Categoria: Política

  • Defesa de Jair Bolsonaro se manifesta após retirada de sigilo do caso das joias

    Defesa de Jair Bolsonaro se manifesta após retirada de sigilo do caso das joias

    A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nesta segunda-feira (8), após a retirada do sigilo do inquérito da Polícia Federal (PF) que apura possíveis desvios das joias sauditas, recebidas como presente em visita ao Oriente Médio. Bolsonaro e outras 11 pessoas foram indiciadas por crimes relacionados ao caso. Segundo a PF, o grupo que atuou na suposta venda ilícita das peças milionárias teria agido para enriquecimento ilícito do ex-presidente. Os advogados de Bolsonaro afirmam que os presentes ofertados à Presidência da República “obedecem a um rígido protocolo de tratamento e catalogação”, sobre o qual “o Chefe do Executivo não tem qualquer ingerência, direta ou indireta”.

    De acordo com a defesa, o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), que é o responsável por definir se o bem será destinado ao acervo público ou ao acervo privado de interesse público da Presidência, é composto por servidores de carreira que vinham de gestões anteriores. O documento chama o inquérito das joias de “insólito”, por voltar-se “só e somente ao Governo Bolsonaro, ignorando situações idênticas havidas em governos anteriores”. A defesa diz ainda que Bolsonaro compareceu de forma espontânea, após ser noticiado da necessidade da restituição, e decidiu que os bens fossem devolvidos.

    No parecer, os advogados do ex-presidente defendem que em momento algum ele pretendeu ter para si “bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como públicos”. Confira abaixo a íntegra da nota da defesa de Bolsonaro no caso das joias: A defesa de Jair Messias Bolsonaro, diante da decisão proferida nesta data, tornando públicos os autos da Pet 11645, que versa sobre bens do acervo de presentes oferecidos ao ex-Presidente durante seu mandato, vem esclarecer o seguinte: Os presentes ofertados a um Presidência da República obedecem a um rígido protocolo de tratamento e catalogação e sobre o qual o Chefe do Executivo não tem qualquer ingerência, direta ou indireta, sendo desenvolvido pelo “Gabinete Adjunto de Documentação Histórica” (“GADH”), responsável por analisar e definir, a partir dos parâmetros legais, se o bem será destinado ao acervo público ou ao acervo privado de interesse público da Presidência da República.

    Referido Gabinete, esclareça-se, é composto por servidores de carreira e que, na espécie, vinham de gestões anteriores. Note-se, ademais disso, que todos os ex-Presidentes da República tiveram seus presentes analisados, catalogados e com sua destinação definida pelo “GADH”, que, é bem de se ver, sempre se valeu dos mesmos critérios empregados em relação aos bens objeto deste insólito inquérito, que, estranhamente, volta-se só e somente ao Governo Bolsonaro, ignorando situações idênticas havidas em governos anteriores. No curso desta mesma investigação — repita-se, estranhamente direcionada apenas ao ex-Presidente Bolsonaro —, houve representação para a inclusão do atual Presidente da República, tendo em vista as próprias declarações do mesmo de que, quando no exercício de mandato, havia recebido um relógio da sofisticada marca Piaget, presenteado pelo ex-Presidente da República Francesa, Jacques Chirac.

    A despeito de tratar-se de situação absolutamente análoga, inclusive quanto a natureza e valor expressivo do bem, o Ministro Alexandre de Moraes, na condição de relator da presente investigação, determinou o pronto arquivamento da representação, em 6 de novembro de 2023, sem declinar as razões que tornariam aquela situação legítima e a do ex-Presidente Bolsonaro não. Importa, ainda, lembrar que o ex-Presidente Bolsonaro, desde que foi noticiado, em março do ano passado, que o Tribunal de Contas da União havia aberto procedimento voltado a avaliar a destinação dos bens aqui tratados para o acervo privado de Presidência da República, antes mesmo de qualquer intimação ou ciência oficial, compareceu de forma espontânea aos autos e requereu que os referidos bens fossem, desde logo, depositados naquela Corte de Contas.

