Categoria: Segurança e Justiça

  • Servidores do Detran são presos suspeitos de participar de esquema que fraudou 34 processos

    Servidores do Detran são presos suspeitos de participar de esquema que fraudou 34 processos

    Órgão investiga ainda outras 10 pessoas suspeitas de participar do esquema, incluindo servidores, despachantes e funcionários do vapt-vupt

    Dois servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) foram presos suspeitos de participar de uma quadrilha responsável por falsificar ao menos 34 processos da autarquia. Outras 10 pessoas, incluindo despachantes de cartórios, são investigadas por usar o sistema do órgão para obter vantagens financeiras há cerca de dois anos.

    As prisões, conforme o presidente do Detran, Waldir Soares (delegado Waldir), ocorreram neste domingo, 31. Os suspeitos são uma servidora da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Paranaiguara e um vistoriador de Cachoeira Alta. A dupla, porém, acabou sendo liberada. Uma terceira pessoa é considerada foragida.

    Funcionários de Goiânia e São Simão também podem fazer parte da organização criminosa, assim como membros do vapt-vupt de Quirinópolis. O órgão investiga ainda 20 Ciretrans que estariam praticando a mesma conduta criminosa.Caiado define novos titulares da Secti e do Detran - Portal Zap Catalão

    “Estivemos em três destes municípios e fizemos a apreensão de mais de 3 mil documentos. Essa servidora de Paranaiguara estava a menos de 30 dias no serviço e já estava na prática criminosa. Ela foi indicada pelo prefeito depois que um outro servidor foi afastado suspeito de participar do mesmo esquema”, explicou Waldir.

    O servidor apontado pelo presidente do Detran foi afastado das funções há cerca de um mês, durante a primeira fase da operação na cidade. Ao todo, em um ano, três pessoas indicadas pelo prefeito de Paranaiguara, José Carlos Barbosa (PSC), deixaram o órgão suspeitos de fraudes. O Jornal Opção procurou a prefeitura para que se posicionasse, mas não obteve retorno.

    Entre os crimes praticados, conforme Waldir, estão a transferencia ilegal de veículos, além do registro de veículos furtados em outros estados que foram regularidos em Goiás. Em alguns casos, os servidores chegaram a efetuar transferências veiculares sem a vistoria, com Certificado de Registro de Veículo (CRV) adulterado e até sem o documento. A quadrilha cobrava entre R$ 500 e R$ 5 mil para realizar o “serviço”. O prejuízo aos cofres públicos é incalculável.

    “Estamos levantando dados de corrupção, inserção de dados e improbidade administrativa. Determinamos a perda do acesso do sistema por parte dos investigados. Aqueles que são servidores municipais, devolvemos para o município e os que são comissionados, pedimos a imediata exoneração”, afirmou.

    Denúncias

    Nos últimos 12 meses, mais de 40 denúncias por suspeita de fraudes foram encaminhadas para a Polícia Civil pelo Detran-GO. Os investigados responderão por crimes como formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa, improbidade administrativa e falsificação de documentos públicos.

    No caso dos servidores exonerados, eles poderão ser impedidos de assumir novos cargos públicos. Já os despachantes podem ser descredenciados após o processo administrativo.

    “É impossível controlar essa ação criminosa, visto que os servidores têm acesso aos sistema. Esses veículos [fraudados] voltam à situação anterior. Ou seja, quem pagou propina, jogou dinheiro fora”, concluiu Waldir.

    Jornal Opção
  • Mulheres vítimas de violência têm apoio psicológico gratuito em Goiânia

    Mulheres vítimas de violência têm apoio psicológico gratuito em Goiânia

    Mulheres vítimas de violência de gênero em Goiânia têm acesso a atendimento psicológico gratuito e outros serviços no Centro de Referência da Mulher Cora Coralina, no Setor Oeste. A iniciativa, mantida pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM), visa proporcionar acolhimento, escuta qualificada, orientações e acompanhamento, com objetivo de fortalecer a autoestima, a autonomia e resgatar a cidadania de mulheres.

