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Dino diz que Câmara não entregou informações sobre emendas e dá prazo até 20h de hoje

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino afirmou nesta sexta-feira, 27, que a Câmara dos Deputados não apresentou as informações necessárias para o desbloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares e reiterou os questionamentos feitos anteriormente. O magistrado deu prazo até às 20h para que os dados solicitados sejam enviados.

Mais cedo, a Advocacia da Câmara havia enviado um documento ao STF afirmando ter cumprido as determinações e solicitando a liberação dos recursos. No entanto, Dino considerou a resposta insuficiente. “Lamentavelmente, da petição hoje protocolada pela Câmara dos Deputados não emergem as informações essenciais”, diz o ministro na decisão.

Na última segunda-feira (23), Dino bloqueou as emendas de comissão com base no entendimento do STF de que elas não atendem aos critérios de transparência e rastreabilidade previstos em lei. Ele condicionou o desbloqueio à identificação dos parlamentares responsáveis pelas indicações.

Dino rejeitou o argumento da Câmara dos Deputados sobre a distinção entre “aprovação” e “indicação” de emendas. Segundo ele, não há base normativa que justifique a alegação de que a destinação de recursos por uma Comissão Permanente da Casa não precise de aprovação formal.

“Lembro, mais uma vez, que não existem, no ordenamento jurídico pátrio, ‘emendas de líderes’. A Constituição Federal trata exclusivamente sobre ‘emendas individuais’ e ‘de bancada’, enquanto que as ‘emendas de comissão’ são reguladas pela Resolução nº. 001/2006, do Congresso Nacional, e, mais recentemente, pela Lei Complementar nº. 210/2024?, afirmou.

As emendas bloqueadas por Dino são do tipo RP-8, conhecidas como emendas de comissão. Segundo o ordenamento jurídico, essas emendas são indicadas por um ou mais parlamentares a cada Comissão Permanente, que as aprova. No entanto, o conjunto de emendas aprovadas pela Câmara e enviado ao governo federal — responsável pela execução dos recursos — não identifica os parlamentares que fizeram as indicações. Em vez disso, os líderes de bancada aparecem como responsáveis pelas emendas.

Para Dino, essa prática é inconstitucional, pois cria uma nova modalidade, as “emendas de líderes”. Além disso, o artifício utilizado pela Câmara dificulta a identificação dos verdadeiros autores das emendas, violando os princípios de transparência e rastreabilidade.

“Aproxima-se o final do exercício financeiro, sem que a Câmara dos Deputados forneça as informações imprescindíveis, insistindo em interpretações incompatíveis com os princípios constitucionais da TRANSPARÊNCIA e da RASTREABILIDADE, imperativos para a regular aplicação de recursos públicos. Assim, caso a Câmara dos Deputados deseje manter ou viabilizar os empenhos das “emendas de comissão” relativas ao corrente ano, deverá responder OBJETIVAMENTE aos questionamentos acima indicados até as 20h de hoje (dia 27 de dezembro de 2024)”, diz o despacho.

Dino faz 4 perguntas à Câmara

Ao condicionar a liberação das emendas, o ministro Flávio Dino reiterou sua solicitação de informações à Câmara. No novo despacho, ele reformulou o pedido em quatro questões, que devem ser respondidas até as 20h desta sexta-feira. Confira abaixo as perguntas feitas por Dino à Câmara:

  1. Quando houve a aprovação das especificações ou indicações das “emendas de comissão” (RP 8) constantes do Ofício nº. 1.4335.458/2024? Todas as 5.449 especificações ou indicações das “emendas de comissão” constantes do Ofício foram aprovadas pelas Comissões? Existem especificações ou indicações de “emendas de comissão” que não foram aprovadas pelas Comissões? Se não foram aprovadas pelas Comissões, quem as aprovou?
  2. O que consta na tabela de especificações ou indicações de “emendas de comissão” (RP 8) como “NOVA INDICAÇÃO” foi formulada por quem? Foi aprovada por qual instância? Os Senhores Líderes? O Presidente da Comissão? A Comissão?
  3. Qual preceito da Resolução nº. 001/2006, do Congresso Nacional, embasa o referido Ofício nº. 1.4335.458/2024? Como o Ofício nº. 1.4335.458/2024 se compatibiliza com os arts. 43 e 44 da referida Resolução?
  4. Há outro ato normativo que legitima o citado Ofício nº. 1.4335.458/2024? Se existir, qual, em qual artigo e quando publicado?

