Início Site Página 28

Cine Cultura estreia duas animações infanto-juvenis de Felipe Pitombo

0

O Cine Cultura será palco, no próximo dia 7 de agosto, quinta-feira, às 20h, da estreia de dois curtas-metragens de animação do cineasta goiano Felipe Pitombo: “Olhos Castos” e “Jinga”. As produções, voltadas ao público infantojuvenil e adulto, abordam com sensibilidade temas urgentes como o racismo estrutural, a valorização da ancestralidade africana, o empoderamento infantil e o combate ao Bullying no ambiente escolar.

A sessão é gratuita e faz parte do calendário cultural fomentado pela Lei Paulo Gustavo, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura de Goiás (Secult), Ministério da Cultura e Governo Federal. Os filmes foram produzidos pelo Pitombo Studio, referência em animação 2D no Centro-Oeste.

“Jinga”: uma fábula de empoderamento e resistência

Com 14 minutos de duração, o curta “Jinga” apresenta a jornada de uma menina de 12 anos que, ao sofrer racismo na escola, mergulha em um processo de transformação. Tudo começa quando ela recebe um colar de sua avó, que pertenceu à histórica Rainha Nzinga Mbandi, ícone da resistência contra a escravidão no século XVII, em Angola.

A partir daí, entre visões do passado e descobertas de força ancestral, a jovem protagonista encontra coragem para enfrentar o preconceito e transformar seu ambiente. O filme é uma poderosa metáfora sobre identidade, autoestima e consciência histórica — e nasce da parceria entre o diretor Felipe Pitombo e a historiadora Tiffane Gil, que inspirou o projeto por meio de suas pesquisas acadêmicas.

A animação mescla técnicas tradicionais com o estilo cut-out, técnica de animação onde imagens ou formas recortadas de materiais como papel, tecido ou fotografias são usadas para criar a ilusão de movimento, quadro a quadro. A obra também trabalha com ambientações visuais distintas para separar os tempos e universos — um toque que reforça o contraste entre o cotidiano escolar e a grandiosidade das visões históricas da Rainha Nzinga.Visualização da imagem

“Olhos Castos”: poesia, memória e infância

Baseado na poesia homônima da escritora negra Leodegária de Jesus, o curta “Olhos Castos” convida o espectador a reencontrar a própria criança interior. Com 9 minutos de duração, o filme acompanha os personagens Isabel e Jorge ao longo de suas vidas, revelando como traumas e esperanças da infância moldam as relações adultas.

A narrativa visual — sem diálogos e com trilha e efeitos sonoros cuidadosamente construídos — entrelaça dois mundos: o real, com estética mais tradicional, e o íntimo, desenhado como se fosse com giz de cera, remetendo às memórias da infância.

Além de uma ode à sensibilidade psicológica, o curta é também um ato de valorização da literatura negra e feminina de Goiás. Leodegária de Jesus, nascida em 1889, em Caldas Novas, foi uma das primeiras poetisas do estado e deixou um legado literário que hoje começa a ser redescoberto.

Um cinema de Goiás para o Brasil

As duas obras são mais do que animações: são reflexos de um cinema de resistência, que busca contar histórias invisibilizadas e fomentar a cultura antirracista, dialogando diretamente com os desafios do presente. “Tanto Jinga quanto Olhos Castos são convites ao encantamento e à reflexão — feitos com delicadeza, mas também com urgência”, afirma Felipe Pitombo.

Com mais de 12 anos de atuação como animador, rigger, storyboarder e diretor de animação, Felipe Pitombo é um nome em ascensão na cena da animação brasileira. Formado pela Escola Goiana de Desenho Animado, já trabalhou em produções nacionais e internacionais, como as séries Irmão do Jorel e Acorda Carlo (Netflix), além de longas e séries da Mandra Filmes. À frente do Pitombo Studio, também assina curtas premiados como Fraterninho e Sontoku, combinando domínio técnico e sensibilidade artística em narrativas voltadas especialmente ao público infantojuvenil e à valorização da cultura afro-brasileira.

Os filmes reafirmam o protagonismo da produção goiana no cenário da animação brasileira, destacando o potencial criativo e técnico de profissionais do estado.