    A coordenadora do Centro de Referência da Mulher Cora Coralina, Rosângela Barbosa Dantas, ressalta a relevância desse serviço para a proteção e o amparo das mulheres em vulnerabilidade. “Por meio dos atendimentos, mulheres em situação de violência, seja ela doméstica ou familiar, encontram caminhos para romper esse ciclo de violência, aumentar sua autoestima, autonomia e superação para resgates da sua cidadania”, afirma.
    Para muitas mulheres, como é o caso de Lúcia Alves, que viveu um relacionamento abusivo por 30 anos, o acolhimento psicológico oferecido pela Prefeitura foi essencial para recuperar a confiança em si mesma. “Estou aqui na Secretaria da Mulher, que é um lugar acolhedor, são pessoas especiais. Se eu tivesse conhecido antes, já teria resolvido minha vida há muitos anos. Para outras mulheres eu digo: seja firme, seja forte, que você tenha um apoio, que você tenha um acolhimento como esse aqui pela Secretaria da Mulher”, ressalta.
    Serviço psicológico
    O serviço de atendimento psicológico consiste no pré-atendimento psicossocial de vítimas de violência doméstica para torná-las conscientes dos abusos que sofreram e romper o ciclo de violência em que vivem. Depois os casos são encaminhados às redes de apoio, para que possam dar continuidade ao tratamento psicoterápico, juntamente ao núcleo de Assistência Social.
    Os atendimentos psicológicos são disponibilizados tanto para mulheres que buscam ajuda espontaneamente, quanto para aquelas encaminhadas pela rede de proteção às vítimas de violência doméstica e familiar.
    Mulheres que necessitam desse suporte podem dirigir-se diretamente ao Centro de Referência da Mulher Cora Coralina, localizado na sede da Secretaria Municipal De Políticas Para Mulheres (SMPM), na Rua 8 com Rua 9, número 558, Setor Oeste (Edifício Small Tower). O horário de atendimento é das 8h às 17h. Também é possível entrar em contato por telefone por meio do número 3524-2934/Whatsapp pelo número 3524-2933, ou ainda pelas redes sociais @secretaria_mulher.
    Serviços
    O Centro de Referência da Mulher Cora Coralina oferece ainda serviço de atendimento social e jurídico, com a finalidade de prestar acolhimento às mulheres de forma individualizada. As equipes, cada uma com suas competências, promovem a responsabilização do agressor por meio da orientação de denúncia, bem como articulam com demais profissionais dos serviços da rede o encaminhamento e a implementação de ações de atendimento itinerante às mulheres em situação de vulnerabilidade de gênero.
  • Despesas com cartões corporativos no Governo Lula alcançam cifras recordes em três meses de 2024

    Despesas com cartões corporativos no Governo Lula alcançam cifras recordes em três meses de 2024

    No governo de Lula, do PT, os gastos com cartões corporativos têm alcançado cifras inéditas, marcando um recorde já no início de 2024. Com uma política do Palácio do Planalto que não economiza no uso do dinheiro dos impostos, as despesas já ultrapassaram os R$170 milhões, abrangendo desde os cartões da defesa civil, voltados para ações de infraestrutura, até os polêmicos cartões de pagamento, notórios desde os primeiros mandatos do PT por cobrirem gastos variados, incluindo itens como tapioca e despesas em motel, de acordo com informações do Diário do Poder.

    O ano de 2023 já havia estabelecido um marco nos gastos governamentais com um total de R$430,6 milhões despendidos através de diversos tipos de cartão. Especificamente os cartões de pagamentos, responsáveis por uma ampla gama de despesas, representaram mais de R$90,7 milhões desse montante apenas no último ano. Até agora, 1.931 cartões corporativos foram emitidos para funcionários do governo, com um gasto médio impressionante de R$88 mil registrados apenas em 2024.

    Esta escalada nos gastos ressalta a tendência do atual governo em utilizar intensamente os recursos provenientes dos impostos, refletindo em números recordes que têm chamado a atenção e provocado uma forte onda de críticas sobre a gestão fiscal no Brasil.

    Hora Brasília

  • PT e PL engatilharam cassação de Moro e agora se preparam para briga por cadeira do senador

    PT e PL engatilharam cassação de Moro e agora se preparam para briga por cadeira do senador

    Depois de se juntarem para buscar a cassação do senador Sérgio Moro (União-PR), o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, agora se preparam para uma eventual briga pela cadeira do senador. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) começa a julgar nesta segunda-feira, 1º, as ações patrocinadas pelos dois partidos contra a chapa do ex-juiz da Operação Lava Jato.

    Seja qual for o resultado do julgamento no TRE, a palavra final deverá ser do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso a Justiça Eleitoral decida pela cassação de Moro, uma eleição suplementar deve ser marcada para escolha de um novo senador do Paraná, que vai ocupar o cargo até 2030.

