Categoria: Política

  • ‘PT fez aliança com a direita e se associou ao Rato’, diz Requião, após deixar o partido

    ‘PT fez aliança com a direita e se associou ao Rato’, diz Requião, após deixar o partido

    O PT fez aliança com a direita e se associou ao Rato”, afirmou Requião ao Estadão, numa referência jocosa ao governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). “Não tem mais partido. Tem agora um grupo no PT que manda de cima para baixo”.

     O ex-governador do Paraná Roberto Requião pediu desfiliação do PT nesta quarta-feira, 27, fazendo fortes críticas ao partido e aos rumos tomados até agora pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro mandato. Dois anos após ter se integrado às fileiras petistas, o ex-governador disse se sentir abandonado pelo PT, que, na sua avaliação, se transformou em uma sigla de decisões autoritárias.

    Requião entrou no PT na campanha de 2022, após quatro décadas de filiação ao MDB. “Eu já estava desgostoso com o MDB, que foi liquidado pela fisiologia política, e optei pelo PT porque queria ajudar a derrotar o bolsonarismo no Paraná”, argumentou o ex-governador, que administrou o Estado três vezes e também foi senador. Em 2022, porém, ele perdeu a disputa ao Palácio Iguaçu para Ratinho Júnior, que foi reeleito.

    “Depois, Lula me ligou e disse que queria conversar comigo sobre o Paraná, mas essa conversa nunca aconteceu e ele se afastou completamente”, relatou Requião. “Chegaram a me propor cargo no Conselho de Administração da Itaipu e em outros lugares, mas não estou atrás de emprego.”

    Agora, na eleição para a Prefeitura de Curitiba, o PT caminha para apoiar a candidatura do deputado Luciano Ducci (PSB), adversário político de Requião. Tanto que, nesta terça-feira, 26, o Diretório Nacional do PT decidiu empurrar a última palavra sobre a tática eleitoral a ser adotada em Curitiba e em outras três cidades (Rio, Recife e João Pessoa) para a Executiva do partido, que vai se reunir em abril.

    A decisão de lançar ou não chapa própria na capital do Paraná embute uma queda de braço entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o deputado Zeca Dirceu, que quer concorrer à Prefeitura. O grupo de Zeca acusa Gleisi de ter feito acordo para respaldar a campanha de Ducci.

    Em troca, o PSB apoiaria a presidente do PT na intenção de concorrer à cadeira do senador Sergio Moro (União Brasil), caso ele tenha o mandato cassado. O Tribunal Regional Eleitoral (TER) do Paraná marcou o julgamento de ações que pedem a cassação de Moro por abuso do poder econômico para o próximo dia 1.º.

    “Fizeram acordo com um cara que já foi prefeito (Ducci) e que votou com a direita no Congresso. O PT deveria escolher o seu candidato em Curitiba. O que vai ser diferente de hoje? A cidade está totalmente abandonada”, disse ele. Procurados, Lula e Gleisi não quiseram responder às críticas de Requião.

    Ao lado de Lula e Gleisi, Requião e seu filho assinaram ficha de filiação ao PT do Paraná em 2022: casamento de conveniência. Foto: Eduardo Matysiak/Divulgação
    Ao lado de Lula e Gleisi, Requião e seu filho assinaram ficha de filiação ao PT do Paraná em 2022: casamento de conveniência. Foto: Eduardo Matysiak/Divulgação © Fornecido por Estadão

    Requião afirmou, ainda, que esperava “transformações” por parte de Lula. “Mas ele se associou com o Rato e fez o pedágio mais caro do Brasil, além de apoiar as privatizações da Sanepar, do Porto de Paranaguá e a venda da Copel”, criticou.

    Ratinho Júnior é citado como pré-candidato do PSD à cadeira de Lula

    Ratinho Júnior é um dos nomes citados pela direita para concorrer ao Palácio do Planalto, em 2026, quando Lula pretende disputar um novo mandato. Pesquisas indicam que o presidente e o PT ainda sofrem forte rejeição no Paraná, berço da Lava Jato.

