Categoria: Política

  • No Dia Municipal do Agente de Trânsito, prefeito Rogério destaca atuação exemplar dos profissionais em Goiânia

    No Dia Municipal do Agente de Trânsito, prefeito Rogério destaca atuação exemplar dos profissionais em Goiânia

    Em evento realizado nesta terça-feira (21/5) na Secretaria Municipal de Mobilidade de Goiânia (SMM), o prefeito Rogério, acompanhado do secretário da pasta e de servidores da capital, celebrou o Dia Municipal do Agente de Trânsito, data garantida por Lei para homenagear o trabalho desse profissional responsável pela prevenção de acidentes e a salvaguarda de vidas no trânsito.

    Na celebração, que contou com a presença de dezenas de agentes de trânsito que atuam diariamente nas ruas de Goiânia, o prefeito enfatizou a relevância da figura do agente para o trânsito na capital. “Parabéns para vocês, a cada um que vem se dedicando, porque eu vejo isso no meu dia a dia. Sempre encontro agentes de trânsito na nossa cidade, trazendo segurança para o cidadão. Se vocês estão tendo sucesso no trabalho, é graças à dedicação de vocês. Isso é graças ao que vocês fazem, o carinho, a atenção, a dedicação, o prazer. Eu vejo isso no trabalho de vocês”, completou Rogério.

    Eduardo Severino, agente de trânsito que esteve presente na comemoração, descreveu a complexidade do trabalho que sua categoria cumpre nas ruas da cidade. Segundo ele, o dever do agente “passa por diversos setores que fazem funções diferentes dentro da Mobilidade”. “Sou de uma função específica que trabalha com mapeamento, coleta e tratamento de dados dentro da Mobilidade. Então, a gente mapeia toda a cidade, todos os acidentes, as sinalizações verticais e horizontais. Temos à mão todo esse banco de dados para tomada de decisão, para avaliar determinados tipos de mudança no trânsito”, pontuou.

    O secretário de Mobilidade de Goiânia, Marcelo Torrubia, agradeceu ao prefeito Rogério pela confiança e investimentos concretizadas por meio da Mobilidade, o que impacta diretamente para um trânsito mais seguro e fluído na capital. O secretário mencionou ainda a campanha do Maio Amarelo de 2024. Com o tema “Paz no trânsito começa por você”, o objetivo é, dentro de eixos específicos, trabalhar a conscientização de condutores e pedestres para a prevenção de acidentes no trânsito. “O Maio Amarelo é um programa que é a cara do senhor, prefeito. É um projeto humanizado, para cuidar de pessoas, trazer dignidade ao trânsito”, disse.

    Já a gerente de Educação para o Trânsito da Mobilidade, Mariuza Francisca, trouxe dados sobre o aumento dos atendimentos da pasta entre 2022 e 2024, e enfatizou o objetivo principal do trabalho dos agentes e de todos os demais servidores da pasta: proporcionar e preservar a paz no trânsito. “O que nós alertamos para a comunidade não é a questão da multa, mas sim a preservação das vidas, estar atento à sinalização, às orientações das nossas equipes e salientar que isso é responsabilidade de todos nós, um trânsito mais seguro e uma cidade com mais segurança viária”, concluiu.

     

     

    Secretaria Municipal de Comunicação de Goiânia (Secom) – Prefeitura de Goiânia

  • Secretarias da Economia e da Administração têm novos titulares

    Secretarias da Economia e da Administração têm novos titulares

    O governador Ronaldo Caiado promoveu mudanças no secretariado de duas pastas. A pedido, a secretária de Estado da Economia, Selene Peres Nunes, deixa a pasta que ocupava desde abril de 2023. Para seu lugar foi nomeado Francisco Sérvulo Freire Nogueira, atual secretário da Administração (Sead).

    Quem assume a Sead é o procurador do Estado Alan Tavares, membro do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal do Estado de Goiás, criado pelo Ministério da Economia.

    Mudanças em secretariados

    As mudanças no secretariado do Governo de Goiás foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta terça-feira (21/05). Francisco Sérvulo estava na Sead desde janeiro deste ano. Alan Tavares comandou a Casa Civil de julho de 2020 a dezembro de 2022.

    Francisco Sérvulo vai comandar Secretaria da Economia (Fotos: Secom-GO)

    Perfis

    Francisco Sérvulo foi secretário adjunto da Secretaria de Estado da Economia no Governo de Goiás. É mestre em Teoria Econômica pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB).