    No PT paranaense já existe uma disputa interna sobre quem será o candidato da sigla. Despontam a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do partido, e o deputado Zeca Dirceu, filho do ex-ministro José Dirceu. A indefinição trava a decisão do PT sobre lançar candidatura própria à Prefeitura de Curitiba ou fechar aliança com o PSB.

    Zeca quer concorrer à prefeitura, mas o grupo de Gleisi defende o apoio ao deputado Luciano Ducci (PSB). Em troca, Ducci avalizaria uma candidatura de Gleisi à cadeira de Sérgio Moro, também almejada por Zeca Dirceu.

    Ex-governador do Paraná, Roberto Requião se desfiliou do PT na semana passada e, agora, aparece como outro possível candidato à vaga de Moro no Senado. Para concorrer, cogita-se a filiação dele ao PRD, recém-criado a partir da fusão de PTB e Patriota. Em suas redes sociais, o ex-governador criticou uma eventual aliança entre PT e Ducci e disse que se sentiu abandonado pelo partido.

    O PL de Bolsonaro também tem mais de uma opção sendo ventilada. A mais natural é o ex-deputado Paulo Martins. Ele ficou em segundo lugar na disputa de 2022 com 29,1% dos votos, ante 33,5% de Moro. Ele já confirmou ao Estadão que tentará novamente o cargo, caso confirmada a queda do ex-juiz.

    O partido tem ainda uma alternativa não testada nas urnas, mas com potencial para dar um aspecto nacional à disputa regional. Presidente do PL Mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é ventilada por alguns setores da sigla.

    Em dezembro, ela participou de ato político em Curitiba e foi recebida com um coro de “senadora” por apoiadoras. Para poder ser candidata no Paraná, a mulher de Jair Bolsonaro precisaria comprovar domicílio eleitoral no Estado seis meses antes da eleição. Hoje, ela reside no Distrito Federal.

    Além desses nomes, a deputada Rosângela Moro (União Brasil) pode tentar ficar com a vaga do marido. Eleita por São Paulo em 2022 com 217 mil votos, ela transferiu o título de eleitor de volta para o Paraná. O movimento foi interpretado como possível desejo do casal em manter a cadeira no Senado.

    Com a transferência, Rosângela passa a ser uma alternativa concreta para concorrer à cadeira de Moro, caso ele seja cassado pela Justiça Eleitoral. No entanto, o PT já entrou com uma ação para impedir mudança de domicílio eleitoral da deputada. Especialista que foram ouvido pelo Estadão, no entanto, avaliam que a legislação não impede mudança.

    O ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara Ricardo Barros (PP) e o deputado Sergio Souza (MDB) já afirmaram que vão concorrer a uma eventual vaga no Senado pelo Paraná. Enquanto Souza busca se vender como o “candidato do agro”, Barros tenta atrair o eleitorado bolsonarista, o que será difícil visto que a disputa deve contar com candidatura do PL.

    Entenda a ação contra Moro

    O julgamento na Justiça Eleitoral que pode levar à cassação do mandato de Moro é um desdobramento de ações do PL e da Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV. Os partidos acusam o ex-juiz de abuso de poder econômico por conta de gastos pré-eleitorais de Moro entre 2021 e 2022, período em que ele se apresentava como pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos.

    A candidatura ao Palácio do Planalto não prosperou e, em março de 2022, Moro migrou para o União Brasil e tentou concorrer a deputado federal por São Paulo. A troca de domicílio eleitoral, de Curitiba para a capital paulista, foi barrada pela Justiça Eleitoral e ele acabou se lançando candidato a senador pelo Paraná, sendo eleito com mais de 1,9 milhão de votos.

    As ações apontam que os gastos e a estrutura da pré-campanha à Presidência foram “desproporcionais” e acabaram rendendo ao ex-juiz uma vantagem decisiva sobre qualquer outro candidato ao Senado no Paraná. Além disso, a soma dos gastos das pré-campanhas com a despesa que teve com candidatura a senador ultrapassariam o teto estipulado.

    A defesa do senador considera que a arrecadação de recursos e as despesas na pré-campanha não precisam ser submetidas às prestações de contas eleitorais. No início de dezembro, em depoimento ao TRE-PR, Moro disse que as alegações dos partidos devem ser “descartadas”. Segundo ele, elas não comprovam abuso de poder econômico na campanha de 2022.

