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Casal procurado pela Interpol é preso em Goiás

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Um casal procurado por uma série de golpes em Goiás foi preso em um hotel de Ribeirão Preto em São Paulo. As investigações revelaram que Tiago Henrique Borges Jacob de Souza se fazia passar por filho de um deputado federal, identificando-se como delegado e diretor do Detran de Goiás durante os golpes de estelionato. Sua esposa, Daianny Cristina Martins da Silva, também foi presa por envolvimento em atividades criminosas similares.

Conforme informações da Polícia Civil (PCGO), os dois estavam foragidos desde fevereiro e foram presos no domingo, 12. Além dos golpes aplicados em Caldas Novas, o casal também possui antecedentes por estelionato relacionado a falsos leilões de veículos em Minas Gerais e São Paulo. Ambos têm seus nomes na lista de difusão vermelha (red notice) da Interpol.

Segundo relatos da PCGO, no momento da prisão, os suspeitos tentaram enganar as autoridades, porém sem sucesso. Um parente de Tiago também foi preso em São Paulo sob suspeita de auxiliar o casal nos golpes e outras atividades ilícitas.

Em São Paulo, eles foram descobertos se fazendo passar por funcionários da Receita Federal, tentando vender veículos com documentos falsos provenientes de leilões. Tiago chegou a afirmar ser o novo diretor da Ciretran de Ribeirão Preto.

As prisões foram realizadas após uma investigação conjunta do Grupo Especial de Investigação Criminal (Geic) de Caldas Novas e da Delegacia de Sertãozinho de São Paulo. Durante a operação, foram apreendidos celulares e um veículo pertencente ao casal. No início de abril, foi solicitado o bloqueio de R$ 263 mil nas contas bancárias dos suspeitos.

A Polícia Civil de Goiás exclarece que divulga as imagens a fim de identificar possíveis novas vítimas.

fonte: DM

RS: após dizer que doações podem impactar o comércio local, Eduardo Leite pede desculpas

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Nesta quarta-feira (15), Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, publicou um vídeo nas redes sociais, no qual se desculpa por uma resposta dada em entrevista a uma rádio na tarde de ontem (14).

Na ocasião, o governador disse que “quando você tem um volume tão grande de doações físicas chegando ao estado, há um receio sobre o impacto que isso terá no comércio local. O reerguimento desse comércio fica dificultado à medida que você tem uma série de itens vindos de outros lugares do país”.

A declaração foi dada em entrevista a rádio BandNews FM.

“Antes de mais nada, o meu agradecimento a todos pela gigantesca mobilização e solidariedade em favor do povo Gaúcho. Peço que entendam, entre tantas preocupações que a tragédia nos traz, tem também a situação dos nossos pequenos comerciantes. Ao falar sobre essa situação, acabei misturando com a questão das doações. O impacto no comércio local vai ser uma preocupação para outro momento e não durante essa onda de solidariedade”, continuou Eduardo Leite.

Leite ainda fala que o desafio do governo é lidar com a logística das inúmeras doações, que não param de chegar no estado, e como fazer com que esses itens cheguem até quem realmente precisa.

 

vn

Enchente atingiu estoque de supermercado na cidade de Canoas, na Grande Porto Alegre (RS)-Crédito: Gustavo Mansur/Palácio Piratini – 06.mai.2024

CNN

Quem é Magda Chambriard, indicada para substituir Prates na presidência da Petrobras

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A engenheira e ex-diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Magda Chambriard foi indicada pelo Ministério de Minas e Energia para presidência da Petrobras após a demissão de Jean Paul Prates. A confirmação foi feita na noite desta terça-feira (14) em comunicado aos investidores da estatal.

O ex-senador estava no comando da estatal desde o início do terceiro mandato de Lula, em janeiro de 2023. Um comunicado ao mercado foi divulgado informando sobre o “encerramento antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras”.

Prates teve uma gestão marcada por polêmicas envolvendo o pagamento de dividendos extras aos acionistas.

Hoje diretora da assessoria fiscal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e sócia da Chambriard Engenharia e Energia, Magda Chambriard se formou em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1979.

É mestre em Engenharia Química pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa (Coppe) e foi aluna do setor de ensino do Rio da Petrobras em 1980, ano em que entrou pela primeira vez na estatal.

Chambriard trabalhou pouco mais 22 anos na Petrobras. Foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre 2012 e 2016, durante os governos dos ex-presidentes Dilma Roussef e Michel Temer.

O órgão regulador da Petrobras monitora a cadeia das indústrias de biocombustíveis, gás natural e petróleo no Brasil. Antes de chegar à direção, foi assessora, superintendente.

Foi membro do Conselho de Administração do Pré-Sal entre 2013 e 2016, além de membro do conselho de administração da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) durante 2010 e 2016. Ela também participou como consultora em energia da Fundação Getúlio Vargas por pouco mais de cinco anos, entre 2017 e 2023.

