Categoria: Segurança e Justiça

  • Morre Sebastián Piñera, ex-presidente do Chile, em acidente de helicóptero

    Morre Sebastián Piñera, ex-presidente do Chile, em acidente de helicóptero

    Outras três pessoas ficaram feridas, mas não correm risco de vida; Piñera comandou o Chile por dois mandatos

    O ex-presidente do Chile Sebastián Piñera morreu aos 74 anos nesta terça-feira (6) em um acidente de helicóptero, informaram o governo chileno e a equipe do empresário. A aeronave caiu no Lago Ranco, no sul do Chile. Outras três pessoas ficaram feridas.

    Segundo as autoridades, o acidente aconteceu às 14h57, no horário local, no Lago Ranco. O helicóptero seria de propriedade privada.

    Piñera tem uma casa na região rural onde aconteceu a queda, que usava durante as férias. Ele voltava de um almoço na casa do empresário José Cox.

    As condições meteorológicas da região eram ruins na hora do acidente, com muita chuva, segundo relatos.

    Até o momento, a identidade dos demais ocupantes não foi confirmada, mas a ministra do Interior do Chile afirmou que os feridos estão fora de perigo. Ainda segundo a autoridade, será realizado um funeral de Estado para Piñera.

    O atual presidente do Chile, Gabriel Boric, decretou três dias de luto nacional. Ele destacou ainda que entrou em contato com os ex-presidentes do Chile Eduardo FreiRicardo Lagos e Michele Bachelet.

    “Todos eles lamentam profundamente a morte do ex-presidente Sebastián Piñera. Farão todo o possível para participar de seu funeral”, anunciou.

    Líderes mundiais, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentaram a morte do empresário de 74 anos, destacando seus feitos à frente do Chile.

    Quem era Sebastián Piñera

    O empresário governou o país duas vezes: entre 2010 e 2014; e entre 2018 e 2022.

    Piñera foi candidato da coalizão de centro-direita Chile Vamos, vencendo as eleições presidenciais no país sul-americano pela segunda vez em 2017.

    Engenheiro comercial com pós-graduação em Economia na universidade de Harvard, foi considerado um dos maiores empresários do Chile.

    Ele era acionista majoritário da principal companhia aérea anteriormente conhecida como LAN, do time de futebol local Colo-Colo e de uma estação de televisão, embora tenha vendido a maior parte dessas participações quando assumiu a Presidência em março de 2010.

    Em 2024, ele ficou em 1.176º lugar na lista global dos mais ricos da Forbes, com um patrimônio líquido de US$ 2,7 bilhões.

    Foi docente de várias universidades e consultor de organizações como Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial.

    Em 1976, trabalhou em um projeto para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

    Piñera começou a carreira política como senador, em 1990. Em 2006, disputou a Presidência, ano que Michelle Bachelet ganhou as eleições.

    Quatro anos depois, foi Bachelet quem entregou a faixa presidencial a Piñera. Seu governo foi o primeiro de centro-direita eleito democraticamente desde 1958, segundo informações da CNN Espanhol.

    Em 11 de março de 2010, assumiu um Chile destruído por um terremoto que deixou mais de 500 mortos e muito prejuízo. Meses depois, também houve o resgate dos 33 mineiros de Copiapó, que ficaram 70 dias presos.

    Sua popularidade passou por momentos críticos durante o primeiro governo, em parte por protestos estudantis, que demandavam mais acesso ao sistema educacional do país.

    Ao fim do primeiro mandato, tinha 50% de aprovação, segundo a consultoria Adimark. Analistas avaliaram que esse nível se deu pela diminuição do desemprego e recuperação da economia, por exemplo.

    Com o lema “Tempos Melhores”, tinha a redução do desemprego, crescimento econômico e melhora da qualidade de vida da classe média entre as propostas para o segundo mandato. Venceu a disputa eleitoral em dezembro de 2017.

    Entre 2019 e 2020, o Chile viveu intensos protestos, que começaram contra a alta tarifa do metrô e se desenvolveram na luta por uma nova Constituição, pois a atual remonta à ditadura de Pinochet.

    Em 2020, um plebiscito decidiu que uma nova Constituição deveria ser redigida. Entretanto, em 17 de dezembro de 2023, uma nova consulta pública rejeitou a proposta de Carta Magna.

    Piñera também comandou a luta contra a pandemia de Covid-19 no Chile. O país, que em maio de 2020 havia atingido as maiores taxas de infecção per capita do mundo junto com o Peru, se tornou um exemplo global com a campanha de vacinação.

    Até 9 de fevereiro de 2021, quando alguns países da região ainda não tinham recebido nenhuma vacina contra a Covid-19, mais de um milhão de doses da vacina já tinham sido administradas no Chile.

    Piñera se casou em 1973 com Cecília Morel e teve quatro filhos.

    *com informações da CNN Chile e CNN Espanhol

  • Este é Dias Toffoli, de censura e revés à Lava Jato a gestos a Bolsonaro, ditadura e Lula

    Este é Dias Toffoli, de censura e revés à Lava Jato a gestos a Bolsonaro, ditadura e Lula

    Protagonizando o noticiário político pela atuação em ações envolvendo a Operação Lava Jato, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli tem um histórico marcado por idas e vindas com o PT e Lula, aceno à ditadura e aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    José Antonio Dias Toffoli nasceu em Marília (SP), é formado em direito pela USP (Universidade de São Paulo) e já assumiu cargos como o de advogado-geral da União. Ele passou a compor o Supremo em 2009, depois de ter sido indicado por Lula, em seu segundo mandato.

    Veja a seguir alguns dos eventos que marcaram a carreira de Dias Toffoli, atual ministro do Supremo.

    Proximidade com o PT

    Toffoli foi assessor do PT na Câmara dos Deputados entre os anos 1995 e 2000. Ele advogou para campanhas de Lula em eleições de 1998, 2002 e 2006.

    De 2003 a 2005, foi subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil da Presidência da República no governo Lula. No segundo mandato do petista, atuou como advogado-geral da União. A proximidade com o partido gerou críticas ao ter sido indicado por Lula ao Supremo, em 2009.

    Nos últimos anos, entretanto, a relação com o petista entrou em desgaste. Toffoli proibiu, em outubro de 2018 e às vésperas das eleições, entrevista de Lula à Folha de S.Paulo. O ministro também vetou, em 2019, Lula de ir ao velório do irmão quando o petista estava preso em Curitiba. Em 2022, Toffoli pediu “perdão” a Lula pelo veto.

    José Antonio Dias Toffoli nasceu em Marília (SP), é formado em direito pela USP (Universidade de São Paulo) e já assumiu cargos como o de advogado-geral da União. Ele passou a compor o Supremo em 2009, depois de ter sido indicado por Lula, em seu segundo mandato.

    Veja a seguir alguns dos eventos que marcaram a carreira de Dias Toffoli, atual ministro do Supremo.

    Proximidade com o PT

    Toffoli foi assessor do PT na Câmara dos Deputados entre os anos 1995 e 2000. Ele advogou para campanhas de Lula em eleições de 1998, 2002 e 2006.

    De 2003 a 2005, foi subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil da Presidência da República no governo Lula. No segundo mandato do petista, atuou como advogado-geral da União. A proximidade com o partido gerou críticas ao ter sido indicado por Lula ao Supremo, em 2009.

    Nos últimos anos, entretanto, a relação com o petista entrou em desgaste. Toffoli proibiu, em outubro de 2018 e às vésperas das eleições, entrevista de Lula à Folha de S.Paulo. O ministro também vetou, em 2019, Lula de ir ao velório do irmão quando o petista estava preso em Curitiba. Em 2022, Toffoli pediu “perdão” a Lula pelo veto.

    Folha de São Paulo

  • Plano de saúde terá de cobrir cirurgias reparadoras de beneficiária que fez bariátrica

    Plano de saúde terá de cobrir cirurgias reparadoras de beneficiária que fez bariátrica

    O juiz Vanderlei Caires Pinheiro, do 6º Juizado Especial Cível de Goiânia, deferiu liminar para determinar que um plano de saúde forneça a cobertura integral de cirurgias reparadoras a uma beneficiária que, anteriormente, fez bariátrica. Os procedimentos deverão ser realizados com o profissional escolhido pela autora e no hospital indicado. A determinação deve ser cumprida em um prazo de cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 2 mil.

    A beneficiária é representada pelos advogados Fernando de Paula Gomes Ferreira, Telmo de Alencastro Veiga Filho e Lohan Dangelo Fane Rocha, do escritório Fernando de Paula & Telmo Alencastro Advocacia. Segundo explicaram no pedido, ela foi diagnosticada com obesidade mórbida e passou por cirurgia bariátrica. Posteriormente, perdeu 36 quilos. Em razão do rápido emagrecimento, a autora apresenta sobra de pele corpo.

    Segundo os advogados, as sobras de pele podem causar assaduras, mau odor e risco de proliferação de fungos e bactérias. Além disso, a beneficiária apresenta redução da mobilidade funcional e traumas psicológicos ocasionados pelo dismorfismo corporal. Apontaram que se trata de sequelas do tratamento para obesidade, doença principal da autora.

    Diante da situação, que traz reflexo em toda sua vida cotidiana, lhe causando sofrimento de ordem física e psicológica, médico cirurgião plástico, indicou procedimentos reparadores. Contudo, relatam os advogados, o plano de saúde aprovou tão somente cirurgia do abdômen (dermolipectomia) com a correção de diástase de retos.

    Os demais procedimentos (em braços; mamas; prolongamentos axilares; púbis; coxas; e torsos superior e inferior; foram negadas sob a alegação de que não constam no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

    Liminar

    Ao conceder a liminar, o magistrado disse que o art. 300 do CPC indica como pressupostos para concessão da tutela de urgência a existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito. Bem como o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo

    No caso em questão, disse que, da análise dos documentos apresentados, estão presentes a verossimilhança do direito vindicado pela autora e o perigo de dano iminente. Isso porque a beneficiária do plano de saúde, aparentemente, demonstrou o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora”.

    Rota Jurídica

  • Golpistas roubam mais de R$ 125 milhões de empresa em reunião falsa gerada por IA

    Golpistas roubam mais de R$ 125 milhões de empresa em reunião falsa gerada por IA

    Um funcionário do departamento financeiro de uma multinacional em Hong Kong transferiu mais de US$ 25 milhões para golpistas após ser enganado por uma deepfake do seu chefe durante uma videoconferência falsa. A fraude, ocorrida em janeiro, foi revelada pelas autoridades locais no domingo (4).

    Segundo a polícia de Hong Kong, o colaborador foi convidado a participar da reunião online na qual estariam, supostamente, o líder do setor financeiro (CFO) da companhia, e outros colegas de trabalho. No entanto, o homem era a única pessoa real no chat — os demais participantes foram gerados por inteligência artificial.

    Na conversa, o suposto CFO solicitou ao trabalhador que fizesse 15 transferências para cinco contas bancárias em um total equivalente a mais de R$ 125 milhões pela cotação do dia. Inicialmente desconfiado, ele se convenceu de que conversava com o chefe após outras “pessoas” entrarem na reunião virtual.

    O funcionário só descobriu que havia sido alvo de golpistas após entrar em contato com a sede da corporação. Nomes e outras informações da empresa e da vítima envolvida no primeiro golpe de videoconferência deepfake em Hong Kong não foram revelados.

    Como o vídeo falso foi gerado?

    Conforme a investigação do caso, os autores da fraude teriam tido acesso a vídeos reais de videoconferências anteriores da empresa. Em seguida, aproveitaram ferramentas de IA para adicionar vozes falsas às pessoas que aparecem nas imagens, na tentativa de enganar a vítima.

    As autoridades alertaram que esse tipo de golpe tem crescido em Hong Kong, onde seis acusados de usarem a tecnologia em atividades criminosas acabaram presos nas últimas semanas. Além disso, foram registradas pelo menos 20 tentativas de uso de deepfakes para enganar softwares de reconhecimento facial na região.

    Verificar informações junto aos canais oficiais de comunicação da empresa é uma das medidas para evitar cair no golpe da videoconferência de deepfake, como destacou a polícia local. Além disso, também é válido e fazer perguntas para confirmar se as pessoas que estão participando de reuniões online suspeitas são reais.

    Recentemente, a cantora Taylor Swift foi alvo de cibercriminosos que usaram a tecnologia para criar imagens pornográficas geradas por IA com a aparência da estrela pop. Depois disso, senadores americanos apresentaram um projeto de lei para facilitar que as vítimas de campanhas como esta processem os autores.

    TecMundo

  • Senadora Soraya Thronicke aciona Polícia Legislativa após ter sido ameaçada de agressão

    Senadora Soraya Thronicke aciona Polícia Legislativa após ter sido ameaçada de agressão

    Soraya Thronicke (Podemos-MS) comunicou à Polícia Legislativa e à Advocacia do Senado que recebeu uma ameaça de agressão em seu e-mail institucional. Intitulada “faixa preta”, a mensagem diz que o autor vai “quebrar apenas quatro costelas” da senadora.

    Por meio de sua assessoria, Soraya afirmou ao Estadão que esta não foi a primeira vez que ela recebeu ameaças, seja pelo e-mail do gabinete, ou por suas redes sociais oficiais. “Esse tipo de coisa acontece com uma certa frequência”, desabafou. Apesar da comunicação oficial à Polícia Legislativa, a segurança da senadora não foi reforçada, informou a assessoria. Esta foi a primeira ameaça relatada pela senadora ao setor responsável pela segurança dos parlamentares.

    Estadão procurou o Senado para saber qual é o procedimento padrão adotado em casos como esses, bem como quais medidas serão tomadas para aumentar a segurança da senadora. A assessoria de imprensa disse que demandou a área técnica responsável e responderá às questões. Quando isso ocorrer o texto será atualizado.

    A mensagem, assinada com um nome falso, foi enviada ao gabinete em 15 de dezembro. O autor diz que está “de olho” e “monitorando” a senadora no Mato Grosso do Sul, e diz que vai “pegá-la” na rua e “quebrar apenas quatro costelas”.

    Ameaça de agressão recebida pela senadora Soraya Thronicke (Republicanos-MS). Foto: Arquivo pessoal/Senadora Soraya Thronicke© Fornecido por Estadão

    Soraya não tem a simpatia nem de bolsonaristas, por ter se afastado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nem dos apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por associá-lo a escândalos de corrupção na campanha eleitoral de 2022, na qual concorreu contra os dois ao cargo de presidente.

    Em 2022, um projeto de lei que queria instituir o Programa Nacional de Proteção a Parlamentar, destinado a vereadores, deputados distritais, estaduais e federais e senadores expostos a grave ameaça que dificulte ou impossibilite o exercício do mandato, tramitou pela Câmara dos Deputados.

    A proposta dos deputados Vivi Reis (PSOL-PA), Helder Salomão (PT-ES) e Paulo Teixeira (PT-SP), entretanto, foi arquivada em dezembro de 2023, pelo relator Alexandre Ramagem (PL-RJ), por apresentar, segundo ele, “flagrantes vícios de constitucionalidade” e ser “inoportuna”, ao delegar a outras esferas de Poder atribuições que são próprias das casas legislativas.

    Estadão

  • Gleisi Hoffmann pede prisão imediata para Bolsonaro, por ataque à Justiça

    Gleisi Hoffmann pede prisão imediata para Bolsonaro, por ataque à Justiça

    Presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR, usou a rede X, ex-Twitter, nesta segunda-feira para pedir a prisão de Jair Bolsonaro (PL), que no sábado, durante entrevista a um influenciador de Portugal, acusou a Justiça brasileira de ‘trabalhar para eleger Lula’ em 2022.

    “Bolsonaro não se emenda e precisa ser contido. Usou a entrevista a um canal de direita português para mentir deliberadamente. Disse que o Judiciário atuou em favor de Lula nas eleições e que o país vive uma ditadura porque os golpistas estão sendo punidos. Sua hora de punição já chega, com golpista não tem arrego”, afirmou Hoffmann.

    Na entrevista, Bolsonaro afirmou que “a Justiça brasileira, o Supremo Tribunal Federal tirou o Lula da cadeia e depois o tornou elegível. E, depois, o Supremo Tribunal Federal, que três dos seus ministros compõem o TSE, também trabalharam lá fazendo gestões para eleger Lula a qualquer preço”.

    Detalhe técnico

    Ainda na cena judiciária, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) arquivou, por uma tecnicalidade, a ação movida pelo Centro Social Comunitário Favela em Desenvolvimento contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e os deputados federais Carla Zambelli e Mário Frias (PL-SP).

    O processo, de 2022, era referente a declarações falsas feitas pelos parlamentares, na campanha. À época, eles divulgaram imagens que relacionavam a sigla “CPX”, presente em um boné utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao crime organizado. As letras, na verdade, significam “complexo”, em referência ao Complexo do Alemão.

    Correio do Brasil

  • Detran afasta ‘servidores turistas’ suspeitos de fraudar sistema de ponto

    Detran afasta ‘servidores turistas’ suspeitos de fraudar sistema de ponto

    Conforme a autarquia, foram feitas denúncias em 2023 e 2024. Há casos de servidores que batiam pontos para colegas e de funcionários que chegavam a bater o ponto, mas não permaneciam no trabalho.

    O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) afastou 16 “servidores turistas” suspeitos de fraudar o sistema de ponto. Conforme a autarquia, há casos de servidores que batiam pontos para colegas e de funcionários que chegavam a bater o ponto, mas não permaneciam no trabalho.

    “O servidor batia o ponto e ia embora para casa. Então ele recebia sem trabalhar. Outra situação era daquele servidor que batia o ponto para fora”, disse o presidente do Detran-GO, Delegado Waldir.

    Como os nomes dos funcionários não foram divulgados, o g1 não localizou a defesa deles para pedir um posicionamento.

    As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (5). Conforme a autarquia, as fraudes foram descobertas com investigações internas após denúncias feitas em 2023 e 2024. As apurações do Serviço de Inteligência do Detran apontaram que servidores efetivos e comissionados estão envolvidos no esquema.

    Os servidores comissionados podem ser demitidos se confirmadas as irregularidades, enquanto os efetivos poderão passar por sindicância e responder processos administrativos.

    Conforme o Detran, foram registrados nove casos em 2023 envolvendo a Diretoria de Atendimento, a Gerência de Habilitação e Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretrans). Já neste ano, foram sete funcionários flagrados. A autarquia informou que s casos serão comunicados à Polícia Civil.

    “Eles levam a vantagem de não comparecer o trabalho, de ter os seus salários e praticar crimes de falsidade ideológica e de estelionato”, apontou Delegado Waldir.

    G1 GO

  • Jogador de futebol morre em acidente após carro ser destruído e namorada ficar ferida

    Jogador de futebol morre em acidente após carro ser destruído e namorada ficar ferida

    Nas redes sociais, Glaudo Alves compartilhava sua paixão pelo futebol e falava sobre o amor à família. Batida envolveu dois carros, incluindo o que o atleta estava, e um caminhão.

    “Um cara do bem”, assim foi definido o jogador de futebol Glaudo Alves em uma rede social. O atleta morreu aos 28 anos após o carro que ele dirigia ser destruído em um acidente na GO-139, em Marzagão, no sul de Goiás. A namorada do atleta ficou presa às ferragens, foi socorrida ainda e levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caldas Novas.

    g1 não conseguiu informações do estado de saúde da jovem até a última atualização desta reportagem.

    Nas redes sociais, Glaudo compartilhava sua paixão pelo futebol e falava sobre o amor à família. Torcedor do Santos Futebol Clube, ele colocava o username do clube em sua biografia do Instagram.

    Em um dos perfis do atleta, ele descrevia ter nascido em Ituiutaba, em Minas Gerais, mas morava em Corumbaíba, no sul goiano. Na mesma página, ele assumiu o relacionamento com a namorada em 2022.

  • Caso Pedro Lucas: Ossada encontrada não é do menino que sumiu após levar irmão à escola

    Caso Pedro Lucas: Ossada encontrada não é do menino que sumiu após levar irmão à escola

    Investigação completa três meses sem pistas que ajudem a polícia a encontrar o menino. Pedro Lucas desapareceu no dia 1º de novembro de 2023, em Rio Verde

    A Polícia Civil (PC) confirmou que a ossada encontrada a 5 km de distância da casa da família de Pedro Lucas Santos, de 9 anos, não é do menino desaparecido. A investigação do caso completou três meses no dia 1º de fevereiro sem pistas que ajudem a polícia a encontrar Pedro Lucas.

    Pedro Lucas desapareceu no dia 1º de novembro de 2023, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. O padrasto do menino, José Domingos dos Santos, de 22 anos, foi preso suspeito de homicídio. A defesa dele afirma que ele nega as acusações e que José está colaborando com a investigação.

    Segundo o delegado Adelson Candeo, a ossada encontrada no dia 8 de janeiro, às margens do córrego Abóbora, é de um adolescente de 16 anos. Francisco Carlos Silva estava desaparecido desde 23 de novembro de 2023. Dois irmãos suspeitos da morte foram presos nesta segunda-feira (5).

    Apesar da ossada não ser de Pedro Lucas, Candeo afirma que o caso continuará sendo investigado. “A polícia continua buscando informações a respeito da localização do corpo do menino”, disse. As buscas pelo corpo do menino foram retomadas pelo Corpo de Bombeiros no último dia 29 de janeiro.

    Relembre o caso

    Pedro Lucas Santos foi visto pela última vez no dia 1º de novembro. De acordo com o delegado, o menino saiu de casa para levar o irmão mais novo, de 6 anos de idade, até a escola. Depois das aulas, o menino só foi avistado por câmeras de segurança, andando próximo à casa da família. Na filmagem, o menino aparece usando uma regata azul, chinelos e um short, andando próximo à casa da família (assista abaixo).

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    Novas imagens mostram onde Pedro Lucas passou antes de desaparecer, em Rio Verde

    A mãe de Pedro Lucas registrou um boletim de ocorrência no dia 5 de novembro, quatro dias após o desaparecimento do menino. Segundo o delegado Adelson Candeo, inicialmente, a mãe contou que o filho chegou em casa, almoçou e avisou ao padrasto que iria para a casa da avó. Porém, em seguida, a mãe desmentiu a versão e disse que mentiu para justificar a demora em registrar a ocorrência. Questionada, a mulher alegou ter mentido porque ficou com receio de perder a guarda dos outros dois filhos.

    G1GO

  • Procurador ignorou provas ao arquivar ação contra Ibaneis, Torres e policiais sobre 8 de Janeiro

    Procurador ignorou provas ao arquivar ação contra Ibaneis, Torres e policiais sobre 8 de Janeiro

    O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima ignorou documentos e mensagens trocadas em grupos de WhatsApp na véspera dos ataques antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023 ao arquivar as investigações por improbidade administrativa contra o governador Ibaneis Rocha (MDB), o ex-secretário Anderson Torres e outras cinco autoridades.

    Ao arquivar o inquérito civil contra os sete investigados, em decisões tomadas entre novembro de 2023 e janeiro deste ano, Carlos Henrique assinalou que os órgãos de segurança não tinham “total ciência do caráter violento de parte dos manifestantes”. Ele também alega que somente minutos antes da invasão “é que foi identificado que vários invasores estavam fortemente armados e preparados para o confronto”.

    Ofícios e mensagens trocadas em grupos de WhatsApp, no entanto, revelam uma outra versão dos fatos: as autoridades sabiam do objetivo de “tomada do poder”, mas não tomaram medidas compatíveis com as ameaças. O próprio governador Ibaneis Rocha foi alertado previamente sobre a possibilidade de “ações hostis” no dia 8 de janeiro, porém, subestimou o aviso. Procurado pela reportagem, Carlos Henrique não se manifestou oficialmente.

    As conclusões da Procuradoria da República do Distrito Federal foram apresentadas na decisão que justifica o arquivamento do inquérito civil aberto para investigar se as autoridades incorreram em improbidade administrativa.

    Além de Torres e Ibaneis, o órgão livrou o ex-secretário-adjunto de Segurança Pública Fernando de Souza Oliveira, a ex-subsecretária de Inteligência Marília Ferreira de Alencar e os ex-comandantes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Klepter Rosa, Fábio Augusto Vieira e Jorge Eduardo Barreto Naime. O caso foi encerrado, mas as investigações na esfera criminal seguem, de forma autônoma, no Supremo Tribunal Federal (STF).

    Em maio do ano passado, Carlos Henrique já havia afastado, por meio de um despacho saneador, a responsabilização civil de Ibaneis, Torres e dos policiais, por improbidade administrativa, ao não ver conduta intencional das autoridades. Agora, sua decisão foi reanalisada a partir do relatório produzido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. O procurador afirmou em suas decisões, ainda, que a investigação da CPMI carrega viés político por ter sido produzida por parlamentares, “os quais visam, com sua atuação, atender expectativas do seu eleitorado”.

    Conforme mostrou o Estadão, mensagens em um grupo de WhatsApp dos chefes e diretores das forças de segurança do Distrito Federal revelaram fortes indícios de que o pior estava para acontecer. O evento era batizado de “tomada pelo povo” e manifestantes vinham a Brasília munidos de pés de cabra, paus, estilingues e “possivelmente armados” – entre eles, uma mulher que fazia “apologia ao assassinato do presidente” Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Na manhã do dia 7, por exemplo, a então subsecretária de Inteligência, Marília Ferreira de Alencar, relatou a partida, de Goiânia a Brasília, de um grupo ligado a uma manifestante que já era monitorada por conta do perfil agressivo e da “apologia ao assassinato do PR [Presidente da República]”. “Quésia não embarcou. Ficou só na organização, mas pode ser que venha depois, até de carro, dada a proximidade Goiânia-Brasília. Estão trazendo ao menos 4 pés de cabra”, escreveu ela.

    Ibaneis, por sua vez, foi avisado antecipadamente sobre os ataques golpistas do 8 de janeiro. Um dia antes, recebeu ligação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que demonstrou preocupação sobre a possibilidade de atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes. O governador do Distrito Federal garantiu ao senador que não “teríamos” problemas e que colocaria “todas as forças nas ruas”. O efetivo das forças de segurança, contudo, foi reduzido e estava muito aquém do necessário.

    O chefe do Executivo distrital também foi alertado pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), que colocou à disposição o efetivo da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP). Em ofício enviado a Ibaneis, a Polícia Federal apontou que um grupo de pessoas demonstrava clara intenção de “atentar contra o patrimônio publico ou privado, bem como à democracia brasileira”, no dia 8 de janeiro e recomendou a não circulação de pessoas na Esplanada dos Ministérios.

    O governador liberou o coração da capital da República para manifestações, conforme relatou em entrevista à imprensa, e não requisitou o apoio da Força Nacional de Segurança.

    Estadão