    Lula orientou o partido a só lançar candidatos próprios em cidades onde tenha chance de vencer a eleição. Toda a estratégia está sendo montada projetando o cenário de 2026, quando o PT quer construir uma frente mais ampla de apoio em torno de Lula já no primeiro turno.

    Apesar de ter saído das fileiras petistas, Requião disse que não fará oposição ao governo e afirmou não ter definido seu próximo destino partidário. “Eu apoiei o Lula para remover Bolsonaro. Se não fosse o Lula, nunca saberíamos quem mandou matar a Marielle”, destacou. Mesmo assim, o ex-governador não poupou críticas ao que chamou de “erros” do governo, sobretudo à política econômica levada a cabo pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

    “Do ponto de vista econômico, o governo Lula está repetindo a política do Paulo Guedes”, disse Requião, ao citar o ministro da Economia do então presidente Jair Bolsonaro. “E o que estão fazendo na Petrobrás, então? É um crime. Estão acabando com a empresa. O PT faz o jogo do mercado.”

    Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Requião Filho tem endossado as críticas do pai, mas, por enquanto, continuará filiado ao PT. “Ele nem pode sair porque perderia o mandato”, observou o ex-governador.

    Estadão

  • Bolsonaro diz que vai filiar governador ‘peso pesado’ ao PL em meio a tratativas com Tarcísio

    Bolsonaro diz que vai filiar governador ‘peso pesado’ ao PL em meio a tratativas com Tarcísio

    O ex-presidente Jair Bolsonaro reforçou o movimento de pressão para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se filie ao PL e deu indicativos de que o político não deve tardar a trocar de legenda. Em evento de filiação do senador Izalci Lucas (DF) ao partido, Bolsonaro disse que “em breve vai filiar um governador peso pesado”.

    Bolsonaro e Valdemar se revezam em evento para cumprir ordem de Moraes
    O presidente do PL, Valdemar Costa Neto (esq.) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (dir.) Poder360

    “Outros pesos pesados do Poder Executivo também virão (para o PL). Eu filei nesta semana em Rio Branco, capital do Acre, o prefeito Bocalom. Virá brevemente um governador peso pesado para o nosso partido. São pessoas que têm um pensamento muito semelhante”, disse Bolsonaro.

    Lideranças do PL têm feito sucessivos gestos para que Tarcísio troque de partido. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, por exemplo, cobrou publicamente que o governador paulista passe a integrar os quadros da legenda. “Tarcísio, vem você para o PL também, vem’”, disse Michelle na última segunda-feira, 25, na cerimônia que a reconheceu como cidadã paulistana.

    Tarcísio, por sua vez, tem tido cautela ao analisar a proposta de troca de partido, mesmo as que têm sido feitas pelo seu padrinho político. Como mostrou o Estadão, o governador tem tido divergências com setores do Republicanos em negociações para definir o apoio a candidatos a prefeito no Estado.

    Outro fato que tem feito Tarcísio pender para o lado do PL é a aproximação do cacique do Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira, com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva com vistas à eleição para a Presidência da Câmara. O governador paulista avalia que as movimentações de Pereira atrapalham as suas chances de reeleição em 2026 e fortalecem o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que foi o mais longevo chefe do Executivo paulista.

    Com a filiação de Izalci nesta quarta-feira, o PL contará com 13 representantes no Senado. A sigla é a segunda força na Casa Alta do Congresso, onde interesses imediatos dos governadores são discutidos. A única sigla com mais senadores é o PSD, cuja bancada é formada por 15 parlamentares.

    Bolsonaro evita embate com o STF e não se encontra com Valdemar no palco

    O ex-presidente teve uma participação protocolar no evento de filiação de Izalci e evitou embates com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que relata as diversas investigações na qual é investigado.

    Em vez de abordar temas que causam desgastes políticos e fragilizam a sua posição perante os investigadores da Polícia Federal (PF), como a estadia de duas noites na Embaixada da Hungria, Bolsonaro optou por antagonizar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em pautas morais e de costumes.