Relembre o caso

Na última segunda-feira, 23, Dino suspendeu pagamentos de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, alegando falta de transparência no repasse dos recursos.

Ao determinar a suspensão, Dino avalia que houve um “apadrinhamento” das emendas pelos líderes partidários, o que, na prática, impede a identificação dos parlamentares que efetivamente fizeram os pedidos de distribuição. Na decisão, o ministro afastou a possibilidade da criação das “emendas de líder partidário”.

Em resposta nesta sexta-feira, 27, a Câmara dos Deputados enviou um ofício à Corte argumentando que o rito parlamentar seguiu a legislação vigente e pediu a revogação das medidas determinadas por Dino.

No documento, Lira cita que o procedimento adotado, com a assinatura de 17 líderes de bancadas, foi considerado legal e respaldado por órgãos e ministérios do governo Lula. A advocacia da Câmara ainda pontuou que o ofício encaminhado ao Executivo apenas ratificou as indicações de emendas já aprovadas pelas comissões, e não serviu para a “criação ou aprovação de novas emendas à revelia das Comissões”.

Estadão

China inicia investigação sobre carne bovina importada do Brasil

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O Ministério da Agricultura e Pecuária informou nesta sexta-feira (27) que tomou conhecimento da investigação iniciada pelo Ministério do Comércio da China sobre as importações de carne bovina. A iniciativa abrange todos os países exportadores de carne bovina para o país asiático, incluindo o Brasil.

A investigação aberta nesta sexta-feira (27) deverá analisar o período que compreende o ano de 2019 até o primeiro semestre de 2024. A expectativa é de que esse processo dure oito meses. Até o momento, não há a adoção de qualquer medida preliminar, permanecendo vigente a tarifa de 12% “ad valorem” que a China aplica sobre as importações de carne bovina. “Durante os próximos meses, e seguindo o curso e os prazos legais da investigação, o governo brasileiro, em conjunto com o setor exportador, buscará demonstrar que a carne bovina brasileira exportada à China não causa qualquer tipo de prejuízo à indústria chinesa, sendo, pelo contrário, importante fator de complementaridade da produção local chinesa”, afirma o ministério em nota.

A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina. Em 2024, as exportações brasileiras do produto para o país asiático superaram 1 milhão de toneladas. “O governo brasileiro reafirma seu compromisso em defender os interesses do agronegócio brasileiro, respeitando as decisões soberanas do nosso principal parceiro comercial, sempre buscando o diálogo construtivo em busca de soluções mutuamente benéficas”, diz a nota.

CNN

Ao STF, Lira defende emendas apadrinhadas, cita aval do governo e diz que Saúde pode ser prejudicada

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A Câmara dos Deputados enviou um documento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 27, em resposta à determinação do ministro Flávio Dino, que bloqueou R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, na última segunda-feira, 23, alegando falta de transparência. Com o documento, os parlamentares pedem a reconsideração ou revogação das medidas determinadas pelo STF.

A argumentação da Casa é de que os parlamentares agiram de boa-fé, respeitando a legislação vigente e interpretações jurídicas oficiais do poder Executivo, e que a aprovação das emendas ocorreu de forma transparente.

O documento cita que o procedimento adotado pelos Líderes da Câmara, com a assinatura de 17 líderes de bancadas, foi considerado legal e conforme a decisão da Corte por diversos órgãos do governo, citando pareceres da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Casa Civil, além da análise de quatro ministérios – Fazenda, Planejamento e Orçamento, Gestão e Inovação e Relações Institucionais.

Ao determinar a suspensão, Dino avalia que houve um “apadrinhamento” das emendas pelos líderes partidários, o que, na prática, impede a identificação dos parlamentares que efetivamente fizeram os pedidos de distribuição. Na decisão, o ministro afastou a possibilidade da criação das “emendas de líder partidário”.

