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Brasil está fora de cúpula na Suíça pela paz na Ucrânia

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A Suíça vai receber entre os dias 15 e 16 de junho uma cúpula de paz que pretende angariar apoio internacional ao fim do conflito na Ucrânia. O objetivo da cúpula, solicitada pelo governo ucraniano, é “inspirar um futuro processo de paz”, mas o resultado permanece incerto. Presidente Lula, que estará na Europa no início do evento, argumenta que conferência para debater paz na Ucrânia só faz sentido se Rússia for convidada.

O encontro se baseia num plano de dez pontos apresentado pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, e que culmina na retirada completa das tropas russas e no estabelecimento dos meios para alcançar “uma paz justa e duradoura”.

A Rússia não vai participar do evento. Segundo a Suíça, o país não foi convidado porque sinalizou não ter qualquer interesse em participar. O governo russo disse que a iniciativa é “uma perda de tempo”.

Sem Brasil e China

Na esteira da decisão do presidente russo, Vladimir Putin, países como Brasil e China já manifestaram desinteresse em participar de conversas sem a presença dos dois lados do conflito, segundo comunicaram as autoridades da Suíça.

O assessor especial da presidência, Celso Amorim, chegou a assinar uma declaração com o ministro chinês do Exterior, Wang Yi, pedindo para que sejam feitas negociações “reconhecidas tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia”.

Segundo o Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou por telefone com Putin nesta segunda-feira (10/06) e voltou a defender um acordo de paz e a participação da Rússia nas negociações de paz.

Os organizadores do evento, porém, afirmaram que, até agora, o Brasil e outros países emergentes, como a África do Sul, não confirmaram nem cancelaram sua participação no evento, apesar da ausência de Lula ser dada como certa. “A lista final dos países participantes só será publicada pouco antes da cúpula”, diz o comunicado.

Lula viajará para a Europa para uma reunião da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, na Suíça, no dia 13, antes de participar da cúpula do G7 na Itália, nos dias 14 e 15, a convite da premiê Giorgia Meloni. Mas Lula não participará da cúpula sobre a Ucrânia, que ocorre logo em seguida, nos dias 15 e 16.

Até o momento, 90 estados e organizações confirmaram presença. O evento acontece no complexo hoteleiro Bürgenstock, localizado no topo de uma montanha na vila de Obbürgen, perto da cidade de Lucerna, no centro da Suíça. O local foi escolhido por questões de segurança devido ao seu difícil acesso – na última semana, o país registrou um aumento em ataques cibernéticos e desinformação sobre o evento.

O presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, são esperados no encontro. A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, representará o seu país. O conselheiro de segurança nacional do Presidente Joe Biden, Jake Sullivan, também estará presente.

O que será discutido

O presidente ucraniano anunciou pela primeira vez sua fórmula de paz de dez pontos numa cúpula do G20 em novembro de 2022. Ela também inclui a criação de um tribunal especial para julgar os crimes de guerra russos.

A Suíça, porém, diz que a cúpula vai conseguir avançar apenas sobre três temas – segurança alimentar, segurança nuclear para produção de energia e a libertação ou troca de prisioneiros de guerra ou deportados. A expectativa dos organizadores é criar um roteiro que inclua a Rússia nas negociações em etapas posteriores.

As conversas acontecem em meio a uma crescente avanço dos russos sobre território ucraniano. O país avançou sobre áreas da região da cidade de Donetsk nos últimos meses.Em conferência realizada nesta terça-feira em Berlim, Zelenski afirmou que a Ucrânia perdeu metade de sua capacidade de geração de energia em decorrência de ataques russos.

(EFE, AFP, Lusa e Reuters)

Bilionários que estão doando milhões para Trump após sua condenação

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Desde que Donald Trump foi condenado criminalmente, na semana passada, bilionários republicanos estão demonstrando seu apoio financeiro.

Trump, o candidato republicano que tentará voltar à Casa Branca nas eleições de novembro, foi considerado culpado de falsificar registros comerciais para ocultar o pagamento à ex-atriz pornô Stormy Daniels.

