Categoria: Política

  • STF rejeita pedido de ex-presidente da República para adiar depoimento à PF

    STF rejeita pedido de ex-presidente da República para adiar depoimento à PF

    Defesa alegou que não teve acesso à íntegra das informações, mas ministro Alexandre de Moraes destacou que os elementos de prova documentados nos autos já foram garantidos aos advogados de Jair Bolsonaro.

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para adiar depoimento à Polícia Federal, marcado para esta quinta-feira (22), no âmbito da investigação deflagrada na Operação Tempus Veritatis, que apura tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito

    A defesa do ex-presidente pedia que ele não prestasse depoimento ou fornecesse declarações adicionais até que fosse garantido o acesso à integralidade dos autos referentes à operação. Ao negar o pedido, o ministro destacou que não procede a alegação de que não lhe foi garantido o acesso integral à todas as diligências efetivadas e provas. Isso porque os advogados de Bolsonaro tiveram, nesta segunda-feira (19), acesso integral aos elementos de prova já documentados nos autos, com exceção das diligências em andamento e os elementos constantes na colaboração premiada de Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens.

    O ministro explicou que, conforme a jurisprudência do STF, antes do recebimento da denúncia, não configura cerceamento de defesa a negativa de acesso a termos da colaboração premiada referente a investigações em curso. Isto porque o investigado não tem direito a acessar informações associadas a diligências em andamento ou em fase de deliberação.

    Além disso, o ministro observou que o investigado tem o direito de falar no momento que considere adequado ou de permanecer em silêncio parcial ou total, mas não pode decidir, prévia e genericamente, pela possibilidade ou não da realização de atos procedimentais ou processuais durante a investigação criminal ou a instrução processual penal. “Não lhe compete escolher a data e horário de seu interrogatório”, ressaltou.

    Leia a íntegra da decisão.

    STF

  • Após ser chamado de ‘persona non grata’ por Israel, Lula chama de volta embaixador do Brasil

    Após ser chamado de ‘persona non grata’ por Israel, Lula chama de volta embaixador do Brasil

    Assessor do Planalto, Celso Amorim diz que é ‘absurdo’ Israel considerar Lula ‘persona non grata’

    O embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, será chamado de volta ao Brasil pelo governo Lula. Meyer foi convocado por autoridades israelenses, nesta segunda-feira, para dar explicações sobre uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que no domingo comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza com o Holocausto.

    A desocupação do posto em Tel Aviv indica um agravamento do impasse diplomático entre Brasil e Israel e pode, eventualmente, ser o primeiro passo para o esfriamento ou até o rompimento das relações bilaterais.

    O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também convocou o embaixador israelense Daniel Zonshine para prestar eslcarecimentos.

    “Diante da gravidade das declarações desta manhã do governo de Israel, o Ministro Mauro Vieira, que está no Rio de Janeiro para a reunião do G20, convocou o embaixador israelense Daniel Zonshine para que compareça hoje ao Palácio Itamaraty, no Rio. E chamou para consultas o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, que embarca para o Brasil amanhã”, disse o ministério em nota.

    No último domingo, Lula comparou as mortes de palestinos que estão na Faixa de Gaza ao Holocausto na Segunda Guerra Mundial, marcado pelo extermínio de mais de seis milhões de judeus. Lula foi considerado, nesta segunda-feira, persona non grata por Israel e, ao convocar o embaixador, indicou que, ao contrário do que foi exigido pelo governo daquele país, não pedirá desculpa por sua fala.

    Declaração de Lula é ‘desastrosa’ e uma ‘armadilha’ dizem diplomatas

    O clima no Itamaraty é de preocupação. Um diplomata comentou que a exposição de Frederico Meyer no Museu do Holocausto foi desnecessária, por causa de uma declaração “desastrosa” de Lula.

    Um interlocutor do Itamaraty disse que Lula caiu em uma “armadilha”, ao fazer a declaração, e o cenário é bastante complicado. Isto porque o presidente, como disse o premier israelense, banalizou o Holocausto e, assim, o extermínio de cerca de 6 milhões de judeus, grande parte em campos de concentração nazista.