    O ex-presidente citou criticamente a portaria editada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, que previa a interrupção da gravidez até o nono mês de gestação, nos casos previstos por lei. A decisão repercutiu negativamente a ministra recuou da medida.

    Outro fator que deu ares protocolares ao evento de filiação de Izalci foi a questão judicial a qual Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, estão submetidos. Os dois respondem a medidas cautelares impostas por Moraes, que, dentre outras implicações, os impede de se comunicarem e participarem de eventos juntos.

    O PL montou um “esquema tático” para que Bolsonaro e Valdemar não se encontrassem. O presidente do partido participou da abertura do evento e deixou o palco logo após a filiação de Izalci para que Bolsonaro pudesse discursar. Em sua breve fala, Valdemar lembrou que estava impedido de frequentar os mesmos espaços que o ex-presidente, mas alegou que essa imposição “não é problema” e que vai se “resolver logo”.

    Estadão

  • Presidente do Superior Tribunal Militar diz que esquerda ‘quer um Brasil melhor’

    Presidente do Superior Tribunal Militar diz que esquerda ‘quer um Brasil melhor’

    O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro Francisco Joseli Parente Camelo, disse nesta terça-feira, 26, que não acredita que existe comunismo no Brasil e que a esquerda quer é “um Brasil melhor”. Em entrevista à BandNews TV, o tenente-brigadeiro do ar afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é comunista.

    “O presidente Lula é um sindicalista. Não vejo o presidente Lula, e jamais o vi, como um comunista. Porque as pessoas tem uma mania de pensar que ser de esquerda é ser comunista. Isso não existe. Ser de esquerda é querer um Brasil melhor, um Brasil mais solidário, um Brasil mais próspero, um Brasil que pensa no mais pobre, é tudo isso que a esquerda pensa. Ser de esquerda não é ser comunista e o comunismo, para mim, não existe no nosso País”, disse.

    Camelo disse não ter preferência política, porque militares não têm partido. “Não somos nem de esquerda nem de direita. Nós queremos o melhor para o Brasil. Nós queremos a sociedade brasileira viva, feliz como sempre foi. Queremos que a pacificação volte ao nosso País.”

    O presidente do STM também se referiu à ditadura militar de 1964 como uma “revolução necessária naquele momento”. “Vejo 1964 como uma revolução e como necessário. Não vou dizer que não cometemos erros, porque os erros foram acontecendo e foram virando uma bola de neve”, afirmou.

    O presidente Lula vetou evento sobre o tema planejado pelo Ministério dos Direitos Humanos, pelos 60 anos do golpe militar. Ao ser questionado sobre decisão, Camelo defendeu que militares não devem ter constrangimento sobre 64, mas também não devem comemorar o período.

    “Toda sociedade brasileira já sabe o que aconteceu em 64. Agora, não adianta querer mudar o passado. Ninguém muda o passado. Aquilo aconteceu e não queremos que aquilo seja repetido. A sociedade brasileira não aceita uma ruptura democrática”, disse. “Nós temos que trabalhar por nossa democracia.”

    Estadão

  • Lula e Macron defendem cooperação militar em “mundo polarizado”

    Lula e Macron defendem cooperação militar em “mundo polarizado”

    O presidente do Brasil disse que preocupação com defesa é por desejo de paz em momento em que há “animosidade” contra a democracia; líder francês disse que países não querem ser “lacaios” de grandes potências.

    Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da França, Emmanuel Macron, defenderam nesta 4ª feira (27.mar.2024) as iniciativas de cooperação entre os 2 países no desenvolvimento de tecnologias militares em um momento em que mundo passa por “múltiplas crises” com grandes potências em conflito. Os 2 chefes de Estado participaram pela manhã da inauguração do submarino Tonelero, parte do Prosub, programa de desenvolvimento de submarino desenvolvido por brasileiros e franceses. Em seu discurso, Lula disse que se preocupa com a defesa do território brasileiro não porque deseja a a guerra, mas porque quer paz.

