolsonaro, porém, preferiu o seu então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o que levou ao rompimento entre os dois.

    Weintraub concorreu, então, ao cargo de deputado federal pelo PMB, partido no qual está filiado até hoje. Ele teve 4.057 votos e não conseguiu se eleger.

  • Fim das saidinhas para presos: projeto é aprovado no Senado Federal, mas com ressalvas

    Fim das saidinhas para presos: projeto é aprovado no Senado Federal, mas com ressalvas

    A Comissão de Segurança Pública do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (6) o projeto de lei que extingue as “saidinhas” de presos em feriados.

    O texto, relatado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), prevê algumas exceções, como a possibilidade de saída para atividades educacionais fora da prisão.

    “Acolhi a emenda do senador Moro que permite a autorização para estudar fora da unidade prisional a presos que não cometeram crime hediondo ou crime com violência, ou grave ameaça. O que é diferente das saídas em feriados, que estão sendo proibidas para todos os presos!”, afirmou o relator a CNN.

    Entre os pontos principais da aprovação estão: a extinção das saidinhas em feriados para todos os presos; Permissão para saída temporária de presos em regime semiaberto para atividades educacionais, como os que possuem o ensino médio e superior, os que fazem cursos profissionalizantes.

    Porém, o tempo de saída limitado ao necessário para as atividades, com exceções para a autorização de saída para estudar fora da prisão: presos que não cometeram crime hediondo, crime com violência ou grave ameaça.

    A nova medida se chama Lei Sargento PM Dias, em homenagem a policial assassinado por um foragido da saidinha de Natal de 2023.

    Porém algumas medidas ainda estão em debate, como: o exame criminológico para progressão de regime;  a boa conduta carcerária; e o indícios de baixa periculosidade.

    Já no que tange a utilização de tornozeleira eletrônica,  o novo projeto estipula em três novas situações: livramento condicional; execução da pena nos regimes aberto e semiaberto; e a restrição de direitos relativa à proibição de frequentar lugares específicos.

    Agora, o próximo passo do projeto é ele ser analisado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Entrar em votação no plenário do Senado. E no retorno à Câmara dos Deputados, entrar na análise das alterações feitas no Senado. E por fim, a sanção pela Presidência da República.

    A aprovação do projeto na Comissão de Segurança Pública representa um passo importante na discussão sobre o sistema prisional brasileiro. As medidas propostas visam a garantir a segurança da sociedade e, ao mesmo tempo, promover a ressocialização dos presos.

  • Bolsonaro e aliados: investigados em operação da PF

    Bolsonaro e aliados: investigados em operação da PF

    Operação investiga organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente no Poder após a derrota nas eleições de 2022

    A operação da Polícia Federal (PF) desta quinta-feira (8) mirou aliados políticos e militares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    A PF investiga organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para manter o ex-presidente no Poder após a derrota nas eleições de 2022.

    Bolsonaro também foi alvo de medida cautelar e precisa entregar o passaporte em 24h, além de estar proibido de manter contato com demais investigados.

    Ao todo são 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares.

    As buscas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

    alvos já confirmados com fontes da PF

    Mandados de busca e medidas cautelares

    1. Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
    2. Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
    3. Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022;
    4. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
    5. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;
    6. General Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército;
    7. Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
    8. General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
    9. Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”;
    10. Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército expulso após punições disciplinares;
    11. Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como “mentor intelectual” da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres;
    12. Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello;
    13. Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
    14. Eder Lindsay Magalhães Balbino, empresário que teria ajudado a montar falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas;
    15. Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
    16. Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;

    Mandados de prisão

    1. Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
    2. Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;
    3. Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército;
    4. Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.

    O que dizem as defesas dos alvos

    Jair Bolsonaro

    O advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, confirmou nas redes sociais que o ex-presidente entregará seu passaporte à PF.

    “Em cumprimento às decisões de hoje, o Presidente @jairbolsonaro entregará o passaporte às autoridades competentes”, escreveu no X, antigo Twitter.