    Ao depor, o senador afirmou estar “profundamente ofendido” com ações movidas pelo PL e pelo PT. Moro disse então: “Me sinto violado quando as partes alegam que meus gastos com segurança deveriam ser considerados para cassação do meu mandato. Fui juiz da Lava Jato que veio concorrer em uma eleição altamente polarizada.”

    Em seguida, o magistrado citou os planos do Primeiro Comando da Capital de sequestrá-lo (PCC) investigados pela Polícia Federal. “Coloquei como condição necessária que houvesse segurança. Não sabíamos que havia risco de sofrermos atentados como existe hoje.”

    IstoÉ Dinheiro

  • Polícia Federal prende ex-parlamentar no Rio

    Polícia Federal prende ex-parlamentar no Rio

    A ex-parlamentar, Almerinda Filgueiras de Carvalho, condenada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ocupa o cargo de secretária municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Igualdade Racial na cidade de São João de Meriti/RJ.

    Na manhã desta segunda-feira, a Polícia Federal prendeu uma ex-deputada federal do Rio de Janeiro que estava foragida da Justiça. A prisão foi efetuada na cidade de São João de Meriti/RJ, na Baixada Fluminense.

    Almerinda Filgueiras de Carvalho é secretária de Assistência Social de São João de Meriti
    Reprodução

    A prisão é decorrente de investigações que remetem ao ano de 2006, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Sanguessuga (Máfia das Ambulâncias) para desarticular um grupo criminoso formado por parlamentares e empresários, o qual fraudava licitações para aquisição de ambulâncias em prefeituras de, ao menos, 20 estados brasileiros.

    Policiais federais localizaram a ex-deputada na Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Igualdade Racial de São João de Meriti, onde foi dado cumprimento ao mandado de prisão preventiva decorrente de decisão condenatória, expedido pela 7° Vara da Seção da Justiça Federal em Mato Grosso no dia 25 de março de 2024.

    Após a formalização da prisão, a mulher foi levada à Delegacia de Polícia Federal em Nova Iguaçu para os procedimentos de praxe, de onde será encaminhada ao Instituto Médico Legal para a realização de exame de corpo de delito, e posteriormente ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça. Ela deve cumprir pena de nove anos de reclusão pelos crimes cometidos.

    Facção criminosa 

    Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) e da 21ª DP (Bonsucesso) prenderam, neste domingo (31/03), um integrante de uma organização criminosa de tráfico de drogas do estado de Goiás.

    A ação aconteceu por meio de um trabalho integrado entre a Polícia Civil do Rio Janeiro e a Diretoria de Operações Integradas (Diopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

    O homem foi preso na praia de São Conrado, Zona Sul da capital do Rio. Ele estava em território fluminense há dez meses. Segundo as investigações, a facção na qual o criminoso pertence tem grande influência em Goiás, atuando no tráfico de drogas e crimes violentos. Ele também tinha mandado de prisão em aberto por homicídio qualificado, lesão corporal qualificada e uso de documento falso.

    Correio do Brasil

  • Receita: nova fase do Programa Litígio Zero começa nesta segunda

    Receita: nova fase do Programa Litígio Zero começa nesta segunda

    Começa a valer a partir de hoje (1°) o Programa Litígio Zero, voltado para atender pessoas físicas e jurídicas que possuem dívidas em disputa administrativa com a Receita Federal até o valor de R$ 50 milhões. Entre as possibilidades de negociação, está a redução de até 100% do valor dos juros, das multas e dos encargos legais para os créditos classificados como irrecuperáveis ou de difícil recuperação.

    Segundo a Receita, o novo sistema de renegociação tem diferentes modalidades, conforme o nível de risco do débito. Em alguns casos, na renegociação das dívidas será observado o limite de até 65% sobre o valor total de dívida, com entrada de 10% do valor consolidado da dívida, após os descontos, pagos em até cinco parcelas, e saldo devedor em até 115 parcelas.

    As dívidas de microempresas, pessoas físicas ou empresas de pequeno porte, também poderão ser negociadas no âmbito do Litígio Zero 2024. Para tanto, é necessária uma entrada de 5% do valor consolidado dos créditos transacionados em até cinco parcelas e o restante pago em 12, 24, 36 ou em até 55 meses.

    “Quanto mais curto o prazo de pagamento, maior o desconto. Por exemplo: se o plano escolhido for de 12 meses, será aplicada redução de 50%, inclusive do montante principal do crédito. Se o contribuinte escolher a modalidade de até 55 meses para o pagamento, a redução cai a 30%”, informou a Receita.