    A iniciativa visava deixar consignado, ao início da menor dúvida, que em momento algum pretendeu se locupletar ou ter para si bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como públicos. Se naqueles autos colocou-se em discussão o status legal de tais itens, dada a complexidade das normas que teoricamente disciplinam a dinâmica de bens dessa ordem, requereu-se, ad cautelam, que desde logo ficassem sob a custódia do poder público, até a conclusão da discussão sobre sua correta destinação, de forma definitiva. A presente investigação — assim como as demais que colocam hodiernamente o ex-Presidente como protagonista —, ressente-se, ainda, da evidente incompetência do Supremo Tribunal Federal e da inexistência de qualquer prevenção do Ministro Alexandre de Moraes enquanto relator, aspecto sobre o qual a Procuradoria Geral da República, já em agosto de 2023, expressamente declinou da competência para a tramitação da apuração, indicando o MM. Juízo de 1.ª instância em Guarulhos.

    Como sói acontecer nos feitos que envolvem o ex-Presidente, a apuração permaneceu tramitando na Suprema Corte, ignorando-se a manifestação da PGR. Por último, a defesa manifesta sua completa indignação com o fato de que o relatório apresentado pela Polícia Federal, imputou — de forma temerária e despida de quaisquer fundamentos factuais ou mercadológicos —, que o ex-presidente teria tentado beneficiar-se de valores contabilizados na absurda ordem de R$ 25.000.000,00, afirmação que, somente após enorme e danosa repercussão midiática, foi retificado pela Polícia Federal.

  • TJGO reverte decisão e desobriga Estado de Goiás de nomear aprovados em concurso da PM de 2012

    TJGO reverte decisão e desobriga Estado de Goiás de nomear aprovados em concurso da PM de 2012

    A 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) acatou recurso da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) e reformou decisão que obrigava o Estado a nomear 1,5 mil soldados de 2ª classe e 100 cadetes, aprovados em cadastro de reserva, do concurso da Polícia Militar (PM) em 2012. A relatora, desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, cujo voto foi seguido pela maioria, reconheceu que o certame foi expirado em novembro de 2015 e que a decisão extrapola os limites da decisão anterior já transitada em julgado.

    A nomeação havia sido determinada pelo próprio TJGO, em março, após pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Porém, a PGE-GO recorreu da decisão, sustentando que os candidatos que prestaram o concurso de 2012 que teriam que ser incorporados ao serviço militar foram nomeados até a data de validade do certame (novembro de 2015).

    “A nomeação dos aprovados no concurso público de 2022 não repercute naquela lide nem ofende direito de candidato inserido no cadastro de reserva por força do resultado dela”, ressaltou a PGE-GO. Foi argumentado, ainda, que o próprio MP-GO confirmou a validade do certame.

    Em seu voto, a relatora destacou que a suspensão do concurso de 2012 pela ação civil pública que tramitou à época, argumento apontado pelo MP-GO, não se confirma, porque na aludida lide coletiva não foi questionada a validade do edital, bem como o comando judicial transitado em julgado sequer abordou o limite temporal da validade do concurso. Afirmou, ainda, que jurisprudência da Corte é firme no sentido da vigência do certame, após prorrogação, alcançar apenas novembro de 2015.

    Assim, acolheu os embargos de declaração do Estado de Goiás e reverteu decisão anterior do TJO que obrigava a nomeação. “Na hipótese posta, nem o concurso público de 2012 achava-se ainda válido ao tempo da propositura desta lide, nem havia obrigação de nomeação de quantidade certa de candidatos aprovados em cadastro de reserva na ação civil pública, ao modo de se aferir preterição quanto aos aprovados concorrentes no novo edital”, expôs. Fonte: PGE-GO