    Poder360

  • Presidente francês Macron será recebido no Senado nesta quinta

    Presidente francês Macron será recebido no Senado nesta quinta

    O presidente da França, Emmanuel Macron, fará visita ao Senado, nesta quinta-feira (28), onde será recebido pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, no Salão Nobre, a partir das 15h.

    Um dos temas esperados na pauta entre França e Brasil é o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O acordo entre os dois blocos teve os termos finalizados em 2019, após 20 anos de negociações, mas não foi ratificado pela União Europeia. Em mais de uma ocasião, a França já se posicionou contra o acordo.

    Grupo parlamentar

    Na ocasião da visita de Macron também será instalado no Senado o Grupo Parlamentar Brasil-França (GPFRANCA), instituído pela Resolução 33 de 2019, como serviço de cooperação interparlamentar. O grupo tem a finalidade de incentivar e desenvolver as relações bilaterais entre os Poderes Legislativos dos dois países, bem como contribuir para a análise, a compreensão, o encaminhamento e a solução de problemas.

    Agenda

    A visita ao Senado é um dos eventos da programação oficial do presidente francês no Brasil, durante os três dias em que permanecerá no país. O roteiro de Macron prevê visitas a quatro cidades: Belém (PA), Itaguaí (RJ), Brasília e São Paulo. Foi organizado como parte de uma agenda internacional acertada em conjunto com o presidente Lula, com foco principal na preparação para a COP30 do clima que vai acontecer em Belém, em 2025.

    Nesta semana, os dois presidentes lançaram um plano de economia sustentável para a Região Amazônica, que busca arrecadar mais de RS 5 bilhões de investimento público e privado nos próximos quatro anos, para aplicar em projetos na Amazônia Legal e na Guiana Francesa.

    Fonte: Agência Senado

  • ‘Pode haver despesas muito maiores, mas ainda não estão sacramentadas’, diz Tebet sobre Orçamento

    ‘Pode haver despesas muito maiores, mas ainda não estão sacramentadas’, diz Tebet sobre Orçamento

    ministra do PlanejamentoSimone Tebet, afirmou nesta terça-feira, 26, que as contestações às projeções apresentadas pelo governo no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, a primeira reavaliação do Orçamento, não são precisas.

    Segundo a ministra, o relatório trabalha com os dados disponíveis no momento e que, por isso, deve passar por revisão no próximo bimestre. Entretanto, disse que a gestão já deixou claro que há possibilidade de aumento de despesas, mas que os ajustes dependem de fatores ainda em discussão.

    “Nós mesmos estamos preocupados e estamos alertando que poderá haver despesas muito maiores. Mas essas despesas, elas ainda não estão sacramentadas porque dependem do Congresso Nacional”, disse ao citar propostas como o Perse, a desoneração da folha e a contribuição previdenciária dos municípios, que interferem nas projeções de arrecadação.

    Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, nota elaborada pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira (Conof) da Câmara dos Deputados indica que, apesar de as projeções apresentadas pelo governo no relatório terem sido “marginalmente mais conservadoras”, os números ainda continuam “otimistas”. Entre os destaques, a Conof diz que os gastos com a Previdência estão subestimados em R$ 20 bilhões, como especialistas em contas públicas já vem alertando.

    A ministra disse que não está subestimando despesas e nem superestimando a receita. “Seguimos uma cartilha, que é a Lei de Finanças Públicas. Nós somos obrigados a trabalhar com o que nós temos, o que nós recebemos da Receita e o que nós temos de desembolso orçamentário para as despesas”, afirmou a jornalistas após evento na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

    Contudo, Tebet não descartou a possibilidade de os gastos com Previdência de fato serem maiores, mas disse que há definições importantes que podem interferir no cenário. “Há um grupo de trabalho apurando fraudes na Previdência. Então a despesa vai depender do quando o INSS vai conseguir economizar”, disse.