    A Receita informou ainda que se houver utilização de créditos decorrentes de Prejuízo Fiscal (PF) ou Base de Cálculo Negativa (BCN) nas renegociações dos casos considerados irrecuperáveis ou de difícil recuperação, a entrada será de, no mínimo, 10% do saldo devedor, parcelado em até cinco vezes, e o restante com o uso desses créditos, apurados até 31 de dezembro de 2023, limitados a 70% da dívida após a entrada, e o saldo residual dividido em até 36 parcelas.

    No caso de créditos classificados como de alta ou média perspectiva de recuperação, será aceita entrada de 30% do valor consolidado, com pagamento em até cinco parcelas, e o restante do saldo devedor com uso de créditos decorrentes de Prejuízo Fiscal (PF) ou Base de Cálculo Negativa (BCN) apurados até 31 de dezembro de 2023, limitados a 70% da dívida após a entrada. O saldo residual poderá ser dividido em até 36 parcelas. Sem a utilização de PF/BCN, a entrada será 30% do valor consolidado da dívida, em até cinco parcelas e o restante em até 115 parcelas.

    O contribuinte com débitos junto à Receita e que quiser aderir ao programa encontrarámais informações na página do Litígio Zero. (https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programa-litigio-zero)

  • Juíza se mostra receptiva a alegações de Trump em caso sobre documentos confidenciais

    Juíza se mostra receptiva a alegações de Trump em caso sobre documentos confidenciais

    A juíza que está supervisionando o processo criminal que acusa Donald Trump de manipular de forma indevida documentos confidenciais tem sinalizado uma abertura para as alegações da defesa do ex-presidente dos Estados Unidos, em um sinal de que os promotores podem enfrentar um caminho difícil pela frente.

    A juíza distrital Aileen Cannon, que foi nomeada pelo próprio Trump, pediu ao ex-presidente e aos promotores que propusessem instruções ao júri com base em dois cenários legais que favorecem uma alegação de Trump que, segundo os advogados de segurança nacional, tem pouca relevância para as acusações.

    Trump e o procurador especial Jack Smith, que apresentou o caso, têm um prazo até terça-feira para responder à ordem da juíza.

    A disputa é outro exemplo de Cannon fornecendo crédito aos argumentos legais de Trump sobre registros altamente confidenciais levados para sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida, quando ele deixou a Casa Branca em 2021.

    Embora Trump tenha entrado em conflito com juízes em muitos de seus casos legais, Cannon tem sido receptiva à sua defesa de maneiras que podem alterar o curso do caso dos documentos.

    “Temos um tribunal que é mais favorável aos pontos de vista de uma parte em relação à outra, e estamos vendo ordens e decisões que refletem isso”, disse Brandon Van Grack, ex-funcionário de segurança nacional do Departamento de Justiça.

    Trump se declarou inocente das acusações de reter conscientemente documentos secretos relacionados à defesa nacional dos EUA e de obstruir os esforços do governo norte-americano para recuperá-los.

    O indiciamento é um dos quatro que Trump enfrenta em meio à sua tentativa de destituir o presidente Joe Biden na eleição presidencial de 5 de novembro. Trump tem classificado os processos como parte de um esforço político para prejudicar sua campanha.

    O que está em questão na recente ordem de Cannon é a alegação de Trump de que ele tratou os documentos como pessoais de acordo com uma lei de 1978 que permite que ex-presidentes mantenham registros que não tenham relação com suas responsabilidades oficiais.

    Os advogados de Trump argumentam que sua decisão de manter os registros mostra que ele os considerava sua propriedade pessoal.

    Os promotores têm dito que os documentos não poderiam ser interpretados como pessoais porque estão relacionados à inteligência e a assuntos militares dos EUA. A lei de registros não poderia autorizar Trump a manter papéis confidenciais, dizem eles.

    Cannon expressou ceticismo em uma audiência no tribunal em 14 de março de que a alegação de Trump exige que as acusações sejam descartadas, mas disse que ela pode ser “contundente” em um julgamento futuro.

    Posteriormente, ela ordenou que fossem propostos dois conjuntos de instruções para o júri, presumindo que o governo teria que provar que os registros pertencem ao governo ou que nem o juiz nem o júri poderiam questionar a posição de Trump de que eles são pessoais.

    A data do julgamento continua incerta. Cannon ainda não se pronunciou sobre as propostas concorrentes de Trump e dos promotores para adiar o julgamento atualmente programado para 20 de maio até o final do verão (no Hemisfério Norte).

