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Lula diz esperar que Venezuela retorne “rapidamente” ao Mercosul

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que espera receber a Venezuela de volta ao Mercosul “rapidamente”. A fala aconteceu durante discurso ao lado do presidente da Bolívia, Luis Arce, nesta terça-feira (9).

“O bom funcionamento do Mercosul, que tem a satisfação de agora acolher a Bolívia como membro pleno, concorre para a prosperidade comum. Esperamos também poder receber logo e muito rapidamente de volta a Venezuela”, destacou.

O presidente brasileiro também abordou as eleições presidenciais venezuelanas, marcadas para 28 de julho.

“A normalização da vida politica venezuelana significa estabilidade para toda a América do Sul. Por isso, fazemos voto de que as eleições transcorram de forma tranquila e que o resultado seja reconhecido por todos”, ressaltou.

Políticos do país sul-americano denunciaram prisões de integrantes da oposição, além de medidas do governo em relação às eleições. Além disso, a principal líder opositora está barrada de concorrer.

Lula comentou ainda que a integração com a Bolívia é muito importante e destacou que convidou a Bolívia a participar da Cúpula do G20, que acontecerá em novembro, e se juntar à Aliança Global de Combate à Fome e à Pobreza, que será lançada pela Presidência brasileira.

“Não podemos tolerar golpismos”, diz Lula

Lula também citou os ataques aos Três Poderes do Brasil durante discurso, destacando que o país passou por um dos “momentos mais sombrios da sua história” em 2022, ano do bicentenário da independência, sendo tomado por uma “onda de extremismo que desembocou no 8 de janeiro”.

Em seguida, o petista abordou a tentativa fracassada de golpe na Bolívia em 26 de junho.

“Às vésperas de comemorar o seu bicentenário em 2025, a Bolívia não pode voltar a cair nessa armadilha. Não podemos tolerar devaneios autoritários e golpismos”, comentou.

“Temos a enorme responsabilidade de defender a democracia contra as tentativas de retrocesso”, concluiu.

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, e Luis Arce, presidente da Bolívia
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, e Luis Arce, presidente da Bolívia / Divulgação/PR da República

Na sequência, Lula disse que a desunião das forças democráticas pelo mundo “só tem servido à extrema direita”, citando as eleições na França e no Reino Unido.

Na França, a esquerda conseguiu contrariar as pesquisas eleitorais e conquistou o maior número de assentos no Parlamento, barrando, em parte, a ascensão da ultradireita ao poder.

Bolívia no Brics

Segundo Lula, Luis Arce manifestou interesse de que a Bolívia ingresse no Brics.

O petista ressaltou que vê uma possível entrada do país vizinho no bloco como “muito positiva”, assim como outras nações da região.

“A questão da ampliação do grupo continuará a ser discutida na Cúpula de Kazan, na Rússia, em outubro”, comentou.

CNN

Justiça condena 3 delegados e um escrivão da PF por favorecer investigados

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A Justiça Federal em São Paulo condenou 14 pessoas por um esquema de pagamento de propina para sabotar investigações previdenciárias realizadas pela Polícia Federal (PF) entre 2012 e 2015. Na sentença da 9ª Vara Federal Criminal de São Paulo, os réus tiveram penas fixadas entre seis e 12 anos de prisão pelos crimes de corrupção ativa e passiva e formação de organização criminosa.

As investigações da Operação Inversão, um trabalho conjunto entre o Ministério Público Federal e o setor de contrainteligência da Polícia Federal, revelaram que a partir da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários (Deleprev) da Polícia Federal em São Paulo, existia uma rede de cobrança e pagamento de propinas.

Entre os condenados estão três delegados e um escrivão da PF. Além das penas de reclusão, os agentes tiveram estabelecidos as perdas dos cargos públicos. Um funcionário terceirizado da instituição também foi condenado. O escrivão e o funcionário terceirizado, atuaram em 2016 para remover documentos que pudessem contribuir para as apurações da Operação Inversão.

Segundo a denúncia do MPF, os subornos tinham como destino os três delegados da Polícia Federal e visava favorecer alvos da Operação Trânsito, conduzida pela Deleprev e que pretendia combater possíveis fraudes em perícias médicas em diferentes agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na capital paulista.