    A declaração do presidente brasileiro causou indignação no governo de Israel, que convocou o embaixador brasileiro para uma reunião em um local totalmente fora dos padrões diplomáticos: o Museu do Holocausto, em Jerusalém. O lugar escolhido foi considerado um “circo” por diplomatas brasileiros. Para integrantes do Itamaraty, foi uma exposição desnecessária do embaixador.

    Katz mostrou a Meyer o formulário com os nomes de seus avós, mortos durante a Segunda Guerra Mundial. No domingo, o chanceler israelense já havia afirmado que a fala de Lula “profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”.

    A avaliação do governo é que a declaração de Lula está sendo usada politicamente pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que enfrenta uma crise de popularidade. O assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, classificou como “um absurdo” a decisão de Israel de classificar o presidente brasileiro como persona non grata.

    Fala de lula gerou reações

    As declarações de Lula, que também classificou como “genocídio” as mortes em Gaza, foram feitas no domingo, em entrevista a jornalistas na Etiópia, durante a cúpula da União Africana.

    O presidente comparou Gaza com o Holocausto no momento em que criticava países ricos que suspenderam o financiamento à agência da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês), após a denúncia do governo israelense de que funcionários do órgão haviam participado do ataque terrorista do Hamas a Israel em outubro do ano passado.

    — Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar contribuição para a questão humanitária aos palestinos, fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio — disse Lula. — Não é uma guerra entre soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças.

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que “as palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves”.

    “Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender. Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até à vitória completa, e faz isso ao mesmo tempo que defende o direito internacional”, escreveu Netanyahu no X.

    A fala do líder brasileiro repercutiu entre autoridades israelenses e foi comentada pelo Hamas. O grupo emitiu um comunicado, agradecendo a Lula pela comparação: “Os acontecimento na Faixa de Gaza são como o que o líder nazista Hitler fez aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial (…) Pedimos à Corte Internacional de Justiça que leve em conta o que o presidente brasileiro disse”.

  • 1º Mutirão de Goiânia em 2024 começa terça (20/2) na Região Norte

    1º Mutirão de Goiânia em 2024 começa terça (20/2) na Região Norte

    Com o objetivo de aproximar a população dos serviços municipais, Prefeitura inicia ações com o Gabinete Itinerante do prefeito Rogério na Vila Jardim São Judas Tadeu. Serviços ocorrerão no sábado (24/2) e domingo (25/2)

    Com um histórico de milhares de atendimentos à população goianiense nas últimas edições, a Prefeitura de Goiânia realiza o 1º Mutirão de Goiânia em 2024 a partir da terça-feira (20/2). O evento ocorrerá na Praça da Vitória, na Vila Jardim São Judas Tadeu, na Região Norte da Capital. Durante a semana, de terça-feira (20/2) a sexta-feira (23/2), funcionará o Gabinete Itinerante do prefeito Rogério e dos secretários. A abertura oficial e o início dos serviços para a comunidade ocorrem no sábado (24/2), às 8h, e os atendimentos vão até 16h. No domingo (25/2), o horário será das 8h às 12h.

    Segundo o prefeito Rogério, este ano estão previstos 16 mutirões ao todo. “O primeiro será na Região Norte, lá no São Judas Tadeu. Dia 20, será uma terça-feira, eu já estarei atendendo no gabinete lá do mutirão. Eu e os vereadores, já que haverá o gabinete dos vereadores. É o trabalho da Prefeitura de Goiânia, levar a Prefeitura para perto das pessoas mais carentes, mais vulneráveis, mais necessitadas”, ressalta Rogério.

    O objetivo dos mutirões é levar os serviços da Prefeitura de Goiânia para perto da população, principalmente àqueles goianienses que moram longe da região mais central da cidade. No segundo semestre de 2023, o Paço Municipal realizou dois mutirões, um na Região Noroeste, no Setor Morada do Sol, e outro na Região Leste, no Jardim Novo Mundo.

    O primeiro foi realizado em setembro do ano passado, na Praça da Feira do Setor Morada do Sol. Na ocasião, mais de 100 mil pessoas, segundo estimativa da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia, passaram pelo local durante os dias em que foram disponibilizados mais de 130 serviços aos cidadãos. Ao todo, foram cerca de 50 mil atendimentos, superando as expectativas da equipe que coordenou o mutirão. Durante a semana, o prefeito Rogério e os secretários realizaram mais de 300 atendimentos à população, com o Gabinete Itinerante.