    É também especialista em Planejamento Estratégico e Desenvolvimento e em Políticas Públicas e Gestão Governamental pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), além de possuir especialização em Economia do Setor Público pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    Alan Tavares assume pasta da Administração (Fotos: Secom-GO)

    Alan Tavares é procurador do Estado desde 2006. Tem especialização em Direito Público, Direito Civil e Direito Processual Civil, tendo sido coordenador do Núcleo de Execução Fiscal da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE), entre 2009 e 2011. Foi também procurador-chefe da Procuradoria Setorial da antiga Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), atualmente Secretaria de Estado da Economia, entre 2014 e 2015.

    Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

  • STF extingue condenação por corrupção imposta a Dirceu na Lava Jato

    STF extingue condenação por corrupção imposta a Dirceu na Lava Jato

    A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (21) extinguir condenação imposta ao ex-ministro José Dirceu pelo crime de corrupção passiva em um processo da operação Lava Jato.

    Por 3 a 2, os ministros atenderam ao pedido da defesa de Dirceu e consideraram que o crime já estava prescrito no momento do recebimento da denúncia, em 2016.

    A prescrição ocorre quando o Estado não pode mais punir alguém por um crime, depois de passado um prazo.

    No caso em questão, Dirceu foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena fixada foi de 8 anos, 10 meses e 28 dias.

    A condenação se deu pelo recebimento de propina de um contrato fechado em 2009 entre a Petrobras e a empresa Apolo Tubulars.

    O caso começou a ser julgado em 2021 em sessão virtual e teve continuidade no ano seguinte.

    Venceu a corrente aberta pelo ministro Ricardo Lewandowski (aposentado e hoje ministro da Justiça). Ele foi seguido pelos ministros Nunes Marques e Gilmar Mendes.

    O relator, Edson Fachin, ficou vencido. Acompanhou seu voto a ministra Cármen Lúcia.

    Para Lewandowski, o crime de corrupção passiva foi cometido por Dirceu na modalidade “solicitar”, e não “receber”. Pesou a favor de Dirceu também o fato de ter mais de 70 anos na época, o que faz com que o prazo de prescrição corra pela metade.

    Assim, o delito ocorre no momento da celebração do contrato alvo da propina (2009).

    CNN

  • Lula anuncia medidas para aliviar contas de prefeituras

    Lula anuncia medidas para aliviar contas de prefeituras

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (21), que por parte do governo há acordo para solucionar a questão da desoneração da folha de pagamento dos municípios.

    “Nós temos no máximo 60 dias para votar esse projeto de lei, então nós temos que trabalhar com muita urgência para que os perfeitos não sejam prejudicados”, afirmou.

  • STF aceita denúncia e Zambelli e Delgatti viram réus por invasão ao site do CNJ

    STF aceita denúncia e Zambelli e Delgatti viram réus por invasão ao site do CNJ

    A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, nesta terça-feira (21), a denúncia contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserção de dados falsos.

    A decisão foi unânime. A dupla foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

    A investigação apontou que eles inseriram documentos falsos no sistema do órgão, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

    Com a decisão de receber a denúncia, Zambelli e Delgatti passam a ser réus no Supremo, e responderão aos crimes em uma ação penal.

    O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes. Ele destacou a descrição dos crimes feita pela PGR.

    Conforme a acusação, de agosto de 2022 a janeiro de 2023, Delgatti invadiu “por várias vezes dispositivos de informática usados pelo Poder Judiciário, adulterando informações, mandados de prisão, alvarás de soltura, decisões de quebra de sigilo bancário, e inclusive determinando ao sistema que emitisse documento ideologicamente falso”.

    “Um dos textos de mandado de prisão incluído era o que eu mesmo determinava a minha prisão. Obviamente aqui, os crimes são contra a instituição Poder Judiciário. Não há nenhum imputado a mim como vítima, por isso continuo como relator. O crime foi introdução de mandados falsos, alvarás falsos, por inúmeras vezes, principalmente no sistema do CNJ”, disse Moraes.

    O relator chamou o caso de “burrice natural”, ao completar uma fala da ministra Cármen Lúcia de que ela se preocupava com a “desinteligência natural”.

    “Eu chamaria burrice natural, achando que isso não fosse ser descoberto. Uma vez emitido mandado de prisão e colocado dentro do CNJ, imediatamente vai para a Polícia Federal e todos os aeroportos”, afirmou Moraes.