Toda a investigação começou após uma advogada denunciar ter sofrido pressão para pagar valores em troca dos benefícios do esquema. Um dos principais beneficiários das irregularidades foi o dono de uma consultoria previdenciária. Ele foi apontado como chefe das ações criminosas do grupo investigado pela Operação Trânsito.

Ainda segundo os trabalhos do MPF, esse empresário passou a ser coagido a pagar quantias para se safar de medidas mais severas no decorrer do inquérito. A estimativa é de que ele tenha enviado, pelo menos, R$ 500 mil aos delegados da PF até 2015. Como benefícios, não teve conversas monitoradas, ficou de fora dos pedidos de prisão da operação e sequer chegou a ser interrogado.

Operação da Polícia Federal
Operação da Polícia Federal PF/Divulgação

O empresário, que já faleceu, não foi condenado por participação no esquema da Operação Inversão. No entanto, outras quatro pessoas que buscaram favorecimento junto aos delegados, estão entre os sentenciados. Elas subornaram membros da Polícia Federal pagando quantias entre R$ 10 mil e R$ 22 mil, para ter privilégios nas investigações.

Além dos delegados e dos beneficiados, também foram condenados os intermediários do esquema. Esses eram responsáveis por fazer as ofertas aos investigados, negociar os valores e entregar os pagamentos aos delegados.

CNN

 

Bolsonaro diz esperar “muitas outras correções” e que joias estão na Caixa, PF ou acervo

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O ex-presidente Jair Bolsonaro publicou no X nesta segunda-feira (8) após o Supremo Tribunal Federal (STF) retirar o sigilo sobre o inquérito que apura possíveis desvios das joias sauditas. Bolsonaro destacou o erro da Polícia Federal no relatório (que corrigiu o valor supostamente desviado de R$ 25.298.083,73 para R$ 6.826.151,661).

“Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias “desviadas” estão na CEF [Caixa Econômica Federal], Acervo ou PF, inclusive as armas de fogo”, escreveu Bolsonaro.

Segundo a PF, o grupo que atuou na venda ilícita das peças milionárias, recebidas como presente por Bolsonaro, teria agido para enriquecimento ilícito do ex-presidente. Ainda segundo a PF, o pai de Mauro Cid, Mauro Lourena Cid, teria repassado US$ 25 mil em espécie ao ex-presidente. Publicado por André Rigue.

CNN

Pacheco defende debate “mais aprofundado e alongado” sobre autonomia financeira do BC

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta terça-feira um debate mais aprofundado e alongado sobre a proposta que concede autonomia financeira ao Banco Central, citando questionamentos feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a iniciativa.

Em entrevista à imprensa, o senador disse ser favorável à proposta, mas sugeriu maior amadurecimento do texto com participação de especialistas e servidores da autarquia.

“Acho recomendável que esse debate sobre um incremento da autonomia do Banco Central seja feito de forma mais aprofundada e alongada”, disse Pacheco

O presidente Lula vinha fazendo reiteradas críticas ao BC e ao modelo de autonomia operacional, com foco em ataques contra o atual presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e tem mandato até dezembro. Lula interrompeu as críticas na última semana em meio a uma rápida desvalorização do real, que refletia em parte as incertezas geradas pelas declarações do mandatário.

Em artigo publicado nesta terça-feira no site Poder360, os diretores do BC Ailton Aquino, Diogo Guillen, Otávio Damaso e Renato Gomes defenderam a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dá autonomia financeira ao órgão.

No texto, os quatro diretores afirmaram que a medida, que pode ser votada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta semana, assegura recursos para “manutenção da excelência” das entregas do BC e ampliação da agenda de inovação.

DESONERAÇÃO

Pacheco também afirmou na entrevista que está na pauta do Senado de quarta-feira o projeto que formaliza a manutenção neste ano da desoneração da folha de setores da economia e municípios, com reoneração gradual a partir de 2025. Segundo ele, as medidas em avaliação para compensar esse benefício elevarão receitas sem aumentar tributos.

Pacheco reafirmou que a compensação pela perda de receitas com a desoneração da folha será composta por uma cesta de medidas, como a repatriação de ativos de brasileiros no exterior, programa de regularização de dívidas com agências reguladoras, atualização de valores de ativos com pagamento de imposto e uso de recursos esquecidos no sistema financeiro.

Também estão no cardápio a taxação de compras de até 50 dólares em sites estrangeiros e tributação de apostas esportivas — medidas já aprovadas anteriormente.

