Categoria: Brasil

  • Influencer, que fez acusações contra Eduardo Bolsonaro e Marco Feliciano, é procurada pelo FBI por fraude

    Influencer, que fez acusações contra Eduardo Bolsonaro e Marco Feliciano, é procurada pelo FBI por fraude

    Patrícia de Oliveira Souza Lélis Bolin, uma brasileira de 29 anos, está enfrentando acusações nos Estados Unidos por supostamente se passar por advogada de imigração e desviar U$ 700 mil (R$ 3,4 milhões) para uso pessoal. O Departamento de Justiça norte-americano alega que Lélis Bolin prometia auxiliar na obtenção de vistos E-2 e EB-2, que oferecem residência permanente e a possibilidade de cidadania mediante investimento significativo.

    A acusação detalha que Patrícia Lélis teria utilizado o dinheiro dos clientes não para processar os vistos, mas sim para reformar sua casa em Arlington, Virgínia, e cobrir despesas pessoais, incluindo contas de cartão de crédito. Além disso, teria fornecido números de processos falsos aos seus clientes. O FBI, equivalente à Polícia Federal brasileira, está em busca de informações sobre seu paradeiro.

    “Lélis Bolin é acusada de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado. Lélis Bolin enfrenta uma pena máxima de 20 anos de prisão se for condenada por envolvimento em fraude eletrônica, um máximo de 10 anos se for condenada por transações monetárias ilegais e um mínimo obrigatório de dois anos adicionais de prisão se for condenada por roubo de identidade agravado”, informou o comunicado das autoridades dos EUA.

    Por meio das redes sociais, Patrícia Lélis admitiu, de maneira indireta, as acusações, afirmando estar refugiada e que já saiu dos Estados Unidos. Ela alega ser vítima de “perseguições e falsas acusações” e que seu “suposto crime” é político. Lélis Bolin confessou ter “roubado” provas para defender sua versão dos fatos e garantir sua segurança, entregando documentos ao governo que lhe concedeu asilo político, embora não tenha revelado sua localização atual.

    Hora Brasília

  • Tarcísio de Freitas anuncia apoio a Ricardo Nunes nas eleições municipais

    Tarcísio de Freitas anuncia apoio a Ricardo Nunes nas eleições municipais

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),anunciou nesta terça-feira (16) seu apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) na próxima eleição municipal de São Paulo. Durante um encontro no Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio enfatizou a importância da colaboração entre o estado e a prefeitura, elogiando o compromisso de Nunes.

    “O que a gente tem aqui é uma grande parceria de trabalho. A gente tem raciocinado muito com isso. São vários programas realizados em conjunto. A gente vai atacar muito forte, este ano, a questão do Centro. Tem vários projetos de revitalização de pontos importantes. Se a gente não tiver diálogo, não resolve”, declarou Tarcísio. Quando indagado sobre um possível apoio do eleitorado a Nunes, o governador confirmou essa expectativa.

    Por outro lado, Nunes ressaltou sua autonomia na escolha do vice para sua chapa, embora saliente que considerará as opiniões de Tarcísio, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e dos partidos da coligação. Aliados próximos do prefeito indicam que essa decisão será tomada até o prazo final das convenções partidárias, previstas para março.

    Ao abordar a seleção de seu vice, Nunes fez uma comparação com Guilherme Boulos (PSOL), mencionando que a escolha de Marta Suplicy como vice de Boulos foi uma decisão do presidente Lula (PT). Ele explicou: “No nosso caso, como a gente tem um processo que reúne vários partidos e lideranças importantes – presidente Bolsonaro, governador Tarcísio -, evidentemente a gente tem que fazer uma ação democrática de escuta de todo mundo. É óbvio que a decisão vai ser, no final, minha. Agora, lógico, eu não vou colocar ninguém que o Tarcísio não goste”. Ricardo Nunes frisou que, embora a decisão final sobre o vice seja dele, ele levará em conta as opiniões de Tarcísio e Bolsonaro.

    Hora Brasília

  • PF vai chamar Eduardo Cunha para depor sobre o caso de Sérgio Moro

    PF vai chamar Eduardo Cunha para depor sobre o caso de Sérgio Moro

    No caso do ex-presidente da Câmara, a PF apura suspeita apontada por Tony Garcia em depoimento prestado no ano passado, no Supremo Tribunal Federal (STF), de que teria sido dada a ele a “missão” de falar com Cunha que Marcelo Odebrecht e seus parentes estavam sob investigação.