  • Prefeitura presta contas do 1° quadrimestre de 2024 à Câmara de Goiânia

    Prefeitura presta contas do 1° quadrimestre de 2024 à Câmara de Goiânia

    A Prefeitura de Goiânia apresentou, nesta segunda-feira (8/7), na Câmara de Goiânia, relatório de prestação de contas do 1° quadrimestre de 2024, em atendimento à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Foi registrado um crescimento da receita total, com um aumento real de 14,47% em relação ao mesmo período do exercício de 2023, ajustado pelo IPCA. Um total de R$ 2,89 bilhões, frente aos R$ 2,42 bilhões registrados no mesmo período de 2023.
    Entre as fontes de arrecadação, o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) apresentou alta em relação ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), em razão de que, no início do ano sempre há o pagamento das parcelas únicas. No entanto, a tendência é de que o ISS se torne a principal fonte de receita do município até o final de 2024. Impulsionado pela malha fiscal e a regularização do Simples Nacional, apenas no primeiro quadrimestre foram arrecadados R$ 412,7 milhões com ISS, um aumento de R$ 46,6 milhões em relação ao mesmo período do ano passado.
    Também foram destaques as ações de redução de ISS de 5% para 2% para setores estratégicos, possibilitando a atração de novos negócios e a criação de empregos. Em 2023, a capital liderou a criação de empregos em Goiás, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No cálculo consolidado, o saldo foi de 14,9 mil empregos formais.
    Investimentos
    A Prefeitura aplicou R$ 148,5 milhões em investimentos, um crescimento de 173,41% frente aos R$ 52,1 milhões do mesmo período em 2023. Também foi observada a constância da execução da receita, com execução de 34,92% no 1° quadrimestre de 2024. A administração conseguiu realizar amortização da dívida em -10,35%. A despesa líquida com pessoal ficou abaixo o limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal, com 48,36%.
    Nos gastos regulados pela Constituição Federal, a prefeitura aplicou R$ 418,7 milhões em ações e serviços públicos de saúde, totalizando 21,22% da receita, o mínimo obrigatório é de 15%. Na área da educação, foram investidos R$ 422 milhões, um total de 21,39%, abaixo do limite de 25%, mas com possibilidade de complementação até o final de 2024.
  • 128 municípios goianos não registraram assassinatos em 2024, aponta SSP

    128 municípios goianos não registraram assassinatos em 2024, aponta SSP

    A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Goiás (SSP) apresentou balanço dos indicadores criminais registrados no primeiro semestre de 2024. A solenidade ocorreu na manhã desta segunda-feira (8/7), no auditório do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia. Conforme os números apresentados pelo Observatório de Segurança Pública, houve redução em diversos crimes, sendo 128 municípios sem registros de assassinatos ou homicídios. “Os dados do Estado mostram que quando se tem segurança e ela cumpre sua finalidade, o Estado baixa todos os índices criminais e a população pode viver em paz. Precisamos trabalhar mais, e de forma ainda mais efetiva”, ressaltou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

    Medidas protetivas
    Em relação ao acompanhamento de medidas protetivas realizado pela Polícia Militar de Goiás, houve um aumento de 338%. Foram 28.707 no primeiro semestre de 2023 e 97.084 em 2024.
    Neste sentido, a Polícia Civil de Goiás remeteu ao Poder Judiciário, no primeiro semestre deste ano, 8.013 Inquéritos Policiais com Autoria Definida. Esses dados são de inquéritos que apuram crimes envolvendo violência doméstica e familiar contra a mulher.
    Indicadores Criminais
    De acordo com os dados, os crimes violentos letais intencionais registraram redução de -10,6% no número de homicídio doloso – quando há intenção de matar. De janeiro a junho deste ano, foram 464, enquanto no mesmo período de 2023 os casos chegaram a 519. Além disso, 128 municípios goianos não registraram casos de homicídio.
    O Estado registrou 20 casos de feminicídio no primeiro semestre deste ano, o que representa redução de -37,5% se comparado com o mesmo período de 2023, em que foram 32 registros.
    Crimes Não Violentos Contra o Patrimônio
    O número de Furtos a Transeunte apresentou queda de -31,2%. Em 2023 foram registrados 3.954 casos, contra 2.722 em 2024. Os registros de furto de veículos reduziram -25,9%. No ano de 2023 foram 2.447 casos, e 1.814 em 2024.
    Também houve redução nos casos de Furto em Comércio, em 2023, foram registrados 5.380 casos, já em 2024, esse número foi de 4.677, que representa uma redução de -13,1%.
    Em 2023 o número de furtos em Residência registrou queda de       -21,5%. Em 2023, foram registrados 9.115 casos e 7.151, em 2024.
    Crimes em Propriedade Rural
    O Batalhão de Polícia Militar Rural, em conjunto com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais, continua trabalhando fortemente na redução do roubo em propriedade rural, crime que apresentou queda de -4,3%. As ações de policiamento e monitoramento no campo fortaleceram a segurança e inibiram o aumento de crimes. No ano de 2023 foram registrados 47 casos de roubos e 45 em 2024. Também houve redução em relação ao furto em propriedade rural. Em 2023, foram registrados 1.706 contra 1.529, em 2024, que representa uma queda de -10,4%.
    Desde 2019, ano em que foi criado, o Batalhão Rural vem desempenhado um papel importante na segurança do homem do campo, presente nos 246 municípios goianos, a unidade já realizou 1.976 prisões em flagrante e recapturam 1.194 foragidos da Justiça.