    Foram ofertados serviços de todas as pastas da Prefeitura, atendimentos e serviços como: negociação de dívidas, cadastro, atualização e alterações do CadÚnico, emissão de cartões de estacionamento especiais para idosos e pessoas com deficiência, cadastro habitacional, abertura de processos da planta popular, sorteio de unidades habitacionais (modalidade doação e financiamento) dentro do Programa Casa da Gente, consultas e exames médicos, vacinação, distribuição de mudas, consulta veterinária, adoção de animais, apresentações artísticas, dentre outros.

    Também foram ofertados serviços em parceria com o governo de Goiás (Saneago), Defensoria Pública do Estado de Goiás, Tribunal de Justiça (divórcio, dissolução de união estável, revisional de pensão alimentícia, reconhecimento de união estável, dentre outros) e empresas privadas, como a Equatorial.

    Mutirão de aniversário
    Em meio às comemorações do aniversário de 90 anos de Goiânia, em outubro, a Prefeitura realizou a 2ª edição do Mutirão de Goiânia em 2023, que contou com a participação de mais de 140 mil pessoas, de acordo com estimativa da Guarda Civil Metropolitana. Foram realizados mais de 70 mil atendimentos em três dias na Praça George Washington, no Jardim Novo Mundo, Região Leste da Capital. O público teve acesso a mais de 150 tipos de serviços, incluindo atendimentos médicos, sociais e jurídicos, atividades esportivas e show de Guilherme & Santiago, que celebrou o aniversário da Capital.

    Um dos destaques deste mutirão foram os serviços gratuitos que os cartórios prestaram aos goianienses. Ao todo, os quatro cartórios que participaram do evento emitiram gratuitamente 233 certidões. Os documentos entregues foram registro de nascimento, 2ª via de certidões de nascimento, casamento e de óbito, e averbação de divórcios, pelos cartórios Antônio do Prado, Silva, Francisco Taveira e 3º Cartório de Registro Civil e Tabelionato de Notas e Oficialato de Registros de Contratos Marítimos da Comarca de Goiânia, dentre outros.

    O show da dupla Guilherme & Santiago, que fez parte da ampla agenda cultural da Prefeitura em comemoração aos 90 anos de Goiânia, atraiu um público de 10 mil pessoas, no palco montado próximo à Praça George Washington. Além disso, a região foi palco de inúmeras atividades esportivas, incluindo torneio de pênalti de golzinho, Jornada Cultural e Paradesportiva e a Corrida e Caminhada do Servidor.

  • Caiado critica câmeras em fardas e defende enfrentar o narcotráfico

    Caiado critica câmeras em fardas e defende enfrentar o narcotráfico

    Governador não descarta chapa com Michele Bolsonaro mas diz que tentará se viabilizar pelo União Brasil

    O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), criticou o uso de câmeras em fardas policiais e disse que elas não geram resultados efetivos. “Eu acho que a câmera não traz resultado nenhum, só faz inibir o policial. Cidadão quando está armado, a minha polícia entra para resolver, ela não entra para tomar tiro. A minha polícia é feita para salvar o meu povo, ela é feita para dar segurança aos goianos”, afirmou.

    A declaração do governador foi dada durante entrevista ao programa “Diálogos”, do jornalista Mário Sérgio Conti, na GloboNews, na sexta-feira passada (16). Ainda no tema da segurança pública, Caiado defendeu um enfrentamento do estado contra o narcotráfico, que, segundo ele, é um dos grupos mais poderosos e que mais cresce no Brasil. Para o mandatário, tal crescimento se justifica pelo fato de haver conivência política, uma vez que governadores, deputados, senadores e membros do Judiciário integram o grupo de narcotraficantes.

    “Agora você compra franquia em São Paulo. Agora o PCC vende um quarteirão que garante que só você vai negociar a cocaína e a maconha. Dependendo do ponto é R$ 3 milhões, dependendo do outro ponto é R$ 500 mil. Nós precisamos ter a coragem de enfrentar isso. O estado brasileiro não pode mais se acovardar”, disse Caiado. “Se hoje as facções estão desse jeito é porque há um acovardamento. Essa tese de dizer: ‘Olha, é problema social’. Por favor, não venha com isso. Não seja injusto com o cidadão que é honesto, trabalhador, saí cedo de casa. Os faccionados vivem nas maiores mansões hoje.”