Como diretora geral da ANP, Magda esteve à frente da abertura de leilões para licitação de exploração de petróleo e gás natural, como em 2015, quando o Estado ofertou. Na época, afirmou que os investimentos poderiam favorecer a redução das desigualdades regionais no país.

Foram oferecidos mais de 200 blocos para exploração em 12 estados brasileiros na 13ª rodada de licitações — para Magda, a expansão permitiria que os investimentos fossem descentralizados.

“O que nós construímos até aqui marca nosso país como um dos ambientes regulatórios mais confiáveis e estáveis do setor petróleo, o que para nós é um bom indicativo aos investidores que acreditarem no nosso país”, declarou na época.

Uma das principais pautas durante sua gestão na ANP foi a nova distribuição dos royalties do petróleo. A divisão reduziu parte do volume da União de 50% para 40%.

Em 2016, reuniões do então ministro de Minas e Energia Eduardo Braga com a ex-diretora tinham como objetivo “discutir ações regulatórias que podem impactar na desoneração do custo de produção e na atratividade do investimento” no setor de petróleo e gás.

Sob supervisão de Guilherme Niero

CNN

Encontro de empresários, em NY, reúne a nata da direita brasileira

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Presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou, em um vídeo gravado ao grupo Lide e exibido ao público de um congresso, em Nova York (NY-EUA), que o Rio Grande do Sul precisa do Congresso neste momento em que o Estado enfrenta cheias históricas. O senador participaria, presencialmente, do encontro promovido pela organização empresarial que reúne a nata da direita brasileira, mas precisou ficar no Brasil por conta da situação de calamidade pública vivida no Sul.

— Os últimos acontecimentos no Brasil, sobretudo a situação calamitosa no Estado do Rio Grande do Sul, me impuseram, como chefe do Poder Legislativo, a permanência no Brasil para a realização de medidas legislativas em torno desse tema — acrescentou Pacheco.

Na sede da reunião promovida pela empresa do ex-governador de São Paulo e empresário João Doria, nesta manhã, ex-presidente de facto Michel Temer (MDB), por sua vez, acusou a oposição atual no Brasil de não cumprir o seu papel e, em vez disso, ter incorporado a ideia errônea de que, em vez de ajudar o governo por meio de críticas, deve tentar destruí-lo.

Crítica

A declaração foi precedida de outros discursos, pronunciados por uma série de nomes do setor público e privado brasileiros, todos ligados aos segmentos mais conservadores da sociedade.

— Vocês sabem que no geral o sistema democrático existe situação e oposição. A oposição existe para ajudar a governar, e ajuda quando critica, observa, contesta. Eu lamento dizer que não é isso que se aplica ao nosso país. Isso não é de agora. Incorporou-se ao nosso sistema que, se perder a eleição, o dever é destruir quem ganhou — pontuou Temer.

Falando pouco depois, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que foi ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL), respondeu aos comentários do ex-presidente, e observou que o papel da oposição estaria correto e criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por não conseguir se comunicar com os eleitores.

— Comparo muito o que acontece no Brasil hoje com o retorno de Getulio Vargas. Getulio tinha sido um grande presidente, mas, quando voltou, voltou fora da sua época. Não conseguia mais se comunicar com a população — disse Nogueira.

Clima

O ex-ministro manteve o tom ao afirmar que espera a vinda de “um grande novo presidente” à frente, como Juscelino Kubitschek veio após Getulio. Citando alguns nomes presentes no seminário, ele apontou os governadores Ronaldo Caiado (Goiás) e Ratinho Jr (Paraná). Ambos foram aplaudidos pela plateia de empresários ligados à direita.

Temer também abordou a tragédia Rio Grande do Sul. Ele sugeriu a criação de secretarias estaduais e uma nacional para a prevenção de incidentes climáticos. O emedebista disse que gostaria de ter criado o sistema em seu governo, mas não foi possível, e recomendou aos governadores presentes no evento que consideram a proposta.

Em razão do desastre no Sul, o seminário do Lide, que integra uma série de eventos relacionados ao Brasil que ocorrem nesta semana em Nova York, acabou desfalcado. Na semana passada, uma comitiva de políticos bolsonaristas foi criticada por estar em Washington enquanto ocorria a tragédia no Brasil.

O programa também reproduziu um vídeo com imagens da destruição no RS com dois QR codes ao final para os presentes fazerem doações em dinheiro ou não financeiras. Um cartão com um QR code também foi distribuído aos participantes.