    Além disso, foram recuperadas 2.103 sementes e apreendidas 1.068 armas de fogo. Desde 2019, o batalhão rural recuperou 152 toneladas de insumos. Foram recuperadas e restituídas às vítimas, seja de bens furtados ou roubados neste período um total de R$ 44.367.814.

    A Segurança Rural goiana se tornou referência para o país, com a criação do primeiro Centro de Comando e Controle Rural do Brasil. Outro marco importante, nesses cinco anos de atuação, é o cadastramento de 100.304 propriedades pelo Programa Patrulha Rural, que representa 71% do total de 141.592 propriedades rurais.
    A Redação
  • Por que os franceses rejeitaram direita radical mais uma vez

    Por que os franceses rejeitaram direita radical mais uma vez

    Os franceses rejeitaram mais uma vez a chegada da direita radical ao poder.

    Apesar dos resultados expressivos das forças direitistas na votação para o Parlamento europeu e no próprio primeiro turno dessa eleição para o legislativo nacional, na hora da definição a população francesa recuou — algo que já havia acontecido em eleições presidenciais no país.

    A derrota surpreendente deixou o partido Reunião Nacional, de Marine Le Pen, como a terceira força mais votada na Assembleia Nacional.

    As previsões de uma semana atrás, de alcançar 300 cadeiras no parlamento diminuíram para algo na faixa de 150. E isso aconteceu porque os franceses apareceram em grande número nas seções de votação — o maior comparecimento em mais de 40 anos.

    Jordan Bardella, protegido de Marine Le Pen e que era cotado para ser o novo primeiro-ministro francês em caso de uma vitória do RN, declarou que a aliança “não natural” e “desonrosa” entre esquerdistas e a coligação de Macron impediu a vitória de seu partido.

    Bardella se refere à aliança entre partidos de esquerda que deixaram suas diferenças para formar uma coligação anti-RN.

    Os vários blocos políticos de tendências diversas de esquerda, superou a distância que os separa do bloco do presidente Emmanuel Macron para chegar ao surpreendente resultado no segundo turno das eleições legislativas.

    Políticos da direita radical observam que nada, a não ser a oposição ao RN, une os políticos dessa aliança, que vai de Edouard Philippe, na centro-direita, a Philippe Poutou, da esquerda trotskista. E que essa falta de entendimento é um mau presságio para o futuro.

    De qualquer forma, as urnas mostraram que a maioria dos franceses não quis a direita radical — seja porque se opõem às suas ideias, seja porque temem a agitação que inevitavelmente acompanharia a sua chegada ao poder.

    Mas se Jordan Bardella não será o próximo primeiro-ministro do país, quem será?

    Essa é a grande incógnita. E, contrariamente à convenção que se seguiu às eleições parlamentares francesas anteriores, poderá demorar semanas até termos uma resposta.