    O governador também confirmou, durante o programa, a participação no ato marcado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o próximo dia 25 de fevereiro na avenida Paulista, em São Paulo (SP). Bolsonaro decidiu realizar o evento como forma de resposta à operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que mira o ex-mandatário e integrantes de seu governo que conspiraram contra o Estado Democrático de Direito.

    Caiado minimizou as falas e os acenos de teor golpistas manifestados por Bolsonaro em reunião com seus ministros no ano passado. “Tudo aquilo que ele falou, ele falava o dia inteiro. Todo mundo que convivia com ele, escutava aquilo todo dia. Aquilo não foi nenhum segredo de estado. A vida inteira ele tratou aquilo do jeito que quis”, afirmou o governador. “Um ponto a gente tem que reconhecer. Primeiro lugar, eu iniciei essa luta em 1986 [defendendo] o direito de propriedade, as teses conservadoras no Brasil, e eu sofri muito.”

    “Esse jogo vem dentro de um processo político em meio a muitas situações que levam a sair do palco político de resultado e entrar dentro de um processo de, muitas vezes, retaliação à vida política. O que eu enxergo é que ele (Bolsonaro) despertou no Brasil o sentimento conservador. Isso eu tenho total autonomia para poder dizer porque, realmente, essa força que hoje se tem nunca existiu antes no país.”

    Apresentado como pré-candidato à Presidência da República em 2026, Caiado já tem se movimentado para buscar o apoio ao seu projeto presidencial. Durante a entrevista, o governador não descartou a ideia de compor chapa com a ex-primeira dama Michele Bolsonaro (PL), caso fosse concorrer pelo PL. Mas deixou claro que quer tentar se viabilizar pelo seu partido, o União Brasil.

    Além disso, o governador sugeriu anistia aos articuladores do golpe e criticou também o presidente Lula (PT) por “acirrar o debate”. “Você acha que num momento como esse em que não temos segurança, as facções estão mandando na maior parte do território nacional. Sem dúvida nenhuma, você precisava de um presidente mais presente. E, na verdade, o que você tem é um presidente que deixou o discurso dele da época da campanha para também acirrar cada vez mais esse debate. Pra quê isso? Se você é governante, pra quê você vai fomentar mais isso?”, questionou Caiado.

    O HOJE

  • Oposição protocola pedido de impeachment de Lula sobre fala contra Israel

    Oposição protocola pedido de impeachment de Lula sobre fala contra Israel

    Parlamentares de oposição protocolaram o pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto à Câmara dos Deputados. A deputada Carla Zambelli (PL-SP) liderou a ação, protocolando formalmente o pedido, que já conta com a assinatura de 33 deputados, conforme informou.

    O movimento ganhou força após declarações polêmicas do presidente Lula, que durante uma coletiva de imprensa na Etiópia na manhã deste último domingo, estabeleceu uma comparação entre as ações militares israelenses em Gaza e o Holocausto, episódio histórico marcado pelo extermínio de judeus sob o regime de Adolf Hitler. “O que Israel está fazendo na Faixa de Gaza com o povo palestino é sem precedentes, a não ser pela tragédia do Holocausto perpetrada por Hitler”, afirmou Lula.

    Essas declarações motivaram a deputada Bia Kicis (PL-DF) a se manifestar nas redes sociais, anunciando a preparação do pedido de impeachment com base em “atitudes hostis ao Estado de Israel”. Kicis destacou a importância das relações diplomáticas com Israel, criticando a postura do presidente e alegando que este expõe o Brasil a riscos graves e desnecessários.

    O pedido de impeachment se fundamenta na Lei dos Crimes de Responsabilidade, que prevê, entre outras coisas, a destituição do mandato por atos de hostilidade contra outras nações que possam colocar o país em situação de conflito ou afetar sua neutralidade.

    Hora Brasília

  • Israel declara Lula ‘persona non grata’ após declarações sobre Holocausto

    Israel declara Lula ‘persona non grata’ após declarações sobre Holocausto

    Após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista, o líder brasileiro foi declarado persona non grata pelo governo de Benjamin Netanyahu.

