Presidente do PL foi um dos alvos de operação que mira aliados de Bolsonaro
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso pela Polícia Federal (PF) por porte ilegal de arma, nesta quinta-feira (8).
Ele era um dos alvos de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, que mira organização criminosa responsável por tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência após a derrota nas eleições de 2022.
Antes pressionadas a ingressar no programa, empresas aéreas agora pedem benesses e prometem passagem a R$ 200 como uma “contrapartida”
O “Voa Brasil” foi prometido para começar em agosto de 2023. Antes da data, porém, adiaram para setembro. O ministro mudou, e a data também.
A segunda quinzena de janeiro de 2024 passou a ser o prazo, mas não deu de novo e a promessa passou a ser 5 de fevereiro. Segunda-feira passada, 5 de fevereiro, nada foi anunciado e, agora, falam em depois do Carnaval.
O que nasceu como um programa com grande apelo popular está se transformando numa verdadeira armadilha para o governo federal. E, hoje, o programa governamental para compra de passagens aéreas a R$ 200 tem chances não desprezíveis de simplesmente ser cancelado, como um voo de um avião repleto de problemas.
Nascido na gestão do ex-ministro de Portos e Aeroportos Márcio França, o programa já nasceu torto e gerou reações negativas — inclusive do chefe dele, o presidente da República.
Dias após o ex-ministro França anunciar o programa em diversas entrevistas — inclusive nesta CNN, Lula disse na abertura da reunião dos 100 primeiros dias do governo que “qualquer genialidade que alguém possa ter é importante que, antes de anunciar, faça uma reunião com a Casa Civil”.
Era a senha de que o Palácio do Planalto havia sido pego de surpresa e estava incomodado com o que ocorrera. Já era tarde.
O “Voa Brasil” já estava na internet e a promessa de voar por R$ 200 circulava como um vírus no WhatsApp dos brasileiros que não pisam em um aeroporto há anos ou sonham em voar pela primeira vez.
O setor aéreo é um dos mais regulados de qualquer economia. A necessidade de regras rígidas e padrões internacionais de segurança de voo geram uma enorme quantidade de leis e normas — e basicamente todas determinadas pelo governo federal.
Por isso, não foi de se estranhar que a reação inicial das empresas aéreas tenha sido tão amigável. Departamos de comunicação divulgaram notas com elogios e interesse das companhias em participar da empreitada.
A avaliação nos bastidores, porém, sempre foi diferente.
A estranheza começava pelo simples fato de que uma parte das passagens já é vendida nesse patamar mágico do “Voa Brasil”. Em 2023, 14,9% de todos os passageiros pagaram até R$ 200. O dado é da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e indica que cerca de 12 milhões de passageiros domésticos pagaram bilhetes até esse valor.
A estranheza crescia no fato de que o setor aéreo tem um dos modelos de precificação mais complexos de toda a economia. Com o uso de algoritmos sofisticados, as aéreas trabalham 24 horas por dia para, basicamente, tentar encher os aviões com o máximo de passageiros pagando o maior preço possível.
Nesse contexto, um programa com regras e preços fixos para públicos específicos parecia algo difícil.
O argumento do ex-ministro era de que o plano é ocupar a ociosidade dos voos domésticos. É verdade, há assentos vazios. O dado mais recente mostra que os aviões voam com cerca de 13% dos lugares desocupados. Parte desses assentos vazios, porém, pode ser considerado “quase intencional”.
É como uma reserva para as aéreas que têm a oportunidade de vender as passagens a passageiros de última hora com preços, obviamente, astronômicos.
Mas o jogo parece que mudou. Diante do interesse público, o programa nunca foi esquecido. E, agora, o queijo e a faca parece que mudaram de mãos.
O setor aéreo — que ainda não se recuperou da crise da pandemia — começa a ver no programa uma maneira de conquistar benesses do governo federal. Para as empresas, vender passagens a R$ 200 pode ser uma “contrapartida” à materialização de uma lista de pedidos.
E a lista é grande.