    Cannon tem escapado da ira que Trump tem dirigido aos juízes que supervisionam seus outros casos legais, que ele frequentemente acusa de parcialidade e critica em termos pessoais.

    Reuters

  • Consulado iraniano em Damasco é arrasado por suposto ataque aéreo israelense

    Consulado iraniano em Damasco é arrasado por suposto ataque aéreo israelense

    O consulado do Irã em Damasco, capital da Síria, foi arrasado nesta segunda-feira, no que mídias síria e iraniana descreveram como um ataque aéreo israelense, uma aparente escalada surpreendente do conflito no Oriente Médio que colocaria Israel contra o Irã e seus aliados.

    Uma fonte de segurança libanesa, falando à Reuters, disse que um dos mortos era Mohammad Reza Zahedi, um comandante sênior do Corpo da Guarda Revolucionária do Irã. A televisão estatal iraniana disse que vários diplomatas iranianos haviam sido mortos.

    Os repórteres da Reuters que estavam no local, no distrito de Mezzeh, na capital síria, viram fumaça saindo dos escombros de um prédio que havia sido arrasado e veículos de emergência estacionados do lado de fora. Uma bandeira do Irã estava pendurada em um mastro em frente aos escombros. Os ministros das Relações Exteriores da Síria e do Irã foram vistos no local.

    Israel, que atingiu repetidamente alvos iranianos durante a guerra de seis meses em Gaza, recusou-se a comentar o incidente, seguindo sua prática habitual. Um porta-voz militar israelense disse: “Não comentamos as reportagens da mídia estrangeira”.

    A agência de notícias Tasnim do Irã disse que cinco pessoas foram mortas no ataque israelense. A agência de notícias estatal Sana, da Síria, informou um número não especificado de mortos e feridos.

    Desde o ataque a Israel da facção palestina Hamas, apoiada pelo Irã, em 7 de outubro, Israel intensificou os ataques aéreos na Síria contra a milícia libanesa Hezbollah, apoiada pelo Irã, e a Guarda Revolucionária do Irã, ambos apoiando o governo do presidente Bashar al-Assad.

     Reuters

  • CEO “levou empresa à falência” e agora quer comprá-la por 1% do valor

    CEO “levou empresa à falência” e agora quer comprá-la por 1% do valor

    A WeWork é uma empresa americana focada no aluguel de espaço de trabalhos para empresas e empreendedores, incluindo locais para eventos. No entanto, ela passou por momentos difíceis durante a pandemia e trabalho online, o que levou a perder 99% do valor. Além disso, Adam Neumann, um de seus fundadores, a geriu de maneira injusta ao ponto de ser expulso. Agora ele quer comprá-la por 1% do que valia antes.

    WeWork perde seu valor de mercado

    Em seu auge, a WeWork chegou a valer US$ 47 bilhões, mas em 2023 a empresa declarou falência e entrou com pedido de proteção. De modo geral, ela perdeu 99% do valor de mercado.

    Além do alto número de funcionários em casa, o que resultou em uma queda drástica de clientela, a WeWork teve uma péssima gestão por parte de Adam Neumann, ao ponto de ele ser removido do seu cargo à força.

    Na época, ele comprava edifícios em seu nome e alugava para a empresa, lucrando duas vezes, segundo o The Wall Street Journal. Diante da evidente queda ele foi “convidado a se retirar”, mas saiu com cerca de US$ 2,3 bilhões.

    Adam Neumann quer a empresa

    No entanto, parece que ele voltou e quer comprar a WeWork por US$ 500 milhões. Pouco mais de 1% do valor que ela teve em seu auge (para ser preciso, 1,06% do valor que ela um dia teve).

    No entanto, considerando seu valor atual, a proposta é bastante razoável e até favorável a não ser que WeWork cresça e conquiste parte do mesmo espaço de mercado que antigamente.

    A empresa se pronunciou em um comunicado ao Reuters e disse: “somos uma empresa extraordinária e não é de estranhar que recebamos regularmente manifestações de interesse de terceiros”. No entanto, será que ela voltará para as mãos de Neumann?

    IGN Brasil 

  • Defesa de Bolsonaro diz que ex-presidente não temia ser preso e dormiu em embaixada por agenda política

    Defesa de Bolsonaro diz que ex-presidente não temia ser preso e dormiu em embaixada por agenda política

    Em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Jair Bolsonaro afirmou que não havia razões para o ex-presidente buscar asilo na embaixada da Hungria e que não temia ser preso, e manteve a explicação de que ele passou duas noites no local devido a sua agenda política.