Embora tenha ficado atrás, na angariação de fundos, do presidente e candidato à reeleição Joe Biden e dos esforços dos democratas, a condenação deu novo fôlego à candidatura de Trump.

Sua campanha anunciou que arrecadou quase US$ 53 milhões (cerca de R$ 278 milhões) em apenas 24 horas após o veredicto em Nova York.

Uma análise dos dados da CBS, parceira da BBC nos EUA, concluiu que a angariação de fundos de Trump tende a receber impulsos nos momentos-chave das suas diversas batalhas jurídicas.

Antes da condenação da semana passada, seus melhores dias para arrecadação de fundos tinham sido 4 de abril do ano passado — o dia em que foi acusado em Nova York — e 25 de agosto, quando uma foto dele tirada por autoridades policiais, a mugshot, foi divulgada.

A BBC aguarda posicionamento das campanhas de Trump e Biden.

Correio Braziliense

Hunter Biden, filho do presidente dos EUA condenado por porte ilegal de arma

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Na terça-feira, 11, Hunter Biden, filho do presidente dos Estados UnidosJoe Biden, foi considerado culpado em um julgamento por todas as três acusações relacionadas à compra e posse de arma.

O veredito indica que o político e empresário infringiu leis federais que proíbem pessoas com dependência de drogas de possuírem armas de fogo. A sentença será determinada posteriormente pela juíza encarregada do caso e pode resultar em até 25 anos de prisão e multas de até US$ 750 mil.

Hunter Biden é acusado de declarar falsamente, ao adquirir um revólver calibre 38 em 2018, que não estava usando drogas ilícitas.

O julgamento ocorre durante a campanha de Joe Biden na busca pela reeleição e menos de duas semanas após a condenação por fraude contábil de Donald Trump, o provável candidato presidencial republicano em novembro.

Quem é Hunter Biden?

O advogado e lobista Robert Hunter Biden, de 54 anos, é o segundo filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Ele também é sócio da Rosemont Seneca Partners, uma empresa de consultoria internacional.

Infância

Hunter teve a infância marcada por uma tragédia ocorrida em 1972, quando ele sofreu um grave acidente de carro no qual morreram sua mãe e sua irmã mais nova. Ele e seu outro irmão, Beau, que faleceu em 2015 vítima de um câncer, foram os únicos sobreviventes.

Anos depois, o filho de Joe Biden estudou História na Universidade de Georgetown, em Washington, e obteve um mestrado em Direito na prestigiada Universidade de Yale, em 1996. Durante a juventudade, ele também tentou criar uma carreira como artista. No entanto, teve uma vida conturbada pelo divórcio, adultério, casos de alcoolismo e dependência de crack e cocaína.

Uso de drogas e álcool

Em entrevista à revista The New Yorker, em 2019, Hunter admitiu ter consumido álcool e diferentes tipos de drogas durante décadas. Ele chegou a ser expulso da Marinha dos EUA após testar positivo para cocaína em um exame.

A ex-esposa de Hunter, Kathleen, entrou com uma ação contra ele em 2017 e pediu à Justiça para congelar os bens do ex-marido alegando que ele “criou preocupações financeiras para família ao gastar de maneira extravagante em seus próprios interesses”, que seriam, segundo a mulher, drogas, álcool, prostitutas, clubes de striptease e presentes para mulheres com as quais teve relações sexuais. No entanto, Hunter negou as acusações.

Em 2015, Kathleen, também mãe dos três filhos de Hunter, pediu divórcio após 24 anos de casamento com acusação de infidelidade.

Pouco depois, o filho de Joe Biden começou a sair com Hallie, a viúva do irmão falecido no mesmo ano devido a um câncer cerebral. Na época, o romance recebeu “apoio” de Biden e sua atual mulher, Jill.

Mas, Hunter e Hallie se separaram no início de 2019. Em maio, o filho do ex-vice-presidente se casou pela segunda vez com a diretora de cinema sul-africana Melissa Cohen.

Negócios suspeitos

Em 2020, o então presidente Donald Trump solicitou ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para investigar, com apoio das autoridades americanas, a atuação de Hunter Biden na Ucrânia.