Correio do Brasil

“Ditadura de esquerda”: Governistas e bolsonaristas celebram desfecho de audiência nos EUA

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Bolsonaristas e governistas viram um saldo “positivo” na audiência “Brasil: uma crise de democracia, liberdade e estado de direito?” da última terça-feira (7), proposta a partir de desinformação sobre a democracia brasileira, no Congresso dos Estados Unidos (EUA). Articulado por representantes da extrema direita brasileira com o intuito de pregar a existência de uma falsa “ditadura de esquerda” no país, o encontro terminou com atuação forte dos democratas norte-americanos, que puseram em evidência os atos do dia 8 de janeiro em Brasília. No entanto, parlamentares de esquerda e de direita usaram o marco para comemorar a ação das duas comitivas que estiveram em Washington para influenciar e mobilizar congressistas norte-americanos para que participassem da discussão, que tem como pano de fundo a relação entre os dois países.

A audiência, realizada em um subcomitê do Comitê de Assuntos Internacionais da Câmara, estava esvaziada, mas contou com presença de mais democratas do que republicanos. Os primeiros contestaram a falsa narrativa dos organizadores do encontro, de que o Brasil viveria uma ditadura, defendida pelo republicano Chris Smith, presidente do subcomitê.

Por que isso importa?

  • É a primeira vez que uma audiência em outro país é realizada para discutir a tese bolsonarista, calcada em desinformação
  • Comitiva de progressistas também foi ao país norte-americano buscar democratas para contrapor o discurso reproduzido pelos republicanos
  • A participação dos democratas foi articulada semanas antes por parlamentares brasileiros progressistas que foram aos Estados Unidos. A iniciativa, segundo a líder do grupo, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), visou “desconstruir a ideia errada, que o campo da extrema direita no Brasil tem tentado pregar mundo afora, de que o Brasil está passando por uma censura e caminhando para uma ditadura”, como afirmou a parlamentar em entrevista à Agência Pública. Ela avalia que a ação teria mudado o curso da audiência. “Acho que acabou sendo frustrante para eles [bolsonaristas]”, disse.

Quando a comitiva progressista foi a Washington, entre 29 de abril e 2 de maio, a audiência ainda não estava confirmada, mas sua provável realização já havia sido divulgada pela imprensa. Os parlamentares então aproveitaram a ocasião para tentar municiar democratas com “explicações da condição brasileira”, como explicou o deputado Rogério Correia (PT-MG).

O senador Humberto Costa (PT-PE) e os deputados Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Rafael Brito (MDB-AL) também integraram o grupo, que teve agendas com a sociedade civil, a embaixada do Brasil nos Estados Unidos e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Rogério Correia e Humberto Costa se reuniram com assessores das parlamentares que compareceriam à audiência. “A gente explicou pra eles que no Brasil [o conceito de liberdade de expressão] é diferente. Aqui no Brasil, por exemplo, você não pode fazer discurso a favor do racismo e dizer que é liberdade de expressão. Você não pode defender ideias nazistas. Você não pode defender crimes. Não dá pra fazer essa comparação da legislação brasileira com a legislação americana. Essas pessoas estão sendo processadas e estão tendo as suas redes sociais bloqueadas porque estão cometendo crimes no Brasil”, afirmou Costa.

Alguns integrantes da comitiva conservadora que estiveram em Washington em março voltaram à capital norte-americana na primeira semana de maio para acompanhar a audiência, entre eles os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Gustavo Gayer (PL-GO) e Bia Kicis (PL-DF), que, nas duas ocasiões, foram acompanhados pelos comentaristas Paulo Figueiredo e Allan dos Santos, que moram nos EUA.

O grupo contou ainda com os parlamentares Nikolas Ferreira (PL-MG), Filipe Barros (PL-PR), Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), Cabo Gilberto (PL-PB), Marcos Pollon (PL-MS), além do senador Eduardo Girão (Novo-CE) e do ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo-PR).

Quem colhe planta

O argumento da diferença entre conceitos de liberdade de expressão foi o mesmo utilizado pela democrata Susan Wild, líder da minoria no subcomitê de Saúde Global, Direitos Humanos Globais e Organizações Internacionais.

“O Brasil, tal como a França, a Alemanha e outros países da Europa ocidental, cujas credenciais democráticas provavelmente não seriam questionadas por ninguém nesta sala, tem uma concepção de liberdade de expressão diferente da que temos aqui nos Estados Unidos. A abordagem do Brasil à liberdade de expressão, embora ampla, inclui barreiras de proteção”, disse Wild em seu discurso durante a audiência.

Também discursaram na ocasião democratas como o deputado Joaquin Castro, representante do Texas, e a congressista Sidney Kamlager-Dove, integrante do comitê e presidente do “Brazil Caucus”, grupo que discute as relações entre Brasil e EUA no Congresso estadunidense. Ela, cuja assessoria também se reuniu com parlamentares brasileiros, fez questionamentos sobre o 8 de janeiro e sobre o período da ditadura militar de 1964.