    A Polícia Federal (PF) planeja ouvir, nos próximos dias, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e o ex-executivo da Odebrecht Fernando Reis no âmbito da investigação que apura denúncias de irregularidades no acordo de colaboração premiada do empresário e ex-deputado estadual do Paraná Tony Garcia, homologado pelo ex-juiz parcial e incompetente, hoje senador, Sergio Moro (UB-PR), em 2004. As supostas fraudes podem ter afetado também os acordos de colaboração fechados pela Operação Lava Jato, anos mais tarde.

    No caso do ex-presidente da Câmara, a PF apura suspeita apontada por Tony Garcia em depoimento prestado no ano passado, no Supremo Tribunal Federal (STF), de que teria sido dada a ele a “missão” de falar com Cunha que Marcelo Odebrecht e seus parentes estavam sob investigação na Lava Jato. Investigadores federais sugerem que seja tomado o depoimento de Cunha e de Fernando Reis, que foi um dos executivos das empresas do grupo de Marcelo Odebrecht .

    Ao todo, Tony Garcia depôs por mais de cinco horas no ano passado às autoridades que, a partir dos relatos, listaram uma série de episódios prontos a ser investigados, incluindo o uso de escutas ambientais e investigação de pessoas por parte de Tony, como agente infiltrado, envolvendo pessoas que foram investigadas na Lava Jato.

    Oitivas

    Em face destes episódios, a PF e a Procuradoria-Geral da República (PGR) querem ouvir também a advogada e mulher de Sergio Moro, deputada Rosângela Moro (UB-SP), e seu sócio Carlos Zucolotto Junior; além dos ex-integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba Deltan Dallagnol, Carlos Fernando dos Santos Lima e Januário Paludo.

    A abertura do inquérito foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, na véspera. Para a PF e para a PGR, os episódios relatados por Tony Garcia podem ser enquadrados em crimes como concussão (quando o funcionário público exige vantagem indevida), fraude processual, organização criminosa e lavagem de capitais.

    “Nesse quadro, infere-se dos relatos prestados por Tony Garcia, caso sejam eventualmente comprovados, apontam para um desvirtuamento das decisões tomadas no âmbito da Operação Lava Jato”, afirma a PGR no pedido encaminhado ao ministro Toffoli.

    Agente da Abin

    Ainda segundo o relato de Tony, que foi acompanhado por uma série de documentos entregues às autoridades e que embasaram o pedido de abertura de inquérito, seu acordo de colaboração premiada previa a realização de 30 tarefas. Destas, porém, os investigadores da PF constataram que somente duas tinham relação com o episódio que envolvia o Consórcio Garibaldi, empresa de Tony que faliu na década de 90 prejudicando várias pessoas em um episódio que o levou a ser preso por ordem de Moro. Foi a partir dessa prisão que Tony fechou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, homologado em 2004.

    Apesar de ter sido fechado bem antes da Lava Jato, segundo o ex-delator, seu acordo foi marcado por intimidações e chantagens por parte das autoridades que o levaram a realizar várias atividades como “agente infiltrado” e que podem ter afetado pessoas que acabaram sendo investigadas pela Lava Jato anos mais tarde.

    Delação

    Ainda nesta terça-feira, o Tony Garcia utilizou sua conta na rede X (ex-Twitter) para confrontar Moro, a quem acusa de “covardia”. Na mensagem, o ex-delator chamou o ex-juiz a assumir responsabilidade por supostos crimes cometidos. Em sua declaração, Garcia sugeriu que Moro, Rosangela Moro e Deltan Dallagnol considerassem uma delação premiada, diante da abertura di inquérito no STF.

    A defesa de Moro negou irregularidades e afirmou desconhecer a decisão do STF, ressaltando que o instituto da colaboração premiada não tinha o mesmo regramento à época dos fatos.

  • Governo vê mudança no comando da Vale como brecha para tentar emplacar Mantega

    Governo vê mudança no comando da Vale como brecha para tentar emplacar Mantega

    A proximidade do fim do mandato de Eduardo Batolomeo no comando da Vale é vista pelo governo como uma oportunidade para tentar ampliar sua influência sobre a gestão da mineradora, hoje uma empresa sem controlador definido.