O filho de Joe Biden fez parte do conselho de administração da empresa de gás ucraniana Burisma por cinco anos, como parte de uma “junta internacional de alto perfil” montada por Mykola Zlochevsky, empresário e ex-ministro de Ecologia do país. Ele integrou o grupo em 2014, na época em que seu pai era vice-presidente do governo de Barack Obama.

Apesar de o escândalo envolver as relações de Hunter com a Ucrânia, a vida profissional do filho de Biden foi impactada por outros escândalos. Quando estava no conselho do Programa Mundial de Alimentos dos EUA, Hunter sugeriu ao magnata chinês Ye Jiamming a utilização de “contatos” que ele possuía para identificar oportunidades de investimento.

Na mesma noite, Ye enviou um diamante de 2,8 quilates, avaliado em cerca de US$ 80 mil, ao quarto de Hunter. O filho de Biden descartou que o presente fosse, na verdade, um suborno, mas evitou ficar com a pedra preciosa e a repassou para seus sócios.

Fonte AFP

“Me recuso a falar com Lula”, diz presidente da CNA após MP para compensar desoneração

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O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, disse que é hora de “dar um basta” ao governo e que se recusa a conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a MP do PIS/Cofins.

Em almoço na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que reúne outras frentes parlamentares e empresários da indústria, Martins fez um dos discursos mais duros.

Sentado na mesa principal do evento, o presidente da CNA chamou a atual gestão de “desgoverno” e contou ter sido convidado pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, para uma conversa com Lula para negociar os termos da MP 1227/24.

Há certa ‘implicância’ sobre críticas à participação de ministros do STF em eventos, diz Barroso

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O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu que os ministros do STF não precisam ter a obrigação de divulgar suas agendas, destacando que o magistrado não pode viver “encastelado” e que há certa “implicância” sobre críticas à participação dos integrantes da Corte em eventos. “Não há uma exigência legal, nem regimental, de forma que é um critério de cada ministro”, destacou Barroso, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

A agenda de ministros virou pauta após diversos magistrados participarem de eventos privados, sem divulgar suas agendas no site do STF. Entre outros eventos, o Estadão mostrou que uma empresa de tabaco com ações na Corte patrocinou um evento que reuniu ministros em Londres.

Entre os dias 25 de maio e 3 de junho, o Supremo pagou R$ 39 mil em dinheiro público a um segurança que acompanhou a viagem à Inglaterra do ministro Dias Toffoli para a final da Champions League. Sobre isso, Barroso defendeu que os ministros tenham acesso à segurança, independente do evento em que participem, seja público ou privado, afirmando que “não há como regular a vida privada de ministros do STF” e que, “na medida em que haja percepção negativa da sociedade, tudo é passível de se conversar”. Ainda, o presidente do STF reforçou que o Supremo não paga passagem para nenhum ministro, salvo o presidente.

Na entrevista, Barroso também foi questionado sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio, defendida por por parlamentares sob o argumento de que o incremento de 5% nos salários de juízes e procuradores a cada cinco anos seria necessário para manter essas carreiras atrativas e não perder quadros para a iniciativa privada. Barroso mostrou posição na mesma linha.

“Se você não consegue ser competitivo no mercado, você recruta os piores, e eu quero recrutar os melhores”, afirmou.

O presidente do STF reconheceu, no entanto, que “existem abusos que precisam ser coibidos” nos benefícios para magistrados, que fazem com que os salários excedam o teto do funcionalismo. Os chamados penduricalhos “não são razoáveis”, segundo o ministro.

Durante a entrevista, Barroso também afirmou que o Projeto de Lei que anula delações premiadas é uma questão política que deve ser deliberada pelo Congresso e que não cabe a ele interferir no debate. Barroso também acrescenta que a colaboração premiada “tem funcionado com adequações que Supremo impôs”.

Barroso ainda desmentiu boatos de que já teria tomado a decisão de deixar a Corte após o fim do mandato de presidente, em 2025. “Não tenho nenhum projeto nem de sair no STF nem de ficar.”