*Fernando Nakagawa
Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri
Em entrevista à rádio Itatiaia nesta quinta-feira (8), presidente disse que não faria julgamento sobre o que pode acontecer na Justiça brasileira, após ser questionado sobre operação da PF que mira aliados de Bolsonaro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, em entrevista realizada à rádio Itatiaia nesta quinta-feira (8), que Jair Bolsonaro (PL) tenha presunção de inocência, após uma operação da Polícia Federal, deflagrada também nesta manhã, mirar ex-aliados do ex-presidente e o próprio Bolsonaro.
“Eu não quero fazer julgamento do que pode acontecer na Justiça brasileira”, afirmou Lula à Itatiaia. “O que eu quero é que o Bolsonaro tenha a presunção de inocência, que eu não tive. O que eu quero é que seja investigado e que seja apurado. Quem tiver responsabilidade pelos seus erros, que pague pelos seus erros.”
A respeito da operação em si – na qual foram cumpridos mandados contra Valdemar Costa Neto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Walter Braga Netto, entre outros aliados de Bolsonaro –, Lula disse que não podia comentar muito.
“Eu sinceramente não tenho muitas condições de falar sobre uma ação da Polícia Federal porque isso é uma coisa sigilosa, é uma coisa da polícia, é uma coisa da Justiça, e não cabe ao presidente da República ficar dando palpite em uma atuação dessa”, afirmou o petista.
“Eu espero que a Polícia Federal faça a coisa do jeito mais democrático possível, que não haja nenhum abuso, que faça aquilo que a Justiça determinou que faça, e depois apresente para a sociedade o resultado daquilo que eles encontraram”, acrescentou.
Lula criticou, ainda, o comportamento de Bolsonaro nas eleições de 2022.
“As pessoas precisam aprender: eleição democrática a gente perde e a gente ganha. Quando a gente perde, a gente lamenta. Quando a gente ganha, a gente toma posse e governa o país”, disse. “O cidadão que estava no governo não estava preparado pra ganhar, não estava preparado pra perder, não estava preparado pra sair”
“Ele [Bolsonaro] deve ter participado da construção dessa tentativa de golpe”, afirmou o presidente. “Então vamos esperar as investigações. Eu espero que no tempo mais rápido possível a gente possa ter um resultado do que foi que verdadeiramente aconteceu no Brasil.”
Ex-presidente é alvo de operação que investiga organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impede que o ex-presidente Jair Bolsonaro saia do país e tenha contato com investigados.
O ex-presidente é um dos alvos da operação deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal. Ela investiga uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
O ministro deu um prazo de 24h para que Bolsonaro entregue seu passaporte para as autoridades policiais. A defesa do ex-presidente informou que cumprirá as determinações judiciais.
A operação desta quinta-feira é baseada na delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Ela apura a discussão da chamada “minuta do golpe”, encontrada na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Nesta fase da Operação Tempus Veritatis, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.
A inflação do país foi de 0,56% em dezembro, sexto mês seguido com taxas positivas. Com isso, o IPCA fechou 2023 com alta acumulada de 4,62%, dentro do intervalo da meta da inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 1,75% e 4,75%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (11) pelo IBGE.
Em dezembro, todos os nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa registraram alta. A maior veio de alimentação e bebidas (1,11%), grupo que acelerou em relação ao mês anterior (0,63%) e exerceu o maior impacto sobre o resultado geral (0,23 ponto percentual). Com o aumento nos preços da batata-inglesa (19,09%), do feijão-carioca (13,79%), do arroz (5,81%) e das frutas (3,37%), a alimentação no domicílio subiu 1,34%. Por outro lado, o preço do leite longa vida baixou pelo sétimo mês seguido (-1,26%).
“O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas, que são mais sensíveis a essas variações climáticas”, explica o gerente do IPCA, André Almeida.
“No caso do arroz, que registrou alta pelo quinto mês seguido, a produção foi impactada pelo clima desfavorável”, diz o pesquisador. “Já a alta do feijão tem relação com a redução da área plantada, o clima adverso e o aumento do custo de fertilizantes”, completa.
No mesmo período, a alimentação fora do domicílio (0,53%) acelerou frente ao mês anterior (0,32%), com as altas do lanche (0,74%) e da refeição (0,48%). Esses dois itens também aceleraram na comparação com novembro.