A exibição no Cine Cultura, símbolo da cultura cinematográfica local, promete emocionar o público e marcar mais um capítulo na trajetória de Pitombo, que vem consolidando seu estúdio como referência em narrativas visuais sensíveis e engajadas.

Visualização da imagem

Serviço: Sessão de exibição dos curtas “Jinga” e “Olhos Castos”

Datas: 07 de agosto (5ª feira)

Local: Cine Cultura (Praça Cívica – Goiânia)

Horário: 20 horas

Classificação Indicativa: livre

Ingressos: Gratuitos

Realização: Pitombo Studio, Lei Paulo Gustavo, Governo de Goiás, Ministério da Cultura e Governo Federal

Assessoria de imprensa – Lumieira Comunicação

Ana Paula Mota | 62 9 9941 5464

Nádia Junqueira Ribeiro | 61 9 8281 0759

www.lumieira.com.br / www.instagram.com/agencialumieira

 

O risco de manga brasileira ‘virar lama’ com tarifaço de Trump: ‘Estou dando e ninguém quer’

0

Reflexo do tarifaço: As mangueiras estão cheias na propriedade de Hidherica Torres, em Casa Nova, no lado baiano do Vale do São Francisco.

As frutas que pesam nos galhos já tinham destino certo assim que colhidas nos próximos dias: os Estados Unidos. Tinham.

Na terça-feira (29/7), Hidherica foi informada pela empresa exportadora que suas mangas não teriam mais saída aos portos americanos.

Como os produtos brasileiros terão uma tarifa extra de 50% para entrar nos EUA a partir de 6 de agosto, a venda, na prática, ficou inviabilizada.

“Mas estou com medo de a manga ficar jogada no chão e o trator passar por cima. Enfim, virar lama”, completa.

Na terça, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou em entrevista que alguns produtos não cultivados em solo americano poderiam ter a tarifa de importação zerada — entre os exemplos, ele citou a manga.

Já na quarta-feira (30/7), o presidente Donald Trump assinou o decreto que impõe tarifa de 50% ao Brasil, mas com várias exceções, incluindo aeronaves, suco de laranja e petróleo. As frutas, porém, não foram beneficiadas.

Mesmo antes de a tarifa entrar em vigor, o Vale do São Francisco, principal região produtora e exportadora da fruta no país, já sente os efeitos da guerra comercial — e não só entre os produtores que exportam diretamente aos EUA.

Pequenos produtores que abastecem o mercado nacional e outros países já veem suas mangas encalharem e o preço desabar — como a produção que ia aos EUA já está sendo redirecionada, o mercado de manga começa a superlotar do produto.

Com muita oferta, o preço cai – a um nível que às vezes nem paga os custos de produção, disseram produtores à BBC News Brasil.

Os compradores chegaram a oferecer menos de R$ 0,80 pelo quilo da manga do tipo tommy a José Nilton Gonçalves, pequeno produtor de Lagoa Grande, em Pernambuco. No começo do ano, chegou perto do R$ 6. “Desse jeito, não dá nem para tirar a despesa”, conta.

Líder da Associação Comunitária dos Agricultores de Malhada Real, em Lagoa Grande, Cristiano Ferreira completa que todos os tipos da fruta já estão sendo afetados, mesmo os que não iriam aos EUA. “Todo mundo já vai sentir, do grande ao pequeno.”

Das mangas produzidas no Vale de São Francisco, 92% vão para exportação, segundo o Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), que representa o setor.

Em 2024, o Brasil exportou 258 mil toneladas de manga, faturando US$ 349,8 milhões (R$ 1,95 bilhão), segundo dados reunidos pelo Observatório da Manga da Embrapa. Isso faz da manga a fruta brasileira mais vendida no mundo.

O principal destino é a Europa, representando cerca de 80% das vendas ao exterior durante o ano. Cerca de 15% vão para os EUA.

Imagem área de plantação de coqueiros, mangueiras e parreiras em Petrolina
Dado Galdieri/Bloomberg via Getty Images Projetos de agricultura irrigada fizeram do Vale do São Francisco uma das regiões mais prósperas do sertão nordestino

Mas a produção com foco na manga exportada aos EUA é mais cara e concentrada em três meses do ano, justamente a partir de agora.

Os americanos costumam comprar mangas de vários países conforme a sazonalidade da colheita. A janela brasileira é em agosto, setembro e outubro.

Para vender aos EUA, os produtores precisam plantar principalmente a manga do tipo tommy, a preferida dos americanos.

Além disso, precisam passar por uma série de inspeções e certificações exigidas, especialmente sobre a presença da mosca-da-fruta nas plantações, e serem mergulhadas num tanque a 60 graus Celsius para eliminar larvas. Na prática, é mais caro produzir para eles.

“Ou seja, fica difícil o produtor mandar essa fruta para outros mercados. Além disso, o volume nesta época para os EUA é muito grande e já está causando baixa nos preços no mercado interno e em outros países”, diz Jailson Lira, presidente do SPR.

A expectativa do Vale do São Francisco em 2025 era exportar 36,8 mil toneladas de manga aos EUA, em 2,5 mil contêineres que saem dos portos de Salvador (BA) e Pecém (CE) até outubro.

O faturamento desse comércio com os EUA seria no patamar do ano passado, de US$ 45,8 milhões (R$ 255 milhões), segundo previsão do SPR.

‘Estou dando manga de graça’

O Vale do São Francisco tem grandes empresas exportadoras de manga, onde as frutas passam pelas etapas sanitárias antes da exportação.

Muitas dessas empresas têm plantações próprias. Mas, em geral, elas acabam comprando a produção inteira de pequenos e médios produtores para suprir a demanda.

Isso faz com que o prejuízo no topo da cadeia (exportadores) venha a se refletir, sem muita demora, na ponta (agricultores).

“Se a manga não tem saída, as grandes empresas vão vender só aquilo que elas já têm, não compram do pequeno e médio”, explica o produtor rural Eduardo Nakahara, da Frutecer, uma empresa exportadora mais focada no mercado europeu.

“E com o pessoal que vende para EUA mandando suas mangas para a Europa, todo mundo é afetado”, completa.

Mesmo com a preferência dos europeus não sendo a manga tommy, uma vez nos supermercados, o cliente não costuma se apegar ao tipo da fruta vendido, explica Aleska Martins, produtora rural em Petrolina. A que tiver mais em conta acaba entrando no carrinho.

A pernambucana produz manga do tipo keitt, menos doce e menor, e vende para exportação à Europa, sem presença no mercado americano.

Mas os pés nos 60 hectares da família em Petrolina já estão cheios de manga sem saída.

“A gente vendeu a R$ 6 o quilo neste ano, agora estava lutando para vender a 0,80 centavos”, diz.

Segundo os produtores, as empresas importadoras da Europa estão cancelando pedidos por já estarem com receio de ter “uma enxurrada de manga vinda do Brasil”.

Martins está numa corrida contra o tempo porque precisa iniciar o preparo da terra para a próxima colheita. Isso é, podar as árvores, repousar a terra e preparar o terreno.

Para isso, ela tem oferecido as frutas a parceiros comerciais, de empresas de polpas a mercados, que poderiam recolher as mangas.

“Estou dando de graça para quem quiser pegar, para limpar minha planta. E mesmo assim não estou conseguindo”, disse na terça-feira. Ela explica que as empresas justificam que o custo para retirar as mangas do pé não será compensado com a venda a preços tão baixos.

Na terra de Adailton de Lima, em Lagoa Grande, o problema é o mesmo. “O mercado está cheio, aí ninguém quer nossa manga. Tá caminhando para amadurecer no pé”, diz ele, produtor do tipo palmer, uma das preferidas do mercado brasileiro.

O agrônomo Gilson dos Santos, produtor e consultor do setor de mangas no Vale do São Francisco, explica que o Brasil não é capaz de absorver tanta manga que vai sobrar. E nem a Europa, já que “outros países estão tendo uma boa safra neste ano, como a Espanha, na região de Málaga”, diz.

“Isso abriu uma grande especulação no mercado, produtores ficam desesperados e oferecem manga de maneira desesperada com medo de não vender as frutas”, conta.

Presidente do sindicato, Jailson Lira faz críticas ao governo federal, que, segundo ele, estaria tentando “medir forças com os EUA”, em vez de negociar uma saída ao setor. O presidente do sindicato também diz que não foi apresentado um plano para os produtores.

A BBC News Brasil entrou em contato com os governos de Bahia e Pernambuco, além do governo Federal, mas as gestões não se posicionaram.

O produtor Eduardo Nakahara avalia que, se mantidas, as tarifas terão grande impacto em toda a economia da região do Vale do São Francisco, uma das regiões mais prósperas do sertão nordestino, justamente devido à agricultura irrigada que produz mangas, uvas e outras frutas.

Para ele, o momento seria para o povo brasileiro abraçar a manga como uma fruta nacional.

“Imagina fazer uma campanha para incentivar as pessoas a comprarem manga, fazer tudo de manga. Em vez de pedir um suco de morango no restaurante, pede de manga”, diz.

BBC

EUA mantêm tarifaço à carne brasileira com o menor rebanho em meio século

0

A carne brasileira não virou exceção às tarifas (tarifaço) e passará a pagar alíquota de 50% para entrar nos Estados Unidos.

O aumento do imposto acontece em meio a um momento dramático para a pecuária norte-americana: o rebanho nas fazendas dos EUA é o menor desde o início da série histórica, há meio século.

Dados do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) mostram que a indústria do gado norte-americana vive o pior momento da sua história. Há, atualmente, 94,2 milhões de cabeças de gado pastando nas fazendas de lá.

O rebanho atual é o menor da série iniciada em 1973 pelo NASS (Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas). O auge pecuário nos EUA foi dois anos após o início da série, em 1975, quando foram registradas 140 milhões de cabeças de gado no país.

A queda do rebanho americano é resultado de um fenômeno de longo prazo.

Os pastos têm sofrido com as mudanças climáticas, especialmente as secas. Esse clima tem piorado as condições das fazendas e reduzido a oferta de alimento para os animais. E, por isso, produtores precisam complementar a alimentação e, para isso, precisam gastar mais.

Essa despesa maior tem levado alguns produtores a vender parte do rebanho que deveria ser retido para reprodução. Com essa decisão, diminuiu a capacidade de ampliação de muitos pecuaristas – o que acaba potencializando o momento ruim para o setor.

Essa queda do rebanho nos EUA já aparece nos supermercados. O preço da carne subiu expressivamente nos últimos meses e o consumidor já paga 9% mais que no fim do ano passado.

Alguns analistas dizem, inclusive, que o momento da pecuária nos EUA pode tornar a carne “o novo ovo” – item que sofreu com a disparada dos preços recentemente.

É nesse cenário que os EUA se preparam para o início das novas tarifas aplicadas a todo o planeta, inclusive o Brasil.

Atualmente, a carne brasileira é importante para a indústria de alimentos processados nos EUA, já que cortes brasileiros têm sido usados maciçamente para a fabricação de itens como hamburgueres congelados.

 

CNN

 

Trump assina ordem que implementa tarifa de 50% sobre o Brasil, com várias exceções

0

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma ordem executiva que oficializa a aplicação de uma tarifa total de 50% sobre produtos brasileiros. A medida foi justificada como resposta a uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional, política externa e economia norte-americana. A nova alíquota entra em vigor em um prazo de sete dias, e traz diversas exceções, entre elas suco de laranja e outros produtos agrícolas, petróleo e derivados, metais e peças de aeronaves.

Segundo comunicado da Casa Branca, a decisão foi tomada com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, de 1977, e mira “políticas e ações” do governo brasileiro que, na visão dos EUA, prejudicam empresas e cidadãos norte-americanos.

O texto cita diretamente o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), classificando o processo como “perseguição politicamente motivada” e acusando autoridades brasileiras de cometer “abusos graves de direitos humanos”.

Trump também acusa o ministro Alexandre de Moraes, sancionado nesta quarta, de “coagir arbitrariamente empresas dos EUA a censurar discurso político, entregar dados de usuários e alterar políticas de moderação de conteúdo sob ameaça de multas, processos criminais, congelamento de ativos ou expulsão do mercado brasileiro”.

“Ao impor essas tarifas para enfrentar as ações imprudentes do governo do Brasil, o presidente Trump está protegendo a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos de uma ameaça estrangeira”, diz o comunicado.

A Casa Branca afirma que a decisão também busca “preservar e proteger a liberdade de expressão” de cidadãos americanos e “defender empresas dos EUA de censura forçada”.

O anúncio intensifica a já tensa relação entre os dois países, que desde julho enfrentam uma disputa comercial e diplomática. O governo brasileiro tem classificado a medida como “chantagem” e insiste que não cederá a pressões políticas ligadas ao julgamento de Bolsonaro.

Infomoney

Lei Magnitsky: o que é a norma aplicada pelos EUA contra Alexandre de Moraes

0

Os Estados Unidos comunicaram nesta quarta-feira (30), por meio do site do Departamento do Tesouro dos EUA, a inclusão do nome do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no rol de indivíduos sancionados pela Lei Global Magnitsky.

Embora o aviso não forneça mais detalhes, a designação da sanção ocorre após o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ter declarado, em junho, que Washington estava considerando sancionar o ministro.

O que é a Lei Magnitsky?

A Lei Magnitsky é uma legislação americana que permite aos Estados Unidos impor sanções econômicas a indivíduos acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.

Aprovada em 2012, durante o governo de Barack Obama, a lei prevê medidas como o bloqueio de contas bancárias e bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país.

A legislação foi criada após a morte de Sergei Magnitsky, um advogado russo que denunciou um esquema de corrupção envolvendo autoridades de seu país e faleceu em uma prisão de Moscou, em 2009. Inicialmente, a lei tinha como objetivo punir os responsáveis por sua morte.

Em 2016, uma emenda ampliou seu alcance, permitindo que qualquer pessoa envolvida em corrupção ou abusos contra os direitos humanos pudesse ser incluída na lista de sanções.

Quem pode ser punido pela lei?

Para que sanções sejam aplicadas a indivíduos estrangeiros, o presidente dos Estados Unidos deve apresentar provas confiáveis de infrações, como execuções extrajudiciais, tortura e outras violações graves dos direitos humanos. As medidas podem atingir agentes que reprimem denúncias de corrupção, cerceiam liberdades fundamentais ou atuam contra eleições democráticas.

Funcionários públicos e seus associados podem ser sancionados caso estejam envolvidos em esquemas de corrupção significativa, como desvio de recursos públicos, suborno e lavagem de dinheiro. A lei também prevê punições para quem financia ou apoia materialmente essas atividades ilícitas, impedindo que os responsáveis movimentem bens e acessem o sistema financeiro dos EUA.

Os alvos da Lei Magnitsky são incluídos na lista de Cidadãos Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDN list) da Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC, na sigla em inglês).

Quais são as sanções previstas?

Quem é incluído na lista pode ter bens e contas bancárias bloqueados nos Estados Unidos, além do cancelamento do visto e proibição de entrada no país. Essas medidas são aplicadas a pessoas, empresas ou organizações envolvidas em crimes financeiros ou violações de direitos humanos.

Para ser removido da lista, o indivíduo deve comprovar que não teve ligação com as atividades ilegais que motivaram a punição, que já respondeu judicialmente por elas ou que mudou seu comportamento de forma significativa.

Em alguns casos, as sanções podem ser retiradas se o governo americano considerar isso importante para a segurança nacional. O presidente deve informar o Congresso com pelo menos 15 dias de antecedência antes de tomar essa decisão.

Quem decide quem é punido?

A decisão final cabe ao presidente dos Estados Unidos. Segundo a lei Magnitsky, o presidente deve apresentar provas ao Congresso americano das supostas violações de direitos humanos para justificar as sanções. Vale lembrar que, atualmente, o presidente conta com maioria nas duas Casas legislativas americanas.

Quais as principais sanções previstas?

  • Congelamento de bens sob jurisdição americana: o alvo perde o acesso a contas bancárias, propriedades e investimentos localizados nos Estados Unidos.
  • Bloqueio de cartões: como consequência do congelamento de bens, os cartões de crédito emitidos por bandeiras americanas são automaticamente bloqueados. Além disso, o acesso a ativos em dólares é suspenso, mesmo que estejam fora do território dos EUA.
  • Proibição de entrada nos Estados Unidos: o alvo fica impedido de entrar no país.
  • Proibição de negociar com empresas e cidadãos americanos: o alvo não pode realizar negócios com entidades ou pessoas dos EUA.
  • Suspensão de redes sociais: empresas de tecnologia sediadas nos Estados Unidos, como Google, podem ser obrigadas a suspender ou encerrar contas pessoais e institucionais dos sancionados. Isso inclui o bloqueio de acesso a serviços como Gmail, Google Drive, YouTube e Google Pay, mesmo que utilizados no Brasil ou em outros países.

Fonte Infomoney

 

Secretário dos EUA diz que produtos não cultivados no país, como o café, poderiam ter tarifa zerada

0

O secretário de Comércio dos Estados Unidos (EUA), Howard Lutnick, afirmou nesta terça-feira (29) que alguns produtos não cultivados no país, como o café, poderiam ter a tarifa zerada.

Em entrevista à rede norte-americana CNBC, Lutnick citou os produtos que se encaixariam nessa categoria, que ele chamou de “recursos naturais” – além do café, o secretário também falou da manga, do abacaxi e do cacau.

Ele, no entanto, não citou nenhum país exportador que seria beneficiado com tarifa zero. Lutnick também não mencionou o Brasil, que será atingido por uma tarifa de 50% a partir de sexta-feira (1º), por determinação de Donald Trump.

O Brasil é o principal fornecedor do café para os EUA e detém cerca de um terço do mercado norte-americano, que comprou 17% de todo o café brasileiro exportado entre janeiro e maio deste ano.

“São recursos naturais. Quando o presidente faz um acordo, ele inclui que, se você produz algo, e a gente não, isso pode vir por [tarifa] zero.”

“Se vamos negociar com um país que produz manga ou abacaxi, então eles podem entrar sem tarifa. Café, coco, são outros exemplos de recursos naturais”, completou.

Negociações com UE e China

A fala ocorreu no momento que o secretário comentava as negociações entre Estados Unidos e União Europeia, que fecharam um acordo sobre as tarifas no último domingo (27).

Nesse contexto, ele disse que a cortiça, um item que os EUA compram da União Europeia, também pode ter sua tarifa zerada, e acrescentou que continuará negociando outros pontos com a Comissão Europeia, com as tarifas para aço e alumínio e a regulamentação dos serviços digitais.

Lutnick também disse que as negociações com a China serão mais difíceis. “A China é algo próprio, temos nossa equipe trabalhando eles”, afirmou.

Lutnick ainda afirmou que, em relação aos outros países, Trump tomará suas decisões sobre eventuais acordos comerciais até sexta-feira (1º).

G1

Deputada Carla Zambelli é presa na Itália, diz Ministério da Justiça

0

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi presa na Itália nesta terça-feira (29), afirmou o Ministério da Justiça.

Agentes da polícia foram até o apartamento que ela estava ocupando e fizeram a prisão.

Ela tinha fugido para a Itália depois de ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos de prisão no caso da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Antes, passou pelos Estados Unidos.

O deputado italiano Angelo Bonelli contou em sua conta no X que ele deu o endereço de Zambelli para a polícia italiana.

“Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, escreveu o parlamentar.

O Ministério da Justiça brasileiro já havia solicitado oficialmente a extradição da deputada. Foragida, o nome dela estava na lista da Interpol.

Ainda não há data para a vinda dela para o Brasil.

O Ministério da Justiça brasileiro já havia solicitado oficialmente a extradição da ex-deputada, que é considerada foragida após ter sido condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A Corte também determinou a perda do mandato, o que ainda será analisado pela Câmara.

A decisão do STF foi tomada após Zambelli ser acusada de invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023, em parceria com o hacker Walter Delgatti, que também está preso.

Desde maio, a parlamentar deixou o Brasil, passou pelos Estados Unidos e se mudou para a Itália. A deputada tem cidadania italiana.

G1

PF desarticula quadrilha que enviava drogas à Europa via GRU

0

Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nas cidades de São Paulo e São Vicente com o objetivo de prender membros de uma organização criminosa especializada no envio de drogas para a Europa, utilizando o Aeroporto Internacional de Guarulhos  como principal ponto de partida.

Com apoio da Polícia Militar, os agentes cumpriram dois mandados de prisão contra suspeitos envolvidos no aliciamento, financiamento e coordenação de “mulas”, pessoas recrutadas para transportar cocaína ingerida em cápsulas.

O destino mais frequente das drogas era Paris, na França. A ação faz parte da Operação C’est Fini, que já havia resultado na prisão de outros integrantes do esquema, incluindo uma mulher detida em 2024. Apesar de cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, ela teria continuado a atuar no tráfico.

A PF destacou que a operação de hoje teve como foco capturar o último elo conhecido dessa rede criminosa. A corporação também reforçou os riscos da ingestão de cápsulas com entorpecentes, que coloca em perigo a vida das “mulas”, além de ameaçar a segurança aérea e das operações nos aeroportos.

O combate ao tráfico internacional de drogas segue como prioridade da Polícia Federal, que mantém fiscalização intensiva em portos, aeroportos e fronteiras.

Portal IG

Bolsonaro não garante presença em motociata e culpa Michelle

0

A presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Capital Moto Week, em Brasília, tornou-se uma incógnita. Apesar da confirmação do Partido Liberal (PL), Bolsonaro afirmou  que pode não participar da motociata nesta terça-feira (29) em Brasília, após um pedido da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

“Estou sob medida restritiva da dona Michelle. Ela não quer que eu ande, não quer que eu caia” , afirmou o ex-presidente. Apesar disso, Bolsonaro afirmou que estará no encontro e participará do evento na Granja do Torto, às 15 horas.

Esta será a primeira participação pública de Bolsonaro em uma manifestação do tipo desde que passou a cumprir medidas cautelares determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está proibido de sair de Brasília, de circular à noite e aos fins de semana, além de não poder usar redes sociais ou manter contato com o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O ex-presidente estará usando tornozeleira eletrônica e não tem permissão para conceder entrevistas.

Mesmo sob essas restrições, a presença do ex-presidente foi confirmada pelo PL nas redes sociais. “Agora é a nossa vez de mostrar que ele nunca esteve e nunca estará sozinho” , escreveu o partido em publicação nas redes sociais.

Durante a operação, a PRF vai intensificar a fiscalização de infrações como excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas e combinação de álcool e direção. Também haverá atenção redobrada ao uso de capacetes e outros itens de segurança obrigatórios.

A motociata é tratada por aliados como um ato simbólico de resistência. O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou na rede social X que este deve ser o último evento do tipo com Bolsonaro e prometeu “a maior motociata da história do Brasil” .

Com o aumento no fluxo de motociclistas vindos de várias partes do país, a Operação Caminhos da Vida I, que está em andamento desde o dia 24 de julho, intensifica a fiscalização em rodovias federais que cortam o Distrito Federal e o Entorno, como as BRs 020, 040, 060 e 070.

A expectativa da PRF é de um aumento expressivo na circulação de veículos até o fim da semana. Segundo o órgão, as equipes estarão posicionadas em trechos com maior risco de congestionamentos e acidentes.

Portal IG

PF faz operação contra desvio de emenda para jogos eletrônicos estudantis

0

A PF (Polícia Federal), em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União), deflagrou nesta terça-feira (29) uma operação batizada de “Korban” para apurar suposto desvio de dinheiro oriundos de emendas parlamentares destinados à realização de eventos de esportes digitais em Brasília.

Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no Distrito Federal e nos estados do Acre, Paraná e Goiás.PF faz operação para apurar desvio de R$ 15 milhões em emendas

Apesar de os mandados terem sido autorizados pelo STF e envolver repasse de emendas, não há parlamentares envolvidos no caso, segundo apurou a CNN.

O STF também determinou medidas de sequestro de bens, como veículos e imóveis, além do bloqueio de contas bancárias de empresas investigadas, que podem alcançar R$ 25 milhões.

As investigações buscam esclarecer possíveis irregularidades na execução de cerca de R$ 15 milhões em recursos públicos federais, repassados a uma associação do Distrito Federal por meio de termos de fomento com o Ministério do Esporte, financiados com emendas parlamentares, para a realização de jogos estudantis de esportes digitais entre 2023 e 2024.

Entre as medidas determinadas, está a suspensão de novos repasses de recursos federais à associação investigada, bem como a proibição de que a entidade transfira valores às empresas subcontratadas no âmbito dos termos de fomento analisados.

CNN procurou o Ministério do Esporte e aguarda retorno