    Wajngarten disse ainda que Bolsonaro “já determinou que seu auxiliar direto, que foi alvo da mesma decisão, que se encontrava em Mambucaba [em Angra dos Reis] retorne para sua casa em Brasília, atendendo a ordem de não manter contato com os demais investigados”.

    À analista da CNN Jussara Soares, o ex-presidente relatou que seu passaporte está em Brasília e, por isso, não foi entregue aos agentes que foram até sua casa em Angra dos Reis.

    “Meu passaporte está em Brasília, estou providenciando a entrega do meu passaporte o mais rápido possível. Uma operação em cima dos generais, a prisão de mais um assessor meu, coronel Marcelo Câmara, mais um coronel e um major que de nome não sei quem são”, disse.

    Segundo Bolsonaro, a PF chegou em sua residência às 07h.

    Almir Garnier

    Em nota, a defesa de Almir Garnier informou que o almirante teve seu celular e papéis apreendidos.

    “Prezados amigos, participo que face à situação política de nosso país, fui acordado em minha casa hoje, as 6h15m da manhã, pela Polícia Federal. Estando acompanhado apenas do Espírito Santo, em virtude de viagem da minha esposa. Levaram meu telefone e papéis de projetos que venho buscando atuar na iniciativa privada. Peço a todos que orem pelo Brasil e por mim. Continuamos juntos na fé, buscando sempre fazer o que é certo, em nome de Jesus”, declarou.

    Marcelo Câmara

    A defesa do coronel do Exército Marcelo Câmara informou que solicitou ao ministro Alexandre de Moraes acesso aos autos.

    Tércio Arnaud

    A defesa de Tercio Arnaud afirmou que pediu para o ex-assessor retornar a Brasília. Por enquanto, segundo o advogado Luiz Eduardo Kuntz, não há intimação para prestar depoimento. O advogado solicitou acesso aos autos para preparar a defesa.

    CNN tenta contato com todos os envolvidos.

  • Valdemar Costa Neto é preso por porte ilegal de arma

    Valdemar Costa Neto é preso por porte ilegal de arma

    Presidente do PL foi um dos alvos de operação que mira aliados de Bolsonaro

    O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso pela Polícia Federal (PF) por porte ilegal de arma, nesta quinta-feira (8).

    Ele era um dos alvos de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, que mira organização criminosa responsável por tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência após a derrota nas eleições de 2022.

    CNN

  • Voa Brasil: de ideia genial a uma armadilha para o governo, por Fernando Nakagawa*

    Voa Brasil: de ideia genial a uma armadilha para o governo, por Fernando Nakagawa*

    Antes pressionadas a ingressar no programa, empresas aéreas agora pedem benesses e prometem passagem a R$ 200 como uma “contrapartida”

    O “Voa Brasil” foi prometido para começar em agosto de 2023. Antes da data, porém, adiaram para setembro. O ministro mudou, e a data também.

    O que nasceu como um programa com grande apelo popular está se transformando numa verdadeira armadilha para o governo federal. E, hoje, o programa governamental para compra de passagens aéreas a R$ 200 tem chances não desprezíveis de simplesmente ser cancelado, como um voo de um avião repleto de problemas.

    Nascido na gestão do ex-ministro de Portos e Aeroportos Márcio França, o programa já nasceu torto e gerou reações negativas — inclusive do chefe dele, o presidente da República.

    Dias após o ex-ministro França anunciar o programa em diversas entrevistas — inclusive nesta CNN, Lula disse na abertura da reunião dos 100 primeiros dias do governo que “qualquer genialidade que alguém possa ter é importante que, antes de anunciar, faça uma reunião com a Casa Civil”.

    Era a senha de que o Palácio do Planalto havia sido pego de surpresa e estava incomodado com o que ocorrera. Já era tarde.

    O “Voa Brasil” já estava na internet e a promessa de voar por R$ 200 circulava como um vírus no WhatsApp dos brasileiros que não pisam em um aeroporto há anos ou sonham em voar pela primeira vez.

    O setor aéreo é um dos mais regulados de qualquer economia. A necessidade de regras rígidas e padrões internacionais de segurança de voo geram uma enorme quantidade de leis e normas — e basicamente todas determinadas pelo governo federal.