    Fontes do Palácio do Planalto dizem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não desistiu de emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no comando da companhia, mas a ideia esbarra nas regras internas de governança e na falta de apoio de grandes acionistas.

    A hipótese mais realista, portanto, é ocupar uma das treze cadeiras do conselho de administração, o que garantiria ao governo ao menos o poder de opinar sobre os negócios da maior companhia privada brasileira, que tem operações em mineração, siderurgia, energia e logística.

    Segundo aliados, Lula avalia que Mantega tem sido injustiçado e deve ocupar um papel de relevância. O ex-ministro, por sua vez, tem mostrado entusiasmo com a ideia de integrar o conselho da Vale.

    A vaga para a indicação do ex-ministro, dizem fontes, poderia aberta com a indicação do conselheiro Luis Henrique Guimarães à diretoria. Guimarães foi indicado pela Cosan, empresa que presidiu, e hoje uma das acionistas relevantes da Vale.

    Ainda assim, não há consenso entre os acionistas privados. Ainda que tenha o capital pulverizado, a gestão da Vale ainda sofre forte influência dos principais acionistas: Bradesco, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, e a japonesa Mitsui.

    Duas grandes gestoras globais de investimentos, a Blackrock e a Capital Group também têm fatias relevantes na companhia, que nos três trimestres de 2023 acumulou lucro de R$ 27,9 bilhões.

    A decisão sobre o novo comando da mineradora pode ser debatida em reunião do conselho de administração marcada para 31 de janeiro. O conselho tem a palavra final sobre o novo presidente — podendo, inclusive, reconduzir Bartolomeo, que já disse que não gostaria de sair.

    A composição atual do colegiado tem oito membros independentes, escolhidos por investidores institucionais, dois representantes da Previ, um do Bradesco, um da Mitsui e um representante dos trabalhadores da companhia.

    Seus mandatos têm vigência até 2025, um empecilho adicional aos planos do governo, já que a indicação de um novo membro dependeria da renúncia ou da transferência de algum membro para novo cargo. A substituição de um dos indicados pela Previ seria outra opção.

    A pressão por influência na mineradora repete histórico do segundo mandato de Lula, quando o presidente teve embates com o ex-presidente da empresa Roger Agnelli, que tocava um plano de internacionalização das operações.

    Agnelli deixou o cargo em 2011. Foi substituído por Murilo Ferreira, visto à época como candidato preferido da ex-presidente Dilma Rousseff.

    Naquele momento, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tinha também participação relevante na empresa, o que facilitava os planos do governo. A fatia, porém, foi vendida durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

    O presidente atual do banco de fomento, Aloizio Mercadante, é um dos defensores da indicação de Mantega.

    “Guido exerceu funções públicas relevantes no BNDES, no Ministério do Planejamento e no Ministério da Fazenda e possui as qualidades necessárias para também exercer funções importantes na iniciativa privada”, afirma. “É um quadro que precisa ser valorizado e que pode contar com o meu apoio.”

    Embora sem participação direta no conselho de administração, o governo tem direito a uma cadeira no conselho fiscal da companhia, benefício concedido pela golden share que ficou com a União após a privatização.

    No momento, a vaga é ocupada pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Ele foi empossado em setembro de 2023 para substituir o então nomeado ao Banco Central Gabriel Galípolo, e seu mandato termina na assembleia de acionistas de 2024.

    Folha de São Paulo

  • Aluguel residencial sobe 3 vezes mais que a inflação em 2023

    Aluguel residencial sobe 3 vezes mais que a inflação em 2023

    O preço do aluguel residencial encerrou 2023 com uma alta acumulada de 16,16%, segundo o Índice FipeZap, divulgado nesta terça-feira, 16. O resultado é ligeiramente menor do que em 2022, quando teve alta de 16,55%, o maior resultado em 11 anos.

    A variação anual do índice ficou acima dos resultados acumulados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE (+4,62%) e do Índice Geral de Preços – Mercado da FGV (-3,18%). Nessa comparação, o preço do aluguel residencial foi mais que três vezes maior que o IPCA, um dos principais índices de inflação.