    Persona non grata é uma expressão em latim cujo significado literal é algo como “pessoa não agradável” ou “não bem-vinda”. Na diplomacia, a expressão se aplica a um representante estrangeiro que não é mais bem-vindo em missões oficiais em determinado país.

    Nas redes sociais, o ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que Lula não será bem-vindo no país até que se retrate por suas palavras.

    A decisão foi anunciada por Katz após encontro com o embaixador do Brasil em Israel no Yad Vashem, o memorial oficial de Israel em Jerusalém para lembrar as vítimas do Holocausto.

    O diplomata brasileiro foi convocado pelo governo Netanyahu para prestar esclarecimentos sobre as declarações de Lula.

    O presidente falou sobre o assunto durante uma entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou neste fim de semana de uma reunião da cúpula da União Africana.

    Lula já havia falado sobre a situação dos palestinos em seu discurso no evento, mas a declaração durante a entrevista gerou uma forte reação do governo israelense.

    A BBC News Brasil procurou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e o Ministério de Relações Exteriores brasileiro para um posicionamento sobre as declarações do chanceler israelense, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

    Mais de 28,8 mil palestinos, incluindo civis, mulheres e crianças, morreram durante os mais recentes ataques de Israel à Faixa de Gaza. O país iniciou uma guerra contra o Hamas em outubro após a morte de mais de 1.200 pessoas e o sequestro de 253 reféns em um ataque do grupo em Israel.

    Leia mais, a seguir, sobre o que Lula falou sobre o conflito e qual foi a reação de Israel.

    Lula e Netanyahu em encontro em Jerusalém em 2009
    CRÉDITO,GETTY IMAGES – Lula e Netanyahu em encontro em Jerusalém em 2009

    As declarações

    Durante sua viagem, Lula questionou a decisão de alguns países de suspender verbas à agência da ONU que dá assistência aos palestinos, a UNRWA.

    A suspensão havia acontecido porque Israel acusou funcionários da agência de envolvimento com o Hamas.

    Lula afirmou que a ajuda humanitária aos palestinos não pode ser suspensa e disse que, se confirmado que houve erros na UNRWA, deve haver responsabilização.

    “Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar a contribuição para a questão humanitária aos palestinos, eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente?”, disse o presidente.

    “E qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?”, afirmou.

    “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus.”

    “Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças. Se teve algum erro nessa instituição que recolhe o dinheiro, apura-se quem errou. Mas não suspenda a ajuda humanitária para o povo que tá há quantas décadas tentando construir o seu Estado”, disse o presidente.

    Lula também reiterou que condena o Hamas e os ataques realizados por eles.

    “O Brasil condena o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que Israel está fazendo na Faixa de Gaza”, disse.

    No sábado (17), Lula havia se encontrado com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh.

    O Palácio do Planalto afirmou que o presidente brasileiro condenou ataques do Hamas durante a reunião e reiterou a necessidade de paz no Oriente Médio e necessidade da criação de um Estado Palestino. Shtayyeh agradeceu a Lula pela solidariedade com o povo palestino, segundo o governo brasileiro.

    Por que a fala causou tanta controvérsia?

    O genocídio de mais de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial é um tema bastante sensível.

    A fala de Lula gerou uma forte reação de instituições judaicas, que afirmam que comparar a situação dos palestinos afetados pelos ataques de Israel com o genocídio de judeus feito pelos nazista é uma forma de “banalizar o Holocausto”.

    A Conib (Confederação Israelita do Brasil) emitiu uma nota de repúdio à fala de Lula, na qual defendeu as ações de Israel.

    “Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua carta de fundação a eliminação do Estado judeu”, diz o comunicado da entidade.

    “Essa distorção perversa da realidade ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”, afirmou.

    O presidente do Museu do Holocausto em Jerusalém, Dani Dayan, afirmou que a fala de Lula é “vergonhosa” e uma “combinação de ódio e ignorância”.

    Ministros do governo defenderam Lula nas redes sociais.

    “Todo meu apoio às preocupações do presidente Lula em relação ao conflito que vem cruelmente atingindo civis na Faixa de Gaza, vítimas do governo de extrema-direita de Israel”, escreveu Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) na rede social X.