    Por isso, não foi de se estranhar que a reação inicial das empresas aéreas tenha sido tão amigável. Departamos de comunicação divulgaram notas com elogios e interesse das companhias em participar da empreitada.

    A avaliação nos bastidores, porém, sempre foi diferente.

    A estranheza começava pelo simples fato de que uma parte das passagens já é vendida nesse patamar mágico do “Voa Brasil”. Em 2023, 14,9% de todos os passageiros pagaram até R$ 200. O dado é da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e indica que cerca de 12 milhões de passageiros domésticos pagaram bilhetes até esse valor.

    A estranheza crescia no fato de que o setor aéreo tem um dos modelos de precificação mais complexos de toda a economia. Com o uso de algoritmos sofisticados, as aéreas trabalham 24 horas por dia para, basicamente, tentar encher os aviões com o máximo de passageiros pagando o maior preço possível.

    Nesse contexto, um programa com regras e preços fixos para públicos específicos parecia algo difícil.

    O argumento do ex-ministro era de que o plano é ocupar a ociosidade dos voos domésticos. É verdade, há assentos vazios. O dado mais recente mostra que os aviões voam com cerca de 13% dos lugares desocupados. Parte desses assentos vazios, porém, pode ser considerado “quase intencional”.

    É como uma reserva para as aéreas que têm a oportunidade de vender as passagens a passageiros de última hora com preços, obviamente, astronômicos.

    Mas o jogo parece que mudou. Diante do interesse público, o programa nunca foi esquecido. E, agora, o queijo e a faca parece que mudaram de mãos.

    O setor aéreo — que ainda não se recuperou da crise da pandemia — começa a ver no programa uma maneira de conquistar benesses do governo federal. Para as empresas, vender passagens a R$ 200 pode ser uma “contrapartida” à materialização de uma lista de pedidos.

    E a lista é grande.

    *Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

  • “Quero que Bolsonaro tenha a presunção de inocência, que eu não tive”, diz Lula

    “Quero que Bolsonaro tenha a presunção de inocência, que eu não tive”, diz Lula

    Em entrevista à rádio Itatiaia nesta quinta-feira (8), presidente disse que não faria julgamento sobre o que pode acontecer na Justiça brasileira, após ser questionado sobre operação da PF que mira aliados de Bolsonaro

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, em entrevista realizada à rádio Itatiaia nesta quinta-feira (8), que Jair Bolsonaro (PL) tenha presunção de inocência, após uma operação da Polícia Federal, deflagrada também nesta manhã, mirar ex-aliados do ex-presidente e o próprio Bolsonaro.

    “Eu não quero fazer julgamento do que pode acontecer na Justiça brasileira”, afirmou Lula à Itatiaia. “O que eu quero é que o Bolsonaro tenha a presunção de inocência, que eu não tive. O que eu quero é que seja investigado e que seja apurado. Quem tiver responsabilidade pelos seus erros, que pague pelos seus erros.”

    A respeito da operação em si – na qual foram cumpridos mandados contra Valdemar Costa Neto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Walter Braga Netto, entre outros aliados de Bolsonaro –, Lula disse que não podia comentar muito.

    “Eu sinceramente não tenho muitas condições de falar sobre uma ação da Polícia Federal porque isso é uma coisa sigilosa, é uma coisa da polícia, é uma coisa da Justiça, e não cabe ao presidente da República ficar dando palpite em uma atuação dessa”, afirmou o petista.

    “Eu espero que a Polícia Federal faça a coisa do jeito mais democrático possível, que não haja nenhum abuso, que faça aquilo que a Justiça determinou que faça, e depois apresente para a sociedade o resultado daquilo que eles encontraram”, acrescentou.

    Lula criticou, ainda, o comportamento de Bolsonaro nas eleições de 2022.