    O Índice FipeZap analisa o comportamento dos preços de locação residencial em 25 cidades brasileiras, com base em anúncios veiculados na internet. Todas as 25 cidades que integram a cesta do índice registraram alta anual na locação residencial, incluindo as 11 capitais: Goiânia (+37,28%); Florianópolis (+27,68%); Fortaleza (+21,95%); Curitiba (+20,70%); Rio de Janeiro (+19,79%); Belo Horizonte (+17,11%); Porto Alegre (+13,88%); São Paulo (+13,28%); Recife (+12,40%); Salvador (+12,31%); e Brasília (+11,37%).

    Preço médio por metro quadrado

    Com base nos dados de dezembro de 2023, o preço médio do aluguel de imóveis residenciais foi de R$ 42,53/m². Os maiores valores médios foram de imóveis residenciais de um dormitório (R$ 54,74/m²); já os menores foram de unidades com três dormitórios (R$ 37,09/m²).

    O maior valor médio foi identificado em Barueri (SP), com R$ 59,06/m². Entre as capitais, o aluguel médio mais caro é em São Paulo, também a segunda colocada no ranking geral das 25 cidades analisadas, com o valor médio de R$ 51,62/m².

    Confira o preço médio do aluguel residencial em cada cidade do índice:

    – Barueri (SP): R$ 59,06/m²

    – São Paulo (SP): R$ 51,62/m²

    – Florianópolis (SC): R$ 49,81/m²

    – Recife (PE): R$ 47,78/m²

    – Santos (SP): R$ 45,50/m²

    – Rio de Janeiro (RJ): R$ 45,10/m²

    – Brasília (DF): R$ 40,57/m²

    – São José (SC): R$ 37,88/m²

    – São José dos Campos (SP): R$ 37,85/m²

    – Belo Horizonte (MG): R$ 36,76/m²

    – Curitiba (PR): R$ 36,17/m²

    – Goiânia (GO): R$ 36,07/m²

    – Campinas (SP): R$ 34,87/m²

    – Praia Grande (SP): R$ 34,82/m²

    – Santo André (SP): R$ 34,05/m²

    – Guarulhos (SP): R$ 33,52/m²

    – Salvador (BA): R$ 33,10/m²

    – Porto Alegre (RS): R$ 31,67/m²

    – São Bernardo do Campo (SP): R$ 29,76/m²

    – Joinville (SC): R$ 28,39/m²

    – Fortaleza (CE): R$ 28,36/m²

    – Niterói (RJ): R$ 26,81/m²

    – Ribeirão Preto (SP): R$ 23,82/m²

    – São José do Rio Preto (SP): R$ 21,83/m²

    – Pelotas (RS): R$ 17,59/m²

  • INSS divulga como será o reajuste da aposentadoria em 2024

    INSS divulga como será o reajuste da aposentadoria em 2024

    Na última quinta-feira, 11, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgou os valores de reajuste destinados aos aposentados e pensionistas para o ano de 2024, contemplando também aqueles que recebem valores superiores ao salário mínimo.

    O cálculo do reajuste, de acordo com as disposições legais, seguirá as diretrizes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2023. Este índice registrou um aumento acumulado de 3,71% no período compreendido entre janeiro e dezembro do ano anterior. É importante ressaltar que este aumento representa o mais modesto desde 2018, quando o INPC apresentou um acréscimo de 3,43%.

    Para os beneficiários que recebem valores inferiores ao salário mínimo, o reajuste será calculado com base no novo salário mínimo anunciado pelo governo. Com o ajuste, o piso dos benefícios do INSS passa a ser R$ 1.412, representando um aumento de 8,4% em comparação a 2023, quando estava fixado em R$ 1.302.

    Diante do reajuste geral, conforme o INPC do último ano, o teto dos benefícios concedidos pelo INSS será estabelecido em R$ 7.786,01, superando o valor anterior de R$ 7.507,49.

    É importante destacar que o reajuste entrará em vigor a partir do primeiro pagamento dos benefícios do INSS no ano. Os aposentados e pensionistas começarão a receber os valores atualizados em conformidade com as novas diretrizes estabelecidas pelo instituto.

    Em janeiro, os pagamentos começam a serem feitos no dia 25 de janeiro.

    Calendário de pagamentos do INSS de janeiro

    Confira abaixo as datas de pagamento do INSS referentes a janeiro:

    Até 1 salário mínimo:

    • Final 1: 25 de janeiro;
    • Final 2: 26 de janeiro;
    • Final 3: 29 de janeiro;
    • Final 4: 30 de janeiro;
    • Final 5: 31 de janeiro;
    • Final 6: 1 de fevereiro;
    • Final 7: 2 de fevereiro;
    • Final 8: 5 de fevereiro;
    • Final 9: 6 de fevereiro;
    • Final 0: 7 de fevereiro.