    Porque algo aconteceu nessas semanas tensas, algo que mudou a própria natureza do sistema político francês.

    Mulheres celebram resultados da boca de urna na França
    REUTERS – Partidários de diferentes setores da esquerda deixaram diferenças de lado para formar a coalização

    Como disse o proeminente analista político Alain Duhamel — veterano em todas as eleições desde Charles de Gaulle: “Hoje já não existe nenhum partido dominante. Desde que Macron chegou ao poder, há sete anos, temos estado num período de desconstrução das nossas forças políticas”.

    “Talvez agora estejamos iniciando um período de reconstrução.”

    O que ele quer dizer é que existe agora uma multiplicidade de forças políticas: três grandes blocos (esquerda radical, direita radical e centro), mais o centro-direita. E dentro deles existem tendências e partidos concorrentes.

    Sem nenhum partido capaz de obter a maioria na Assembleia Nacional, é agora inevitável um longo período de negociações que possa formar uma nova coalizão que vá do centro-direita até a esquerda.

    Nada indica como isso acontecerá. Os diferentes componentes politicos dessa possível aliança expressam uma aversão mútua até o momento.

    Mas é possível apostar que Macron irá apelar para um período de conciliação após as tensões das últimas semanas.

    Convenientemente, este período vai durar até a Olimpíada de Paris e as férias de verão, permitindo que os franceses recuperem o ânimo.

    Nesse meio-tempo, Macron designará alguém para liderar as negociações e juntar as diferentes partes. Será alguém da esquerda? Será alguém do centro? Será um político de fora desse bloco? Não sabemos.

    O que parece certo é que a França está prestes a entrar num sistema mais “parlamentarista”.

    Macron e o futuro primeiro-ministro terão menos poder nessa nova fase.

    Mesmo que o presidente consiga colocar um centrista no cargo de premiê (o que não é nada fácil, dada a força demonstrada pela esquerda), essa pessoa exercerá o poder por direito próprio e com base no apoio parlamentar.

    Macron — sem perspectivas de concorrer novamente em 2027, quando acaba seu mandato — será uma figura menor.

    Então o presidente perdeu a aposta? Estará ele arrependido da sua pressa em antecipar as eleições? Ele está pronto para dar um passo atrás?

    Podemos ter a certeza de que não é assim que Macron vê as coisas. Ele dirá que sua decisão foi tomada porque a situação era insustentável.

    Possivelmente, ele dirá também que deixou as coisas mais claras na política francesa ao dar a chance para o RN obter uma parcela maior das cadeiras na Assembleia para refletir o apoio do partido no país.

    E pode ainda sustentar que sua arriscada aposta de que os franceses nunca colocariam a direita radical no poder estava correta.

    O poder de Macron pode estar em declínio. Mas, por enquanto, ele segue no Palácio do Eliseu, consultando a sua equipe, estimulando os políticos, ainda dominando o relógio político.

    BBC

  • Cinco estados brasileiros governados por opositores nunca foram visitados por Lula, diz jornalista

    Cinco estados brasileiros governados por opositores nunca foram visitados por Lula, diz jornalista

    Segundo o site Diário do Poder, entre os estados estão: Acre , Goiás , Rondônia , Santa Catarina e Tocantins Desde que assumiu a presidência, Lula não visitou cinco estados brasileiros em compromissos oficiais, todos liderados por governadores de oposição.

    Segundo o o jornalista Cláudio Humberto, entre os estados estão: Acre (Gladson Cameli, PP), Goiás (Ronaldo Caiado, União Brasil), Rondônia (Marcos Rocha, União Brasil), Santa Catarina (Jorginho Mello, PL) e Tocantins (Wanderlei Barbosa, Republicanos).

    Minas Gerais, governado pelo oposicionista Romeu Zema (Novo), também foi deixado de lado por Lula em 2023, com a única visita ocorrendo em fevereiro. Em 2024, Lula ainda não visitou Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe.