Em nota à Pública, Kamlager-Dove definiu a audiência como uma tentativa dos Republicanos de “minar” a democracia brasileira, disse que o evento buscou “interferir no processo judicial do Brasil” e ofereceu “uma plataforma aos indivíduos que espalham mentiras sobre as eleições”.

A congressista ainda acrescentou que os deputados republicanos “só estão interessados ​​no debate em torno da luta brasileira contra a desinformação porque isso lhes permite se fazerem de vítimas enquanto enfrentam a responsabilização por suas próprias ações antidemocráticas e se protegerem por terem permitido a revolta do dia 6 de janeiro”.

A audiência foi realizada na Comissão de Assuntos Internacionais dois meses após a primeira tentativa de uma comitiva bolsonarista junto ao Congresso dos EUA. O plano inicial foi frustrado pelo deputado democrata Jim McGovern, que divide a presidência da Comissão Tom Lantos de Direitos Humanos com Chris Smith e vetou o evento na comissão em março.

A comitiva progressista também se reuniu com McGovern, que não compareceu à audiência na última terça, mas enviou uma declaração. No texto, acessado pela Pública, o deputado classifica a audiência como um “uso vergonhoso” do Congresso dos Estados Unidos pela extrema direita brasileira “para amplificar seu ataque à democracia no Brasil, auxiliado e encorajado por membros do Partido Republicano”.

Ditaduras, planos frustrados e novo pedido de sanção 

Do lado republicano, além de Smith, apenas a deputada Maria Elvira Salazar, representante da Flórida, compareceu à audiência. No estado norte-americano, a articulação bolsonarista é forte e Salazar, inclusive, foi uma das congressistas que receberam a comitiva de parlamentares liderada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em março. Em seu discurso, Salazar exibiu foto de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o chamou de “totalitário” e reproduziu o discurso bolsonarista de que o ministro estaria censurando opositores do governo. A imagem foi amplamente compartilhada nas redes sociais.

Eduardo Bolsonaro compartilhou foto de Maria Elvira Salazar© Fornecido por Agência Pública

Chamado para testemunhar na audiência, o comentarista Paulo Figueiredo inicialmente se apresentou como neto de João Figueiredo e depois foi questionado se repudia o período de 1979 a 1985, governo de seu avô, último presidente da ditadura militar, mas se negou a responder. Ele alegou falar em nome dos parlamentares brasileiros quando convidou os norte-americanos a visitar o Brasil.

Em relação ao Brasil, ele também pediu “sanções severas” e “retenção de recursos e fundos” pelos Estados Unidos, semelhante às demandas do movimento já apresentado pela Pública. “Com esta ajuda, garanto que as instituições do meu país reagirão e devolverão as nossas liberdades. É isso que peço em nome de milhões de brasileiros”, discursou Figueiredo.

No testemunho escrito enviado pelo comentarista – lido parcialmente por falta de tempo –, ele citou uma transmissão ao vivo realizada pelo argentino Fernando Cerimedo em novembro de 2022 com supostas provas de fraude eleitoral nas eleições brasileiras. O vídeo se baseou em informações falsas e foi retirado do ar, já que o tribunal decidiu, em 2021, que discursos que disseminam mentiras sobre as eleições não são protegidos pela liberdade de expressão. Em 2023, a Pública revelou que, pouco antes da transmissão ao vivo, Eduardo Bolsonaro pagou, com recursos de campanha, um funcionário de Cerimedo no Brasil e viajou à Argentina “patrocinado” pelo consultor político durante o segundo turno.

Procurado, Figueiredo não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre sua participação na audiência. O comentarista, no entanto, questionou a cobertura e o financiamento da Pública, informações disponíveis em nossa página de transparência no site da agência.

Além de Figueiredo, o Partido Republicano também indicou para a lista de testemunhas Michael Shellenberger, responsável por compartilhar documentos do Twitter Files Brasil, e Chris Pavlovski, fundador da rede social de vídeos Rumble.

Pavlovski criticou a atuação dos Estados Unidos, hoje governado pelo democrata Joe Biden, por supostamente “permanecer em silêncio” e não “defender a liberdade de expressão e proteger as empresas americanas”. Fundada no Canadá e com sede nos EUA desde 2022, a empresa deixou de atuar no Brasil, de onde quem tenta acessar o site lê que a rede está “indisponível” no país “devido às exigências do governo brasileiro para remover criadores de nossa plataforma”. O pedido de remoção de conteúdos, no entanto, partiu do Judiciário, não do Executivo.

Como são minoria na Comissão de Assuntos Internacionais, os democratas indicaram apenas uma das quatro testemunhas ouvidas. Escolheram Fabio de Sá e Silva, advogado e professor de estudos brasileiros da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos.