    A defesa de Zambelli disse que a deputada “não praticou qualquer ilicitude e confia no reconhecimento de sua inocência porque a prova investigação criminal evidenciou que inexistem elementos de que tenham contribuído, anuído e ou tomado ciência dos atos praticados pelo complicado” (leia a íntegra da nota mais abaixo, neste texto).

    No curso da investigação, Delgatti confessou o cometimento dos crimes e que cometeu os delitos a pedido de Zambelli.

    A deputada já é ré no STF em uma outra ação, por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento com uso de arma. O caso é de quando, na véspera do segundo turno das eleições de 2022, ela correu atrás de um homem negro com a arma em punho na região dos Jardins, na capital paulista.

    Delgatti é conhecido como “hacker da Vaza Jato”, por ter invadido dispositivos de autoridades da operação Lava Jato.

    Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo caso na Operação Spoofing e condenado, em primeira instância, a 20 anos de prisão.

    Defesa

    Em nota à imprensa, a defesa de Zambelli disse que não teve acesso a parte dos documentos da investigação.

    “A defesa da deputada Carla Zambelli esclarece que nada obstante a designação do julgamento quanto à admissibilidade da acusação apresentada a seu desfavor, apresentou defesa oral e memorial escrito invocando matéria prejudicial que impede este exame neste momento. Neste sentido, esclareça-se que antes mesmo do oferecimento da denúncia pela douta Procuradoria, fez-se requerimento visando a obtenção de cópia das mídias para conhecimento e perícia privada, o que, até o presente momento, não foi disponibilizada.”

    A defesa também disse que o caso deveria ser analisado pelo Plenário da Corte, e não pela Primeira Turma.

    “Ademais e em razão disso, a defesa suscitou reabertura de prazo e diferimento da apresentação da defesa escrita o que se aguarda agora seja examinado e admitido. Ainda, a análise do processo deve ser deslocada para o Plenário do Supremo Tribunal Federal – competente para processar e julgar originariamente procedimentos criminais que envolvam deputados federais”, diz a nota.

    “Novamente, insista-se que a deputada não praticou qualquer ilicitude e confia no reconhecimento de sua inocência porque a prova investigação criminal evidenciou que inexistem elementos de que tenham contribuído, anuído e ou tomado ciência dos atos praticados pelo complicado.”

    Já defesa de Walter Delgatti disse que ele é “réu confesso e já era esperado o recebimento da denúncia por parte dos ministros”.

    Denúncia

    Conforme a acusação da PGR, Zambelli teve “papel central” na invasão dos sistemas eletrônicos do Judiciário e foi a “autora intelectual” do ataque hacker.

    Zambelli, conforme a acusação, “arregimentou” o hacker Walter Delgatti, prometendo a ele benefícios em troca dos serviços.

    Segundo o procurador-geral da República Paulo Gonet, o objetivo era “gerar ambiente de desmoralização da Justiça Brasileira, para obter vantagem de ordem política, propondo-se, desde o princípio, à invasão a dispositivo informático, que, afinal, determinou, participando ativamente de produção de ordem judicial ideologicamente falsa”.

    Na denúncia, Gonet ressaltou que o próprio Delgatti confessou as invasões, que também ficaram demonstradas por análise de perícia.

    Uma das invasões resultou na emissão de um falso mandado de prisão contra Moraes, como se ele mesmo tivesse determinando a própria prisão.

    “Walter Delgatti afirmou ter executado as invasões, por ordem de Carla Zambelli, explanando o modo pelo qual teve acesso ao sistema”, disse Gonet. “Asseverou ter tido acesso aos ‘códigos fonte do CNJ e que estava explorando a plataforma, a fim de encontrar vulnerabilidade que lhe desse acesso direto à internet. Confirmou ter acessado a intranet do CNJ e até [haver emitido] o Mandado de Prisão em nome do Ministro Alexandre de Moraes e solicitar a quebra bancária do Ministro, isso já janeiro de 2023’”.

    Pagamento escondido

    Conforme a denúncia, Zambelli contratou os serviços de Delgatti e teria prometido “trabalho” a ele. A PGR cita relatório da Polícia Federal que confirmou que o hacker “trabalhava para a denunciada (Zambelli), sendo de se realçar que ele detinha informações de acesso a sítios eletrônicos e a servidores associados à parlamentar”.