“Não há qualquer óbice a que os líderes partidários sugiram emendas às comissões da Câmara e do Senado. No entanto, não há fundamento constitucional para que detenham monopólio na indicação. (…). É um imperativo constitucional que qualquer parlamentar membro da comissão seja reconhecido como autêntico legitimado para indicar emendas (…). Constituiria uma incompatibilidade constitucional e semântica que a ‘emenda de comissão’ fosse transformada em ‘emenda de líder partidário’”, escreveu Dino.

Na resposta, a Casa presidida por Arthur Lira (PP-AL) argumenta que o ofício encaminhado pelos Líderes ao Executivo apenas ratificou as indicações de emendas já aprovadas pelas comissões, e não serviu para a “criação ou aprovação de novas emendas à revelia das Comissões”.

O entendimento de que Câmara não precisaria realizar as individualizações dessas emendas considera uma diferença nos requisitos legais para este ano e aqueles que passaram a vigorar, com a Lei Complementar nº 210/2024, que definiu um novo rito na indicação e na execução dos repasses a partir do ano que vem.

A diferença entre elas, segundo a avaliação de Arthur Lira, é que até 2024 havia a exigência da aprovação da emenda e de um parlamentar solicitante, enquanto de 2025 em diante, também será necessário que a comissão aprove as indicações de para onde o dinheiro está indo, com o devido registro em atas. Os deputados argumentam, portanto, que o que era previsto para as emendas de 2024 foi cumprido pela Casa.

Outro ponto trazido em “defesa” pelos parlamentares é de que a suspensão das atividades das comissões entre 12 e 20 de dezembro ocorreu para que o plenário votasse as matérias de corte de gastos, e que a prática é prevista no regulamento interno.

A advocacia da Câmara ainda argumentou que o bloqueio dos recursos pode causar danos a políticas públicas da Saúde, uma vez que a execução pelo Ministério da Saúde teria afetado volume maior de recursos do que o previsto na decisão judicial.

Além da suspensão das emendas, Dino também determinou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar a captura das emendas de comissão. Segundo o ministro, em uma primeira análise, os fatos “desbordam, em muito, da Constituição, pois não se trata de normal exercício de autonomia institucional ou de saudável celebração de pactos políticos”.

ESTADÃO

Goiânia está entre as cidades que mais registraram fluxo turístico no Brasil

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Levantamento feito pelo Ministério do Turismo (MTur) aponta que Goiânia está no rol das cidades brasileiras que mais registraram fluxo turístico no Brasil. O resultado, registrado no Sistema de Informações do Mapa do Turismo Brasileiro, traz a capital goiana na categoria “A”, como uma região turística dos negócios e tradições.

A certificação pelo Programa de Regionalização do Turismo e dos Interlocutores Estaduais do PRT foi divulgada na quarta-feira (18/12) e leva em consideração o fluxo de turistas e número de empregos formais gerados. Também se destacaram mo ranking: Pirenópolis, Caldas Novas e Rio Quente. Goiânia divide espaço na categoria “A” com outros locais consagrados no cenário nacional, como Campos do Jordão (SP), Porto Seguro (BA), Gramado (RS), Ipojuca (Porto de Galinhas/PE), Armação dos Búzios (RJ), Balneário Camboriú (SC) e Foz do Iguaçu (PR).

O município de Goiânia é descrito como cheio de movimentos, cores e sabores. Com sua localização estratégica e grande rede hoteleira, a cidade é referência para realização de grandes feiras e congressos. Um dos destaques é o polo da moda na Região da Rua 44, que abriga mais de 12 mil lojas. Na música, Goiânia é conhecida como a terra do sertanejo, mas também é a terra do rock, dos festivais de música alternativa como o ‘Vaca Amarela’ e ‘Goiânia Noise’.