Ministro diz que tentará conciliar sobre marco temporal, mas pautará se for necessário

Luís Roberto Barroso afirmou que não acredita que a Corte tenha dado “uma guinada” conservadora e reiterou que o STF defende as causas das minorias. Ele também reforçou que a proteção de mulheres, negros, indígenas e homossexuais sempre dependeu do Judiciário. “Há matérias que não podem depender do processo político majoritário”, disse o ministro, completando: “Como não há consenso no Congresso, você tem que depender de cortes constitucionais para avançar nesses direitos.”

“Se for possível conciliar com uma tese razoável, que respeite os direitos dos indígenas sem afrontar a percepção de quem é contrário, e eu acho que existe, nós vamos tentar construir. E, se não existir, vou pautar para julgar”, afirmou o ministro.

O ministro Gilmar Mendes, relator das ações que discutem a validade da lei do marco temporal, enviou o caso para conciliação e suspendeu o trâmite de todos os processos que tratam sobre o tema. Nesta segunda, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou uma manifestação ao STF em que defende que a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas é “inconciliável”. Por outro lado, a AGU reconheceu a importância de uma solução negociada para o caso, restrita a aspectos pontuais, como os efeitos patrimoniais.

Decisões de Toffoli serão levadas a plenário ou Segunda Turma

O presidente do STF também falou sobre as decisões do ministro Dias Toffoli que anularam atos processuais da operação Lava Jato. Ele afirmou que os casos serão levados ao plenário ou à Segunda Turma. Contudo, preferiu não dizer em qual colegiado le prefere que a questão seja discutida. Duas decisões de Toffoli já foram objeto de recurso da Procuradoria-Geral a República (PGR). Uma delas anulou todos os atos da Lava Jato que atingiram o empresário Marcelo Odebrecht. A outra suspendeu a multa de R$ 10,3 milhões do cordo de leniência da J&F.

Ministro critica insegurança tributária no Brasil

Barroso defendeu que a litigância tributária no Brasil é “superior a qualquer lugar do mundo”, mas que ainda sim existem inseguranças, inclusive insegurança jurídica em matéria trabalhista. “Existem áreas com insegurança jurídica, mas não é o padrão, em geral isso não acontece”, destacou.

Barroso também definiu a mudança do entendimento em revisão da vida toda – alteração julgada pelo STF que invalidou a revisão nas aposentadorias – como um “acidente de composição”. O Supremo havia dado vitória aos aposentados em dezembro de 2022. Após a troca de dois ministros na composição da Corte, o Supremo voltou a analisar o tema em março deste ano e anulou a tese da revisão da vida toda, dando vitória à União.

O ministro disse que “houve mudança de entendimento no tribunal, como acontece em qualquer tribunal” e que a diferença, neste caso, foi uma “mudança muito rápida e ainda no curso do julgamento”.

‘Não gosto da continuidade (de inquéritos no STF), mas é inevitável, é preciso punir’

O presidente do STF afirmou que esperava que o inquérito das fake news pudesse acabar após as eleições [presidenciais de 2022], mas o episódio do 8/1, em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram órgãos em Brasília, atrapalhou o andamento do inquérito. “Eu não gosto da continuidade [de inquéritos no STF], mas é inevitável, é preciso punir”, afirmou. Ele acrescentou que a questão não é que o inquérito está “excessivamente prolongado”, mas que os fatos estão demorando a passar.

Barroso também afirmou que não houve motivação política nas mudanças do foro privilegiado, mas sim uma decisão institucional. Em abril, o STF formou maioria e aprovou alterações na modalidade. Com a mudança, os políticos investigados por crimes que teriam sido cometidos durante seu mandato poderão manter o foro mesmo após terminarem seus mandatos. Um pedido de vista adiou o julgamento.

Responsabilização das plataformas digitais será pautada ‘daqui a pouco’

Na entrevista, Barroso afirmou que pautará, “daqui a pouco”, a ação sobre a responsabilidade das plataformas digitais.

O presidente do STF afirmou que o ideal é que “o Congresso conseguisse legislar sobre isso, mas casos estão aparecendo e o Supremo precisa decidir o que pode e o que não pode, quando há ou não responsabilidade civil”. De acordo com o ministro, o que for decidido pela Corte valerá até o Congresso legislar. “Quando o Congresso deliberar, vai prevalecer a legislação.”