    O documento entregue nesta quarta-feira por meio eletrônico responde a uma exigência do ministro Alexandre de Moraes, que havia dado prazo de 48 horas, na segunda-feira, para Bolsonaro se explicar ao Supremo sobre a estadia na embaixada da Hungria, após o jornal New York Times revelar, com base em imagens de câmeras de segurança e de satélite, que o ex-presidente ficou de 12 a 14 de fevereiro na representação diplomática do país europeu.

    No documento, os advogados alegam que o presidente havia sido alvo dias antes de medidas cautelares, incluindo a retenção de passaporte e a proibição de se ausentar do país, o que indicaria que a decretação de prisão não era iminente.

    “Portanto, diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, diz o texto assinado pelos advogados.

    A defesa alega ainda que Bolsonaro respondeu a todas as convocações da Justiça, tem endereço fixo, agenda pública e não se ausentou do Brasil sem comunicar ou pedir autorização. Como exemplo, cita a viagem para a posse do presidente argentino Javier Milei, e o pedido de autorização — ainda não respondido — para que aceite o convite para do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para que visite o país.

    “O respeito e a crença pelo Estado Democrático e de Direito é pujante no peito do peticionário que, em que pesem as perseguições, segue acreditando na Justiça e consequentemente, ao menos por ora, não tem qualquer razão para fazer qualquer movimento no sentido de dar a indevida sensação de desconfiança ou falta de respeito a ela”, completa o texto.

    De acordo com o STF, a resposta da defesa de Bolsonaro foi enviada à Procuradoria-Geral da República para que seja dado um parecer, em um prazo de cinco dias. Só então Moraes deve se manifestar ou não sobre a possibilidade de prisão preventiva por tentativa de evitar o cumprimento de medida judicial.

    O episódio vem sendo tratado como uma tentativa de Bolsonaro de pedido de asilo ao país europeu, que tem à frente Viktor Orbán, primeiro-ministro de extrema-direita aliado do ex-presidente, com quem já trocou elogios públicos.

    Caso Bolsonaro estivesse na embaixada húngara e a Justiça determinasse sua prisão, agentes da PF não poderiam entrar na representação diplomática da Hungria para prendê-lo, pois o local é protegido pela legislação e está fora da jurisdição das autoridades brasileiras.

    Segundo uma fonte com conhecimento da investigação, a Polícia Federal está produzindo um relatório sobre o caso para enviar ao STF.

    Após a revelação da estadia de Bolsonaro na embaixada húngara, o Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, para prestar esclarecimentos sobre o episódio.

    A embaixada da Hungria em Brasília não respondeu a um pedido de comentário da Reuters.

    Gilmar opina sobre Bolsonaro antes de STF julgar casos e abre debate sobre imparcialidade

    O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), tem feito uma série de críticas relacionadas a casos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    As falas antecedem a chegada dos processos contra Bolsonaro e sobre golpismo à pauta de julgamentos da corte e levantam questionamentos já feitos anteriormente sobre possível prejulgamento e quebra da imparcialidade.

    A Lei Orgânica da Magistratura Nacional veda aos magistrados “manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem”.

    Apesar disso, é improvável que Gilmar seja afastado do caso ou mesmo sofra qualquer sanção, avaliam especialistas, seja porque o STF jamais aceitou um pedido de impedimento ou suspeição de ministros, seja porque os casos mencionados pelo ministros estão ainda na fase de inquérito –o das milícias digitais.

    O próprio Gilmar já teve a imparcialidade questionada no debate público ou em juízo por emitir opiniões antes do julgamento em outros casos, como o da nomeação do atual presidente Lula (PT) para ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff (PT) e na Lava Jato. Nunca chegou a ser afastado de um julgamento em razão disso.

    Em relação a Bolsonaro, o ministro afirmou em evento no dia 19 que houve um salto “de especulações para provas” ao comentar investigações que levaram a Polícia Federal a indiciar o ex-presidente no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19.

    “Em se tratando das investigações gerais, e eu como um observador da cena já há muito tempo, raramente a gente teve avanços tão significativos”, afirmou.

    No mesmo evento, o ministro declarou que o Brasil superou “armadilhas ditatoriais”.