    Ainda de acordo com a acusação, o pagamento era “escamoteado”, para tentar encobrir a relação, e feito por meio de um terceiro – Jean Hernani, funcionário do gabinete de Zambelli. Ele não foi denunciado no caso.

    Segundo a investigação, Hernani pagou o hacker depois de receber o dinheiro da empresa da esposa, na época, contratada para cuidar das redes sociais e materiais de campanha de uma frente parlamentar de doze candidatos do PL.

    Vantagem midiática e política

    Conforme a PGR, Zambelli “comandou a invasão” a sistemas institucionais usados pelo Poder Judiciário, “mediante planejamento, arregimentação e comando de pessoa com aptidão técnica e meios necessários ao cumprimento” da tarefa, com o fim de “adulterar informações, sem autorização expressa ou tácita de quem de direito”.

    Já Delgatti, sob o comando da deputada, de acordo com a PGR, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, “invadiu dispositivos informáticos utilizados pelo Poder Judiciário, com o fim de adulterar informações, sem autorização expressa ou tácita de quem de direito”.

    “Os acusados buscavam obter vantagem de ordem midiática e política, que adviria do projeto de desmoralização do sistema de Justiça, bem como causar danos ao funcionamento da máquina administrativa judiciária”, declarou Gonet.

    “Assinale-se que Carla Zambelli dedicava-se, ao tempo, a desmerecer o sistema eleitoral digitalizado, tema adotado como tópico de captação de apoio popular. Desacreditar o sistema informático em órgãos da Justiça serviria a esse intuito.”

  • Lula pode ficar com relógio de luxo de R$ 60 mil, avalia área técnica do TCU

    Lula pode ficar com relógio de luxo de R$ 60 mil, avalia área técnica do TCU

    A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) entendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisará devolver relógio de luxo que ganhou de presente durante seu primeiro mandato, em 2005. Conforme revelou o Estadão em setembro do ano passado, Lula ficou com um Cartier Santos Dumont avaliado em R$ 60 mil. O relógio é feito de ouro branco 18 quilates e prata 750, e tem uma coroa arrematada com uma pedra safira azul. É um dos modelos mais clássicos da marca francesa.

    A auditoria concluiu que presentes de alto valor comercial, mesmo que sejam considerados itens personalíssimos, devem ser devolvidos à União. Mas, no caso de Lula, isso não foi recomendado, pois a área técnica avaliou que o entendimento não pode ser aplicado de maneira retroativa. O parecer foi elaborado pela Unidade de Auditoria Especializada em Governança e Inovação (AudGovernança) do TCU.

    Em 2016, a lista de presentes dados a Lula já havia sido alvo de um processo no TCU

    O parecer complica a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também ficou com relógios e bens de luxo que recebeu em missões oficiais como presidente da República. O TCU ainda não analisou o processo do ex-mandatário. A Polícia Federal investiga possíveis crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

    O entendimento do TCU de que presentes luxuosos, mesmo personalíssimos, devem ser devolvidos à União é de 2023. O tribunal determinou, no acórdão, a devolução de relógios recebidos por ministros do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    . Na época, a Corte determinou que o petista devolvesse a maior parte do que levou consigo. No total, Lula restituiu 453 itens, entre esculturas, quadros, tapetes, vasos e louças. Alguns objetos de luxo permaneceram no acervo pessoal do petista e não foram destinados à União. É o caso do relógio Cartier. Isso aconteceu pois, na ocasião, a Presidência da República entendeu que o relógio seria de caráter personalíssimo. O TCU não contestou.

    “A aplicação retroativa do entendimento retromencionado poderia (em tese) macular o princípio da segurança jurídica”, explicou a unidade de auditoria do TCU, em parecer obtido pelo Estadão.

    Relógio de pulso da marca Cartier, com pulseira em couro preto, fecho em ouro branco 18K e prata 750. Coroa arrematada com uma padra azul lapidada, safira. Foto: Reprodução/ Arquivos PR Foto: Reprodução
    © Fornecido por Estadão

    “Considera-se suficiente e oportuno ao presente caso, unicamente, dar ciência ao GP/PR [Gabinete Pessoal da Presidência da República] que a incorporação ao acervo documental privado dos presidentes da República de itens de natureza personalíssima de elevado valor comercial afronta os princípios constitucionais da administração pública, especialmente o da moralidade administrativa, bem como o da razoabilidade”, concluiu.