    Acima de 1 salário mínimo:

    • Finais 1 e 6: 1 de fevereiro;
    • Finais 2 e 7: 2 de fevereiro;
    • Finais 3 e 8: 5 de fevereiro;
    • Finais 4 e 9: 6 de fevereiro;
    • Finais 5 e 0: 7 de fevereiro.

    Catraca Livre

  • Valdemar tem relação antiga com Lula antes de elogios que incomodaram Bolsonaro

    Valdemar tem relação antiga com Lula antes de elogios que incomodaram Bolsonaro

    A relação entre Valdemar Costa Neto e Lula (PT) é antiga e traçada por um histórico tanto de falas de apoio como de crítica contundente do presidente do PL ao governo petista.

    No primeiro mandato de Lula, o PL fez aliança com o PT ao indicar o senador José Alencar (1931-2011) para a Vice-Presidência.

    Em 2004, insatisfeito com a política econômica do governo Lula, Valdemar defendeu as demissões de Antonio Palocci Filho (ministro da Fazenda) e Henrique Meirelles (presidente do Banco Central).

    Ao ser acusado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser um dos integrantes do esquema do mensalão no governo Lula, Valdemar afirmou que os R$ 6,5 milhões que recebeu das empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza foram usados para pagar dívidas da campanha presidencial do petista.

    Na época, ele procurou “blindar” Lula. “Não quero ser um problema para o presidente Lula”, disse. “O Lula é um homem honesto. O caixa dois (…) aconteceu sem o conhecimento dele”, afirmou Valdemar.

    Nos últimos dias, Valdemar entrou na mira de bolsonaristas após fazer elogios a Lula. Sem mencionar diretamente o presidente do PL, Jair Bolsonaro falou em “implosão” de seu partido com “declaração absurda”.

    Relembre a relação de Valdemar com o petista:

    

    Vice-Presidência

    No primeiro mandato de Lula, o PL fez aliança com o PT e indicou o senador José Alencar (1931-2011) para a Vice-Presidência.

    Em uma convenção nacional, o partido presidido por Valdemar Costa Neto aprovou a coligação com o PT e oficializou Alencar para chapa com o petista.

    O PT esperava que o vice ampliasse o espectro da aliança de Lula, atraindo o apoio do grande empresariado e fortalecendo a imagem de que o partido estava menos radical.

    Ataque à equipe econômica petista

    Em 2004, o presidente do PL atacou a equipe econômica do governo Lula e defendeu as demissões do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

    “Na minha opinião, ele [Lula] tem de trocar o ministro Palocci por alguém que tenha competência para o cargo. O Palocci tem competência para ser prefeito de Ribeirão Preto [SP], não para ser ministro da Fazenda”, disse Valdemar.

    À época, as pressões contra a política econômica se acirraram depois que foi anunciado o encolhimento do PIB em 0,2%. A crítica à política econômica tornou-se comum por parte tanto da oposição quanto dos aliados.

    Ao cobrar mudanças, Valdemar citou o vice-presidente: “José Alencar tem alertado o governo há mais de um ano. Ele viu que o país não ia ter crescimento em abril do ano passado. O Palocci e o Meirelles só foram enxergar isso no mês de outubro. Quer dizer, nenhum dos dois tem condições de estar no governo”.

    Escândalo do mensalão

    Durante depoimento à CPI do Mensalão, Valdemar disse que usou caixa 2 em eleição de Lula. Ele afirmou que os R$ 6,5 milhões que recebeu entre fevereiro de 2003 e janeiro de 2004 das empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza foram usados para pagar dívidas da campanha presidencial de Lula –de quem José Alencar foi candidato a vice.

    “Para as eleições de 2002, involuntariamente, recebi dinheiro não-oficializado do PT. (…) [O recurso] foi totalmente gasto na campanha do presidente Lula no segundo turno”, disse à época.

    Segundo o presidente do PL, o dinheiro quitou dívidas contraídas com a confecção de material de campanha da coligação Lula-Alencar distribuído na região metropolitana de São Paulo.

    Valdemar foi acusado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser um dos integrantes do esquema do mensalão.