De acordo com o senador, as medidas compensarão o custo da desoneração em 2024, estimado por ele em 18 bilhões de reais, abaixo dos quase 26 bilhões de reais projetados inicialmente pelo governo.

Segundo ele, as compensações para 2025 em diante deverão ser encontradas na elaboração do Orçamento pelo governo.

Reuters

‘Prefiro trabalhar’: Musk alfineta Zuckerberg por vídeo em que aparece surfando

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O vídeo patriótico de 4 de julho do CEO da MetaMark Zuckerberg, na quinta-feira, atraiu elogios dos fãs de sua inesperada e frutífera reformulação de visual, mas não agradou seu arquirrival: o bilionário Elon Musk.

O vídeo mostra Zuckerberg, de cabelos compridos, vestindo um elegante smoking e tomando uma cerveja enquanto ostenta uma bandeira americana em seu amado hydrofoil, uma prancha que usa uma asa abaixo da água para manter o equilíbrio. O vídeo, ao som de “Born in the USA”, de Bruce Springsteen, com a legenda “Happy birthday, America!” (Feliz aniversário, América!), rapidamente se tornou viral, obtendo mais de 700 mil curtidas e milhões de visualizações.

O vídeo faz parte de uma reformulação de imagem que transformou Zuck de nerd da computação em bad boy bilionário. Em 2020, o CEO da Meta foi fotografado em um quadro semelhante ao do vídeo de quinta-feira e foi criticado por seu capuz azul, shorts e rosto coberto de protetor solar.

“Mau gosto do Milei é assunto dele”, diz Alckmin

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O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB) afirmou, nesta terça-feira (9), que o “mau gosto” do presidente da Argentina, Javier Milei, “é assunto dele” em referência à ausência do líder sul-americano na reunião do Mercosul, no Paraguai, na segunda-feira (8). Em meio a atritos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Milei se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um evento conservador em Santa Catarina, no domingo (7), e não participou da reunião do Mercosul na segunda.

Apesar da escolha de Milei, Alckmin afirmou que o comércio entre Brasil e Argentina não é atingido por essa decisão do presidente. “Não afeta. São relações de Estado. O mau gosto do Milei é assunto dele. Temos que fortalecer as relações de Estado”, afirmou.

A ausência de Milei também foi comentada por Lula após o encontro do Mercosul. Segundo o presidente, a decisão do presidente argentino de não participar da reunião é uma “bobagem imensa”. “Quem perde é quem não vem”, disse o presidente. Fortalecimento do Mercosul Alckmin participou durante a manhã do evento “Transformar Juntos”, organizado pelo Sebrae em Brasília. Em seu discurso, ele reafirmou que o comércio entre os países do Mercosul precisa se intensificar para ajudar a aumentar renda e emprego nos países do bloco. “O mundo é globalizado, mas o comércio é inter-regional. EUA, Canadá e México, 50% do comércio é só entre eles.

Os 27 países da União Europeia, 60% do comércio é só entre eles. Na Ásia, 70% do comércio é só entre eles. Nós aqui na América Latina é 26%. Nós temos que fortalecer o comércio entre os vizinhos” explicou. ”Mercado é estressado”, diz Alckmin sobre alta do do dólar Sobre a política monetária e a alta do dólar, Alckmin defendeu o câmbio flutuante. Ele acredita que a moeda deve cair nos próximos dias. “Do mesmo jeito que subiu, o dólar reduz. Ele tem oscilações e deve ser flutuante mesmo. Acredito que vai cair mais. É que o mercado é estressado. Não tem nenhuma razão para ter ido no patamar que foi.

A tendência é que ele [dólar] caia “, estimou. Não há razão para juros estarem tão altos, afirma vice-presidente Alckmin também falou dos juros no país. Segundo o presidente em exercício, não há razão para o Brasil ter uma das maiores taxas de juros do mundo. “Não há razão para você ter a segunda maior taxa de juros do mundo. O primeiro [país] é a Rússia, que está em guerra. A segunda maior taxa de juros do mundo, não tem razão disso. Temos confiança de que isso é transitório, a tendência dos juros é cair”, afirmou.

CNN

Reajuste da gasolina mostra que falas equivocadas de Lula já têm impacto sobre a inflação

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O reajuste anunciado pela Petrobras na gasolina e no gás GLP nesta segunda-feira, 08, reflete não só a alta do petróleo no mercado internacional, mas também a valorização do dólar sobre o real. Em outras palavras, isso quer dizer que os ataques de Lula à autonomia do Banco Central e as críticas ao ajuste fiscal já tiveram impacto sobre a inflação, como muitos especialistas alertavam.