A Arquitetura Art Déco também é mencionada como atrativo, são mais de uma dúzia de monumentos espalhados pela cidade que contam pouquinho da história da capital. São citados o charmoso conjunto arquitetônico da Praça Cívica, a Antiga Estação Ferroviária e o Grande Hotel. O Parque Mutirama e Zoológico também são destaque, junto com a maior área verde por habitante do país, que encanta moradores e visitantes .

Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia

Goiânia: confira o que abre e o que fecha no Ano Novo

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A Prefeitura de Goiânia informa o funcionamento das repartições públicas e oferta de serviços à população na semana do Natal e Ano Novo. Decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM) institui ponto facultativo nos dias 23, 24, 30 e 31 de dezembro, em virtude do feriado do Natal e do Ano Novo, respectivamente.

O documento não se aplica aos órgãos e entidades da administração pública municipal que, por sua natureza, exijam plantão permanente. Desta forma, serão mantidos todos os serviços de urgência, emergência e os essenciais à população, como salas de vacinação, serviços de limpeza urbana, assistência às mulheres vítimas de violência e ações de fiscalização.

Os casos de urgência e emergência serão atendidos nas 15 unidades de saúde que funcionam 24h, conforme a classificação de risco. A lista completa de unidades de atendimento para pediatria e adultos está disponível no link: https://saude.goiania.go.gov.br/_servicos/lista-de-unidades-de-atendimento-pediatrico-pronto-atendimento-adulto-e-unidades-atencao-basicas/.

Para emergências em residências, locais de trabalho e vias públicas, a população deve acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pelo número 192. Estarão abertas as seguintes salas de vacinação, das 8h às 17h: Centro Municipal de Vacianção (CMV), Ciams Urias Magalhães, Ciams Dr Domingos Viggiano e Ciams Novo Horizonte.

A Comurg mantém o funcionamento das operações essenciais de limpeza, como varrição, roçagem, poda de árvores, ajardinamento e viveiros por escala. Os cidadãos podem solicitar serviços pela Central de Atendimento (62) 3524-8555, pelo aplicativo Prefeitura 24 horas ou WhatsApp da Comurg (62) 9855-8555.

Centro de Zoonoses
O Centro de Zoonoses estará de plantão e poderá ser acionado pelos telefones (62) 3524-3131 ou 3524-3130, caso sejam avistados animais agressivos. Em caso de mordida, a orientação é procurar a unidade de saúde mais próxima.

Atende Fácil
As unidades do Atende Fácil estarão fechadas nos dias 23, 24, 25, 30, 31 e 1º de janeiro.

Atendimento às mulheres vítimas de violência

O funcionamento da Casa Abrigo Sempre Viva, que acolhe mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, não será afetado. A casa opera 24 horas por dia, com encaminhamento realizado pelas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam).

Assistência Social
As equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) realizarão busca ativa 24 horas. A Central de Óbitos de Goiânia também funcionará durante todo o período.

Guarda Municipal
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) funcionará normalmente, e a população pode entrar em contato pelo telefone 153 em caso de ocorrências.

Lazer
Na semana do Natal, o Mutirama seguirá seu calendário normalmente. As atividades do parque começam na quinta-feira, dia 26 de dezembro, funcionando até o domingo, (29/12) em seus horários habituais das 10h até às 16h.

Assim como no Natal, o Ano Novo não afetará as atividades do Mutirama. Após o feriado do dia 1⁰, na quarta-feira, o parque abre suas portas na quinta (02/01) e segue funcionando normalmente até domingo, começando o ano de 2025.

Já o Parque Zoológico sofrerá pequenas mudanças no seu calendário. Na semana do Natal, o parque só abrirá de quinta a domingo. Portanto, na quarta-feira (25/12), o zoológico não estará aberto, retornando suas atividades normais na quinta (26/12) às 8h30, fechando sua bilheteria às 16h00. No ano novo, o Zoológico não funcionará na quarta-feira (1⁰ de janeiro), e retorna com seu calendário normal na quinta (02/01).

 

Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia

Goiânia: orçamento do Município para 2025 é aprovado na Comissão Mista

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A Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia aprovou nesta sexta-feira (20) relatório do vereador Ronilson Reis (SDD) à Lei Orçamentária Anual (LOA) 2025.