    “A fala do presidente Lula sobre o que está acontecendo em Gaza é corajosa e necessária. Já são mais de 20 mil mortos palestinos através de ataques promovidos por Israel. Que esse posicionamento incentive outros países a condenarem a desumanidade que estamos vendo dia após dia”, disse Sônia Guajajara (Povos Indígenas), também no X.

    BBC

  • Moraes dá cinco dias para Zema se explicar sobre vídeo falando de vacinas ao lado de bolsonaristas

    Moraes dá cinco dias para Zema se explicar sobre vídeo falando de vacinas ao lado de bolsonaristas

    Alexandre Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), deu prazo de cinco dias para que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se explique sobre vídeo em que aparece ao lado de parlamentares bolsonaristas afirmando que não vai cobrar cartão de vacinação para matrícula de crianças na rede estadual de ensino.

    A prática é comum e tem como objetivo garantir a imunização da população infantil contra doenças como poliomielite, sarampo, catapora e, agora, Covid-19. A obrigatoriedade da aplicação de vacinas está prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

    No vídeo, publicado nas redes sociais, Zema aparece ao lado do senador Cleitinho (Republicanos-MG) e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), ambos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que, no estado, todo aluno, vacinado ou não, terá acesso à escola.

    A decisão foi tomada pelo ministro Moraes dentro da Reclamação 65.586 apresentada à Corte por quatro parlamentares de Minas Gerais do PSOL: a deputada federal Célia Xacriabá, a deputado estadual Bella Gonçalves, e as vereadoras por Belo Horizonte Iza Lourenço e Cida Falabella.

    A argumentação das parlamentares é que o anúncio do governador fere a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 754, relatada pelo ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski que trata da vacinação no país.

    A decisão do ministro Moraes é desta quinta (15). O prazo dado pela Corte, porém, passa a valer a partir da notificação do governador. A reportagem entrou em contato com o Palácio Tiradentes e aguarda retorno.

    O vídeo foi publicado em 4 de fevereiro. “Aqui em Minas, todo aluno, independente de ter ou não vacinado, terá acesso às escolas”.

    Quatro dias depois, ao participar de anúncio de investimentos do governo federal em Minas, ao lado do presidente Lula, Zema foi vaiado e ouviu gritos de “vacina, sim” de integrantes de movimentos sociais que participavam da cerimônia, em Belo Horizonte.

    Folha de S.Paulo

    Folha de São Paulo

  • Senador critica discurso de Lula no Egito: “Uma surpresa negativa até para os egípcios”

    Senador critica discurso de Lula no Egito: “Uma surpresa negativa até para os egípcios”

    A fala de Lula no Cairo gerou forte repúdio por parte do senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel.

    Viana classificou o discurso como “uma surpresa negativa até para os egípcios”, vítimas de atos terroristas do Hamas.

    Segundo o senador, Lula teria mentido sobre sua posição no conflito em Gaza, afirmando que o Brasil “condenou de forma veemente os atos terroristas”, o que não condiz com a realidade.

    Para Viana, Lula jamais responsabilizou o Hamas pela execução de mais de 1.300 pessoas, incluindo crianças, idosos e quatro brasileiros.

    Viana critica a postura de Lula como “lamentável” e “um desserviço ao Brasil”. Afirma que o presidente, “mal orientado por Celso Amorim”, demonstra “fata de conhecimento” sobre a situação no Oriente Médio e apequena o país no cenário internacional.

    O senador destaca que o Egito tem horror ao Hamas e mantém relações com Israel. Ao se aliar a países “que estão fora do eixo de desenvolvimento”, como Irã e África do Sul, Lula isola o Brasil e o afasta de nações que defendem a paz e reconhecem o direito de defesa de Israel.

    A fala de Lula no Cairo é um retrocesso na política externa brasileira e coloca em risco os interesses nacionais. É urgente que o governo brasileiro reconsidere sua posição e se alinhe com os países que defendem a paz e a segurança no Oriente Médio.