Barroso também afirmou que possui boa relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Não peço favor, não faço favor”, afirmou. O presidente do STF também destacou que não criaria mandatos para ministros, mas que o debate deve ocorrer no Congresso.

Musk ameaça banir dispositivos Apple de suas empresas em caso de integração com OpenAI

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Elon Musk disse nesta segunda-feira que proibirá dispositivos da Apple em suas empresas se a fabricante do iPhone integrar a OpenAI ao nível do sistema operacional.

“Isso é uma violação de segurança inaceitável”, disse o presidente-executivo da Tesla em uma publicação no X.

“E os visitantes terão que deixar seus dispositivos Apple na entrada, onde serão armazenados em uma gaiola de Faraday”, acrescentou.

Mais cedo, a Apple anunciou uma série de recursos de IA em seus aplicativos e plataformas operacionais, além de uma parceria com a OpenAI para trazer a tecnologia do ChatGPT para seus dispositivos.

A Apple afirmou que desenvolveu a IA mantendo a “privacidade no centro” e que usará uma combinação de processamento no dispositivo e computação em nuvem para alimentar esses recursos.

 

Reuters

Advogado tinha ligação com PCC, mas Adélio Bispo agiu sozinho em ataque a Bolsonaro, diz PF

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A investigação da Polícia Federal concluiu nesta terça-feira (11) que o advogado de Adélio Bispo tinha, de fato, vínculo com o PCC, maior facção do Brasil. Ele foi alvo de busca e apreensão hoje em uma última fase da operação.

Adélio Bispo, no entanto, agiu sozinho na tentativa de homicídio do então candidato Jair Bolsonaro em setembro de 2018, em Minas Gerais, concluiu a PF.

A informação foi divulgada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em encontro com jornalistas em Brasília nesta manhã.

“Recebemos uma denúncia se houve ligação da facção com o advogado e o crime, e fomos investigar. A conclusão foi que não há relação”, declarou o diretor.

“Comprovamos, sim, a vinculação desse advogado com o crime organizado, mas nenhuma vinculação desse advogado com a tentativa de homicídio do ex-presidente. Com isso, encerramos essa investigação. Apresentamos ao Poder Judiciário hoje esse relatório sugerindo, em relação ao atentado, o arquivamento”, afirmou o diretor-geral da PF.

CNN divulgou em abril do ano passado que a defesa de Bispo era investigada. O advogado, inclusive, chegou a ser alvo de outro mandado de busca e apreensão. Agora, após análises e aprofundamento das investigações, a PF considera o caso encerrado.

Na ação de hoje, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos municípios mineiros de Pará de Minas, Lagoa Santa e São José da Lapa.

Também foram cumpridos mandados judiciais que determinavam a lacração e a suspensão das atividades de 24 estabelecimentos comerciais e a indisponibilidade de bens de 31 pessoas físicas e jurídicas no montante de R$ 260 milhões.

CNN

Inflação acelera para 0,46% em maio, impulsionada por alta dos alimentos

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A inflação do país foi de 0,46% em maio, acelerando em relação ao mês anterior (0,38%). Esse resultado foi pressionado pelos preços dos alimentos e bebidas, que subiram 0,62% na comparação com abril, influenciados, sobretudo, pela alta dos tubérculos, raízes e legumes (6,33%). Dentre eles, destaca-se a batata-inglesa, com aumento de 20,61%, o maior impacto individual sobre o índice geral.

No ano, a inflação acumulada é de 2,27% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (11) pelo IBGE.

O gerente da pesquisa, André Almeida, observa que a mudança das safras é um dos fatores relacionados ao aumento do tubérculo. “Em maio, com a safra das águas na reta final e um início mais devagar da safra das secas, a oferta da batata ficou reduzida. Além disso, parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, que é uma das principais regiões produtoras”, diz.

Além da batata-inglesa, outros alimentos com grande presença na mesa dos brasileiros também subiram em maio, com destaque para a cebola (7,94%), o leite longa vida (5,36%) e o café moído (3,42%). “O leite está em período de entressafra e houve queda nas importações. Essa combinação resultou em uma menor oferta. Em relação ao café, os preços das duas espécies têm subido no mercado internacional, o que explica o resultado de maio”, destaca o pesquisador.