A LOA 2025 estima a receita e fixa a despesa da administração municipal em R$ 10.629.298.000 provenientes da arrecadação dos tributos, das transferências constitucionais, das contribuições, de rendas, dos serviços, das demais receitas correntes e das receitas de capital.

Ronilson informou que foram realizadas duas Audiências Públicas nos dias 19 e 26 novembro de 2024 na Câmara Municipal de Goiânia, abertas a sociedade goianiense, cumprindo a lei.

Os 35 vereadores apresentaram mais de 700 alterações no texto. A cada parlamentar foi fixado o valor de emendas impositivas de R$ 5.033.706,46 conforme o despacho nº 155/2024 da Secretaria Municipal de Finanças – Diretoria de Planejamento e Orçamento.

As emendas impositivas aprovadas pelo colegiado custarão ao Município R$ 176.179.726, sendo que R$ 92.467.156 serão direcionadas para a área de saúde, o que representa o percentual 52,48% do total previsto para as destinações dos vereadores.

As emendas impositivas são alterações no orçamento público que obrigam a prefeitura a executar determinados gastos ou investimentos propostos pelo Legislativo. Diferente das emendas parlamentares tradicionais, que são sugestões que o Executivo pode acatar ou não, as impositivas obrigam a aplicação de uma parte do orçamento conforme determinado pelos parlamentares. Esse mecanismo visa dar mais autonomia aos vereadores na definição de prioridades para suas regiões ou áreas específicas, garantindo que recursos sejam destinados a projetos e ações sugeridos por eles.

Além das 703 emendas impositivas aprovadas, foram apresentadas mais 58 mudanças ao texto. Foram acatadas pela Comissão Mista três emendas dos vereadores Romário Policarpo (PRD) e Aava Santiago (PSDB). Romário propôs autorização para que a Prefeitura faça o remanejamento de 50% da despesa total fixada. Já Aava pediu aplicação de parte dos recursos da AMMA para o programa de ações de mitigação aos impactos das mudanças climáticas e do Programa Agenda Cultural para pagamento de cachês de artistas que participarem de ações.

O projeto segue para a primeira votação em plenário, o que deve ocorrer na sessão do dia 24 de dezembro.

Fonte: Câmara Municipal de Goiânia

Obra de fábrica da chinesa BYD no Brasil é interditada sob acusação de trabalho escravo

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Ministério Público afirma ter resgatado 163 operários mantidos “em condições análogas à escravidão” de canteiro de obras em Camaçari, na Bahia. Montadora chinesa Byd promete assegurar direitos de terceirizados.

Parte das obras de construção de uma fábrica da montadora chinesa de carros BYD foi interditada nesta segunda-feira (23/12) após autoridades federais resgatarem 163 trabalhadores vindos do exterior e mantidos pela empresa em condições análogas à escravidão, informou o Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA).

O embargo parcial da obra em Camaçari, na região metropolitana de Salvador (BA), foi comunicado à empresa e ao Jinjiang Group, uma das empreiteiras contratadas para a empreitada, informou o MPT-BA.

A unidade, que abrigará a produção de carros elétricos e híbridos, está sendo instalada na área da antiga fábrica da Ford. As obras começaram em março deste ano, com investimento superior a R$ 5,5 bilhões e apoio do governo da Bahia, e devem ser concluídas no final de 2025.

A força-tarefa de órgãos envolvidos na fiscalização da montadora é integrada por Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF).

Alojamentos insalubres

Os órgãos fiscalizadores falam em “quadro alarmante de precariedade” e “problemas graves de infraestrutura e higiene”. Em um dos alojamentos, trabalhadores dormiam em camas sem colchões e tinham que dividir um único banheiro entre 31 pessoas. Também foram encontrados alimentos armazenados próximos a “banheiros em condições insalubres” e a materiais de construção.

No canteiro de obras, aproximadamente 600 trabalhadores dividiam oito banheiros químicos “em estado deplorável, sem papel higiênico, água ou manutenção adequada”.