Silva começou seu depoimento definindo o 8 de janeiro como “o resultado de um longo processo em que políticos, influenciadores e outros, que dependem fortemente de plataformas de mídia social, trabalharam para desacreditar as instituições eleitorais brasileiras e espalhar duas ‘grandes mentiras’”: que as eleições foram fraudadas e que os militares poderiam intervir.

Em entrevista à Pública, o professor afirmou que um dos focos de seu depoimento foi explicar o “contexto golpista” vivido pelo Brasil nos últimos anos e “remover dessa confusão toda a noção de que juiz não pode suspender conta ou perfil porque isso seria um abuso em si”, já que a remoção de conteúdos proibidos é prevista na legislação brasileira.

Para Silva, “Chris Smith ficou um pouco abandonado”. “Ele estava visivelmente irritado no final. Eu acho que ele percebeu que perdeu totalmente o controle do evento, que foi tomando direções que não eram as direções que coincidiam com o enquadramento que ele atribuiu para a reunião”, avaliou.

Após a audiência, os parlamentares bolsonaristas, liderados por Eduardo Bolsonaro, participaram de uma coletiva de imprensa promovida pelo grupo de lobby The Conservative Caucus. “O Brasil é o único caso no mundo que a censura está vindo pelas mãos do Judiciário. E eles estão exportando isso através de reuniões em Londres, Paris, Nova Iorque, enquanto todos olhamos”, propagou Eduardo Bolsonaro. Já Nikolas Ferreira aproveitou a oportunidade para elogiar Elon Musk, proprietário do X [antigo Twitter]: “ele coloca a liberdade de expressão no mundo”, disse.

Em março, o The Conservative Caucus realizou uma recepção para os deputados. Em nota à Pública dias depois, o presidente da iniciativa, Jim Pfaff, disse que Alexandre de Moraes “se comporta como um ditador do Brasil” e que sua organização estaria comprometida “em expor essas violações dos direitos humanos e em incentivar nosso próprio governo a fortalecer sua determinação em ser um farol de esperança para os cidadãos oprimidos”.

Todos os lados cantaram vitória 

Não há consenso sobre o saldo final da audiência e a quem ela teria beneficiado. Enquanto os políticos da esquerda brasileira ressaltam que o evento teria terminado de forma positiva devido à atuação dos democratas, que teriam defendido a democracia brasileira, os bolsonaristas também comemoram publicamente pela oportunidade de denunciar a “ditadura da toga” supostamente vivida no Brasil.

Gabriela Ritter, presidente da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav), esteve presente no evento e considera que a audiência cumpriu com seu “objetivo”, ainda que “a esquerda americana tenha tentado desvirtuar a pauta da audiência tentando direcionar ao ex-presidente [Bolsonaro]”. A Asfav nega que a invasão aos prédios públicos tenha sido uma tentativa de golpe de Estado e defende as pessoas condenadas. O grupo protocolou um documento no Congresso dos EUA no qual diz que os réus estão “submetidos a condições desumanas e a um julgamento injusto e tendencioso”. Ritter disse ainda que teve reuniões com parlamentares estadunidenses após o evento, mas não deu detalhes.

David Nemer, antropólogo e professor na Universidade da Virgínia, que também acompanhou os depoimentos, avaliou o evento como “totalmente inexpressivo”: “Aqui nos Estados Unidos nem se sabe o que aconteceu, nem mesmo no Congresso americano”.

O deputado Chris Smith defendeu a relevância da audiência: “Nós ouvimos testemunhos poderosos sobre o uso da censura política e da perseguição que foi imposta ao povo do Brasil pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e pelo regime Lula”. Ele agradeceu aos parlamentares brasileiros por terem procurado o Congresso dos EUA e reafirmou que apresentará um projeto de lei sobre o Brasil.

AGÊNCIA PÚBLICA

Ministro Dias Toffoli nega pedido de prisão de Alexandre de Moraes

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, negou seguimento a uma representação que pedia a prisão de Alexandre de Moraes.

Protocolada pela família do empresário Cleriston da Cunha, conhecido como “Clezão”, que morreu no presídio da Papuda, a queixa-crime assinada pelo advogado Tiago Pavinatto acusava Moraes de abuso de autoridade, maus-tratos, tortura e prevaricação, com penas que poderiam chegar a 31 anos de prisão.

Cleriston foi detido durante os eventos de 8 de janeiro e morreu aos 46 anos na Papuda, em novembro de 2023, após passar mal. A família destacou que a Procuradoria-Geral da República havia emitido um parecer favorável à sua soltura dois meses antes de sua morte, além de laudos médicos que indicavam problemas de saúde. No entanto, a manifestação da PGR não foi apreciada por Moraes, relator da ação dos atos antidemocráticos.