No grupo dos transportes (0,48%), o segundo que mais contribuiu para o índice geral (0,10 p.p), as passagens aéreas (8,87%) continuaram subindo. Dezembro foi o quarto mês seguido com variações positivas desse subitem, que representou o maior impacto individual sobre a inflação do país (0,08 p.p.). Por outro lado, todos os combustíveis pesquisados (-0,50%) tiveram deflação: óleo diesel (-1,96%), etanol (-1,24%), gasolina (-0,34%) e gás veicular (-0,21%).
“Pelo fato de a gasolina ser o subitem de maior peso entre os 377 pesquisados pelo IPCA, com essa queda, ela segurou o resultado no índice do mês”, ressalta André. Em dezembro, os preços desse combustível caíram pelo terceiro mês consecutivo.
Já em Habitação (0,34%), que desacelerou na comparação com novembro (0,48%), os destaques foram as altas da energia elétrica residencial (0,54%), da taxa de água e esgoto (0,85%) e do gás encanado (1,25%). Os demais grupos registraram os seguintes resultados: Artigos de residência (0,76%), Vestuário (0,70%), Despesas pessoais (0,48%) Saúde e cuidados pessoais (0,35%), Educação (0,24%) e Comunicação (0,04%).
IPCA fecha ano com alta de 4,62%, influenciado pelos transportes
No ano, a inflação acumulada de 4,62% ficou abaixo dos 5,79% registrados no ano anterior. O maior impacto nesse resultado veio do grupo Transportes (7,14%), com a alta acumulada da gasolina (12,09%). Esse combustível tem o maior peso entre os subitens pesquisados no IPCA e, no ano, exerceu a maior contribuição individual (0,56 p.p.) para o resultado geral. “Vale lembrar que a gasolina teve o impacto da reoneração dos tributos federais e das alterações nas cobranças do ICMS”, destaca André.
Outras altas relevantes no grupo foram do emplacamento e licença (21,22%) e das passagens aéreas (47,24%). Já os preços dos automóveis novos (2,37%) desaceleraram em relação a 2022 (8,19%), enquanto os dos usados recuaram 4,80%. “Como os preços dos automóveis subiram em 2022, o IPVA refletiu essa alta no ano seguinte”, explica.
O grupo de Alimentação e bebidas, que tem o maior peso no IPCA, subiu 1,03% no ano. O resultado se deve à queda nos preços da alimentação no domicílio (-0,52%), com a deflação do óleo de soja (-28,00%) do frango em pedaços (-10,12%) e das carnes (-9,37%). Outros grupos de destaque no acumulado do ano foram Saúde e cuidados pessoais (6,58%) e Habitação (5,06%).
“O grupo de produtos alimentícios ficou abaixo do resultado geral e ajudou a segurar o índice de 2023. Houve quatro quedas seguidas no meio de ano, o que contribuiu para esse resultado. A queda na alimentação no domicílio reflete as safras boas e a redução nos preços das principais commodities no mercado internacional, como a soja e o milho”, analisa o gerente da pesquisa.
INPC tem alta de 0,55% em dezembro e fecha 2023 com alta de 3,71%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 0,55% em dezembro, acima do resultado do mês anterior (0,10%). O índice acumulou aumento de 3,71% no ano, abaixo do registrado no ano anterior (5,93%). No acumulado de 2023, houve alta de 0,33% nos produtos alimentícios e de 4,83% nos não alimentícios. “O resultado acumulado do ano do INPC ficou abaixo do IPCA principalmente por conta do maior peso que o grupo alimentação e bebidas tem dentro da cesta”, explica o pesquisador.
Em dezembro do ano passado, os preços dos produtos alimentícios aceleraram (de 0,57% para 1,20%). Os não alimentícios também registraram variações maiores (0,35% em dezembro contra -0,05% no mês anterior).
Mais sobre as pesquisas
O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC, as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. Acesse os dados no Sidra. O próximo resultado do IPCA, referente a janeiro, será divulgado em 8 de fevereiro.
