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  • Ciro diz que senadora fez ‘serviço particular’ para ministro, e parlamentar promete processá-lo

    Ciro diz que senadora fez ‘serviço particular’ para ministro, e parlamentar promete processá-lo

    O ex-governador do Ceará Ciro Gomes afirmou em entrevista que a senadora Janaína Farias (PT-CE) faz “serviço particular” de “harém” para o ministro Camilo Santana (Educação). A senadora afirma que vai processar Ciro Gomes.

    Janaína Farias foi empossada no Senado na terça-feira (2), substituindo Augusta Brito (PT-CE), licenciada do mandato por quatro meses para atuar como secretária de Articulação Política no Governo do Ceará. Janaína é a segunda suplente, Augusta Brito a primeira, da vaga de Camilo Santana, ministro da Educação do governo Lula (PT).

    “É lamentável que esse tipo de agressão a uma mulher ainda persista na política cearense. Mas a baixaria e a covardia parecem ser uma característica na trajetória deste político”, afirmou a senadora, em resposta enviada pela equipe de comunicação à reportagem.

    “Infelizmente, todos sabem que misoginia é uma característica deste senhor e que deve ser motivo de repúdio por toda a sociedade.”

    Em entrevista ao portal A Notícia do Ceará na quinta-feira (4), Ciro comparou Camilo Santana ao imperador romano Calígula, a quem é atribuída a história de ter empossado um cavalo como senador em Roma.

    “Esse cara [Calígula] estava tão poderoso, tão sem contraste, como infelizmente parece que o Camilo está se vendo, que para humilhar o Senado ele nomeou o próprio cavalo de senador. Mal comparando –não é um cavalo, estamos falando de uma pessoa, portanto–, eu pergunto, com todo respeito: qual é a obra, a realização, o preparo, que Janaína tem para ser senadora da República?”, afirmou.

    “Ela só fez serviço particular do Camilo, e serviço particular, assim, é o harém, são os eunucos, são as meninas do entorno. Ela sempre foi encarregada desse serviço.”

    Na mesma entrevista, Ciro Gomes nega que as falas sejam machistas, menciona supostas ligações da família de Janaína Farias com o crime organizado do Ceará e disse estar arrependido de ter um dia sido aliado de Camilo Santana.

    O diretório estadual do PT divulgou nota em que chama de “repugnantes e inaceitáveis” as declarações do ex-governador.

    “Isso demonstra claramente a dificuldade do senhor Ciro em aceitar mulheres no poder e sua falta de compromisso com uma sociedade que demanda cada vez mais representação, voz e vez para as mulheres”.

    O PDT do Ceará rebateu o PT com outra nota. O partido prestou solidariedade ao ex-governador, a quem chamou de “vítima de acusações levianas e infundadas”.

    O diretório estadual do partido de Ciro mencionou a ex-prefeita e deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), pré-candidata à Prefeitura de Fortaleza. Ela disputa a vaga do partido e tem reclamado que está sendo preterida.

    O PDT do Ceará disse, na nota pública, que o PT estadual “silencia sobre a violência e o massacre” que a direção do partido impõe sobre Luizianne.

    Além de Luizianne, outros quatro nomes disputam a vaga do PT para a prefeitura da capital cearense, entre eles o deputado estadual Evandro Leitão (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Ceará e figura próxima ao senador Cid Gomes (PSB-CE).

    Ciro Gomes já foi acusado de falas machistas em outras ocasiões. Na mais famosa, durante campanha presidencial em 2002, o então candidato disse sobre a então esposa, a atriz Patrícia Pilar: “A minha companheira tem um dos papéis mais importantes, que é dormir comigo. Dormir comigo é um papel fundamental”.

    Nas eleições de 2022, a atriz afirmou ter perdoado o ex-governador já naquela época, quando ele “imediatamente pediu desculpas”
    Folha de São Paulo

  • Ciro Gomes denuncia liberação de precatórios no governo Lula: “falcatrua maior que a do mensalão e do petrolão juntos”

    Ciro Gomes denuncia liberação de precatórios no governo Lula: “falcatrua maior que a do mensalão e do petrolão juntos”

    Político falou em entrevista sobre a polêmica liberação de R$ 93 bilhões pelo governo Lula para o pagamento de precatórios.

    Em uma recente declaração, o ex-presidenciável Ciro Gomes, filiado ao PDT, fez duras críticas à gestão da política econômica do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, Gomes abordou a polêmica liberação de R$ 93 bilhões pelo governo Lula para o pagamento de precatórios.

    Segundo Ciro Gomes, a gestão econômica de Lula e Bolsonaro merece ser comparada devido às suas diferentes abordagens. Em suas palavras, ele destacou as disparidades entre as administrações, gerando um debate acalorado sobre as estratégias adotadas para enfrentar os desafios econômicos do país.

    No cerne de suas críticas, Ciro Gomes apontou a polêmica liberação de R$ 93 bilhões pelo governo Lula para quitar precatórios. Para ele, a decisão de vender esses precatórios para poucos bancos, com deságio de até 50%, configura uma “falcatrua maior que a do mensalão e do petrolão juntos”. O político expressou sua preocupação com a possível concentração de poder financeiro nas mãos de apenas dois bancos, o que, segundo ele, prejudicaria a transparência e a equidade nas finanças do país.

    “Estranho né o Lula e o PT sem dinheiro para nada, corta daqui, corta de lá e de repente eles decidem pagar op calote de precatórios do Bolsonaro R$93 bilhões. Fui atrás e achei, sabe o que é? O governo Lula vendeu os precatórios para bancos, para poucos bancos, dois bancos, que compraram esses precatórios com deságio de até 50%. Essa falcatrua é maior que o Mensalão e o Pertrolão juntos”, disse ele em entrevista a CNN.

    A equipe de reportagem da CNN procurou o governo para comentar sobre as acusações feitas por Ciro Gomes, mas não não houve manifestação por parte das autoridades governamentais. A ausência de resposta alimenta a polêmica e levanta questionamentos sobre a transparência nas ações do governo em relação à gestão econômica.

    A venda de precatórios para instituições financeiras é uma prática legal, mas as críticas de Ciro Gomes se concentram no modo como essa transação específica foi conduzida. Ele argumenta que a venda para apenas dois bancos, com deságio significativo, levanta suspeitas sobre possíveis favorecimentos e falta de competitividade no processo.

    Fonte: Ampost