    Na época, o presidente do PL procurou “blindar” Lula, o vice e o PL. “Não quero ser um problema para o presidente Lula”, disse. “O Lula é um homem honesto. O caixa dois (…) aconteceu sem o conhecimento dele.”

    À época deputado federal pelo PR-SP, Valdemar foi condenado no processo do mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a sete anos e dez meses de prisão e multa de R$ 1,1 milhão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

    Contra impeachment Dilma

    Próximo à votação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, em 2016, Lula recorreu a Valdemar Costa Neto para conseguir votos do PR contra a medida. Na época, o ex-deputado era ex-presidente do partido e principal liderança da sigla.

    O PR estava entre as apostas do governo para segurar o impeachment de Dilma. As tratativas estavam sendo feitas pelo ministro do partido, Antonio Carlos Rodrigues, e pelo ex-deputado condenado no mensalão, mas ainda com forte influência no partido.

    Escolha de Lewandowski

    Em 2024, o presidente do PL elogiou em entrevista à Folha de S.Paulo a escolha de Lula de indicar o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça.

    O dirigente do partido de Jair Bolsonaro classificou Lewandowski como homem de bem e de comportamento firme.

    “Lewandowski tinha tudo para ir pro Ministério da Justiça. Ele é preparado, homem de bem, homem que sempre teve comportamento firme. [Lula] Acertou, como não. Como no caso do [Cristiano] Zanin, não foi boa indicação?”, disse.

    Mais elogios a Lula

    Nos últimos dias, o presidente do PL virou alvo nas redes sociais de apoiadores de Bolsonaro por falar bem das gestões passadas de Lula.

    Em um vídeo editado de uma entrevista de dezembro, Valdemar afirma que Lula tem prestígio e é fenômeno por “chegar onde chegou”. A declaração foi dada ao jornal O Diário, da região de Mogi das Cruzes (SP).

    “O que eu falei do Lula, eu falei porque é verdade. Se eu não falar a verdade, perco a credibilidade, que é o que me resta na política. Ninguém pode negar que ele foi bom presidente. Ele elegeu a Dilma [Rousseff]. Só que eu tava fazendo comparação: o Lula tem prestígio, Bolsonaro tem uma coisa que ninguém tem no planeta, carisma”, explicou à Folha de S.Paulo.

    O ex-presidente Bolsonaro também criticou as falas elogiosas do dirigente ao presidente Lula e expôs uma fissura na legenda, dividida entre o grupo bolsonarista e a ala “raiz”, formada por políticos próximos ao centrão.

    Em uma declaração captada em vídeo por apoiadores em sua casa de praia, em Angra dos Reis (RJ), sem mencionar diretamente Valdemar, o ex-presidente falou em “implosão do partido” com “declaração absurda” de “pessoa do partido”.

    FolhaPress

  • Adolescente é morto por facção após falsa acusação de estupro, diz polícia

    Adolescente é morto por facção após falsa acusação de estupro, diz polícia

    Um adolescente de 17 anos, morto por facção criminosa após ser vinculado a um possível caso de estupro na cidade de Deodápolis (MS), a 249 quilômetros de Campo Grande, foi vítima de falsa acusação. As informações são da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul.

    Boato de estupro foi inventado pelo pai de uma jovem que, supostamente, se relacionava com a vítima. O homem não aceitou o relacionamento da filha e planejou o crime, conforme explicou o delegado responsável pelo caso, Anderson Guedes de Farias.

    Inconformado, o pai da jovem e mais quatro homens executaram o adolescente. “Um dos executores, pai de uma adolescente, ao descobrir um suposto relacionamento de sua filha com o rapaz de 17 anos, passou a acusar o rapaz falsamente do crime de estupro”, afirmou o delegado.

    Suspeitos gravaram o crime e publicaram as cenas nas redes sociais. O caso ocorreu no sábado (13).

    Adolescente teve o pescoço cortado e foi esfaqueado no coração. Os suspeitos capturaram o jovem em sua casa, em Deodápolis, montaram um “tribunal do crime” e o levaram para a zona rural do município. Após o crime, eles fugiram.

    Familiar da vítima denunciou o caso na polícia e suspeitos foram presos no domingo (14). Equipes da Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Deodápolis e em ação conjunta com a Polícia Militar, prenderam os cinco suspeitos. A arma do crime também foi localizada.