Mesmo com essas altas, o preço da alimentação no domicílio (0,66%) desacelerou ante abril (0,81%). Esse comportamento é explicado pelas variações negativas de alguns alimentos, como as frutas (-2,73%). “O principal alimento com queda em maio foram as bananas: a maior oferta da banana d’água pressionou os preços da prata, e as duas baixaram. Isso ajudou a segurar o aumento da alimentação no domicílio”, analisa André.

Por outro lado, os preços da alimentação fora do domicílio (0,50%) subiram mais do que no mês anterior (0,39%), influenciados pela aceleração do lanche (de 0,44% para 0,78%). Já a variação da refeição (0,36%) ficou próxima à registrada em abril (0,34%).

Depois de alimentação e bebidas, o grupo que mais influenciou o resultado geral foi o de habitação (0,67%), com a alta da energia elétrica residencial (0,94%), o terceiro item de maior impacto individual sobre o resultado geral. O resultado é explicado pela aplicação dos reajustes tarifários em Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Aracaju (SE). A taxa de água e esgoto (1,62%) e o gás encanado (0,30%) também contribuíram para a alta do grupo.

Já a variação de saúde e cuidados pessoais (0,69%) foi a maior entre os nove grupos investigados pela pesquisa. O resultado foi influenciado pelo aumento nos preços do plano de saúde (0,77%) e dos itens de higiene pessoal (1,04%), com destaque para perfume (2,59%) e produto para pele (2,26%). “Maio é marcado pelo Dia das Mães, que colaborou para o aumento de preços dos perfumes, artigos de maquiagem e produtos para pele”, avalia o gerente.

No grupo dos transportes (0,44%), a passagem aérea registrou a primeira alta do ano (5,91%) e foi o quarto item individual de maior impacto na inflação do país. Em abril, a deflação desse item foi de 12,09%. Além dele, em maio, houve alta nos combustíveis (0,45%), impactada pelo etanol (0,53%), pelo óleo diesel (0,51%) e pela gasolina (0,45%). Também subiram os preços do metrô (1,21%) e do táxi (0,55%).

Inflação chega a 0,87% em Porto Alegre

Diante da tragédia ambiental que atingiu o Rio Grande do Sul desde o fim de abril, Porto Alegre foi a área de abrangência investigada pela pesquisa com maior variação do IPCA em maio. “A situação de calamidade acabou afetando a alta dos preços de alguns produtos e serviços. Em maio, as principais altas foram da batata-inglesa (23,94%), do gás de botijão (7,39%) e da gasolina (1,80%)”, destaca André.

Dos 16 locais pesquisados, apenas Goiânia (-0,06%) teve deflação. Esse resultado foi relacionado ao recuo de preços da gasolina (-3,61%) e do etanol (-6,57%) no município.

INPC tem alta de 0,46% em maio

A alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,46% em maio, também acelerando em relação ao resultado anterior (0,37%). O resultado foi impactado pelos produtos alimentícios, que subiram 0,64% em maio, após a alta de 0,57% em abril. Já os preços dos não alimentícios variaram 0,40%, acima do registrado no mês anterior (0,31%).

“Em maio, o resultado do INPC foi igual ao do IPCA, e o comportamento dos grupos foi bem próximo. O de alimentos teve mais impacto [no INPC] por conta do peso maior desse grupo dentro do orçamento das famílias de mais baixa renda”, destaca André. O índice geral acumula aumento de 2,42% no ano e de 3,34% nos últimos 12 meses.

Entre as áreas de abrangência da pesquisa, a maior variação também ocorreu em Porto Alegre (0,95%), vinculada, assim como no caso do IPCA, às altas da batata-inglesa (23,94%), do gás de botijão (7,39%) e da gasolina (1,80%).

Coleta do IPCA/INPC no Rio Grande do Sul

Em razão da situação de calamidade pública na região metropolitana de Porto Alegre, área de abrangência da pesquisa, a coleta de preços na modalidade remota foi intensificada, permanecendo, também, a coleta em modo presencial quando possível. O percentual coletado na modalidade remota, por telefone ou pela internet, que estava em torno de 20%, passou para aproximadamente 65% em decorrência da situação extraordinária observada em maio.

