Categoria: Política

  • Frente Parlamentar Evangélica diz que isenção fiscal a igrejas é ‘falácia’

    Frente Parlamentar Evangélica diz que isenção fiscal a igrejas é ‘falácia’

    A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional publicou nota dizendo que nunca houve isenção fiscal a ministros de nenhum culto, após a Receita Federal suspender nesta quarta-feira (17) uma medida que renunciava a impostos sobre os salários de pastores e líderes religiosos.

    “Uma breve consulta ao regulamento do imposto de renda desfaz essa falácia que visa somente puxar os evangélicos para o debate para aguçar a opinião pública contrária”, disseram em nota.

    “É a velha prática de promover o caos”, continua o texto, assinado pelo deputado Silas Câmara (Republicanos-AM).

    Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu isenção fiscal a igrejas em julho de 2022, às vésperas das eleições. Na época, ele buscava consolidar o apoio do segmento evangélico à sua tentativa de reeleição. O ato ampliava a isenção de impostos a pastores e igrejas, e estava sob análise da Receita desde o ano passado.

    Analistas consideram medida “atípica”, porque não foi analisada pela Subsecretaria de Tributação da Receita Federal. O presidente da Unafisco (União Nacional de Auditores Fiscais da Receita), Mauro Silva, disse em entrevista que o ato tem “grandes chances de ter causado prejuízo”.

    Anulação foi publicada nesta quarta-feira (17) pela Receita Federal no Diário Oficial da União e causou mal-estar entre os religiosos. O TCU publicou uma nota na noite desta quarta-feira (17), afirmando que ainda não há decisão sobre o processo que avalia a legalidade da medida.

    Deputados da frente parlamentar evangélica foram às redes sociais expressar desconforto. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), por exemplo, publicou um vídeo, dizendo que a medida seria um meio para o governo Lula (PT) chantagear os líderes evangélicos e manchar a reputação de Bolsonaro.

  • Governo Lula revoga isenção fiscal para líderes religiosos, estabelecida por Bolsonaro

    Governo Lula revoga isenção fiscal para líderes religiosos, estabelecida por Bolsonaro

    A isenção, que havia sido instituída em julho de 2022, concedia imunidade tributária aos salários de pastores e outros líderes religiosos.

    O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou nesta última quarta-feira (17) a isenção fiscal para líderes religiosos estabelecida pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). A medida foi publicada no Diário Oficial da União.

    A isenção, que havia sido instituída em julho de 2022, concedia imunidade tributária aos salários de pastores e outros líderes religiosos. A decisão foi assinada pelo secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

    A revogação da isenção significa que os pagamentos feitos por igrejas a pastores e por entidades vocacionais passam a ser reconhecidos como uma forma de remuneração direta. Consequentemente, estes montantes voltam a ser sujeitos à contribuição fiscal, alterando o cenário tributário para líderes religiosos e instituições afiliadas.

    A medida foi criticada por alguns setores da sociedade, que argumentaram que ela representava um privilégio para líderes religiosos. Os defensores da isenção, por outro lado, alegaram que ela era necessária para garantir a liberdade religiosa e a autonomia das igrejas.

  • Deputado federal Carlos Jordy é alvo de buscas na Câmara na Operação Lesa Pátria

    Deputado federal Carlos Jordy é alvo de buscas na Câmara na Operação Lesa Pátria

    O deputado federal Carlos Jordy (PL) é alvo de buscas na 24ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada nesta quinta-feira (18) pela Polícia Federal (PF), com o objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

    A TV Globo apurou que agentes da PF foram até a Câmara dos Deputados e a residência do parlamentar para cumprir mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jordy. Há buscas também no interior do RJ: entre os alvos, estão pessoas que montaram acampamento em frente à 2ª Companhia de Infantaria em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

    Nas redes sociais, Jordy declarou que a busca é “uma medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”.

    “Fui acordado hoje às 6h, estava dormindo com a minha filha e a minha esposa. E fui acordado com fuzil no rosto pela Polícia Federal”, afirmou Jordy.

    “É inacreditável o que nós estamos vivendo. Esse mandado de busca e apreensão que foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, isso aí é a verdadeira constatação de que estamos vivendo em uma ditadura”, declarou.

    Os crimes que envolvem o cumprimento dos mandados de busca e apreensão são abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.