    Prioridades de Viagens

    O destino nacional mais visitado por Lula é São Paulo, estado e capital, onde ele tenta emplacar uma candidatura de extrema-esquerda à prefeitura. Alagoas, governado por um aliado de Lula, Paulo Dantas (MDB), só recebeu a visita do presidente em maio deste ano, durante um comício fora de época no interior.

  • Só “o Senhor Todo-Poderoso” pode fazer Biden desistir das eleições

    Só “o Senhor Todo-Poderoso” pode fazer Biden desistir das eleições

    “Deixe-me dizer isso da forma mais clara e direta possível: estou a concorrer”, disse o presidente Biden, de acordo com a CBS News.“Sou o candidato do Partido Democrata. Ninguém está a me expulsar. Não vou embora”, acrescentou.

    As declarações surgem após seu desempenho decepcionante no debate de junho contra Trump, que fez democratas começarem a apelar para que ele desistisse das próximas eleições para presidente dos Estados Unidos.

    Pouco tempo depois, o The New York Times informou que um aliado próximo de Biden disse que o presidente estava pensando em renunciar à candidatura.

    No entanto, no dia 4 de julho, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, respondeu a essa alegação dizendo que Biden “absolutamente não renunciaria”, segundo a CNN.”Não foi nenhum indício de estado grave. Eu estava exausto. Não ouvi meus instintos de preparação e tive uma noite ruim”, foram suas palavras.

    Biden garantiu a Stephanopoulos: “Se o Senhor Todo-Poderoso descesse e dissesse: ‘Joe, saia da corrida’, eu sairia”. E completou: “Mas o Senhor Todo-Poderoso não descerá”.

    Pesquisas pós-debate ampliam vantagem de Trump

    A preocupação também é visível entre os eleitores. De acordo com três pesquisas pós-debate, Trump passou de uma vantagem de 3 pontos sobre Biden para uma vantagem de 6 pontos, colocando Biden em sua “pior situação eleitoral das eleições de 2024”, informou o Politico.

    The Daily Digest

  • Putin bombardeia Kiev e hospital infantil é destruído

    Putin bombardeia Kiev e hospital infantil é destruído

    Na manhã desta segunda-feira (8) houve um alerta aéreo em toda a Ucrânia, conforme relata o Frankfurter Rundschau. O motivo? Putin atacou Kiev.

    De acordo com a administração militar da Ucrânia, Putin fez com que os seus militares atacassem a capital ucraniana com várias ondas de mísseis.

    Tratou-se de mísseis de cruzeiro Kinschal e hipersônicos. Mais de 20 explosões foram registradas no centro da cidade de Kiev.

    As explosões foram, provavelmente, causadas por mísseis antiaéreos, como informou o Frankfurter Rundschau.

    Segundo o Ministério do Interior ucraniano, 20 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas nos ataques.

    Hospital Infantil

    O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy disse, segundo a BBC, que outras cidades além de Kiev foram atacadas, com mais de 40 foguetes de vários tipos. Prédios residenciais, infraestrutura e um hospital infantil em Kiev foram atingidos.

    De acordo com Vitali Klitschko, prefeito de Kiev, este ataque à capital ucraniana foi um dos piores desde o início da guerra.Ainda não está claro quantas vítimas o ataque ao hospital infantil causou. No entanto, Zelensky disse que as pessoas ficaram soterradas nos escombros.

    Zelensky postou um vídeo do hospital infantil no qual é possível ver a destruição e vestígios de sangue no chão.Segundo Zelensky, o hospital infantil é um dos mais importantes da Ucrânia e da Europa. O presidente ucraniano também escreveu que tanto médicos quanto residentes estavam ajudando a limpar os escombros.

    The Dayil

  • Governo Lula muda postura e decide atuar para frear PEC das Drogas

    Governo Lula muda postura e decide atuar para frear PEC das Drogas

    O governo Lula (PT) deve marcar posição e atuar para frear o avanço da PEC (proposta de emenda à Constituição) das Drogas na Câmara dos Deputados. O objetivo é adiar a votação ou trabalhar para alterar o texto, que prevê punição para o porte de entorpecentes.