Caso Arthur Lira mantenha a decisão de enfrentar o Planalto, e convença os líderes a não negociarem com o governo, Lula ainda conta com a pressão de empresários para que a agenda da pauta econômica não fique paralisada no Parlamento.
O núcleo político do Palácio do Planalto, embora não recomende o acirramento dos ânimos com a Câmara, apesar do discurso agressivo do presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), na abertura do ano Legislativo, já estuda medidas para neutralizar o líder do chamado ‘Centrão’. Enquanto alguns emissários do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram destacados na tentativa de retomar o diálogo com Lira, outros já começaram a procurar, diretamente, os líderes de oposição, para iniciar negociações diretas sobre os projetos de interesse do governo.
Tom agressivo
— Se a pauta na Câmara ficar travada por causa do Arthur Lira, ele terá de dar satisfação à turma da Faria Lima (mercado financeiro em São Paulo), com quem ele tem excelente relação e não vai gostar de medidas econômicas ficarem paradas no Congresso — disse um assessor do governo à mídia conservadora.
Já circula, no entanto, o entendimento nos bastidores que líderes de partidos no pêndulo entre oposição e a base aliada reconhecem que o tom agressivo gerou um mal-estar com o Planalto. Assessores do governo avaliam que o presidente da Câmara contribuiu mais para o fechamento de portas do que para abri-las.
Uma das razões para o tom belicoso adotado por Lira, na avaliação de integrantes do governo, é que o presidente da Câmara tenta agradar a bancada de oposição, no bojo da campanha pela Presidência da Casa.
Em visita ao Brasil, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quarta-feira (7) que o surto de dengue registrado no país faz parte de um grande aumento de casos da doença em escala global. Segundo ele, foram relatados, ao longo de 2023, 500 milhões de casos e mais de 5 mil mortes em cerca de 80 países de todas as regiões, exceto a Europa.
Durante a cerimônia de lançamento do programa Brasil Saudável, Tedros lembrou que o fenômeno El Niño, associado ao aumento das temperaturas globais, vem contribuindo para o aumento de casos de dengue no Brasil e no mundo. O diretor-geral da OMS comentou ainda a vacinação contra a doença e disse que o país tem uma capacidade gigantesca de produção de insumos desse tipo.
“O Brasil está fazendo seu melhor. Os esforços são em interromper a transmissão e em melhorar o controle da doença”, disse. “Temos a vacina e isso pode ser usado como uma das ferramentas de combate”, completou.
Prefeito discursou sobre a importância da aprovação do Programa Centraliza para a revitalização da região Central da Capital e frisou avanços conquistados com apoio dos vereadores, como a aprovação do novo Código Tributário e do Plano Diretor
O prefeito Rogério destacou a relação de parceria com a Câmara Municipal durante a abertura dos trabalhos legislativos deste ano, em discurso no plenário da Casa, nesta terça-feira (6/2). No pronunciamento, o prefeito também defendeu a importância do Programa Centraliza, atualmente em análise pelos vereadores, para o desenvolvimento da região Central da Capital.
“Neste último ano (de mandato), gostaria de contar com o apoio de cada parlamentar para se debruçar sobre um projeto de lei de extrema importância para a revitalização do centro de Goiânia, no âmbito do programa Centraliza. O Centraliza propõe medidas ousadas, com foco em incentivos fiscais que serão fundamentais para a promoção de uma transformação significativa em diversos setores comerciais da região Central”, afirmou o prefeito Rogério.
O chefe do executivo citou benefícios fiscais promovidos pelo programa, que incluem, para os estabelecimentos no ramo de gastronomia, cinemas, brechós, livrarias, espaços de saúde, escolas, veterinária, informática, guarda e vigilância, hotelaria e franquias, isenção de IPTU e taxa de localização em 100% por cinco anos, seguido de uma redução de 60% até o décimo ano. Para outros ramos no centro, a isenção será de 100% por três anos, seguida de uma redução de 40% por mais dois anos.
Já para projetos de retrofit, os benefícios serão de 100% por cinco anos e 40% até o terceiro ano, com a condição de que o proprietário realize a revitalização da calçada e fachada do imóvel. Imóveis residenciais também são contemplados na proposta.