    A ministra do Planejamento afirmou que o segundo Relatório Bimestral de Receitas e Despesas deve ser mais preciso que o divulgado na semana passada. “O segundo relatório sempre é mais claro. Pela nova regra, estimaremos a receita de acordo com os primeiros quatro meses, ver se houve aumento de receita e poderemos colocar no Orçamento R$ 15 bilhões”, afirmou.

    Ela se referiu à possível abertura de um crédito suplementar de R$ 15 bilhões em maio, a depender do desempenho da receita. Porém, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou em entrevista ao Estadão que o crédito só será aberto se não for comprometer a meta de zerar o déficit das contas públicas.

    Estadão

    Contas públicas têm rombo recorde de R$ 58,4 bi em fevereiro

    Resultado representa uma alta real de 37,7%, segundo dados do Tesouro Nacional; também foi o pior em valores correntes…

    O governo apresentou deficit de R$ 58,44 bilhões nas contas públicas em fevereiro de 2024. O resultado é o pior para o mês. Representa uma alta real –descontada a inflação– de 37,7% na comparação com o mesmo período em 2023, quando o saldo negativo foi de R$ 42,44 bilhões em termos reais. O Tesouro Nacional divulgou o balanço nesta 3ª feira (26.mar.2024). Eis a íntegra (PDF – 713 kB) da apresentação….

    Poder360

  • PF prepara relatório sobre estadia de Bolsonaro na embaixada da Hungria para enviar ao STF, diz fonte

    PF prepara relatório sobre estadia de Bolsonaro na embaixada da Hungria para enviar ao STF, diz fonte

    A Polícia Federal está produzindo um relatório sobre a hospedagem do ex-presidente Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria em fevereiro deste ano logo após ter tido o passaporte apreendido, e o documento será enviado em breve ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, disse nesta terça-feira à Reuters uma fonte com conhecimento das investigações.

    A fonte, que falou sob condição de anonimato, disse que a PF tinha conhecimento da ida de Bolsonaro à representação húngara em Brasília, mas não possuía as imagens que foram reveladas pelo jornal The New York Times na segunda-feira.

    A publicação norte-americana revelou que Bolsonaro dormiu duas noites na embaixada dias após ser alvo de uma operação da PF sobre uma suposta trama golpista durante o seu governo.

    Moraes já estabeleceu prazo até quarta-feira para Bolsonaro se explicar ao Supremo sobre a estadia na embaixada da Hungria.

    O New York Times obteve imagens de circuito interno de segurança e via satélite que mostraram a chegada de Bolsonaro ao local no dia 12 de fevereiro, e o carro que o levou estacionado lá até o dia 14. Dias antes, em 8 de fevereiro, ele teve seu passaporte apreendido no âmbito da operação da PF.

    O jornal norte-americano tratou o episódio como “uma aparente tentativa de obtenção de asilo” por parte de Bolsonaro. Caso o ex-presidente estivesse na embaixada húngara e a Justiça determinasse sua prisão, agentes da PF não poderiam entrar na representação diplomática da Hungria para prendê-lo, pois o local é protegido pela legislação e está fora da jurisdição das autoridades brasileiras.

    A defesa do ex-presidente confirmou, em nota oficial, que Bolsonaro se hospedou na embaixada da Hungria por dois dias em fevereiro, afirmando ter recebido um convite, “para manter contatos com autoridades do país amigo”.

    “Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”, conclui o documento assinado pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten.

    Bolsonaro é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, de extrema-direita, com quem já trocou elogios públicos no passado. Ambos se encontraram no fim do ano passado durante a posse do presidente da Argentina, Javier Milei, também de extrema-direita, em Buenos Aires.

    Após a revelação da estadia de Bolsonaro na embaixada húngara, o Ministério das Relações Exteriores convocou embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, para prestar esclarecimentos sobre o episódio.

    Reuters

  • Izalci Lucas muda para partido de Bolsonaro e PL passa a ter 13 senadores

    Izalci Lucas muda para partido de Bolsonaro e PL passa a ter 13 senadores

    O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) se filiará ao PL nesta quarta-feira, 27, e amplia o número de integrantes do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro na Casa. Com ele, a legenda que é a segunda maior bancada da Casa, passa a ter 13 congressistas. O PSD, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG) é a sigla mais numerosa, com 15 integrantes, e o MDB fica na terceira posição, com 11.