    A atuação, discutida no Palácio do Planalto e em ministérios, contrasta com o tratamento dado ao texto quando ele passou pelo Senado. Na ocasião, aliados do presidente Lula evitaram se posicionar por entenderem não ter força para influenciar o debate diante de um Congresso conservador.

    Os ministérios da Justiça e da Saúde serão responsáveis pela tentativa de convencer parlamentares de que não se deve criminalizar os usuários. O assunto é considerado delicado porque pode opor Lula ainda mais a grupos como evangélicos, já refratários ao presidente.

    A estratégia definida pelo governo é tratar o tema como uma questão de saúde pública e não de costumes. Aliados de Lula devem repisar o discurso de que são contra as drogas, argumentando que criminalizar o usuário pode afastá-los do acesso a serviços de saúde.

    O governo vai defender o tratamento da posse e do uso de drogas como um ato ilícito, passível de sanções administrativas, mas não como crime.

    Deve haver também a propagação da leitura de governistas de que a PEC acaba por afetar, sobretudo, populações negras e periféricas.

    Auxiliares do presidente avaliam que há chances de evitar o avanço da proposta, por enquanto. A expectativa é que os debates sejam retomados só depois das eleições municipais, em outubro.

    A leitura é que a repercussão negativa em torno da PL Antiborto por Estupro gerou desgastes ao Parlamento e mostrou que assuntos sensíveis não devem ser discutidos de forma açodada.

    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), oficializou a criação de uma comissão especial para discutir a PEC das Drogas no final de junho, em reação ao STF (Supremo Tribunal Federal). Horas antes, a corte havia decidido a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, depois de nove anos de julgamento.

    A comissão da Câmara, no entanto, ainda não foi instalada. O próprio Lira sinalizou aos pares que não deve acelerar a tramitação da proposta.

    Antes disso, ela andou de forma rápida no Senado. Apresentada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em setembro do ano passado, ela foi aprovada em abril. Em junho, a PEC recebeu o aval da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.

    A PEC das Drogas inclui na Constituição o crime de possuir ou carregar drogas, independentemente da quantidade e da substância.

    A tendência é que a comissão especial na Câmara seja composta por maioria de centro-direita, favorecendo sua aprovação. O governo pretende reforçar o discurso de que o Congresso precisa se concentrar nos projetos ligados à economia e que outras matérias sensíveis não devem ser prioridade.

    Quando a comissão for de fato instalada, auxiliares de Lula pretendem agir para ampliar o número de governistas no colegiado e colocar um time em atuação. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, quer trazer do exterior especialistas fora do campo da esquerda para debater a questão.

    Com um Congresso considerado mais conservador, o Planalto vem lidando com cautela com temas considerados polêmicos e que possam entrar na seara de costumes ou ideologias.

    Integrantes do governo avaliam, no entanto, que a gestão Lula não pode correr o risco de ficar distante do debate como ocorreu no caso do PL Antiaborto por Estupro e precisa se posicionar, mesmo que acabe derrotado no Congresso.

    A senha foi dada por Lula em entrevista ao UOL, quando disse considerar “nobre” que haja uma decisão ou regra que faça a diferenciação entre os consumidores de drogas e os traficantes. Ele ponderou, no entanto, que a decisão não precisaria ter sido tomada pelo STF, acrescentando que a corte “não tem que se meter em tudo”.

    Depois, o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) disse que o Congresso deve se debruçar sobre pautas econômicas, mas afirmou que ministros se envolverão no debate da PEC das Drogas.

    A secretária Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado, afirmou à Folha que tem defendido junto a parlamentares o teor da decisão do STF.

    “A gente está dialogando com diversos parlamentares para tentar justamente esclarecer um pouco mais a decisão do STF. Ao contrário do que os discursos mais populistas dizem, não é um ‘liberou geral’”, afirmou.

    Machado argumentou que a decisão é clara ao determinar que o Executivo, junto ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e ao Congresso, regulamente as sanções administrativas a serem aplicadas aos usuários. Afirma ainda que o governo e os parlamentares devem elaborar medidas de conscientização e redução do consumo de maconha.