Desde o último reajuste na gasolina, em 16 de agosto do ano passado, o petróleo do tipo brent saltou de US$ 79,54 para US$ 86,54, um aumento de 8,8%. No mesmo período, o dólar subiu mais em relação ao real, de R$ 4,99 para R$ 54,47, um aumento de 9,61%.

Segundo a economista Andréa Angelo, da Warren Rena, a valorização do dólar sobre o real teve um peso maior no aumento dos combustíveis do que a alta do petróleo.

“Mais da metade da defasagem é explicada pela depreciação do real”, afirmou Andréa Angelo.

Ela calcula que o aumento dos dois combustíveis terão um impacto de 0,18 ponto percentual no IPCA deste ano. Com isso, a projeção da Warren Rena subiu de 4,10% para 4,28%, acima da meta de 3% e muito próximo do teto de tolerância de 4,5%.

O reajuste de R$ 0,20 no litro da gasolina equivale a uma alta de 7,8% no preço do combustível, ainda longe de zerar a defasagem, de 18% segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

As críticas de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tiveram correlação direta com a alta do dólar, embora o cenário externo, com a perspectiva da manutenção dos juros nos EUA, também tenha contribuído.

Em junho, levantamento feito pelo economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, já mostrava que a alta do dólar sobre o real era muito mais intensa do que em relação a uma cesta de moedas de países emergentes.

Lula colocou em xeque a autonomia do Banco Central, ao afirmar que haveria uma “nova filosofia” com a indicação do próximo presidente, a ser feita por ele, em dezembro. Também afirmou que considera gastos com salário mínimo, saúde e educação como investimentos, diminuindo a margem de manobra da equipe econômica para seguir com a agenda de reequilíbrio fiscal. Com isso, o mercado passou a entender que o ajuste no País seria mais lento, provocando depreciação da nossa moeda e aumento do risco-país e das taxas mais longas de juros.

Vaticano fecha as portas à ordenação de diaconisas

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As mulheres devem desempenhar um papel maior na Igreja Católica atuando como diaconisas, mas o diaconado continuará sendo vetado a elas e não se espera que nenhuma reforma a curto prazo mude esta situação, segundo as conclusões preliminares do Sínodo aberto pelo papa Francisco em 2021 no Vaticano e que foram publicadas nesta terça-feira (9).

O Sínodo é uma ampla consulta iniciada pelo jesuíta argentino sobre o futuro da Igreja e sua doutrina sobre uma série de temas, desde a participação dos leigos nas atividades paroquiais à promoção das mulheres nas funções litúrgicas, passando por questões como pobreza e poligamia.

Desde sua eleição em 2013, o bispo de Roma propôs reformar o governo da Igreja, que busca ser menos piramidal e mais próximo dos fiéis.

Após dois anos de debates em paróquias de todo o mundo, uma primeira Assembleia Geral de bispos realizada em outubro de 2023 no Vaticano produziu um “documento de síntese” enumerando uma série de temas que os católicos consideram centrais para o futuro da Igreja. Estes pontos voltarão a ser debatidos em uma segunda sessão que ocorrerá de 2 a 27 de outubro.

– “Machismo continua forte” –

O papel das mulheres na Igreja, tema que esteve no centro dos debates, continua dividido.

“As contribuições recolhidas em todas as fases mostraram a necessidade de dar um reconhecimento mais pleno aos carismas, à vocação e ao papel da mulher em todos os âmbitos da vida da Igreja”, indica um texto publicado pelo Vaticano nesta terça-feira, intitulado “Instrumento de Trabalho”, que servirá de base para a sessão de outubro.

Os bispos “reconhecem que existem numerosas áreas da vida eclesial abertas à participação das mulheres”, mas lamentam que “estas possibilidades de participação muitas vezes não sejam utilizadas”.

Sugeriram então que na próxima sessão do Sínodo “seja promovido o conhecimento destas possibilidades e encorajado o seu posterior desenvolvimento no âmbito paroquial, diocesano e em outros níveis eclesiais, incluindo os cargos de responsabilidade”.