    O relógio Cartier foi entregue a Lula em julho de 2005, segundo o TCU, pela própria fabricante de relógios – e não pelo governo francês – durante as comemorações, em Paris, do “Ano do Brasil na França”. O próprio Lula, durante live em julho do ano passado, havia dito que o relógio foi presente do então presidente da França, Jacques Chirac. “Você sabe que esse relógio ficou perdido 25 anos? Eu não sabia onde estava. Agora, que eu fui mudar, fui abrir a gaveta, e ele estava lá”, contou.

    Relógio Piaget foi usado por Lula durante a campanha eleitoral de 2022 Foto: RicardoStuckert/PR
    Relógio Piaget foi usado por Lula durante a campanha eleitoral de 2022 Foto: RicardoStuckert/PR © Fornecido por Estadão

    A representação ao tribunal foi feita pelo deputado federal Sanderson (PL-RS). O parlamentar fez referência, no pedido, a um relógio Piaget, avaliado em R$ 80 mil. Esse relógio, no entanto, não consta na lista de presentes oficiais, e a área técnica do TCU entendeu não ter escopo para avaliá-lo.

    “Ante a descaracterização do relógio apontado na inicial da representação como presente dado ao Exmo. Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, no exercício de mandato de Presidente da República Federativa do Brasil, e, principalmente, por essa condição, bem como ante a ausência de quaisquer outros elementos que indiquem que o referido objeto é bem público da União, é forçoso reconhecer-se a improcedência da representação”, escreveu.

    Conforme revelou o Estadão, o acervo privado de Lula traz ainda um relógio suíço folheado em prata. O mostrador do item tem uma imagem do coronel Muammar Kadafi, antigo ditador da Líbia. Não há detalhes sobre a marca nem o modelo do relógio. O presente foi entregue em janeiro de 2003 pelo então ministro das Relações Exteriores da Líbia, Abdelrahman Shalqam.

    Lula ficou com um colar de ouro branco entregue em abril de 2004 pela Citic Group Corporation, uma empresa de investimento estatal da China. A joia traz detalhes em ouro amarelo e possui um pingente no formato de uma gravata. O TCU não analisou esses itens.

    ESTADAO

  • Moraes suspende lei que proíbe linguagem neutra em escolas de MG

    Moraes suspende lei que proíbe linguagem neutra em escolas de MG

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu a lei do Município de Ibirité (MG) que proíbe o ensino de “linguagem neutra ou dialeto não binário” nas escolas públicas e privadas.

    A lei também proibia o uso por agentes públicos da cidade. De acordo com o relator, os municípios não podem legislar sobre normas que tratem de currículos, conteúdos programáticos, metodologias de ensino ou modos de exercício da atividade docente. Esses temas são de competência privativa da União, porque devem ter tratamento uniforme em todo o país.

    De acordo com as informações divulgadas pelo STF, a decisão foi tomada na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1155, apresentada pela Aliança Nacional LGBTI+ (ALIANÇA) e pela Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH). As entidades sustentam, entre outros pontos, que a lei municipal impõe censura e compromete a liberdade de expressão e o direito fundamental de ensinar e de aprender.

    A Lei municipal 2.342/2022 classifica como “linguagem neutra” a modificação da partícula ou do conjunto de padrões linguísticos determinantes do gênero na Língua Portuguesa escrita ou falada, “de forma a anular ou indeterminar o masculino ou o feminino”. A norma prevê sanções administrativas e eventuais responsabilizações civis e penais a agentes públicos que utilizarem a linguagem neutra.

    Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirma que a proibição de divulgação de conteúdos na atividade de ensino caracteriza uma “ingerência explícita do Poder Legislativo municipal no currículo pedagógico das instituições vinculadas ao Sistema Nacional de Educação” e, consequentemente, submetidas à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

    JETSS

  • Nunes se reúne com líder da ultradireita da Itália sem divulgar na agenda

    Nunes se reúne com líder da ultradireita da Itália sem divulgar na agenda

    O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se encontrou com o vice-premiê e ministro da Infraestrutura da Itália, Matteo Salvini, líder da ultradireita europeia, mas não divulgou na sua agenda oficial.

    A prefeitura disse que Nunes acompanhou a reunião a pedido do deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP).