A queixa-crime acusava Moraes de “omissão dolosa”. Ao analisar o caso, Toffoli argumentou:

“O juízo hipotético que se realiza (se A tivesse acontecido, então B não teria acontecido) deve ser rigoroso, sob pena de se incorrer responsabilização criminal a partir de nexo causal especulativo. Ora, mesmo que tivesse sido apreciado o pedido de liberdade provisória, (1) não necessariamente teria sido revogada ou concedida a prisão domiciliar e, ainda, (2) não necessariamente teria sido evitado o falecimento de Cleriston.”

Outro ponto abordado por Pavinatto foi a falta de reavaliação da prisão de Cleriston após 90 dias, conforme determina o Código de Processo Penal (CPP). Sobre isso, Toffoli afirmou:

“Quanto à alegação de que a prisão não teria sido reavaliada no prazo de 90 dias, o Plenário desta Corte, nos autos do Suspensão de Liminar 1.395, firmou entendimento no sentido de que a falta de reavaliação da prisão preventiva, a cada 90 dias, nos termos do artigo 316, parágrafo único, do CPP, não gera direito à revogação automática da prisão preventiva.”

Toffoli concluiu que a petição contra Moraes era “amparada unicamente em ilações e acusações infundadas, com breves intersecções com a realidade e despida de fundamentação jurídica correlata aos fatos e provas”, classificando a representação como “panfletária”.

Além deste caso, Toffoli também é relator de um episódio envolvendo o empresário Roberto Mantovani no aeroporto internacional de Roma, na Itália. Moraes afirmou que seu filho, Alexandre Barci, foi agredido por Mantovani, que nega a acusação e pede que as imagens da confusão, já repassadas pelas autoridades italianas ao STF, sejam liberadas ao público. Toffoli determinou que o vídeo permaneça sob sigilo.

Jetss

Walmart demitirá centenas de funcionários e realocará outros

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O Walmart está cortando centenas de empregos corporativos e pedindo à maioria dos trabalhadores remotos para se transferirem para três escritórios principais de tecnologia da empresa ou para deixarem a companhia, disse uma fonte familiarizada com o assunto nesta terça-feira.

Os trabalhadores de escritórios menores da gigante do varejo dos EUA, nas cidades norte-americanas de Dallas, Atlanta e Toronto estão sendo convidados a se mudarem para outras centrais, como a base corporativa do Walmart em Bentonville, Arkansas, bem como Hoboken, Nova Jersey, ou Sunnyvale, Califórnia, disse a fonte à Reuters. O Walmart fechará esses centros menores ainda este ano, acrescentou a fonte.

Em reunião com funcionários na segunda-feira, os trabalhadores remotos receberam um prazo até 1º de julho para decidirem sobre a realocação ou demissão com indenização, de acordo com a fonte.

Aqueles que optarem por sair da empresa receberão duas semanas de pagamento por cada ano trabalhado no Walmart como indenização, disse a fonte.

O Walmart deve divulgar resultados de primeiro trimestre na quinta-feira. A companhia empregava cerca de 2,1 milhões de trabalhadores em 31 de janeiro, a maioria deles funcionários de lojas e depósitos.

A empresa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

“Isso provavelmente é apenas parte de um impulso mais amplo em direção à eficiência operacional. A exigência de que os trabalhadores remotos se apresentem no escritório é uma forma de fazer com que as pessoas se demitam em vez de fazer uma demissão”, disse Brian Jacobsen, economista-chefe da Annex Wealth Management, que detém ações do Walmart em fundos mútuos e ETFs que administra.

“Dar às pessoas a opção de se mudarem para um centro não é uma grande escolha. É mais uma escolha de se demitir ou não”, acrescentou Jacobsen.

No mês passado, o Walmart anunciou o fechamento de todas as suas 51 clínicas de saúde e  o encerramento de operações de saúde online, dizendo que o modelo não é sustentável. A empresa também disse no ano passado que espera que cerca de 65% de suas lojas sejam atendidas por automação até o final do ano fiscal de 2026.

Reuters

Pecuária de Goiânia começa na quinta, 16

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A 77ª edição da Pecuária de Goiânia tem início hoje com uma atração especial. O cantor Eduardo Costa confirmou sua participação, anunciando também a doação do cachê para auxiliar a população do Rio Grande do Sul. Além disso, ele já disponibilizou duas aeronaves para transporte das doações e estabeleceu um ponto de coleta em Belo Horizonte para receber água, remédios, roupas e mantimentos.

A festa, que se estenderá até o dia 26 de maio no Parque de Exposições Pedro Ludovico Teixeira, contará com uma série de atrações musicais. No primeiro dia, Eduardo Costa se apresenta junto com Tierry. Os ingressos podem ser adquiridos mediante a troca de 1kg de alimento não perecível na bilheteria.