    Ele já havia dito, no fim de fevereiro, que Bolsonaro teria feito uma confissão ao tentar explicar a origem da minuta golpista, elaborada contra as eleições de 2022, durante discurso feito em ato na avenida Paulista.

    “Parece [que foi uma confissão], que todos sabiam”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo.

    “Entendo que o [ex-]presidente saiu de uma situação de possível autor intelectual para uma situação de potencial autor material de todo esse quadro, é isso que a investigação da Polícia Federal trouxe”, afirmou ainda o ministro na mesma entrevista, em que também criticou a ideia de anistiar os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

    No sábado (23), ele afirmou à CNN Brasil que a Polícia Federal ainda vai finalizar a investigação e que a Procuradoria-Geral da República irá avaliar o oferecimento de denúncia.

    Mas chamou de “brilhante” o trabalho policial no caso. “Temos que reconhecer, quando chega a esses filmetes das reuniões e revela, portanto, não é nada de suposição, é algo bastante documentado”, disse.

    Declarações anteriores de Gilmar já se tornaram artilharia para os bolsonaristas. Apoiadores do ex-presidente retiraram de contexto uma frase do ministro para afirmar que ele tinha reconhecido que não houve tentativa de golpe na invasão das sedes dos Três Poderes.

    Na declaração, em entrevista em 18 de janeiro de 2023 para o Jornal 2 e reexibida pelo Jornal da Tarde, ambos da emissora portuguesa RTP, Gilmar disse que “não houve, de forma muito clara, não se pode dizer, uma tentativa de golpe, não houve quem quisesse assumir o poder”.

    “Ocuparam o Supremo Tribunal Federal, ocuparam o Palácio do Planalto e ocuparam parte do Legislativo (…) Mas, de qualquer forma, causaram um imenso tumulto, como nós estamos a ver e estamos a discutir inclusive no exterior, aqui em Portugal e em outros sítios.”

    A fala, porém, ocorreu dez dias após a invasão, quando as investigações ainda não haviam apresentado evidências contundentes sobre os ataques.

    Procurado, o STF não se manifestou sobre as declarações de Gilmar.

    Em janeiro de 2024, em declaração à agência de notícias AFP, ele atribuiu a Bolsonaro responsabilidade política sobre os atos de 8 de janeiro, e disse que a jurídica ainda estava em discussão.

    “O que estava em jogo não era a dúvida que tivessem em relação à urna eletrônica. Era a busca de um pretexto para um caso de resultado desfavorável. Isso ficou muito evidente quando o Bolsonaro, depois do segundo turno, impugna o resultado das eleições só em relação as eleições presidenciais, e só onde ele havia perdido”, disse ele na mesma entrevista.

    Cássio Casagrande, professor de direito constitucional da UFF (Universidade Federal Fluminense), avalia como graves falas públicas de Gilmar e outros ministros do STF sobre casos a serem julgados ou com opiniões que resvalam em questões políticas.

    Especialista em direito comparado, ele ressalta que a postura contrasta com a de ministros da Suprema Corte dos Estados Unidos. “E lá não tem Loman [Lei Orgânica da Magistratura Nacional], é algo da própria tradição cultural”, afirma.

    Casagrande lembra que a aclamada juíza da Suprema Corte americana Ruth Ginsburg divulgou nota dizendo-se arrependida após ter feito comentários negativos sobre Donald Trump, entre os quais um em tom jocoso de que, caso o marido dela estivesse vivo, iria querer se mudar para a Nova Zelândia se o republicano fosse eleito presidente.

    “Nós ainda não encontramos um mecanismo institucional para inibir essas extravagâncias”, diz Casagrande.

    Advogado e doutor pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Eugênio Pacelli de Oliveira explica que não há previsão específica no Código de Processo Penal para declarar suspeito ou impedido um magistrado em decorrência de manifestações públicas sobre casos em andamento.

    Por outro lado, afirma, condutas assim poderiam em tese ser classificadas como “incompatibilidade”, termo presente no Código de Processo Penal e mais aberto a interpretação.

    Por outro lado, ele avalia que o fato de os casos de Bolsonaro comentados por Gilmar ainda estarem na fase de inquérito pode ser um argumento a favor do ministro, uma vez que a Lei Orgânica da Magistratura usa o termo “processo”, o que se referiria a uma ação penal, e não “investigação”.

    Ele ressalta ainda que só o próprio Supremo poderia decidir por eventual afastamento de ministro em casos similares, já que a corte não está submetida ao controle do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

    Folha de São Paulo /Reuters