    “Eu, em momento algum do 8 de janeiro, eu incitei, falei para as pessoas que aquilo ali era correto. Pelo contrário. Em momento algum eu estive nos quartéis-generais quando estavam acontecendo todos aqueles acampamentos. Nunca apoiei nenhum tipo de ato, tanto anterior ou depois no 8 de janeiro. Embora as pessoas tivessem todo o seu direito de fazer suas manifestações contra o governo eleito”, emendou Jordy.

    A Lesa Pátria até agora

    Nas 23 fases anteriores da Lesa Pátria, segundo a PF:

    • Mandados de prisão preventiva: 97
    • Mandados de busca e apreensão: 313
    • Valores de bens apreendidos: R$ 11.692.820,29
    • Valores de veículos apreendidos: R$ 5.032.147
    • Valores de ônibus apreendidos: R$ 8.400.000

    Fonte: G1

  • Influencer, que fez acusações contra Eduardo Bolsonaro e Marco Feliciano, é procurada pelo FBI por fraude

    Influencer, que fez acusações contra Eduardo Bolsonaro e Marco Feliciano, é procurada pelo FBI por fraude

    Patrícia de Oliveira Souza Lélis Bolin, uma brasileira de 29 anos, está enfrentando acusações nos Estados Unidos por supostamente se passar por advogada de imigração e desviar U$ 700 mil (R$ 3,4 milhões) para uso pessoal. O Departamento de Justiça norte-americano alega que Lélis Bolin prometia auxiliar na obtenção de vistos E-2 e EB-2, que oferecem residência permanente e a possibilidade de cidadania mediante investimento significativo.

    A acusação detalha que Patrícia Lélis teria utilizado o dinheiro dos clientes não para processar os vistos, mas sim para reformar sua casa em Arlington, Virgínia, e cobrir despesas pessoais, incluindo contas de cartão de crédito. Além disso, teria fornecido números de processos falsos aos seus clientes. O FBI, equivalente à Polícia Federal brasileira, está em busca de informações sobre seu paradeiro.

    “Lélis Bolin é acusada de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado. Lélis Bolin enfrenta uma pena máxima de 20 anos de prisão se for condenada por envolvimento em fraude eletrônica, um máximo de 10 anos se for condenada por transações monetárias ilegais e um mínimo obrigatório de dois anos adicionais de prisão se for condenada por roubo de identidade agravado”, informou o comunicado das autoridades dos EUA.

    Por meio das redes sociais, Patrícia Lélis admitiu, de maneira indireta, as acusações, afirmando estar refugiada e que já saiu dos Estados Unidos. Ela alega ser vítima de “perseguições e falsas acusações” e que seu “suposto crime” é político. Lélis Bolin confessou ter “roubado” provas para defender sua versão dos fatos e garantir sua segurança, entregando documentos ao governo que lhe concedeu asilo político, embora não tenha revelado sua localização atual.

    Hora Brasília

  • Tarcísio de Freitas anuncia apoio a Ricardo Nunes nas eleições municipais

    Tarcísio de Freitas anuncia apoio a Ricardo Nunes nas eleições municipais

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),anunciou nesta terça-feira (16) seu apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) na próxima eleição municipal de São Paulo. Durante um encontro no Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio enfatizou a importância da colaboração entre o estado e a prefeitura, elogiando o compromisso de Nunes.

    “O que a gente tem aqui é uma grande parceria de trabalho. A gente tem raciocinado muito com isso. São vários programas realizados em conjunto. A gente vai atacar muito forte, este ano, a questão do Centro. Tem vários projetos de revitalização de pontos importantes. Se a gente não tiver diálogo, não resolve”, declarou Tarcísio. Quando indagado sobre um possível apoio do eleitorado a Nunes, o governador confirmou essa expectativa.

    Por outro lado, Nunes ressaltou sua autonomia na escolha do vice para sua chapa, embora saliente que considerará as opiniões de Tarcísio, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e dos partidos da coligação. Aliados próximos do prefeito indicam que essa decisão será tomada até o prazo final das convenções partidárias, previstas para março.

    Ao abordar a seleção de seu vice, Nunes fez uma comparação com Guilherme Boulos (PSOL), mencionando que a escolha de Marta Suplicy como vice de Boulos foi uma decisão do presidente Lula (PT). Ele explicou: “No nosso caso, como a gente tem um processo que reúne vários partidos e lideranças importantes – presidente Bolsonaro, governador Tarcísio -, evidentemente a gente tem que fazer uma ação democrática de escuta de todo mundo. É óbvio que a decisão vai ser, no final, minha. Agora, lógico, eu não vou colocar ninguém que o Tarcísio não goste”. Ricardo Nunes frisou que, embora a decisão final sobre o vice seja dele, ele levará em conta as opiniões de Tarcísio e Bolsonaro.