Entre os demais artistas confirmados para os shows estão Lauana Prado, Nattan, Maiara & Maraísa, Victor & Leo, Ana Castela, Gusttavo Mioto, Joelma, Tierry, Deive Leonardo e Enaldinho. Os ingressos estão disponíveis para compra no site oficial do evento.

Gravação DVD

Maiara & Maraisa, conhecidas como as “rainhas da sofrência”, estão prontas para um momento histórico na 77ª edição da Pecuária de Goiânia. A dupla confirmou que irá gravar um DVD durante sua apresentação na festa agropecuária, marcada para o dia 23 de maio. Este será um marco na carreira das artistas, que escolheram o cenário vibrante e envolvente da Pecuária para eternizar esse momento especial.

Com sucessos como “10%”, “Medo Bobo” e “Sorte que Cê Beija Bem”, Maiara & Maraisa conquistaram o público brasileiro com seu talento e carisma. Agora, trazem toda essa energia para a Pecuária de Goiânia, prometendo um show inesquecível e cheio de emoção.

A gravação do DVD na Pecuária é uma oportunidade única para os fãs da dupla fazerem parte desse momento histórico, celebrando junto com elas o sucesso e a música sertaneja. O evento promete ser um verdadeiro espetáculo, com grandes emoções e surpresas reservadas para o público presente.

Cantores renomados

Nattan, cantor revelação do forró, também marcará presença na Pecuária de Goiânia. Com seu estilo único e cativante, Nattan conquistou o público com músicas como “Então Vou Avisar” e “Esse Tal de Amor Dói”. Sua apresentação, marcada para o dia 17 de maio, promete colocar todo mundo para dançar e curtir ao som do autêntico forró nordestino.

Victor & Leo, uma das duplas mais aclamadas do cenário sertanejo, está de volta com todo o seu talento e carisma para a festa. Com uma trajetória repleta de sucessos, como “Borboletas” e “Fada”, os irmãos encantam o público com sua música autêntica e suas letras poéticas. A apresentação, marcada para o dia 25 de maio, promete emocionar e encantar os fãs de todas as idades.

Ana Castela, Gustavo Mioto e Joelma também estão entre as atrações confirmadas para a festa agropecuária. Com estilos musicais variados, esses artistas prometem uma programação diversificada e repleta de grandes momentos para o público da Pecuária de Goiânia. Prepare-se para viver dias inesquecíveis ao som de grandes nomes da música brasileira, celebrando a cultura e a tradição do campo.

Divulgação

 

Exposições

Além das apresentações musicais, a Pecuária de Goiânia oferecerá exposições de animais de diversas raças, leilões, palestras técnicas voltadas para o agronegócio, participação de empresas do setor agropecuário, atividades de responsabilidade ambiental e social, além de opções de lazer e gastronomia para toda a família.

A organização assegura preços acessíveis de ingresso para garantir a visita de todos os interessados durante os dias do evento. A edição de 2024 reserva novidades, como a presença do evangelista Deive Leonardo e do influenciador digital Enaldinho. A dupla Maiara & Maraísa será uma das atrações da festa, se apresentando na véspera de feriado, dia 23 de maio.

Fonte: DM

Palmeiras, Flamengo, Corinthians e São Paulo. Os clubes que não aceitam parar o Brasileiro.

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De nada adiantou o pedido da Liga Forte para que o Brasileiro seja paralisado, ontem à noite. Assim como o Ministério do Esporte. Muito pelo contrário. A CBF segue cedendo à pressão de Flamengo, Palmeiras, Corinthians e São Paulo, que exigem a continuação. Ednaldo Rodrigues só quer ‘decidir’ dia 27. Mas avisa ‘não é fácil parar o Brasileiro’

A força de Flamengo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo, junto com as tevês que transmitem o Brasileiro, é maior do que o apelo dos clubes da Liga Forte, reforçados do Atlético Mineiro e Grêmio, que desejam a paralisação imediata, por conta da tragédia que assola o Rio Grande do Sul.

Pressionado pelo ofício enviado pelos clubes que formam a Liga Forte União, ontem à noite, exigindo a paralisação do campeonato nacional, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi obrigado a se posicionar.

Da Tailândia, onde está em um congresso da Fifa, ele mandou avisar que recebeu o ofício, mas qualquer decisão só no dia 27, daqui a 13 dias.

O dirigente da CBF avisou que não é ‘fácil’ parar o Brasileiro. E que inúmeras pessoas de outros estados seriam prejudicadas.

Ednaldo tem três fortes argumentos para seguir com a competição.

O primeiro é o calendário, já ‘encavalado’ com a Copa América, além do Brasileiro, Libertadores, Copa Sul-Americana, Copa do Brasil.

O segundo é que a Conmebol só poupou os clubes gaúchos, suas competições continuam normalmente.

O dirigente da CBF avisou que não é ‘fácil’ parar o Brasileiro. E que inúmeras pessoas de outros estados seriam prejudicadas.