Para o cálculo do IPCA/INPC, os preços foram coletados no período de 1º de maio a 29 de maio de 2024 (período de referência) e comparados com aqueles vigentes de 29 de março a 30 de abril de 2024 (base). As informações apropriadas no IPCA/INPC de maio foram validadas com base nas metodologias de cálculo, crítica e imputação de preços vigentes no Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC).

Nem todos os subitens puderam ser coletados por telefone ou pela internet, como foi o caso de alguns subitens do item “hortaliças e verduras”. Nos casos de ausência de preços foi realizada a imputação dos dados, procedimento previsto e descrito na publicação “Sistema nacional de índices de preços ao consumidor: Métodos de cálculo – 8ª edição, disponível em liv101767.pdf”. No caso do subitem “pedágio”, não foram consideradas no cálculo as praças em que a cobrança foi suspensa durante todo o período de referência da pesquisa. Aquelas em que houve cobrança de tarifa durante alguns dias do mês de referência foram apropriadas com pro rata, ou seja, distribuídos proporcionalmente pelo período de referência, no cálculo da inflação do subitem.

A Política de Revisão de Dados Divulgados das Operações Estatísticas do IBGE estabelece que os índices de preços utilizados como indexadores de inflação na correção monetária de contratos públicos e privados não são revisados, para garantir a segurança jurídica dos contratos. Neste contexto estão incluídos os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 – IPCA-15 e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial – IPCA-E. Acesse aqui o documento “Política de Revisão de Dados Divulgados das Operações Estatísticas do IBGE”.

Mais sobre as pesquisas

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC, as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. Acesse os dados no Sidra. O próximo resultado do IPCA, referente a junho, será divulgado em 10 de julho.

Fonte IBGE

STF declara a insconstitucionalidade de leis goianas que reduzem honorários da advocacia pública

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O Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, declarou inconstitucional o artigo 12 da Lei 22.571/2024 e da Lei 22.572/2024, ambas do Estado de Goiás, que reduzem em 65% os honorários advocatícios de sucumbência devidos aos procuradores do Estado em caso de parcelamento dos débitos tributários do Programa de Regularização Fiscal “Negocie Já”.

A Ação Direta de Inscontitucionalidade (ADI) 7615 foi proposta pela Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape), na qual o Conselho Federal da OAB interveio na qualidade de amicus curiae.

O associação sustentou a inconstitucionalidade dos referidos artigos, visto que o legislador estadual ao disciplinar sobre honorários advocatícios dos Procuradores do Estado de Goiás feriu matéria de competência privativa da União consagrada no art. 22, inciso I e 24, IV, §§ 1º ao 4º da Constituição Federal.

Histórico

O ministro relator, Nunes Marques, decidiu pela conversão em julgamento de mérito da ADI e apresentou seu voto. “Logo, sendo parcela devida ao Procurador, não pode o Estado de Goiás sobre ela transigir”, destaco. Segundo o ministro, além dessa premissa, “a adesão dos contribuintes ao programa de parcelamento dos créditos tributários criado pela legislação goiana implica redução substancial dos honorários sucumbenciais a serem pagos aos Procuradores.”

O ministro Cristiano Zanin, seguindo o relator, destacou, em seu voto, que “a legislação estadual impugnada não poderia veicular renúncia pela Fazenda Pública dos honorários de sucumbência, que são devidos e titularizados, os Procuradores do Estado. Os honorários sucumbenciais não são incorporados ao Erário. São verbas autônomas de titularidade dos advogados da parte vencedora.” Trata-se, para todos os fins, conforme o ministro Zanin, de verba de natureza privada, que não pode ser reduzida arbitrariamente por meio de leis estaduais.

Defesa do direito da advocacia pública

O presidente da OAB-GO, Rafael Lara Martins, destacou a importância de se defender o direito da advocacia pública. “Os honorários sucumbenciais, na realidade, são recompensa processual pelo sucesso em juízo, com fundamento no Direito Processual. Este é um direito da advocacia pública, cuja constitucionalidade já foi atestada pelo próprio Supremo em diversas ações de controle concentrado.”