    O PL fará uma cerimônia em Brasília numa casa de eventos, com a presença de Bolsonaro. Izalci tem alinhamento com pautas bolsonaristas e, mesmo no PSDB, participou da linha de frente do grupo em alas importantes no Senado, como aconteceu na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, em 2021, e na CPI Mista do 8 de Janeiro, em 2023.

    Ele mira o governo do Estado do DF, em 2026. Em 2022, ele ficou na sexta posição. Ibaneis Rocha (MDB) foi o candidato eleito naquele ano.

    “É com honra e gratidão que me junto ao grande líder Jair Bolsonaro e aos patriotas do Partido Liberal para contribuir na defesa e propagação dos valores da família e da pátria”, escreveu, em publicação no Instagram.

    Em contrapartida, Izalci, que era líder do PSDB, deixará a sigla empatando com o novo como a menor do Senado, com apenas um representante, Plínio Valério (PSDB-AM).

    ESTADÃO

    Izalci critica falta de espaço para a oposição em cerimônia do bicentenário

    Waldemir Barreto/Agência Senado

    O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) criticou, em pronunciamento nesta terça-feira (26), o fato da oposição não ter tido oportunidade de discursar durante a sessão especial para celebrar os 200 anos do Senado, realizada na segunda-feira (25).

    — Infelizmente não foi dada à oposição a possibilidade de fala e a oportunidade de se manifestar com liberdade e apreço à nossa democracia. Com isso, sinto dizer, a celebração ficou manchada e expôs ao Brasil a chaga de nosso Parlamento, que, se já não faz valer a sua prerrogativa de legislar, também não tem agora a de falar e de se manifestar. A festa da democracia mostrou-se frágil, perdeu o seu brilho.

    Izalci argumentou que “o conhecimento do passado traz evolução e corrige erros e desvios futuros”, e por isso é importante que a história não seja desvirtuada. O senador afirmou que o Brasil vive uma desarmonia entre os Poderes, com uma série de arbitrariedades ocorrendo ao redor do país.

    — Já vivemos isso, mas hoje é muito mais grave. Vivemos um momento em que a narrativa se sobrepõe à justiça e a faz valer para investigar e julgar. Temos hoje uma Justiça em que o juiz é vítima, acusa e julga. Há algo estranho acontecendo em nosso país de todos os brasileiros. Ao nosso Congresso cabe legislar e ao nosso Senado, sobretudo, revisar e aprovar as leis com vistas ao melhor para o Brasil. À Justiça não cabe legislar, apenas julgar na forma da lei. Ao nosso Senado Federal de hoje: que acorde e faça jus ao Senado Federal de ontem! Basta apenas que os nossos representantes façam uma viagem ao início dessa jornada de 200 anos. Há muito que conhecer. Há muito que aprender.

    Fonte: Agência Senado

     

     

  • PF rebate fake news envolvendo ex-ministro de Bolsonaro

    PF rebate fake news envolvendo ex-ministro de Bolsonaro

    Na manhã desta terça, 26, a Polícia Federal cumpriu mandados no mesmo prédio onde Queiroga possui apartamento

    A Polícia Federal negou que tenha realizado mandados de busca e apreensão contra o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, Marcelo Queiroga. “Não há nenhum envolvimento do Sr. Marcelo Queiroga na operação de hoje. Qualquer informação que envolva o nome dele é falsa”, respondeu a PF.

    No início da manhã desta terça-feira, 26, a PF deflagrou a Operação Galeno, que cumpriu mandados no mesmo prédio onde Queiroga possui apartamento em João Pessoa, capital da Paraíba. A operação busca combater crimes de fraude e licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no município de Coremas, no mesmo estado.