    Hora Brasília

  • Rússia está desenvolvendo laços com a Coreia do Norte em todas as áreas

    Rússia está desenvolvendo laços com a Coreia do Norte em todas as áreas

    Ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte se reuniu com o presidente Vladimir Putin em Moscou

    A Rússia está desenvolvendo relações com a Coreia do Norte em todas as áreas, incluindo as “sensíveis”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta quarta-feira (17).

    A ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte elogiou os laços de camaradagem com a Rússia na terça-feira e, em seguida, manteve raras conversas com o presidente Vladimir Putin, no Kremlin, em Moscou.

    Putin foi convidado por Kim Jong Un para visitar a Coreia do Norte.

    Questionado sobre as conversas em Moscou, Peskov disse que a situação na península coreana foi discutida, mas que o foco principal foi o desenvolvimento de relações bilaterais.

    “A República Popular Democrática da Coreia é nosso parceiro muito importante, e estamos focados no desenvolvimento de nossas relações em todas as áreas, inclusive em áreas sensíveis”, disse Peskov aos repórteres.

    Putin estreitou os laços com a Coreia do Norte desde que enviou tropas para a Ucrânia em 2022, e os Estados Unidos e seus aliados condenaram o que dizem ter sido entregas significativas de mísseis norte-coreanos à Rússia para ajudar em seu esforço de guerra.

    Tanto a Rússia quanto a Coreia do Norte rejeitaram repetidamente as críticas. Moscou afirma que desenvolverá laços com os países que desejar e que sua cooperação com Pyongyang não viola os acordos internacionais.

    A Rússia fez o possível para divulgar a retomada da relação, incluindo os laços militares, com a Coreia do Norte, que foi formada em 1948 com o apoio da então União Soviética.

    Para Putin, que diz que a Rússia está envolvida em uma batalha existencial com o Ocidente por causa da Ucrânia, cortejar Kim permite que ele alfinete Washington e seus aliados asiáticos e, ao mesmo tempo, garanta um grande suprimento de artilharia para a guerra na Ucrânia.

    CNN

  • PF vai chamar Eduardo Cunha para depor sobre o caso de Sérgio Moro

    PF vai chamar Eduardo Cunha para depor sobre o caso de Sérgio Moro

    No caso do ex-presidente da Câmara, a PF apura suspeita apontada por Tony Garcia em depoimento prestado no ano passado, no Supremo Tribunal Federal (STF), de que teria sido dada a ele a “missão” de falar com Cunha que Marcelo Odebrecht e seus parentes estavam sob investigação.

    A Polícia Federal (PF) planeja ouvir, nos próximos dias, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e o ex-executivo da Odebrecht Fernando Reis no âmbito da investigação que apura denúncias de irregularidades no acordo de colaboração premiada do empresário e ex-deputado estadual do Paraná Tony Garcia, homologado pelo ex-juiz parcial e incompetente, hoje senador, Sergio Moro (UB-PR), em 2004. As supostas fraudes podem ter afetado também os acordos de colaboração fechados pela Operação Lava Jato, anos mais tarde.

    No caso do ex-presidente da Câmara, a PF apura suspeita apontada por Tony Garcia em depoimento prestado no ano passado, no Supremo Tribunal Federal (STF), de que teria sido dada a ele a “missão” de falar com Cunha que Marcelo Odebrecht e seus parentes estavam sob investigação na Lava Jato. Investigadores federais sugerem que seja tomado o depoimento de Cunha e de Fernando Reis, que foi um dos executivos das empresas do grupo de Marcelo Odebrecht .

    Ao todo, Tony Garcia depôs por mais de cinco horas no ano passado às autoridades que, a partir dos relatos, listaram uma série de episódios prontos a ser investigados, incluindo o uso de escutas ambientais e investigação de pessoas por parte de Tony, como agente infiltrado, envolvendo pessoas que foram investigadas na Lava Jato.

    Oitivas

    Em face destes episódios, a PF e a Procuradoria-Geral da República (PGR) querem ouvir também a advogada e mulher de Sergio Moro, deputada Rosângela Moro (UB-SP), e seu sócio Carlos Zucolotto Junior; além dos ex-integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba Deltan Dallagnol, Carlos Fernando dos Santos Lima e Januário Paludo.