    “As pessoas precisam aprender: eleição democrática a gente perde e a gente ganha. Quando a gente perde, a gente lamenta. Quando a gente ganha, a gente toma posse e governa o país”, disse. “O cidadão que estava no governo não estava preparado pra ganhar, não estava preparado pra perder, não estava preparado pra sair”

    “Ele [Bolsonaro] deve ter participado da construção dessa tentativa de golpe”, afirmou o presidente. “Então vamos esperar as investigações. Eu espero que no tempo mais rápido possível a gente possa ter um resultado do que foi que verdadeiramente aconteceu no Brasil.”

    CNN

  • Decisão impede Bolsonaro de sair do país e ter contato com investigados

    Decisão impede Bolsonaro de sair do país e ter contato com investigados

    Ex-presidente é alvo de operação que investiga organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito

    A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impede que o ex-presidente Jair Bolsonaro saia do país e tenha contato com investigados.

    O ex-presidente é um dos alvos da operação deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal. Ela investiga uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

    O ministro deu um prazo de 24h para que Bolsonaro entregue seu passaporte para as autoridades policiais. A defesa do ex-presidente informou que cumprirá as determinações judiciais.

    A operação desta quinta-feira é baseada na delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Ela apura a discussão da chamada “minuta do golpe”, encontrada na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

    Estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

    Nesta fase da Operação Tempus Veritatis, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

    CNN

  • Planalto abre opções contra o discurso raivoso de Arthur Lira

    Planalto abre opções contra o discurso raivoso de Arthur Lira

    Caso Arthur Lira mantenha a decisão de enfrentar o Planalto, e convença os líderes a não negociarem com o governo, Lula ainda conta com a pressão de empresários para que a agenda da pauta econômica não fique paralisada no Parlamento.

    O núcleo político do Palácio do Planalto, embora não recomende o acirramento dos ânimos com a Câmara, apesar do discurso agressivo do presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), na abertura do ano Legislativo, já estuda medidas para neutralizar o líder do chamado ‘Centrão’. Enquanto alguns emissários do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram destacados na tentativa de retomar o diálogo com Lira, outros já começaram a procurar, diretamente, os líderes de oposição, para iniciar negociações diretas sobre os projetos de interesse do governo.

    Tom agressivo

    — Se a pauta na Câmara ficar travada por causa do Arthur Lira, ele terá de dar satisfação à turma da Faria Lima (mercado financeiro em São Paulo), com quem ele tem excelente relação e não vai gostar de medidas econômicas ficarem paradas no Congresso — disse um assessor do governo à mídia conservadora.

    Já circula, no entanto, o entendimento nos bastidores que líderes de partidos no pêndulo entre oposição e a base aliada reconhecem que o tom agressivo gerou um mal-estar com o Planalto. Assessores do governo avaliam que o presidente da Câmara contribuiu mais para o fechamento de portas do que para abri-las.

     Uma das razões para o tom belicoso adotado por Lira, na avaliação de integrantes do governo, é que o presidente da Câmara tenta agradar a bancada de oposição, no bojo da campanha pela Presidência da Casa.

    Correio do Brasil

  • OMS: surto de dengue no Brasil faz parte de aumento em escala global

    OMS: surto de dengue no Brasil faz parte de aumento em escala global

    Em visita ao Brasil, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quarta-feira (7) que o surto de dengue registrado no país faz parte de um grande aumento de casos da doença em escala global. Segundo ele, foram relatados, ao longo de 2023, 500 milhões de casos e mais de 5 mil mortes em cerca de 80 países de todas as regiões, exceto a Europa.

    Durante a cerimônia de lançamento do programa Brasil Saudável, Tedros lembrou que o fenômeno El Niño, associado ao aumento das temperaturas globais, vem contribuindo para o aumento de casos de dengue no Brasil e no mundo. O diretor-geral da OMS comentou ainda a vacinação contra a doença e disse que o país tem uma capacidade gigantesca de produção de insumos desse tipo.

    “O Brasil está fazendo seu melhor. Os esforços são em interromper a transmissão e em melhorar o controle da doença”, disse. “Temos a vacina e isso pode ser usado como uma das ferramentas de combate”, completou.