Os operários também ficavam “expostos a intensa radiação solar, apresentando sinais visíveis de danos à pele”. “Foram registrados diversos acidentes de trabalho, incluindo um caso em que o trabalhador, devido à privação de sono causada pelas condições inadequadas de alojamento e longas jornadas, sofreu um acidente”, afirmou o MPT-BA.

Descontos salariais e dívidas em caso de rescisão contratual

O órgão alega ainda que os trabalhadores tinham jornada de dez horas diárias, sem folgas regulares, “eram obrigados a pagar caução, tinham 60% de seus salários retidos (recebendo apenas 40% em moeda chinesa), enfrentavam ônus excessivo para rescisão contratual e tinham seus passaportes retidos pela empresa”. Caso se demitissem, perderiam o valor da caução e a parte retida do salário, e teriam ainda que arcar com os custos da passagem de ida e volta.

“Para se ter uma ideia, caso um trabalhador tentasse rescindir o contrato de trabalho após seis meses, deixaria o país sem receber efetivamente nada pelo seu trabalho, já que o desconto da caução, da passagem de vinda ao Brasil e o pagamento da passagem de retorno, na prática, configuraria confisco total dos valores recebidos pelos trabalhadores ao longo da relação de trabalho”, afirma o órgão.

Segundo o MPT-BA, os alojamentos e canteiros de obras embargados serão liberados apenas mediante regularização junto aos órgãos da força-tarefa.

Uma audiência do Ministério Público e Ministério do Trabalho com a BYD e a Jinjiang foi marcada para esta quinta-feira (26/12), quando as empresas poderão negociar as condições para regularizar a obra.

Em nota reproduzida pelo jornal Folha de S.Paulo, a BYD Auto do Brasil afirmou não tolerar desrespeito à lei brasileira e à dignidade humana, e prometeu rescindir imediatamente o contrato com a Jinjiang e assegurar os direitos trabalhistas dos operários terceirizados.

DWBrasil

Novo governo da Síria formado por rebeldes consegue acordo para dissolução de grupos armados do país

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As novas autoridades da Síria anunciaram nesta terça-feira (24) terem alcançado um acordo com “todos os grupos armados” do país para a sua dissolução e integração sob o comando do Ministério da Defesa.

A informação foi comunicada pela agência estatal Sana e pelas novas autoridades em suas contas do Telegram.

Ahmed Al Sharaa havia afirmado no domingo que não permitiria que as “armas escapassem ao controle do Estado”. Durante uma entrevista coletiva, o novo homem forte da Síria declarou que a decisão também seria aplicada às “facções presentes na área das Forças Democráticas Sírias” (FDS, dominadas pelos curdos).

Fotos publicadas pela Sana e também na conta do Telegram das autoridades mostram Al Sharaa ao lado dos líderes de várias facções armadas. Porém, os representantes das forças comandadas pelos curdos no nordeste da Síria não estavam presentes.

Após uma ofensiva relâmpago, uma aliança de grupos rebeldes liderada pelo grupo islamista Hayat Tahrir al Sham (HTS) tomou o poder em Damasco em 8 de dezembro. A chegada à capital dos combatentes da aliança pôs fim a mais de duas décadas de poder do presidente Bashar al-Assad, que governou o país com mão de ferro.

Antes de chegar ao poder, Ahmed Al Sharaa utilizava o nome de guerra, Abu Mohamed Al Jolani, como era conhecido o comandante militar do HTS.

O novo governo busca expandir sua autoridade nas áreas do nordeste da Síria controladas por uma administração semi-autônoma curda.

A Síria tem sido o cenário de uma guerra que começou em 2011 e já deixou mais de meio milhão de mortos.

O conflito fragmentou o território em zonas de influência controladas por diferentes grupos beligerantes apoiados por potências regionais e internacionais.

(Com AFP)

Conselho aprova diretrizes para aborto legal em crianças e adolescentes

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O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, aprovou nesta segurança-feira (23) uma resolução que estabelece diretrizes para atendimento de crianças e adolescentes em casos de aborto legal.

Na prática, o texto possibilita o aborto em crianças e adolescentes grávidas que relatarem gestação “resultante de abuso sexual ou em caso de risco de vida da gestante ou anencefalia do feto”.