    A abertura do inquérito foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, na véspera. Para a PF e para a PGR, os episódios relatados por Tony Garcia podem ser enquadrados em crimes como concussão (quando o funcionário público exige vantagem indevida), fraude processual, organização criminosa e lavagem de capitais.

    “Nesse quadro, infere-se dos relatos prestados por Tony Garcia, caso sejam eventualmente comprovados, apontam para um desvirtuamento das decisões tomadas no âmbito da Operação Lava Jato”, afirma a PGR no pedido encaminhado ao ministro Toffoli.

    Agente da Abin

    Ainda segundo o relato de Tony, que foi acompanhado por uma série de documentos entregues às autoridades e que embasaram o pedido de abertura de inquérito, seu acordo de colaboração premiada previa a realização de 30 tarefas. Destas, porém, os investigadores da PF constataram que somente duas tinham relação com o episódio que envolvia o Consórcio Garibaldi, empresa de Tony que faliu na década de 90 prejudicando várias pessoas em um episódio que o levou a ser preso por ordem de Moro. Foi a partir dessa prisão que Tony fechou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, homologado em 2004.

    Apesar de ter sido fechado bem antes da Lava Jato, segundo o ex-delator, seu acordo foi marcado por intimidações e chantagens por parte das autoridades que o levaram a realizar várias atividades como “agente infiltrado” e que podem ter afetado pessoas que acabaram sendo investigadas pela Lava Jato anos mais tarde.

    Delação

    Ainda nesta terça-feira, o Tony Garcia utilizou sua conta na rede X (ex-Twitter) para confrontar Moro, a quem acusa de “covardia”. Na mensagem, o ex-delator chamou o ex-juiz a assumir responsabilidade por supostos crimes cometidos. Em sua declaração, Garcia sugeriu que Moro, Rosangela Moro e Deltan Dallagnol considerassem uma delação premiada, diante da abertura di inquérito no STF.

    A defesa de Moro negou irregularidades e afirmou desconhecer a decisão do STF, ressaltando que o instituto da colaboração premiada não tinha o mesmo regramento à época dos fatos.

  • Governo vê mudança no comando da Vale como brecha para tentar emplacar Mantega

    Governo vê mudança no comando da Vale como brecha para tentar emplacar Mantega

    A proximidade do fim do mandato de Eduardo Batolomeo no comando da Vale é vista pelo governo como uma oportunidade para tentar ampliar sua influência sobre a gestão da mineradora, hoje uma empresa sem controlador definido.

    Fontes do Palácio do Planalto dizem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não desistiu de emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no comando da companhia, mas a ideia esbarra nas regras internas de governança e na falta de apoio de grandes acionistas.

    A hipótese mais realista, portanto, é ocupar uma das treze cadeiras do conselho de administração, o que garantiria ao governo ao menos o poder de opinar sobre os negócios da maior companhia privada brasileira, que tem operações em mineração, siderurgia, energia e logística.

    Segundo aliados, Lula avalia que Mantega tem sido injustiçado e deve ocupar um papel de relevância. O ex-ministro, por sua vez, tem mostrado entusiasmo com a ideia de integrar o conselho da Vale.

    A vaga para a indicação do ex-ministro, dizem fontes, poderia aberta com a indicação do conselheiro Luis Henrique Guimarães à diretoria. Guimarães foi indicado pela Cosan, empresa que presidiu, e hoje uma das acionistas relevantes da Vale.

    Ainda assim, não há consenso entre os acionistas privados. Ainda que tenha o capital pulverizado, a gestão da Vale ainda sofre forte influência dos principais acionistas: Bradesco, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, e a japonesa Mitsui.

    Duas grandes gestoras globais de investimentos, a Blackrock e a Capital Group também têm fatias relevantes na companhia, que nos três trimestres de 2023 acumulou lucro de R$ 27,9 bilhões.

    A decisão sobre o novo comando da mineradora pode ser debatida em reunião do conselho de administração marcada para 31 de janeiro. O conselho tem a palavra final sobre o novo presidente — podendo, inclusive, reconduzir Bartolomeo, que já disse que não gostaria de sair.

    A composição atual do colegiado tem oito membros independentes, escolhidos por investidores institucionais, dois representantes da Previ, um do Bradesco, um da Mitsui e um representante dos trabalhadores da companhia.

    Seus mandatos têm vigência até 2025, um empecilho adicional aos planos do governo, já que a indicação de um novo membro dependeria da renúncia ou da transferência de algum membro para novo cargo. A substituição de um dos indicados pela Previ seria outra opção.