    “A gente vai, para cumprir a decisão do Supremo, pensar um plano, com investimento robusto, em ações para a diminuição do consumo.”

    Ela afirmou que mesmo os votos no STF contrários à decisão apontam falhas na aplicação da lei atual e que pesquisas comprovam que a lei é aplicada de modo diferente a pessoas negras e periféricas.

    “Pesquisas e a experiência internacional mostram que a criminalização não é capaz de diminuir o consumo, a criminalização só joga os usuários nas mãos das facções e gera estigma”, disse a secretária.

    Ela defende que é preciso investir recursos na asfixia do crime organizado. “A gente encarcera quem não precisaria estar encarcerado. E quando a gente encarcera, imediatamente uma pessoa é recrutada para as organizações criminosas.”

  • Caiado critica modelo atual de correção das dívidas dos estados

    Caiado critica modelo atual de correção das dívidas dos estados

    O governador Ronaldo Caiado voltou a criticar o modelo atual de renegociação das dívidas dos estados com a União e cobrou urgência na revisão do indexador da dívida, em entrevista à Globonews, nesta quinta-feira (4).

    Convidado do programa Em Ponto, apresentado por Mônica Waldvogel e Nilson Klava, Caiado assegurou que vai atuar fortemente por um desfecho positivo para a “eterna novela das dívidas dos estados”.

    A expectativa agora é que o tema avance no Congresso Nacional por meio de projeto articulado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Da forma como está, argumentou Caiado, a situação conduz a um sufocamento fiscal. “É próximo a um processo de ‘agiotagem’”, comparou.

    Caiado destaca a revisão

    Caiado abordou de forma incisiva a necessidade de revisão do indexador das dívidas dos estados com a União. “Para que esse parâmetro não transforme todos os governadores em maus pagadores”, afirma ele.

    “Nenhum estado consegue arcar com uma dívida que sobe de R$ 283 bilhões para mais de R$ 700 bilhões”, disse ele, referindo-se ao valor atual dos débitos dos entes federativos com a União, que saltou nos últimos anos e chegou a R$ 764 bilhões.

    O governador enfatizou que a inação neste tema pode levar os estados a uma séria incapacidade de investimento já a partir de 2025. Caiado destaca a pressão crescente sobre os recursos estaduais para atender às necessidades básicas da população.

    “É um tema que não dá mais para ser prorrogado, senão os estados entram num processo de incapacidade de investimento. Tem uma demanda que a sociedade exige de nós em saúde, educação, segurança, infraestrutura, isso daí não pode ser garroteado”, declarou.

    Haddad procura STF para dialogar sobre dívidas dos estados

    Ministro da Fazenda teme governadores procurarem Supremo depois de acordo

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    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem feito reuniões com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de informá-los sobre o andamento das negociações das dívidas dos estados com a União.

    Os contatos feitos por Haddad com os ministros da Suprema Corte provém de preocupação. O chefe do ministério da Fazenda teme que, depois do acordo fechado, os governadores procurem o Supremo para pedir a suspensão da dívida ou uma extensão do prazo para o pagamento das dívidas.

    O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é quem articula as negociações. Pacheco tenta agradar a gregos e troianos, com um acordo que agrade tanto a União, quanto os governadores.

    Aliás, já existem dívidas de estados que estão sendo questionadas no Supremo Tribunal Federal. As dívidas do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul estão sob a relatoria dos ministros Dias Toffoli, Nunes Marques e Luiz Fux.

    É debatido na proposta uma medida parecida com o que acontece no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). No caso, os governadores precisariam abrir mão de ações judiciais a respeito do tema em troca do alívio nos juros, contido nas dívidas.

    Entretanto, é válido ressaltar que, essa medida impediria tramitação de processos sobre o mérito da dívida. No entanto, os governadores poderiam acionar o STF por conta de alguma inconstitucionalidade, a respeito da própria lei.

    O Hoje