Ednaldo tem três fortes argumentos para seguir com a competição.

O primeiro é o calendário, já ‘encavalado’ com a Copa América, além do Brasileiro, Libertadores, Copa Sul-Americana, Copa do Brasil.

O segundo é que a Conmebol só poupou os clubes gaúchos, suas competições continuam normalmente.

O terceiro está na fortíssima pressão das redes de televisão, para que o Brasileiro siga, por conta de seus compromissos comerciais bilionários.

Há multa altíssima se o contrato de transmissão for rompido.

E a CBF interromper o Brasileiro por conta de problemas ambientais em um só estado.

É frio, insensível, diante da enorme tragédia do Rio Grande do Sul, mas vale o que está no contrato de transmissão.

Palmeiras e Flamengo, rivais pelos títulos mais importantes da América, se aproximaram diante da ameaça de paralisação.

E combinaram se posicionar publicamente contrários, o que fizeram no último final de semana.

Corinthians e São Paulo vão pelo mesmo caminho.

Não aceitam o Brasileiro paralisado.

Ednaldo garante que a CBF não irá ceder à pressão popular.

Por mais que, infelizmente, as chuvas tenham voltado ao Rio Grande do Sul.

Não quer parar o Brasileiro de jeito algum.

E muito menos garantir o direito de permanência na Série A a Internacional, Grêmio e Juventude, como também está sendo aventado.

As regras seguem valendo, de acordo com o dirigente.

Como foi combinado no Conselho Técnico, entre todos os clubes.

Quando ninguém imaginava a tragédia que estava por vir.

R7

Lira promete analisar nesta semana proposta que suspende pagamento da dívida do Rio Grande do Sul

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou em suas redes sociais a análise ainda nesta semana do projeto de lei complementar do governo federal que suspende o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União. “Participei de videoconferência hoje à tarde com os demais chefes de Poderes e o governador Eduardo Leite, no esforço concentrado para mitigar o sofrimento da população gaúcha”, informou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (13) a decisão de suspender o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União pelo período de 36 meses. Além disso, os juros que corrigem a dívida anualmente, em torno de 4%, serão perdoados pelo mesmo período. O estoque da dívida do estado com a União está em cerca de R$ 100 bilhões atualmente e, com a suspensão das parcelas, o estado disporá de R$ 11 bilhões a serem utilizados em ações de reconstrução.

O Rio Grande do Sul é um dos estados que participa de um regime de recuperação fiscal com a União, assinado em 2022, e enfrenta efeitos devastadores das enchentes que atingem a região há cerca de duas semanas.

O anúncio da suspensão da dívida foi feito em reunião com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador gaúcho, Eduardo Leite – que participou de forma remota -, dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, do vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, além de outros ministros do governo federal, como Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).

Segundo Haddad, a suspensão da dívida e renúncia dos juros está prevista em proposta de lei complementar que será enviada ao Congresso Nacional, que precisa aprovar o texto. O projeto de lei prevê que os recursos que o Rio Grande do Sul deveria pagar à União sejam depositados em um ‘fundo contábil’ com aplicação exclusiva em ações de reconstrução da infraestrutura do estado.

Haddad explicou que o perdão dos juros que incidem sobre a dívida, de 4% ao ano, gerará uma economia de cerca de R$ 12 bilhões para o estado em 36 meses, superior ao valor das parcelas que ficarão suspensas durante o período. “Ao final dos 36 meses, os juros sobre o estoque de todo o período estarão sendo perdoados, o que é superior à soma das 36 parcelas”.

Quitação
Em resposta, o governador Eduardo Leite agradeceu a interlocução do governo federal, explicou que o estado chegou a pleitear um pedido de quitação da dívida, mas classificou como “passo muito importante” a suspensão de pagamento do débito por três anos.

“Nesse tema da dívida, acho que damos um passo muito importante nessa definição, nessa decisão. Nós fizemos essa demanda. A nossa demanda inclui um pedido de quitação desses valores, mas entendemos que é um passo, sem prejuízo de tantos outros que serão necessários”, afirmou o governador. Segundo Leite, antes mesmo da catástrofe climática que se abateu sobre o estado, a dívida dificultava a vida da administração estadual.

O presidente Lula ainda reafirmou o compromisso de seguir apoiando a recuperação do estado e pediu que o governador mantenha as demandas que achar necessárias para a recuperação total.

“Não deixem de reivindicar aquilo que vocês entendem que pode ajudar o Rio Grande do Sul. É uma catástrofe que a gente não estava preparado, para algo dessa magnitude. Tivemos outras enchentes, mas não dessa magnitude”, disse.

Em suas redes sociais, a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) considerou a medida importante, mas disse que vai seguir trabalhando pela anistia total da dívida do estado.

Da Redação – GM
Com informações da Agência Brasil

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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