“Já entramos com a presença da Prefeitura com reforço nos serviços de zeladoria, asfalto novo, iluminação em LED e o retorno de secretarias para aquela região. Vamos reforçar a nossa atuação no centro de Goiânia, com esporte, arte e cultura, para darmos uma nova cara a este bairro histórico. Acredito que, juntos, podemos construir uma Goiânia mais dinâmica, inclusiva e próspera. A participação ativa dos vereadores é fundamental para o sucesso dessa iniciativa e para consolidarmos nosso compromisso com o progresso da cidade. Vamos trabalhar unidos para deixar um legado significativo para as futuras gerações de goianienses”, completou o prefeito.
Parceria
Na Tribuna, o prefeito Rogério também fez questão de citar o trabalho desenvolvido em parceria com os vereadores ao longo do mandato. “Nos últimos três anos, trabalhamos juntos em muitas propostas importantes para a cidade e para os goianienses: o IPTU Social, o Renda Família e o Renda Família + Mulher são exemplos de matérias que impactaram as famílias menos favorecidas de nossa cidade. Também gostaria de destacar outras conquistas cruciais que foram possíveis graças à parceria entre Prefeitura e Câmara Municipal: a aprovação do novo Código Tributário e do Plano Diretor, juntamente com as leis complementares”, recordou.
O prefeito ainda falou sobre o pedido de empréstimo no valor de R$ 710 milhões em análise na Casa ao afirmar que o montante é fundamental para a execução das obras planejadas pela gestão. “Este recurso garantirá a execução de todas as obras projetadas em nossa gestão para que possamos cumprir os compromissos que assumimos com os goianienses. Conto com o apoio dos senhores e senhoras para que possamos entregar o melhor”.
O presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo, agradeceu a presença do prefeito Rogério e dos secretários municipais durante a abertura dos trabalhos legislativos. “Eu quero agradecer a presença de todos os secretários municipais. Agradecer a presença do prefeito Rogério que visita esta Casa hoje gentilmente na abertura dos trabalhos”, disse.
Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia
Medida provisória beneficia brasileiros que ganham até R$ 2.824 por mês; ação impacta 15,8 milhões de pessoas
O governo federal editou uma medida provisória (MP) que isenta o pagamento do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até dois salários mínimos. A partir de agora, a pessoa física com remuneração mensal de até R$ 2.824 não terá mais de pagar o tributo. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na noite desta terça-feira (6).
A medida isenta 15,8 milhões de brasileiros, informou o governo.
É estimada redução de receitas de R$ 3,03 bilhões em 2024; de R$ 3,53 bilhões em 2025 e de R$ 3,77 bilhões em 2026.
Antes, a isenção do IR era para salários de até R$ 2.640, correspondendo a dois salários mínimos em 2023. Porém, em janeiro deste ano passou a vigora o novo valor do benefício, de R$ 1.412.
O governo alterou a primeira faixa da tabela progressiva mensal do IR, com elevação do limite de aplicação da alíquota zero em 6,97%. Assim, o valor atualmente vigente passa de R$ 2.112 para R$ 2.259,20.
O contribuinte com rendimentos de até R$ 2.824 mensais será beneficiado com a isenção porque, dessa renda, se tira o desconto simplificado, de R$ 564,80, resultando em uma base cálculo mensal de R$ 2.259,20, ou seja, exatamente o limite máximo da faixa de alíquota zero da nova tabela.
O desconto de R$ 564,80 é opcional, ou seja, quem tem direito a descontos maiores pela legislação atual (previdência, dependentes, alimentos) não será prejudicado.
Outras três pessoas ficaram feridas, mas não correm risco de vida; Piñera comandou o Chile por dois mandatos
O ex-presidente do Chile Sebastián Piñera morreu aos 74 anos nesta terça-feira (6) em um acidente de helicóptero, informaram o governo chileno e a equipe do empresário. A aeronave caiu no Lago Ranco, no sul do Chile. Outras três pessoas ficaram feridas.