“É preciso reconhecer a repercussão e a magnitude desse julgamento e o quanto ele é importante. Tanto a concessão da liminar quanto o julgamento do mérito ocorreram em tempo recorde, dentro do período de vigência do programa estadual. E, pela primeira vez, o STF, na confirmação da liminar, converteu o processo em julgamento de mérito, confirmando os precedentes anteriores”, frisou o presidente da Apeg, Claudiney Rocha.

O presidente da Anape, Vicente Braga, parabenizou a Apeg pela vitória no julgamento. De acordo com o presidente, ele marca um precedente importante na atuação da entidade nacional junto ao Supremo.

Rota Jurídica

CNJ suspende por 60 dias juíza de Minas que postou críticas a Lula

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O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aplicou pena de disponibilidade, por 60 dias, à juíza Maria Youssef Murad Venturelli, do Tribunal de Justiça de Minas, por postagens de teor político-partidário feitas após os atos golpistas de 8 de janeiro. As publicações tinham críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma delas com o título: “revoltante, PT propõe projeto Zanin para garantir a impunidade no Brasil”.

A magistrada também publicou um vídeo em que uma mulher diz que o Presidente da Islândia viajou até Londres para a coroação do Rei Charles em um voo comercial. Ao reportar o conteúdo, a juíza escreveu: “Lição não aprendida pelo nove dedos”.

Todos os conselheiros votaram por julgar procedente o processo administrativo disciplinar sobre a magistrada, por falta funcional, em violação à lei orgânica da magistratura. O colegiado destacou que ‘demonstrar apreço ou desapreço a candidatos, lideranças políticas e partidos são condutas vedadas’ a juízes.

No entanto, houve divergência sobre a pena que seria imposta à juíza.

A relatora, conselheira Renata Gil, entendeu adequada a aplicação de advertência no caso. Ela considerou a ausência de registros desabonadores em desfavor da magistrada; sua idade (72 anos) e o fato de ela não ser juíza eleitoral; o fato de a falta ter sido pontual; e “o reconhecimento do caráter inadequado das postagens, apagando os posts compartilhados, além de informar que apagou suas redes sociais”.

Acompanharam tal posicionamento os conselheiros Caputo Bastos e Alexandre Teixeira.

Já corregedor nacional de Justiça ministro Luís Felipe Salomão divergiu e defendeu a aplicação de uma pena mais grave à magistrada. Ele evocou a jurisprudência do colegiado quanto no caso de um desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, por postagem político-partidária nas redes sociais.

Na avaliação de Salomão, a proposta de impor advertência, uma pena mais branda, à juíza, parece “destoar do entendimento do CNJ acerca da penalidade de ser aplicada”.

“Em matéria disciplinar, para evitar subjetivismo e insegurança jurídica, a observância dos precedentes e de regras objetivas claras são imprescindíveis ao processo administrativo. Por isso, no caso vertente, não me parece possível nem razoável, com a devida vênia, criar qualquer exceção ou distinção aos precedentes anteriores”, anotou o ministro.

Seguiram o corregedor o presidente do CNJ Luís Roberto Barroso e os conselheiros José Edivaldo Rocha Rotondano, Mônica Autran Machado Nobre, Daniela Pereira Madeira, Guilherme Feliciano, Pablo Coutinho Barreto, João Paulo Santos Schoucair, Dayane Nogueira de Lira e Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho.

Defesa

Ao se manifestar no processo, a magistrada reconheceu o compartilhamento das publicações assim como a “inadequação das postagens”. De outro lado, ela alegou que as publicações não caracterizam atividade político-partidária.

A juíza também alegou “conduta de ínfima lesividade, o pouquíssimo domínio no manejo das redes sociais, a baixa expressão de seu perfil na rede social, restrita a poucas pessoas de seu relacionamento pessoal e profissional”.

Segundo a magistrada, as postagens não tiveram repercussão e foram devidamente apagadas assim que ela tomou conhecimento da apuração no CNJ. A juíza sustentou ainda que as publicações foram realizadas após as eleições de 2022, sem qualquer ataque às instituições ou ao Estado Democrático de Direito.

IstoÉ

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