    A Polícia Federal negou que tenha realizado mandados de busca e apreensão contra o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, Marcelo Queiroga. “Não há nenhum envolvimento do Sr. Marcelo Queiroga na operação de hoje. Qualquer informação que envolva o nome dele é falsa”, respondeu a PF.

    “Foram expedidos 5 (cinco) mandados de busca e apreensão pela 8ª Vara Federal de Sousa/PB, os quais foram cumpridos nos municípios de Coremas e João Pessoa, ambos no estado da Paraíba”, disse a PF por nota sem especificar quem eram os alvos.

    O Antagonista

  • Mesmo o Brasil ser criticado por Macron. Lula ainda estende tapete para o presidente francês

    Mesmo o Brasil ser criticado por Macron. Lula ainda estende tapete para o presidente francês

    Conforme o jornalista Claudio Humberto do Diário do Poder, em suas redes sociais, Macron compartilhou informações falsas para prejudicar o Brasil, como no caso de uma foto de um incêndio na floresta ocorrido em território peruano há 20 anos, tirada por um autor já falecido, apresentando-a como “evidência” de que o Brasil estaria destruindo a Amazônia por meio de incêndios criminosos, entre outras alegações infundadas.

    Além de mentir, Macron agiu para inviabilizar o que pudesse beneficiar o Brasil, como o acordo Mercosul-União Europeia, prestes a ser celebrado. (Foto: Divulgação)

    O presidente Lula (PT) recomendou um protocolo especial, com todas as honras, para receber o presidente francês Emmanuel Macron, que tem se destacado por iniciativas hostis em relação ao Brasil.

    Conforme o jornalista Claudio Huberto do Diário do Poder, em suas redes sociais, Macron compartilhou informações falsas para prejudicar o Brasil, como no caso de uma foto de um incêndio na floresta ocorrido em território peruano há 20 anos, tirada por um autor já falecido, apresentando-a como “evidência” de que o Brasil estaria destruindo a Amazônia por meio de incêndios criminosos, entre outras alegações infundadas.

    Além de disseminar desinformação, Macron atuou para dificultar qualquer iniciativa que pudesse beneficiar o Brasil, como o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que estava prestes a ser concluído.

    Lula concordou com a demanda de Macron para recebê-lo em Belém, sede da COP 30, na terça-feira (26), em vez da capital, como previsto pelo protocolo tradicional.

    Macron impôs exigências irrealistas ao agronegócio brasileiro, baseando-se em falsidades, com o claro objetivo de proteger o agronegócio ineficiente da Europa.

    As tensões entre Macron e o Brasil aumentaram após o então presidente Bolsonaro fazer comentários considerados ofensivos sobre a esposa de Macron, Brigitte Macron, que é 25 anos mais velha que ele.

    Jetss

    Macron chega ao Brasil para visita de 3 dias

    Líder francês irá a quatro cidades, batizará submarino e terá reuniões com Lula

    Nesta terça-feira, 26, o presidente da França chega para uma visita de três dias ao Brasil. A viagem  tem por objetivo reforçar as relações bilaterais, que foram paralisadas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Macron visitará quatro cidades, acompanhado de ministros e 140 empresários, grande parte de firmas de pequeno e médio portes.

    Emmanuel Macron e Lula estarão juntos em Belém, na terça-feira, primeiro dia de viagem do presidente da França. Essa primeira fase da agenda tratará de meio ambiente, com ênfase para clima e proteção das florestas.

    Macron dirá que a França quer ser um parceiro de referência para o Brasil. Conversará com Lula sobre ações para mitigar os efeitos do aquecimento global e para que os habitantes da Amazônia vivam com dignidade, sem precisarem desmatar. A reforça das instituições multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Conselho de Segurança da ONU também farão parte da agenda, segundo apuração do jornal O Globo.

    Na terça, Macron vai condecorar o cacique Raoni com a Legião de Honra, a mais alta distinção francesa. Raoni Metuktire receberá em Belém, no Pará, essa ordem no grau de oficial, como “figura internacional da luta pela preservação da floresta amazônica e a cultura dos povos originários”, segundo a presidência francesa.

    Exame