    A pressão por influência na mineradora repete histórico do segundo mandato de Lula, quando o presidente teve embates com o ex-presidente da empresa Roger Agnelli, que tocava um plano de internacionalização das operações.

    Agnelli deixou o cargo em 2011. Foi substituído por Murilo Ferreira, visto à época como candidato preferido da ex-presidente Dilma Rousseff.

    Naquele momento, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tinha também participação relevante na empresa, o que facilitava os planos do governo. A fatia, porém, foi vendida durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

    O presidente atual do banco de fomento, Aloizio Mercadante, é um dos defensores da indicação de Mantega.

    “Guido exerceu funções públicas relevantes no BNDES, no Ministério do Planejamento e no Ministério da Fazenda e possui as qualidades necessárias para também exercer funções importantes na iniciativa privada”, afirma. “É um quadro que precisa ser valorizado e que pode contar com o meu apoio.”

    Embora sem participação direta no conselho de administração, o governo tem direito a uma cadeira no conselho fiscal da companhia, benefício concedido pela golden share que ficou com a União após a privatização.

    No momento, a vaga é ocupada pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Ele foi empossado em setembro de 2023 para substituir o então nomeado ao Banco Central Gabriel Galípolo, e seu mandato termina na assembleia de acionistas de 2024.

    Folha de São Paulo

  • Valdemar tem relação antiga com Lula antes de elogios que incomodaram Bolsonaro

    Valdemar tem relação antiga com Lula antes de elogios que incomodaram Bolsonaro

    A relação entre Valdemar Costa Neto e Lula (PT) é antiga e traçada por um histórico tanto de falas de apoio como de crítica contundente do presidente do PL ao governo petista.

    No primeiro mandato de Lula, o PL fez aliança com o PT ao indicar o senador José Alencar (1931-2011) para a Vice-Presidência.

    Em 2004, insatisfeito com a política econômica do governo Lula, Valdemar defendeu as demissões de Antonio Palocci Filho (ministro da Fazenda) e Henrique Meirelles (presidente do Banco Central).

    Ao ser acusado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser um dos integrantes do esquema do mensalão no governo Lula, Valdemar afirmou que os R$ 6,5 milhões que recebeu das empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza foram usados para pagar dívidas da campanha presidencial do petista.

    Na época, ele procurou “blindar” Lula. “Não quero ser um problema para o presidente Lula”, disse. “O Lula é um homem honesto. O caixa dois (…) aconteceu sem o conhecimento dele”, afirmou Valdemar.

    Nos últimos dias, Valdemar entrou na mira de bolsonaristas após fazer elogios a Lula. Sem mencionar diretamente o presidente do PL, Jair Bolsonaro falou em “implosão” de seu partido com “declaração absurda”.

    Relembre a relação de Valdemar com o petista:

    

    Vice-Presidência

    No primeiro mandato de Lula, o PL fez aliança com o PT e indicou o senador José Alencar (1931-2011) para a Vice-Presidência.

    Em uma convenção nacional, o partido presidido por Valdemar Costa Neto aprovou a coligação com o PT e oficializou Alencar para chapa com o petista.

    O PT esperava que o vice ampliasse o espectro da aliança de Lula, atraindo o apoio do grande empresariado e fortalecendo a imagem de que o partido estava menos radical.

    Ataque à equipe econômica petista

    Em 2004, o presidente do PL atacou a equipe econômica do governo Lula e defendeu as demissões do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

    “Na minha opinião, ele [Lula] tem de trocar o ministro Palocci por alguém que tenha competência para o cargo. O Palocci tem competência para ser prefeito de Ribeirão Preto [SP], não para ser ministro da Fazenda”, disse Valdemar.

    À época, as pressões contra a política econômica se acirraram depois que foi anunciado o encolhimento do PIB em 0,2%. A crítica à política econômica tornou-se comum por parte tanto da oposição quanto dos aliados.

    Ao cobrar mudanças, Valdemar citou o vice-presidente: “José Alencar tem alertado o governo há mais de um ano. Ele viu que o país não ia ter crescimento em abril do ano passado. O Palocci e o Meirelles só foram enxergar isso no mês de outubro. Quer dizer, nenhum dos dois tem condições de estar no governo”.

    Escândalo do mensalão

    Durante depoimento à CPI do Mensalão, Valdemar disse que usou caixa 2 em eleição de Lula. Ele afirmou que os R$ 6,5 milhões que recebeu entre fevereiro de 2003 e janeiro de 2004 das empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza foram usados para pagar dívidas da campanha presidencial de Lula –de quem José Alencar foi candidato a vice.

    “Para as eleições de 2002, involuntariamente, recebi dinheiro não-oficializado do PT. (…) [O recurso] foi totalmente gasto na campanha do presidente Lula no segundo turno”, disse à época.

    Segundo o presidente do PL, o dinheiro quitou dívidas contraídas com a confecção de material de campanha da coligação Lula-Alencar distribuído na região metropolitana de São Paulo.

    Valdemar foi acusado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser um dos integrantes do esquema do mensalão.

    Na época, o presidente do PL procurou “blindar” Lula, o vice e o PL. “Não quero ser um problema para o presidente Lula”, disse. “O Lula é um homem honesto. O caixa dois (…) aconteceu sem o conhecimento dele.”

    À época deputado federal pelo PR-SP, Valdemar foi condenado no processo do mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a sete anos e dez meses de prisão e multa de R$ 1,1 milhão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

    Contra impeachment Dilma

    Próximo à votação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, em 2016, Lula recorreu a Valdemar Costa Neto para conseguir votos do PR contra a medida. Na época, o ex-deputado era ex-presidente do partido e principal liderança da sigla.

    O PR estava entre as apostas do governo para segurar o impeachment de Dilma. As tratativas estavam sendo feitas pelo ministro do partido, Antonio Carlos Rodrigues, e pelo ex-deputado condenado no mensalão, mas ainda com forte influência no partido.

    Escolha de Lewandowski

    Em 2024, o presidente do PL elogiou em entrevista à Folha de S.Paulo a escolha de Lula de indicar o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça.

    O dirigente do partido de Jair Bolsonaro classificou Lewandowski como homem de bem e de comportamento firme.

    “Lewandowski tinha tudo para ir pro Ministério da Justiça. Ele é preparado, homem de bem, homem que sempre teve comportamento firme. [Lula] Acertou, como não. Como no caso do [Cristiano] Zanin, não foi boa indicação?”, disse.

    Mais elogios a Lula

    Nos últimos dias, o presidente do PL virou alvo nas redes sociais de apoiadores de Bolsonaro por falar bem das gestões passadas de Lula.

    Em um vídeo editado de uma entrevista de dezembro, Valdemar afirma que Lula tem prestígio e é fenômeno por “chegar onde chegou”. A declaração foi dada ao jornal O Diário, da região de Mogi das Cruzes (SP).

    “O que eu falei do Lula, eu falei porque é verdade. Se eu não falar a verdade, perco a credibilidade, que é o que me resta na política. Ninguém pode negar que ele foi bom presidente. Ele elegeu a Dilma [Rousseff]. Só que eu tava fazendo comparação: o Lula tem prestígio, Bolsonaro tem uma coisa que ninguém tem no planeta, carisma”, explicou à Folha de S.Paulo.

    O ex-presidente Bolsonaro também criticou as falas elogiosas do dirigente ao presidente Lula e expôs uma fissura na legenda, dividida entre o grupo bolsonarista e a ala “raiz”, formada por políticos próximos ao centrão.

    Em uma declaração captada em vídeo por apoiadores em sua casa de praia, em Angra dos Reis (RJ), sem mencionar diretamente Valdemar, o ex-presidente falou em “implosão do partido” com “declaração absurda” de “pessoa do partido”.

    FolhaPress

  • Principal inimigo do Papa Francisco insiste em persegui-lo!

    Principal inimigo do Papa Francisco insiste em persegui-lo!

    O carisma notável do Papa Francisco e as funções inerentes ao cargo de líder da Igreja Católica o obrigam a participar de inúmeros compromissos oficiais. Muitos deles são a céu aberto e, às vezes, as intempéries da natureza atrapalham o bom andamento dos eventos religiosos comandados por ele. Entre todas as situações inusitadas que o clima pode oferecer, sem dúvidas, as fortes rajadas de vento são as que mais importunam o pontífice.Principal 'inimigo' do Papa Francisco insiste em persegui-lo

    O Santo Padre já sofreu algumas vezes com as intensas correntes de ar, que já lhe fizeram passar por constrangimentos, como quando teve o rosto coberto pela veste litúrgica durante uma celebração. Por isso, o vento pode ser considerado como o seu principal ‘inimigo’ nestes anos de pontificado.

    StarsInsider