    Questionada na sexta-feira (17), a gestão municipal afirmou nesta segunda (20) que o parlamentar, que é cotado para vice de Nunes na campanha à reeleição, já estava na cidade quando o prefeito chegou a Roma e que Abduch permaneceu na capital italiana quando o prefeito retornou ao Brasil.

    A reunião foi divulgada nas redes de Salvini. Em um vídeo publicado em sua conta no X (antigo Twitter) na última quarta-feira (15), o vice-premiê aparece ao lado de Abduch em uma ligação de vídeo para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que estava hospitalizado. Na legenda, Salvini escreveu que seu encontro era com o prefeito de São Paulo, mas Nunes não aparece nas imagens.

    Apesar de ter recebido apoio de Bolsonaro para a disputa à reeleição, Nunes tem buscado desvincular sua imagem da extrema direita, buscando reforçar ser um candidato de centro.

    O Ministério da Infraestrutura italiano também publicou a agenda. Em nota publicada no site, a pasta disse que Salvini e Nunes discutiram projetos de investimentos em infraestrutura. Questionada sobre a pauta da reunião, a Prefeitura de São Paulo não respondeu. O UOL também procurou Abduch, mas não teve retorno.

    Nunes viajou à Europa para participar de Conferência da Crise do Clima à Resiliência Climática. O emedebista embarcou rumo à Europa na segunda-feira (13) e retornou ao Brasil na última sexta (17).

    O encontro com Salvini não consta na agenda oficial do prefeito. O único compromisso divulgado no site da prefeitura no dia 15 de maio foi a conferência sobre o clima. No dia seguinte, Nunes se reuniu com a representante permanente do Brasil junto à FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura).

    Nos bastidores, a ida de Abduch para a Itália foi vista como uma tentativa do deputado de se aproximar do prefeito —mirando a vaga de vice. O parlamentar é ex-comentarista político da Jovem Pan e vice-líder do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Alesp. Ele foi convidado para assumir a Secretaria de Urbanismo e Licenciamento da prefeitura com apoio do governador, mas declinou do convite argumentando que vai trabalhar para a campanha do candidato escolhido pela direita.

    Nunes tem tentando adiar ao máximo a escolha e, nos bastidores, o nome do parlamentar não é visto como um dos mais fortes. A palavra final seria de Bolsonaro, que vai apoiar o prefeito na campanha. Nunes, porém, já disse que é ele mesmo quem decidirá o melhor nome.

    Além da conferência sobre o clima, o prefeito de São Paulo também teve um encontro com o Papa Francisco na quinta-feira (16). Na ocasião, ele entregou presentes e pediu que o líder da Igreja Católica abençoasse uma bandeira do Rio Grande do Sul, atingido por fortes enchentes. O emedebista também compareceu a uma missa em homenagem ao ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), morto há três anos, ao lado do filho do tucano, Tomás.

    FolhaPress

  • Jair Bolsonaro orienta seguidores a desativarem filtro de tema político em rede social

    Jair Bolsonaro orienta seguidores a desativarem filtro de tema político em rede social

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) postou um vídeo neste domingo, 19, orientando os seus seguidores a desativarem o filtro de restrições a temas políticos implementado recentemente pelo Instagram. O tutorial de 34 segundos ensina o passo a passo de como alterar a configuração da ferramenta desenvolvida pela Meta – empresa que administra Facebook e Instagram – para reduzir o alcance de temas políticos na rede social.

    A Meta implementou a medida para limitar a disseminação de conteúdos políticos no Instagram, no Threads e no Facebook. A empresa criou um filtro para que esse tipo de mensagem não apareça como conteúdo recomendado aos seus usuários que não seguirem os perfis políticos. A decisão tem abrangência mundial.

    Uma pesquisa realizada pela empresa concluiu que as pessoas querem ver menos conteúdo político, o que, segundo a empresa, motivou a atualização. As publicações nas plataformas são recomendadas por meio de inteligência artificial.

    De acordo com um comunicado emitido pela empresa em fevereiro deste ano, os conteúdos políticos não serão mais recomendados proativamente pela rede social nas abas Explorar, Reels, Recomendações no Feed e Usuários Sugeridos. A limitação não atinge os conteúdos publicados por quem o usuário já segue. Ou seja, se a pessoa é seguidora de um determinado político ou analista político, ela continuará recebendo seus vídeos e comentários.