O texto menciona a contribuição de uma Conferência Episcopal Latino-americana, segundo a qual em algumas sociedades “a presença do machismo continua forte” e “é necessária uma participação mais ativa das mulheres em todas as esferas eclesiais”.

– “Maior acesso” –

Em suas contribuições, fiéis e religiosos de todo o mundo pedem ao Sínodo um “maior acesso” das mulheres a cargos de responsabilidade em dioceses, seminários, institutos e instituições eclesiásticas, bem como o incentivo ao uso de uma linguagem mais inclusiva.

Contudo, a possibilidade de abrir o ofício do diaconado (ordem inferior ao sacerdócio) às mulheres, e menos ainda o de sacerdote, continua não sendo contemplada.

“Enquanto algumas Igrejas locais pedem a admissão de mulheres ao ministério diaconal, outras reiteram sua oposição”, afirma o documento.

O tema do diaconado feminino, que está em pauta há cerca de 10 anos, estava no programa da primeira sessão do Sínodo, mas foi adiado e não aparecerá na agenda da Assembleia Geral de outubro.

“É bom que a reflexão teológica continue, com os tempos e as modalidades adequadas”, diz o documento.

Embora alguns sejam favoráveis em meio a um contexto de declínio vocacional, o Vaticano continua demonstrando sua firme oposição ao fim do celibato e à ordenação de mulheres ou homens casados.

AFP

Defesa de Jair Bolsonaro se manifesta após retirada de sigilo do caso das joias

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nesta segunda-feira (8), após a retirada do sigilo do inquérito da Polícia Federal (PF) que apura possíveis desvios das joias sauditas, recebidas como presente em visita ao Oriente Médio. Bolsonaro e outras 11 pessoas foram indiciadas por crimes relacionados ao caso. Segundo a PF, o grupo que atuou na suposta venda ilícita das peças milionárias teria agido para enriquecimento ilícito do ex-presidente. Os advogados de Bolsonaro afirmam que os presentes ofertados à Presidência da República “obedecem a um rígido protocolo de tratamento e catalogação”, sobre o qual “o Chefe do Executivo não tem qualquer ingerência, direta ou indireta”.

De acordo com a defesa, o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), que é o responsável por definir se o bem será destinado ao acervo público ou ao acervo privado de interesse público da Presidência, é composto por servidores de carreira que vinham de gestões anteriores. O documento chama o inquérito das joias de “insólito”, por voltar-se “só e somente ao Governo Bolsonaro, ignorando situações idênticas havidas em governos anteriores”. A defesa diz ainda que Bolsonaro compareceu de forma espontânea, após ser noticiado da necessidade da restituição, e decidiu que os bens fossem devolvidos.

No parecer, os advogados do ex-presidente defendem que em momento algum ele pretendeu ter para si “bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como públicos”. Confira abaixo a íntegra da nota da defesa de Bolsonaro no caso das joias: A defesa de Jair Messias Bolsonaro, diante da decisão proferida nesta data, tornando públicos os autos da Pet 11645, que versa sobre bens do acervo de presentes oferecidos ao ex-Presidente durante seu mandato, vem esclarecer o seguinte: Os presentes ofertados a um Presidência da República obedecem a um rígido protocolo de tratamento e catalogação e sobre o qual o Chefe do Executivo não tem qualquer ingerência, direta ou indireta, sendo desenvolvido pelo “Gabinete Adjunto de Documentação Histórica” (“GADH”), responsável por analisar e definir, a partir dos parâmetros legais, se o bem será destinado ao acervo público ou ao acervo privado de interesse público da Presidência da República.

Referido Gabinete, esclareça-se, é composto por servidores de carreira e que, na espécie, vinham de gestões anteriores. Note-se, ademais disso, que todos os ex-Presidentes da República tiveram seus presentes analisados, catalogados e com sua destinação definida pelo “GADH”, que, é bem de se ver, sempre se valeu dos mesmos critérios empregados em relação aos bens objeto deste insólito inquérito, que, estranhamente, volta-se só e somente ao Governo Bolsonaro, ignorando situações idênticas havidas em governos anteriores. No curso desta mesma investigação — repita-se, estranhamente direcionada apenas ao ex-Presidente Bolsonaro —, houve representação para a inclusão do atual Presidente da República, tendo em vista as próprias declarações do mesmo de que, quando no exercício de mandato, havia recebido um relógio da sofisticada marca Piaget, presenteado pelo ex-Presidente da República Francesa, Jacques Chirac.