Segundo as autoridades, o acidente aconteceu às 14h57, no horário local, no Lago Ranco. O helicóptero seria de propriedade privada.
Piñera tem uma casa na região rural onde aconteceu a queda, que usava durante as férias. Ele voltava de um almoço na casa do empresário José Cox.
As condições meteorológicas da região eram ruins na hora do acidente, com muita chuva, segundo relatos.
Até o momento, a identidade dos demais ocupantes não foi confirmada, mas a ministra do Interior do Chile afirmou que os feridos estão fora de perigo. Ainda segundo a autoridade, será realizado um funeral de Estado para Piñera.
O atual presidente do Chile, Gabriel Boric, decretou três dias de luto nacional. Ele destacou ainda que entrou em contato com os ex-presidentes do Chile Eduardo Frei, Ricardo Lagos e Michele Bachelet.
“Todos eles lamentam profundamente a morte do ex-presidente Sebastián Piñera. Farão todo o possível para participar de seu funeral”, anunciou.
Líderes mundiais, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentaram a morte do empresário de 74 anos, destacando seus feitos à frente do Chile.
Quem era Sebastián Piñera
O empresário governou o país duas vezes: entre 2010 e 2014; e entre 2018 e 2022.
Piñera foi candidato da coalizão de centro-direita Chile Vamos, vencendo as eleições presidenciais no país sul-americano pela segunda vez em 2017.
Engenheiro comercial com pós-graduação em Economia na universidade de Harvard, foi considerado um dos maiores empresários do Chile.
Ele era acionista majoritário da principal companhia aérea anteriormente conhecida como LAN, do time de futebol local Colo-Colo e de uma estação de televisão, embora tenha vendido a maior parte dessas participações quando assumiu a Presidência em março de 2010.
Em 2024, ele ficou em 1.176º lugar na lista global dos mais ricos da Forbes, com um patrimônio líquido de US$ 2,7 bilhões.
Foi docente de várias universidades e consultor de organizações como Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial.
Em 1976, trabalhou em um projeto para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Piñera começou a carreira política como senador, em 1990. Em 2006, disputou a Presidência, ano que Michelle Bachelet ganhou as eleições.
Quatro anos depois, foi Bachelet quem entregou a faixa presidencial a Piñera. Seu governo foi o primeiro de centro-direita eleito democraticamente desde 1958, segundo informações da CNN Espanhol.
Em 11 de março de 2010, assumiu um Chile destruído por um terremoto que deixou mais de 500 mortos e muito prejuízo. Meses depois, também houve o resgate dos 33 mineiros de Copiapó, que ficaram 70 dias presos.
Sua popularidade passou por momentos críticos durante o primeiro governo, em parte por protestos estudantis, que demandavam mais acesso ao sistema educacional do país.
Ao fim do primeiro mandato, tinha 50% de aprovação, segundo a consultoria Adimark. Analistas avaliaram que esse nível se deu pela diminuição do desemprego e recuperação da economia, por exemplo.
Com o lema “Tempos Melhores”, tinha a redução do desemprego, crescimento econômico e melhora da qualidade de vida da classe média entre as propostas para o segundo mandato. Venceu a disputa eleitoral em dezembro de 2017.
Entre 2019 e 2020, o Chile viveu intensos protestos, que começaram contra a alta tarifa do metrô e se desenvolveram na luta por uma nova Constituição, pois a atual remonta à ditadura de Pinochet.
Em 2020, um plebiscito decidiu que uma nova Constituição deveria ser redigida. Entretanto, em 17 de dezembro de 2023, uma nova consulta pública rejeitou a proposta de Carta Magna.
Piñera também comandou a luta contra a pandemia de Covid-19 no Chile. O país, que em maio de 2020 havia atingido as maiores taxas de infecção per capita do mundo junto com o Peru, se tornou um exemplo global com a campanha de vacinação.
Até 9 de fevereiro de 2021, quando alguns países da região ainda não tinham recebido nenhuma vacina contra a Covid-19, mais de um milhão de doses da vacina já tinham sido administradas no Chile.
Piñera se casou em 1973 com Cecília Morel e teve quatro filhos.