    Jetts

  • Notificação extrajudicial causa protesto do senador Amin: há cinco anos projetos de julgamento de ministros do STF estão na gaveta

    Notificação extrajudicial causa protesto do senador Amin: há cinco anos projetos de julgamento de ministros do STF estão na gaveta

    Como a informação está contida no site do Senado Federal, com documentos comprobatórios, não há como se considerar Fake News um protesto apresentado ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, pelo combativo e atuante senador catarinense Esperidião Amin. Ele encaminhou ofício pedindo posição oficial da Advocacia do Senado, sobre notificação extrajudicial que recebeu, dirigida a todos os 81 senadores, de um escritório de advocacia (não citou o nome), exigindo explicações para o fato dos membros do Poder não colocarem em pauta votação sobre impeachment de ministros do STF. É mais um rolo da nossa política, que envolve medidas extremas do Supremo Tribunal e principalmente do ministro Alexandre de Moraes, que têm causado reações em parte importante da sociedade brasileira, enquanto o Senado continua silente. No ofício enviado a Pacheco, o ex-governador de Santa Catarina cobra “reposta ou manifestação à reclamação contida na Notificação Extrajudicial recebida, que aponta a omissão dos 81 senadores no descumprimentos de artigos constitucionais e do Regimento Interno do Senado, que determina como competência privativa do Senado em processar e julgar ministros do STF nos crimes de responsabilidade”. A notificação aos senadores, explica, é, por simplesmente, se omitirem perante os procedimentos monocráticos dos Presidentes do Senado, quando este arquivar um pedido de impeachment em desfavor de um Ministro do Supremo”.

    Em suas redes sociais, o senador catarinense (que é grande amigo pessoal e parceiro político do rondoniense Jaime Bagattoli, a quem trata como se fosse também um senador de Santa Catarina) cobrou: “me sinto constrangido por receber isso individualmente, identificado e com vários apoios. Mas ao solicitar que a Advocacia do Senado aprecie isso coletivamente, eu não posso deixar de dizer que, nos últimos cinco anos, nenhum desses requerimentos de impeachment, alguns com milhões de assinaturas, tiveram tramitação”. Na análise da situação, por fim, o parlamentar fez mais um pedido ao presidente Rodrigo Pacheco. “Nesse sentido, tenho, insistentemente, desde 2019, reiterado a Vossa Excelência que coloque em votação o PRS número 11, de 2019, do nobre senador Lasier Martins, que cria procedimentos para apreciação de denúncias aos ministros do Supremo e do Procurador Geral da República, evitando a decisão monocrática sobre essas denúncias”. Até esta quinta, Rodrigo Pacheco não havia respondido. Quem conhece a história sabe que é daqueles temas que irão diretamente para a gaveta. Rodrigo Pacheco quer tudo na vida, menos enfrentar o STF. Por que será?

    Newsrondonia

  • Desembargadores Luiz Cláudio Veiga Braga e Ivo Fávaro são eleitos presidente e vice do TRE-GO

    Desembargadores Luiz Cláudio Veiga Braga e Ivo Fávaro são eleitos presidente e vice do TRE-GO

    Os desembargadores Luiz Cláudio Veiga Braga e Ivo Fávaro foram eleitos, respectivamente, presidente e vice-presidente (cumulado com corregedor-geral) do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), em sessão realizada pela Corte Eleitoral na tarde dessa quinta-feira (15).

    Os cargos são referentes ao biênio 2024/2026. A escolha, unânime, foi realizada de forma secreta, por meio de urna eletrônica, e envolveu os sete integrantes do TRE-GO. A sessão solene de transmissão dos cargos está marcada para o dia 30 de abril.

    Tribunais Eleitorais

    A Justiça Eleitoral é responsável pelo cadastro dos eleitores, constituição de juntas e zonas eleitorais e a apuração de resultados e diplomação dos eleitos no âmbito estadual. O TRE também deve esclarecer dúvidas em relação às eleições e julgar apelações quanto às decisões dos juízes eleitorais.

    Neste ano, as eleições municipais no Brasil estão agendadas para o dia 6 de outubro, quando o eleitor vai escolher ocupantes para os postos de prefeito e vereador. No município que houver segundo turno das eleições, a data para votação será dia 27 de outubro.

    Composição do Pleno

    De acordo com a Constituição Federal, os Tribunais Eleitorais são compostos de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; de dois juízes, dentre magistrados de carreira, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; e por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

    Rota Jurídica