    Agência Brasil

  • Prefeito Rogério aplaude parceria com Legislativo na retomada dos trabalhos na Câmara Municipal de Goiânia

    Prefeito Rogério aplaude parceria com Legislativo na retomada dos trabalhos na Câmara Municipal de Goiânia

    Prefeito discursou sobre a importância da aprovação do Programa Centraliza para a revitalização da região Central da Capital e frisou avanços conquistados com apoio dos vereadores, como a aprovação do novo Código Tributário e do Plano Diretor

    O prefeito Rogério destacou a relação de parceria com a Câmara Municipal durante a abertura dos trabalhos legislativos deste ano, em discurso no plenário da Casa, nesta terça-feira (6/2). No pronunciamento, o prefeito também defendeu a importância do Programa Centraliza, atualmente em análise pelos vereadores, para o desenvolvimento da região Central da Capital.

    “Neste último ano (de mandato), gostaria de contar com o apoio de cada parlamentar para se debruçar sobre um projeto de lei de extrema importância para a revitalização do centro de Goiânia, no âmbito do programa Centraliza. O Centraliza propõe medidas ousadas, com foco em incentivos fiscais que serão fundamentais para a promoção de uma transformação significativa em diversos setores comerciais da região Central”, afirmou o prefeito Rogério.

    O chefe do executivo citou benefícios fiscais promovidos pelo programa, que incluem, para os estabelecimentos no ramo de gastronomia, cinemas, brechós, livrarias, espaços de saúde, escolas, veterinária, informática, guarda e vigilância, hotelaria e franquias, isenção de IPTU e taxa de localização em 100% por cinco anos, seguido de uma redução de 60% até o décimo ano. Para outros ramos no centro, a isenção será de 100% por três anos, seguida de uma redução de 40% por mais dois anos.

    Já para projetos de retrofit, os benefícios serão de 100% por cinco anos e 40% até o terceiro ano, com a condição de que o proprietário realize a revitalização da calçada e fachada do imóvel. Imóveis residenciais também são contemplados na proposta.

    “Já entramos com a presença da Prefeitura com reforço nos serviços de zeladoria, asfalto novo, iluminação em LED e o retorno de secretarias para aquela região. Vamos reforçar a nossa atuação no centro de Goiânia, com esporte, arte e cultura, para darmos uma nova cara a este bairro histórico. Acredito que, juntos, podemos construir uma Goiânia mais dinâmica, inclusiva e próspera. A participação ativa dos vereadores é fundamental para o sucesso dessa iniciativa e para consolidarmos nosso compromisso com o progresso da cidade. Vamos trabalhar unidos para deixar um legado significativo para as futuras gerações de goianienses”, completou o prefeito.

    Parceria
    Na Tribuna, o prefeito Rogério também fez questão de citar o trabalho desenvolvido em parceria com os vereadores ao longo do mandato. “Nos últimos três anos, trabalhamos juntos em muitas propostas importantes para a cidade e para os goianienses: o IPTU Social, o Renda Família e o Renda Família + Mulher são exemplos de matérias que impactaram as famílias menos favorecidas de nossa cidade. Também gostaria de destacar outras conquistas cruciais que foram possíveis graças à parceria entre Prefeitura e Câmara Municipal: a aprovação do novo Código Tributário e do Plano Diretor, juntamente com as leis complementares”, recordou.

    O prefeito ainda falou sobre o pedido de empréstimo no valor de R$ 710 milhões em análise na Casa ao afirmar que o montante é fundamental para a execução das obras planejadas pela gestão. “Este recurso garantirá a execução de todas as obras projetadas em nossa gestão para que possamos cumprir os compromissos que assumimos com os goianienses. Conto com o apoio dos senhores e senhoras para que possamos entregar o melhor”.

    O presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo, agradeceu a presença do prefeito Rogério e dos secretários municipais durante a abertura dos trabalhos legislativos. “Eu quero agradecer a presença de todos os secretários municipais. Agradecer a presença do prefeito Rogério que visita esta Casa hoje gentilmente na abertura dos trabalhos”, disse.

    Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia