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Avaliação positiva do governo Lula cai para 33%, pior número da série

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Pesquisa divulgada pelo Ipec nesta sexta-feira (8) mostra piora nos índices de aprovação do governo Lula (PT) após um ano e dois meses de mandato.

Conforme os resultados do levantamento, consideram a administração ótima ou boa 33%, ante 38% na pesquisar anterior, de dezembro passado. Outros 33% avaliam a gestão regular, e 32% veem como ruim ou péssima, uma oscilação positiva de dois pontos em relação aos dados anteriores.

Não sabem ou não souberam responder 3%. A sondagem foi realizada dos dias 1° a 5 de março, ouvindo presencialmente 2.000 eleitores em 130 municípios pelo país. A margem de erro estimada é de dois pontos para mais ou para menos.

O dado também é o pior da série de levantamentos do Ipec, iniciada em março do ano passado. À época, o governo marcou sua maior avaliação positiva, 41%. Depois, houve oscilações até dezembro, marcando estabilidade, e a atual queda.

Já a avaliação negativa é a maior desde o início das pesquisas no mandato, quando 24% viam a gestão como ruim ou péssima.

Segundo o instituto de pesquisas, a queda nos que consideram o governo ótimo ou bom foi puxada, dentre outros, pelos que declararam ter votado no mandatário em 2022 (de 69% para 61%), os que vivem no Nordeste (de 52% para 43%) e os que possuem renda de até um salário mínimo (de 69% para 61%).

Outros grupos em que a avaliação positiva registrou queda foram aqueles que se autodeclaram pretos e pardos (de 43% para 35%), as mulheres (de 40% para 33%), os que moram no Sudeste (de 37% para 30%), e aqueles que têm ensino médio (de 33% para 26%).

O Ipec também perguntou se os entrevistados aprovam ou reprovam a maneira de governar do presidente. Afirmam aprovar a forma de Lula de governar 49% dos ouvidos, enquanto 45% reprovam. No levantamento de dezembro, o placar estava em 51% a 43%.

Aqui também se registra o pior índice da série histórica do Ipec. Em março de 2023, 57% aprovavam a forma de governar de Lula, enquanto 35% reprovavam. Não souberam ou não quiseram responder, 6%.

Ainda, o instituto questionou o grau de confiança dos entrevistados no petista. Afirmam não confiar no chefe do Executivo 51%, enquanto 45% dizem confiar. Não souberam ou não quiseram responder à pergunta 4%. Em dezembro, 48% diziam confiar no presidente, e 50% diziam não confiar.

Folha de Sâo Paulo

Boletos passam a ser compensados no mesmo dia a partir de 15 de março

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Boletos bancários pago até 16h30 passarão a ser compensados no mesmo dia a partir de 15 de março. A nova modalidade, chamada de D+0, fará parte das operações diárias em conjunto compensações com prazo maior, D+1, de um dia útil.

A mudança, no entanto, vai depender de contrato da empresa ou operadora de serviços com a instituição financeira. Pagamentos feitos após esse horário serão compensados no dia útil seguinte. A modalidade engloba 136 bancos e será obrigatória.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirma que nada muda para quem vai pagar o boleto. A alteração ocorrerá para o credor do documento, que é quem irá receber o dinheiro.

Walter Faria, diretor-adjunto de serviços da Febraban, diz que a mudança trará agilidade e beneficiará o comércio, especialmente o comércio online, que poderá realizar entregas mais rápidas e receber antes.

“No início, a estimativa é que cerca de 57% dos boletos possam ser processados no mesmo dia, enquanto 43% no prazo D+1. Quando estiver totalmente implantada, a ideia é iniciar os estudos para trazer toda a liquidação de boletos para o prazo D+0.”

Em 2023, 4,2 bilhões de boletos bancários foram pagos, somando um total de R$ 5,8 trilhões movimentados no país. Qualquer pessoa física ou jurídica pode fazer uma cobrança por meio de boletos bancários, basta ter uma conta bancária e contratar o serviço junto ao banco.

Os boletos bancários foram criados em outubro de 1993, pelo Banco Central, e entraram em vigor em janeiro de 1994. Em julho do mesmo ano, o Brasil implantou o Plano Real, que mudou a moeda e estabilizou a inflação.

Folha de São Paulo

Pai, mãe e filho morrem em grave acidente entre Caldas e Piracanjuba

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Um acidente entre um veículo VW Gol e uma Chevrolet S10 matou pai, mãe e filha na tarde desta sexta-feira (8) na GO-139, entre Caldas Novas e Piracanjuba.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, além das vítimas, outras quatro pessoas ficaram feridas. Informações é que o condutor do Gol trafegava sentido Piracanjuba a Caldas Novas, quando colidiu frontalmente com a S10.

O Serviço Móvel de Urgência (SAMU), foi acionado para socorrer as vítimas, e ao chegar ao local a equipe constatou que uma das vítimas estava presa em meio às ferragens e sem sinais vitais. As outras duas foram socorridas, mas não resistiram aos ferimentos e morreram ainda no local.

Testemunhuas contaram, segundo os bombeiros, que o carro, um Gol Volkswagen, tentou fazer uma ultrapassagem, mas não conseguiu. A caminhonete, uma S-10 Chevrolet, tentou jogar o veículo para o acostamento para tentar evitar o acidente.

As demais foram socorridas e encaminhadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o estado de saúde das mesmas ainda não foi confirmado.

Mais Goás

Goiânia recebe R$139,3 mil para ampliação e reforço no abastecimento de água e esgotamento sanitário

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Prefeitura de Goiânia, Governo de Goiás e Saneago lançam obras que promovem integração entre os sistemas João Leite e Meia Ponte, serviços de reforço e modulação de rede na Região Noroeste, duplicação de adutora na Região Sudoeste e ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto do Parque Atheneu

A Prefeitura de Goiânia, em parceria com o Governo de Goiás e a Saneago, lançou nesta sexta-feira (8/3) obras para a ampliação e reforço dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Goiânia. Os investimentos de R$139,3 milhões alavancam o crescimento e o desenvolvimento da Capital.

“Goiânia sai à frente com o desenvolvimento desse trabalho com a Saneago e o Governo de Goiás. Trabalhamos para que cada cidadão goianiense, ou aqueles que escolheram Goiânia para viver, tenham acesso a saneamento básico, água tratada com garantia, sem medo de que venha faltar água na cidade de Goiânia”, afirmou o prefeito Rogério.

O prefeito também destacou que Goiânia tem, atualmente, 98% de água potável já tratada, e a menor perda no país, chegando a quase 12%. “Nós temos saneamento básico, hoje está com mais de 80%, esse é o tratamento que Goiânia recebe por meio do contrato firmado com a Saneago.

Dentre as obras lançadas, estão a Conexão Cristina (com investimento da ordem de (R$ 72,3 milhões), que promove a integração total entre os sistemas João Leite e Meia Ponte; serviços de reforço e modulação de rede na Região Noroeste (R$ 9,3 milhões); duplicação de adutora na Região Sudoeste (R$ 13,9 milhões); e ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto do Parque Atheneu (R$ 43,8 milhões).

O governador Ronaldo Caiado fez um agradecimento público à Goiânia e Região Metropolitana pela manutenção do contrato com a Saneago, pois graças aos contratos com as cidades maiores as cidades menores de Goiás recebem investimentos e têm acesso à tarifa social. “A Saneago só é capaz de ter a taxa social porque nós temos a garantia da Prefeitura de Goiânia, que manteve o contrato conosco, e, como tal, é o mais importante contrato para subsidiar água nos 245 municípios do estado de Goiás”, explicou.

A Conexão Cristina possibilitará suprir, pelo Sistema Mauro Borges, a extensa região de Norte a Sudoeste de Goiânia, Noroeste de Aparecida de Goiânia, além das cidades vizinhas de Goianira e Trindade, hoje abastecidas pelo Sistema Meia Ponte. Atualmente, 64% da Capital é abastecida com água proveniente do Ribeirão João Leite, enquanto 36% tem origem no Rio Meia Ponte.

Investimentos
O presidente da Agência de Regulação de Goiânia (AR), Hudson Novaes, lembrou, durante o evento, que em 2019 foi assinado o contrato de concessão do município de Goiânia, que é titular dos serviços de saneamento, com a Saneago para o serviço de água e de esgoto. “Esses serviços são executados mediante um plano de gestão do prestador para atender a todas as necessidades de Goiânia em um período de, no mínimo, 30 anos. Então, tudo o que a Saneago executa já foi, de certa forma, planejado pelo município de Goiânia, que deu a concessão à empresa”, concluiu.

O diretor-presidente da Saneago, Ricardo José Soavinski, por sua vez, destacou que os investimentos permitem a expansão do atendimento não só em Goiânia, mas na Região Metropolitana. “São obras para dar segurança hídrica e acompanhar o crescimento das cidades. A parte econômica-financeira da companhia, mesmo fazendo investimentos recordes nesses anos, tem todas as condições de fazer mais investimentos daqui pra frente”, assinalou.

Moraes manda soltar coronel do Exército alvo de investigação sobre trama golpista

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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liberdade provisória ao coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Neto, um dos alvos da operação da Polícia Federal que investigou uma tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Bernardo foi solto sob medidas cautelares, mas o Supremo não divulgou quais são elas. A decisão está sob sigilo.

Quando a operação Tempus Veritatis foi deflagrada, em 8 de fevereiro, Corrêa Neto estava em missão nos Estados Unidos prevista para durar até 2025, e voltou ao Brasil para se entregar às autoridades no dia 11.

Ele ficou preso, à época, no Batalhão da Guarda Presidencial.

Corrêa foi alvo de prisão após a Polícia Federal encontrar mensagens trocadas com Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, sob suspeita de prepararem um golpe de Estado.

Ele falava com Cid sobre o planejamento e os desdobramentos da minuta do golpe.

Na operação, agentes prenderam ex-assessores de Bolsonaro e cumpriram mandados de busca e apreensão contra ex-ministros. O próprio ex-presidente foi obrigado a entregar seu passaporte.

Em sua decisão que autorizou a operação, Moraes afirma que Bolsonaro teve acesso e pediu modificações na chamada “minuta do golpe”.

Bolsonaro teria recebido do ex-assessor Filipe Martins e do advogado Amauri Feres Saad uma minuta de decreto para executar um golpe de Estado, com a decretação de prisão de várias autoridades, como do próprio Moraes e do ministro Gilmar Mendes, também do STF, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Segundo as informações coletadas pelas investigações, foram realizadas alterações no texto a pedido de Bolsonaro, permanecendo a determinação de prisão de Moraes e a realização de novas eleições.

FOLHA DE SÃO PAULO

Cármen Lúcia suspende ordem que determinou a apreensão de celulares de jornalistas

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Uma ordem da Justiça de Mato Grosso que permitiu à Polícia Civil do Estado a apreensão de celulares e computadores de jornalistas foi suspensa pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia. A decisão foi assinada nesta quarta-feira, 6, e o governador do Estado Mauro Mendes (União Brasil) foi convocado a se manifestar sobre o caso.

O inquérito no qual foi autorizada a busca e apreensão dos aparelhos de Alexandre ApráEnock Cavalcanti e Marco Polo de Freitas Pinheiro tem o governador como vítima e é decorrente da Operacão Fake News 3, deflagrada pela Polícia Civil em 6 de fevereiro.

Os três jornalistas, acusados no procedimento de cometer calúnia, difamação e associação criminosa, são investigados por suposta veiculação de informações falsas em sites e grupos de mensagens, “com o fito de atingir a honra e imagem de autoridades públicas em verdadeira indústria de desinformação”. Os profissionais teriam publicado informações sobre um suposto esquema que garantia decisões judiciais favoráveis ao garimpo em Mato Grosso.

O inquérito no qual foi autorizada a busca e apreensão dos aparelhos de Alexandre ApráEnock Cavalcanti e Marco Polo de Freitas Pinheiro tem o governador como vítima e é decorrente da Operacão Fake News 3, deflagrada pela Polícia Civil em 6 de fevereiro.

O Supremo foi acionado pelo Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Instituto Vladmir Herzog. Tais grupos se juntaram a dois dos investigados alegando que o caso se trata de uma perseguição judicial. Argumentam, ainda, que a decisão que permitiu a apreensão, tomada pelo juiz Bosco Soares, do Núcleo de Inquérito Policiais do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, viola o sigilo das fontes dos profissionais, previsto na Constituição, e uma decisão do STF que legitima o direito à informação.

Para o advogado dos jornalistas, André Mateus, a decisão de Cármen Lúcia “é o primeiro passo”. “Demonstraremos que há uma série de inquéritos e processos abertos de forma sistemática contra jornalistas para atender pedidos do governador”. Além de Mauro Mendes, o magistrado que proferiu a decisão também deve explicar a situação em até 48 horas, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) deverá apresentar parecer urgente sobre o caso.

Estsdão

Câmara elege presidentes de 19 comissões permanentes

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Dezenove das 30 comissões permanentes da Câmara dos Deputados elegeram nesta quarta-feira, 6, os seus novos presidentes. O mandato é de um ano, e os partidos que comandariam cada comissão foram definidos previamente pelos líderes partidários de forma proporcional.

  • Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural: Deputado Vicentinho Júnior (PP-TO), com 28 votos. O parlamentar, que está em seu terceiro mandato, é vice-presidente na Região Norte da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e vai presidir a comissão que debate temas da política agrícola, agricultura e pesca, questões fundiárias, reforma agrária e direito agrário.
  • Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados: Deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG), que recebeu 16 dos 18 votos. O bispo da Igreja Universal do Reino de Deus está em seu segundo mandato e agora preside a comissão que vota propostas relacionadas ao sistemas de transportes em geral, exploração dos serviços de transportes e segurança, política, educação e legislação de trânsito e tráfego.
  • Comissão de Finanças e Tributação: Deputado Mário Negromonte Jr. (PP-BA), eleito por unanimidade com 25 votos. O parlamentar, que está em seu terceiro mandato, relatou a mudança constitucional que aumentou de 65 para 70 anos a idade máxima dos juízes e ministros de tribunais regionais federais e de tribunais superiores. Ele preside agora a comissão responsável pelo controle orçamentário e financeiro das propostas que tramitação na Câmara.
  • Comissão de Saúde: Deputado Dr. Francisco (PT-PI), que recebeu 28 votos. O novo presidente é médico e cumpre o primeiro mandato. Em 2024, apresentou o Projeto de Lei 529/24, que prevê a Política Nacional de Combate à Dengue, Febre de Chikungunya e Febre Zika. A comissão debate temas que envolvem o Sistema Único de Saúde (SUS), campanhas de saúde, vigilância epidemiológica, instituições privadas de saúde, atividades médicas e patentes de fármacos.
  • Comissão de Desenvolvimento Econômico: Deputado Danilo Forte (União-CE), eleito com 12 votos. O parlamentar cumpre o terceiro mandato e é membro da Comissão de Minas e Energia, além de coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Energias Renováveis. Preside agora a comissão que vota propostas voltadas para a produção, políticas de importação e exportação, regimes aduaneiros, privatização e cooperativismo.
  • Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional: Deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), que recebeu 25 votos. Ele foi secretário de Minas e Energia do Rio Grande do Sul em 2015 e é vice-líder do bloco União-PP-Federação PSDB-Cidadania-PDT-Avante-Solidariedade-PRD. A comissão aborda a política externa, como tratados e acordos internacionais, e a política de defesa nacional, como assuntos das Forças Armadas.
  • Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania: Deputada Caroline de Toni (PL-SC), eleita com 49 votos. Em seu segundo mandato, preside a comissão responsável por tratar de temas constitucionais e analisar a técnica legislativa dos projetos. Além disso, cuida dos assuntos de natureza jurídica e responde consultas feitas pelo presidente da Câmara, pelo plenário ou por outras comissões.
      • Comissão de Indústria, Comércio e Serviços: Deputado Josenildo (PDT-AP). Servidor público em seu primeiro mandato, o parlamentar integra a bancada negra e preside a comissão que debate as propostas relacionadas à política e atividade industrial e comercial, regime jurídico das empresas, direito comercial, registro de comércio e prestação de serviços (exceto os de natureza financeira).
      • Comissão do Esporte: Deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), com 15 votos. O parlamentar foi ministro dos Transportes durante o segundo governo de Dilma Rousseff (PT), senador entre 2012 e 2014, e vereador de São Paulo entre 2001 e 2012. Ele preside a comissão que discute o sistema desportivo nacional, sua organização, políticas de educação física e desportiva e justiça desportiva.
      • Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado: Deputado Alberto Fraga (PL-DF), com 27 votos. Ele está em seu quinto mandato, é vice-líder do PL e coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública. A comissão debate temas como tráfico de drogas, contrabando, crime organizado, sequestro, lavagem de dinheiro, violência rural e urbana.
      • Comissão de Defesa do Consumidor: Deputado Fabio Schiochet (União-SC), que recebeu 14 votos. Em 2023, foi presidente da Comissão de Minas e Energia. Já foi vice-líder do PSL e, atualmente, preside o União Brasil de Santa Catarina. A comissão vota propostas relativas à economia popular, repressão ao abuso do poder econômico, relações de consumo, defesa dos consumidores, composição, qualidade, apresentação, publicidade e distribuição de bens e serviços.
      • Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência: Deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG), com 13 votos. Em seu quarto mandato, o parlamentar já foi vereador de Uberlândia (MG) e duas vezes deputado estadual em Minas Gerais. A comissão aborda iniciativas de interesse das pessoas com deficiência, avalia denúncias relativas à violação de seus direitos e acompanha pesquisas sobre o tema.
      • Comissão de Educação: Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que recebeu 22 dos 37 votos. Ele foi o deputado federal mais votado em 2022 e antes ocupou o cargo de vereador em Belo Horizonte. Preside a comissão responsável por discutir assuntos da educação em geral, política e sistema educacional, direito à educação e recursos humanos e financeiros para o setor.
      • Comissão de Cultura: Deputado Aliel Machado (PV-PR), eleito por unanimidade com 11 votos. Em seu terceiro mandato, o parlamentar relatou o projeto que cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) e preside a comissão que discute propostas relacionadas ao patrimônio histórico, geográfico, arqueológico, cultural, artístico e científico, direito de imprensa e de expressão da atividade intelectual, artística, científica e sobre espetáculos públicos, datas comemorativas e homenagens cívicas.
      • Comissão Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial: Deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), com 10 votos. Está em seu primeiro mandato, é educadora social e foi vereadora em Porto Alegre. Idealizou e coordenou, durante a pandemia de covid-19, o Fundo das Mulheres de Porto Alegre, projeto social que atende mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A comissão recebe, avalia e investiga denúncias de violação de direitos humanos, fiscaliza programas do governo de proteção aos direitos humanos e protege as culturas populares e étnicas do Brasil.
      • Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família: Deputado Pastor Eurico (PL-PE), com 14 votos. Em seu quarto mandato, já foi vice-líder do partido e relator do projeto contra o casamento civil homoafetivo. A comissão aborda propostas relacionadas à previdência, regime geral e regulamentos da previdência social urbana, rural e parlamentar, seguros e previdência privada, assistência médica previdenciária, proteção à maternidade, infância, adolescência e família, direito de família, do nascituro, criança e adolescente.
    • Comissão de Legislação Participativa: Deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), eleito com 10 votos. Em seu quinto mandato, preside a comissão que facilita a participação da sociedade no processo de elaboração das leis por meio do colegiado, entidades civis organizadas, ONGs, sindicatos, associações e órgãos de classe.
    • Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa: Deputado Pedro Aihara (PRD-MG), com 11 votos. Bombeiro militar, o parlamentar está no primeiro mandato. A comissão aborda denúncias de violações de direitos da pessoa idosa, políticas públicas do idoso, ações e omissões dos conselhos de direitos das pessoas idosas e pesquisas sobre a situação das pessoas idosas no Brasil.
    • Comissão de Trabalho: Deputado Lucas Ramos (PSB-PE), que recebeu 15 votos. Ele foi deputado estadual por dois mandatos e secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação em Pernambuco. Agora, preside a comissão que cuida de assuntos relacionados à legislação de política salarial, regulamentação das profissões, segurança e medicina do trabalho, políticas de emprego e de aprendizagem, direito de greve, sindicalismo e Justiça do Trabalho.
      Plenário da Câmara: demais comissões permanentes vão eleger seus presidentes na próxima semana Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
      Plenário da Câmara: demais comissões permanentes vão eleger seus presidentes na próxima semana Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados © Fornecido por Estadão

      Na próxima semana, serão eleitos os presidentes das comissões de Desenvolvimento Urbano; Integração Nacional e Desenvolvimento Regional; Fiscalização Financeira e Controle; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais; Ciência, Tecnologia e Inovação; Comunicação; e Administração e Serviço Público.

    • Estadão

Fugitivo de segurança máxima é encontrado em ‘hotel do crime’ em MS

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Um dos presos que fugiram do presídio de segurança máxima, em Campo Grande (MS), foi recapturado na noite desta quarta-feira após perseguição policial.

Naudiney de Arruda Martins, de 32 anos, estava em uma casa que funcionava como ‘hotel do crime’. No local, foragidos da Justiça se refugiavam com alimentação e estadia garantida por uma facção criminosa.

O homem planejava fugir para o Paraguai. Ele teria entrado em contato com outros membros da organização para fazer seu resgate e levá-lo até a fronteira entre os dois países.

Naudiney tentou fugir quando a Polícia chegou na residência. Ele pulou o muro do fundo da casa, entrou em um condomínio próximo e escalou diversas residências. Por fim, se escondeu em uma casa ainda em construção e os agentes o capturaram nas lajes.

O outro preso que fugiu, Douglas Luan Souza Anastácio de 33 anos, segue foragido. Ele estava na residência momentos antes de a Polícia chegar.

Cinco pessoas estavam no ‘hotel do crime’, além de Naudiney. Um deles, de 23 anos, tinha mandado de prisão pelos crimes de tráfico de drogas e corrupção de menores e foi preso. Os outros quatros foram autuados por terem ajudado na fuga.

Os dois fugiram na segunda-feira em uma tentativa de fuga de quatro detentos. Eles pertenciam ao Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho.

O episódio ocorreu por volta das 3h40. Eles fugiram pelo muro e com o auxílio de uma corda. Todos estavam alojados no Pavilhão 6.

A cadeia é tida como de segurança Máxima. Douglas respondia por tráfico e roubo, enquanto Naudiney por roubo e furto.

PF pediu busca e apreensão em gabinete de deputado mesmo sem ver indícios contra ele

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Em meio à crescente pressão do Congresso contra ações judiciais que atingem parlamentares, a Polícia Federal pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para realizar busca e apreensão no gabinete do deputado federal Gilberto Nascimento (PSD-SP) mesmo afirmando não ver indício contra ele.

De acordo com a petição, a operação seria em benefício do próprio parlamentar, para que não houvesse “qualquer resquício de dúvida da ausência de sua participação na empreitada criminosa”.

O pedido, feito no inquérito que apura a existência de uma “Abin paralela” na gestão de Jair Bolsonaro (PL), teve parecer contrário da PGR (Procuradoria-Geral da República) e foi negado por Alexandre de Moraes.Gilberto Nascimento quer tornar incluir flúor na política de saúde bucal  dos idosos - PSD - Câmara dos Deputados

Tanto no Senado como na Câmara há movimentações relevantes no sentido de dificultar ações do STF que atinjam parlamentares. Na Câmara, avalia-se votar texto que proíbe operações de busca e apreensão no Congresso. O Senado aprovou no ano passado PEC que restringe decisões individuais de ministros do STF.

O nome de Nascimento surge no contexto de um documento apreendido pela Polícia Federal na sede da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) em outubro.

Intitulado “Prévia Nini.docx”, o arquivo reúne uma série de apontamentos familiares, profissionais e políticos sobre a advogada Nicole Giamberardino Fabre e o Instituto Anjos da Liberdade.

Ele integra uma investigação aberta em agosto de 2019 pela Abin e que tinha como justificativa apurar suposto uso da advogada e da ONG pelas facções criminosas PCC e Comando Vermelho para derrubar uma portaria que havia endurecido as regras de visitas nas penitenciárias.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o documento “Prévia Nini.docx” traz dois parágrafos especulativos que foram usados pela PF para dizer que a “Abin paralela” de Bolsonaro tentou vincular Moraes e o também ministro do STF Gilmar Mendes à facção criminosa PCC.

Em linhas gerais, é dito sem nenhum embasamento que Moraes teve vínculos com líderes do PCC e que Gilmar seria ligado a escritório que teria como integrante um primo da advogada Nicole.

Segundo a PF, os metadados do arquivo mostram que ele foi produzido na Câmara dos Deputados, em computador vinculado a Gilberto Nascimento. Não há informações sobre como e por que uma informação como essa foi produzida fora da agência.

No relatório feito a Moraes, assinado pelo delegado Daniel Carvalho Brasil Nascimento, a PF informa que outro documento similar ao “Prévia Nini.docx” aponta como autor Ricardo Minussi, que a PF afirma ser o assessor parlamentar Ricardo Wrigth Minussi Macedo.

O relatório registra que em outubro de 2019, mês da confecção do documento, o gabinete de Nascimento fez um pagamento de R$ 7.000 a uma empresa de Minussi a título de consultoria.

Apesar disso, a PF diz que a confecção do documento não pode ser atribuída ao “excelentíssimo deputado federal, posto que outro documento (…) vinculado a Ricardo Minussi apresenta mais informações que o primeiro arquivo”.

A PF sustenta então o pedido de busca e apreensão no gabinete de Nascimento —que em várias partes do relatório é tratado erroneamente como Gilberto “Carvalho”— afirmando que, embora os elementos de prova apontem que o documento foi feito à revelia do parlamentar, a operação deveria ocorrer para que isso ficasse cabalmente comprovado.

Gilberto Nascimento integra a bancada evangélica e, em 2022, atuou para que seu então partido, o PSC, apoiasse a reeleição de Bolsonaro.

Em sua decisão, Moraes autoriza as buscas nos endereços de Minussi, salvo no gabinete de Nascimento, reproduzindo as razões apontadas pela PGR, segundo quem não havia “elementos suficientes que exprimam fundadas razões sobre a necessidade, a adequação e a proporcionalidade de buscas e apreensões no gabinete do deputado federal (…), que não aparece nos autos como investigado”.

Em nota, o Gilberto Nascimento disse que “não tem controle ou conhecimento das atividades realizadas pelo prestador de serviços Ricardo Luiz Wright Minussi Macedo além do âmbito da consultoria legislativa prestada à época” e que embora não tenha conhecimento sobre o inquérito, que corre sob sigilo, “mantém confiança no sistema judiciário para uma investigação completa dos fatos”.

A PF disse que não fala sobre investigações em andamento.

O relatório da PF apresentado a Moraes (e que embasou a segunda operação no caso da “Abin Paralela”, em janeiro) não faz nenhuma menção ao então deputado federal Alan Rick, hoje senador pelo União Brasil do Acre.

Em 2019, época da produção do “Previa Nini.docx”, Minussi figurava nos boletins administrativos da Câmara como pessoa autorizada por Rick para acessar determinados sistemas da Casa. Em 2021, ele passou a ser assessor de gabinete do então deputado.

Em 2023, seguiu com Alan Rick para o Senado. O portal de Transparência da Instituição mostra que Miinussi recebeu salário de R$ 14.274 em fevereiro.

Também em nota, o senador disse que não foi alvo de qualquer operação e que não tem conhecimento do documento ou de qualquer outro serviço prestado por assessores em relações profissionais fora do gabinete.

“[Alan Rick] Reafirma que não compactua com qualquer tipo de ilegalidade e que sua conduta perante a situação será pautada em fatos concretos, assim que estes forem plenamente esclarecidos”, segue a nota, acrescentando que ele confia na apuração isenta da Justiça.

A reportagem não conseguiu falar com Minussi.

Folha de São Paulo

Homem tomou 217 vacinas contra a covid-19 e virou alvo de estudo

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Há dois anos, os médicos alemães se depararam com notícias de um homem que estava sendo investigado por ter recebido dezenas de vacinas contra o coronavírus sem nenhuma explicação médica. Em seguida, houve uma enxurrada de especulações sobre o que ele estava fazendo. Os promotores começaram a investigar se ele estava recebendo tantas doses extras como parte de um esquema para coletar cartões de imunização carimbados que pudesse vender mais tarde para pessoas que queriam burlar as exigências de vacinação.

Mas, para os médicos, o homem era uma anomalia médica, alguém que havia desafiado as recomendações oficiais e se transformado em uma cobaia para medir os limites externos de uma resposta imunológica.

No ano passado, eles pediram aos promotores que estavam investigando seu consumo excessivo de vacinas que fizessem um pedido: o homem gostaria de participar de um projeto de pesquisa? Quando os promotores encerraram a investigação de fraude sem acusações criminais, ele concordou.

Quando os médicos o atenderam pela primeira vez, o homem de 62 anos já havia recebido 215 doses de vacina contra o coronavírus, segundo eles. Ignorando seus apelos para que parasse, ele recebeu mais duas vacinas nos meses seguintes, expandindo seu estoque imunológico para um total de 217 doses de oito tipos diferentes de vacina contra a covid-19 ao longo de dois anos e meio.

Depois de meses estudando-o, os médicos, liderados por Kilian Schober, imunologista da Universidade de Erlangen-Nuremberg, no estado alemão da Baviera, relataram suas descobertas esta semana na revista médica The Lancet Infectious Diseases.

Aparentemente, o homem nunca havia sido infectado pelo coronavírus. Ele não relatou nenhum efeito colateral da vacina. E, o mais interessante para os pesquisadores, seu repertório de anticorpos e células imunológicas era consideravelmente maior do que o de uma pessoa tipicamente vacinada, mesmo que a precisão dessas respostas imunológicas permanecesse efetivamente inalterada.

Os pesquisadores descobriram que até mesmo a 217ª dose impulsionou a resposta imunológica do homem. E, embora estivessem procurando cuidadosamente por sinais de enfraquecimento progressivo das reações imunológicas ao longo do tempo – um tipo indesejável de tolerância imunológica que às vezes se desenvolve durante infecções virais de longo prazo – eles relataram que não observaram nenhuma queda nas respostas.

“Isso indica realmente o quão robusta é a resposta do sistema imunológico a essa imunização repetitiva”, disse Schober. “Mesmo 200 vacinas não são um desafio tão grande para o sistema imunológico quanto uma infecção crônica.”

Os pesquisadores disseram que o homem era de Magdeburg, uma cidade no centro da Alemanha, mas forneceram poucos outros detalhes e disseram que seus motivos para a onda de vacinação eram particulares. Os promotores haviam coletado evidências de 130 vacinações ao longo de nove meses, escreveram os pesquisadores. A primeira vacinação do homem, com uma injeção feita pela Johnson & Johnson, ocorreu em junho de 2021. A maioria de suas vacinas subsequentes foram de mRNA feitas pela Moderna ou Pfizer-BioNTech. Ele também recebeu várias das vacinas atualizadas da Pfizer-BioNTech.

Além de seus próprios testes, os cientistas contaram com os exames médicos de rotina do homem antes e durante a pandemia. Mas, como não tiveram acesso a outros acumuladores de vacinas, os pesquisadores disseram que suas descobertas não poderiam ser usadas para prever como outras pessoas reagiriam a inoculações repetidas.

Outros pacientes que recebem tantas doses podem sofrer efeitos colaterais, disse Schober, tornando imprudente que as pessoas desafiem a orientação médica para receber mais do que o número recomendado de vacinas.

E, embora o estudo tenha sugerido que as vacinas são, em geral, muito seguras e podem continuar a aumentar as respostas imunológicas, os benefícios de ser vacinado repetidamente não necessariamente superam o pequeno risco de uma dose adicional. Por exemplo, disse Schober, os níveis de anticorpos do homem caíram nos períodos após as vacinas registradas mais recentes, como geralmente ocorre em pacientes que recebem o número normal de doses.

A descoberta sugeriu que a resposta imunológica elevada do homem só poderia ser mantida em alta se ele fosse revacinado o tempo todo. “Esses níveis superaltos não são sustentáveis”, disse Schober. “Eles cairiam para o nível normal”.

Ainda assim, a farra de vacinas que durou dois anos e meio criou um tipo de teste de estresse do sistema imunológico que os médicos nunca teriam permitido que acontecesse em seu turno. E, embora os resultados estivessem longe de ser conclusivos, pelo menos o sistema imunológico desse homem parecia notavelmente resistente.

“Duzentas vacinas podem parecer muito”, disse Schober. Mas as células imunológicas capazes de reagir a vírus crônicos, acrescentou ele, “estão basicamente rindo” das partículas virais de imitação com as quais têm de lidar, mesmo ao longo de centenas de vacinas.

THE NEW YORK TIMES