Entre as diretrizes, estão:

  • Encaminhamento direto aos serviços de saúde sem necessidade de autorização prévia de responsáveis;
  • Escuta especializada para vítimas de violência sexual, garantindo um ambiente respeitoso e seguro;
  • Prioridade ao desejo da criança ou adolescente em casos de divergência com os responsáveis legais, com suporte da Defensoria Pública ou Ministério Público;
  • Obrigatoriedade de comunicação de casos ao Conselho Tutelar, à autoridade sanitária e à polícia, sem que isso condicione a realização do procedimento.

O texto foi aprovado por 15 votos favoráveis e 13 contrários, todos de representantes do governo federal que inicialmente colaboravam com a elaboração da resolução. Após o tema ganhar repercussão pública e gerar pressões políticas contrárias à medida, no entanto, o próprio governo recuou.

Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania informou que “questionou insistentemente” os termos da resolução e fez um pedido de vista — que suspende a discussão por alguns dias.

“Em seguida, [o governo] solicitou parecer da Consultoria Jurídica do Ministério. O parecer indicou, entre outros aspectos, que a minuta de Resolução apresentava definições que só poderiam ser dispostas em Leis – a serem aprovadas pelo Congresso Nacional, indicando a necessidade de aperfeiçoamento e revisão de texto, garantindo maior alinhamento ao arcabouço legal brasileiro”, alegou a pasta.

O argumento, no entanto, acabou derrotado.

Sem peso de lei

O texto aprovado não tem peso de lei. É um conjunto de diretrizes para orientar a tomada de decisões em casos de meninas que abortam. Mas, como boa parte das regras não está prevista na legislação, no vácuo legislativo, tende a valer o que está escrito na decisão do Conanda. A norma entra em vigor a partir de sua publicação no Diário Oficial da União. O governo tem cinco dias para fazer isso.

De acordo com a lei brasileira, o aborto é um crime contra a vida, mas deixa de ser punido, no Código Penal, quando “não há outro meio de salvar a vida da gestante” e quando “a gravidez resulta de estupro e é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal”.

CNN

Queda de ponte: três corpos são encontrados; veja lista dos 14 que seguem desaparecidos

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O Corpo de Bombeiros do Tocantins informou, na manhã desta terça-feira (24), que três corpos foram localizados no Rio Tocantins, na divisa com o Maranhão, onde uma ponte caiu no último domingo. Outras 14 pessoas seguem desaparecidas.

Segundo a corporação, os corpos encontrados são de dois adultos e de uma criança.

Veja a lista dos mortos:

  1. Lorena Rodrigues Ribeiro, 25 anos
  2. Lorrane Cidronio de Jesus, 11 anos
  3. Kecio Francisco Santos Lopes

O corpo de Lorrane foi encontrado pouco antes das 06h00 de hoje. O de Kécio foi localizado às 09h00. Já o corpo de Lorena, a primeira vítima, foi localizado ainda no domingo, dia do acidente.

Além deles, outras 14 pessoas seguem desaparecidas desde o desabamento da ponte JK, na divisa entre os dois estados.

Veja a lista dos desaparecidos:

  1. Andreia Maria de Sousa
  2. Beroaldo dos Santos
  3. Anisio Padilha Soares (43 anos)
  4. Silvana dos Santos Rocha Soares (53 anos)
  5. Alessandra do Socorro Ribeiro (50 anos)
  6. Salmon Alves Santos (65 anos)
  7. Felipe Giuvannuci Ribeiro (10 anos)
  8. Cássia de Sousa Tavares (34 anos)
  9. Cecília Tavares Rodrigues (3 anos)
  10. Marçon Gley Ferreira
  11. Osmarina da Silva Carvalho (48 anos)
  12. Gessimar Ferreira (38 anos)
  13. Ailson Gomes Carneiro (57 anos)
  14. Elisangela Santos das Chagas (50 anos)

Um homem, Jairo Silva Rodrigues, 36 anos, foi resgatado com vida também no domingo.

CNN

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