    Estadão

  • Nova chefe da Petrobras já pediu intervenção de Lula para explorar petróleo na Foz do Amazonas

    Nova chefe da Petrobras já pediu intervenção de Lula para explorar petróleo na Foz do Amazonas

    Explorar petróleo na Foz do Amazonas deve ser uma das missões prioritárias da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defensora do empreendimento.

    A petroleira insiste na exploração, mesmo após o Ibama (Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais e Renováveis) dar uma série de sinalizações de que não vê a empreitada como viável. Para atingir o objetivo, Magda pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que interfira no caso.

    O órgão ambiental barrou a perfuração de poço no bloco 59 da bacia da margem equatorial pela primeira vez em maio de 2023.

    Desde então, em um vai-e-vem, a empresa reiterou o pedido para exploração e segue buscando o aval do Ibama, que não deu a palavra final sobre seu entendimento, mas fez novas exigências à estatal.

    A última delas foi o pedido, com a Funai (Fundação dos Povos Indígenas do Brasil), de um estudo sobreo impacto da exploração sobre as comunidades indígenas da região do Oiapoque (AP).

    A Petrobras, ainda nos últimos dias de Jean Paul Prates como presidente, contestou a exigência, mas ainda não se sabe como a nova gestão tratará o tema.

    Sob reserva, integrantes da estatal e do MME (Ministério de Minas e Energia) veem como descabida a resistência do órgão ambiental, que estaria criando barreiras desnecessárias para o andamento do processo.

    Pessoas do governo afirmam que esse tema, no entanto, ainda não foi discutido com Magda, uma vez que ela ainda não assumiu formalmente o cargo.

    Já quem está na área ambiental argumenta que todas as decisões são baseadas em laudos técnicos e que as negativas se dão porque a Petrobras não conseguiu comprovar a viabilidade da exploração.

    Como Magda defende a exploração de petróleo na região há anos, há o receio que a tensão se acirre.

    A exploração da Foz do Amazonas consta no Plano de Investimentos da Petrobras.

    Um dos motivos que levou à queda de Jean Paul Prates da presidência da empresa foi a percepção, por parte do governo Lula (PT), de que as entregas relativas ao plano não estavam acontecendo como deveriam.

    A expectativa é que a nova indicada consiga dar celeridade a uma série de obras, o que inclui um polo gás-químico em Minas Gerais, a recompra de refinarias vendidas no governo Jair Bolsonaro (PL) e o investimento na indústria naval.

    A exploração do petróleo na margem equatorial também consta no plano de prioridades da Petrobras, e Magda é antiga incentivadora da ideia.

    Foi ela, inclusive, que comandou o leilão do bloco 59 da Foz do Amazonas, então arrematado pela britânica BP, em 2013 -a Petrobras herdou o direito ao local anos depois. Na época, Magda era diretora-geral da ANP (Agência Nacional de Petróleo).

    Em entrevista concedida em fevereiro, Magda classificou como “frustrante” a demora no licenciamento para exploração da região. “Assusta ver que a negativa agora põe em dúvida a capacidade da Petrobras de lidar com uma nova fronteira”, disse ao Blog do Desenvolvimento.

    Em artigo publicado na revista Brasil Energia em 2023, ela argumentou que o bloco foi licitado com aval do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), do qual o MMA (Ministério do Meio Ambiente) faz parte.

    Magda pediu intervenção do presidente Lula. “É ele que tem mandato para estabelecer as prioridades nacionais, em nome do povo”, escreveu. “É ele quem precisa decidir sobre os impactos e consequências.”

    Ela ressaltou que não advoga pelo licenciamento “inconsequente”, mas avalia que a demora pode “condenar o Brasil à estagnação”.

    “O MMA não pode usurpar o poder de concessão da Presidência da República”, avaliou.

    A exploração do petróleo na margem equatorial contrapôs os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Marina Silva (Meio Ambiente).

    A licença para perfurar o poço 59 foi negada após o Ibama entender que o plano apresentado pela Petrobras não garante a segurança ambiental do empreendimento. A estatal alega que cumpriu todas as determinações feitas pelo Ibama, e vê a decisão como política.

    Na semana passada, a direção da petroleira anunciou nova ofensiva para tentar licenciar o bloco ainda neste ano.

    A Petrobras que retomar as conversas com o Ibama, uma vez que a sonda contratada para perfurar o poço da Foz do Amazonas -atualmente operando em outro bloco, na região Sudeste- ficará disponível em outubro.

    FolhaPress