A despeito de tratar-se de situação absolutamente análoga, inclusive quanto a natureza e valor expressivo do bem, o Ministro Alexandre de Moraes, na condição de relator da presente investigação, determinou o pronto arquivamento da representação, em 6 de novembro de 2023, sem declinar as razões que tornariam aquela situação legítima e a do ex-Presidente Bolsonaro não. Importa, ainda, lembrar que o ex-Presidente Bolsonaro, desde que foi noticiado, em março do ano passado, que o Tribunal de Contas da União havia aberto procedimento voltado a avaliar a destinação dos bens aqui tratados para o acervo privado de Presidência da República, antes mesmo de qualquer intimação ou ciência oficial, compareceu de forma espontânea aos autos e requereu que os referidos bens fossem, desde logo, depositados naquela Corte de Contas.

A iniciativa visava deixar consignado, ao início da menor dúvida, que em momento algum pretendeu se locupletar ou ter para si bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como públicos. Se naqueles autos colocou-se em discussão o status legal de tais itens, dada a complexidade das normas que teoricamente disciplinam a dinâmica de bens dessa ordem, requereu-se, ad cautelam, que desde logo ficassem sob a custódia do poder público, até a conclusão da discussão sobre sua correta destinação, de forma definitiva. A presente investigação — assim como as demais que colocam hodiernamente o ex-Presidente como protagonista —, ressente-se, ainda, da evidente incompetência do Supremo Tribunal Federal e da inexistência de qualquer prevenção do Ministro Alexandre de Moraes enquanto relator, aspecto sobre o qual a Procuradoria Geral da República, já em agosto de 2023, expressamente declinou da competência para a tramitação da apuração, indicando o MM. Juízo de 1.ª instância em Guarulhos.

Como sói acontecer nos feitos que envolvem o ex-Presidente, a apuração permaneceu tramitando na Suprema Corte, ignorando-se a manifestação da PGR. Por último, a defesa manifesta sua completa indignação com o fato de que o relatório apresentado pela Polícia Federal, imputou — de forma temerária e despida de quaisquer fundamentos factuais ou mercadológicos —, que o ex-presidente teria tentado beneficiar-se de valores contabilizados na absurda ordem de R$ 25.000.000,00, afirmação que, somente após enorme e danosa repercussão midiática, foi retificado pela Polícia Federal.

TJGO reverte decisão e desobriga Estado de Goiás de nomear aprovados em concurso da PM de 2012

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A 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) acatou recurso da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) e reformou decisão que obrigava o Estado a nomear 1,5 mil soldados de 2ª classe e 100 cadetes, aprovados em cadastro de reserva, do concurso da Polícia Militar (PM) em 2012. A relatora, desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, cujo voto foi seguido pela maioria, reconheceu que o certame foi expirado em novembro de 2015 e que a decisão extrapola os limites da decisão anterior já transitada em julgado.

A nomeação havia sido determinada pelo próprio TJGO, em março, após pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Porém, a PGE-GO recorreu da decisão, sustentando que os candidatos que prestaram o concurso de 2012 que teriam que ser incorporados ao serviço militar foram nomeados até a data de validade do certame (novembro de 2015).

“A nomeação dos aprovados no concurso público de 2022 não repercute naquela lide nem ofende direito de candidato inserido no cadastro de reserva por força do resultado dela”, ressaltou a PGE-GO. Foi argumentado, ainda, que o próprio MP-GO confirmou a validade do certame.

Em seu voto, a relatora destacou que a suspensão do concurso de 2012 pela ação civil pública que tramitou à época, argumento apontado pelo MP-GO, não se confirma, porque na aludida lide coletiva não foi questionada a validade do edital, bem como o comando judicial transitado em julgado sequer abordou o limite temporal da validade do concurso. Afirmou, ainda, que jurisprudência da Corte é firme no sentido da vigência do certame, após prorrogação, alcançar apenas novembro de 2015.

Assim, acolheu os embargos de declaração do Estado de Goiás e reverteu decisão anterior do TJO que obrigava a nomeação. “Na hipótese posta, nem o concurso público de 2012 achava-se ainda válido ao tempo da propositura desta lide, nem havia obrigação de nomeação de quantidade certa de candidatos aprovados em cadastro de reserva na ação civil pública, ao modo de se aferir preterição quanto aos aprovados concorrentes no novo edital”, expôs. Fonte: PGE-GO