    Todos confessaram o crime. No momento da prisão, a polícia verificou que três eram egressos do sistema penitenciário. “Trata-se de um crime bárbaro que comoveu a população do município, mas que teve uma resposta rápida e contundente das forças policiais que retiraram do convívio social indivíduos com alto grau de periculosidade”, afirmou o delegado Farias.

  • INSS: confira nova tabela de contribuição após o aumento do salário mínimo

    INSS: confira nova tabela de contribuição após o aumento do salário mínimo

    As alíquotas de contribuição para fins de recolhimento ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tiveram reajuste após o aumento do salário mínimo para R$ 1.412. A mudança vale para empregados domésticos, trabalhadores da iniciativa privada com carteira assinada e contribuintes avulsos, como os autônomos, que recolhem mensalmente ao INSS. Os valores são retroativos a 1º de janeiro de 2024.

    A nova tabela tem alíquotas progressivas que variam de 7,5% a 14%, a depender da renda mensal. Para os assalariados, o desconto já será aplicado diretamente na folha de pagamento de janeiro, no contracheque a ser recebido em fevereiro.

    Confira como ficou a tabela:

    As alíquotas progressivas incidem sobre cada faixa salarial. Veja um exemplo de quanto será a contribuição ao INSS de um trabalhador que possui salário mensal médio de R$ 4 mil:

    • 7,5% de R$ 1.412, equivalente a R$ 105,90;
    • 9% de R$ 1.254,67 (diferença de R$ 2.666,68 para R$ 1.412,01) com recolhimento de mais R$ 112,92;
    • 12% sobre R$ 1.333,31 (diferença de R$ 4.000 para R$ 2.666,69) tendo a contribuição de mais R$ 159,99;

    O valor final é definido a partir da soma dos descontos em cada fatia. Ou seja: R$ 105,90 + R$ 112,92 + R$ 159,99 = R$ 378,81.

  • Governo Lula resiste à pressão de servidores públicos por reajuste salarial em 2024

    Governo Lula resiste à pressão de servidores públicos por reajuste salarial em 2024

    A decisão do governo vem sendo criticada por entidades representativas dos servidores, que alegam que o congelamento salarial prejudicará o poder de compra dos trabalhadores e a qualidade dos serviços públicos.

    O governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantém sua posição de não conceder reajustes salariais aos servidores públicos federais em 2024.

    A decisão do governo vem sendo criticada por entidades representativas dos servidores, que alegam que o congelamento salarial prejudicará o poder de compra dos trabalhadores e a qualidade dos serviços públicos.

    Em uma contraproposta apresentada ao governo na semana passada, o Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) sugeriu um reajuste salarial em três parcelas: 9% na primeira e 7,5% nas duas subsequentes, a serem implementadas nos meses de maio de 2024, 2025 e 2026, respectivamente.

    No entanto, a equipe econômica do governo está determinada a resistir a esses pedidos. Fontes do Ministério da Fazenda afirmam que o reajuste em 2024 é improvável devido às restrições orçamentárias e ao esforço para atingir a meta de zerar o déficit fiscal.

    Segundo cálculos do Ministério do Planejamento e Orçamento, seriam necessários R$ 168 bilhões em receitas adicionais para cumprir essa meta. Um reajuste para servidores federais neste ano fiscal aumentaria as despesas, afetando os planos do governo em direção ao equilíbrio fiscal.

    O governo propôs para 2024 um aumento nos auxílios, efetivo a partir de 1º de maio. Os ajustes incluem elevar o auxílio-alimentação para R$ 1.000,00, o auxílio-saúde para R$ 215,00 e o auxílio-creche para R$ 484,90, representando um reajuste de 51,06% nestes benefícios.

    Além disso, o governo planeja implementar um aumento salarial de 9% para 2025 e 2026, dividido em duas parcelas de 4,5% em maio de cada ano.

    O governo Lula também lembra que, no ano passado, concedeu um aumento salarial linear de 9% aos servidores do Executivo, uma medida que exigiu autorização do Congresso e recursos adicionais no Orçamento. Houve também um aumento de 43% no auxílio-alimentação, de R$ 458 para R$ 658 mensais.

    As demandas dos servidores continuam a ser analisadas em reuniões da Mesa Nacional de Negociação Permanente, com a próxima reunião prevista para a segunda quinzena de fevereiro, após o Carnaval. A Mesa é coordenada pelo secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo.

    Jetss