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Nunes se reúne com líder da ultradireita da Itália sem divulgar na agenda

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se encontrou com o vice-premiê e ministro da Infraestrutura da Itália, Matteo Salvini, líder da ultradireita europeia, mas não divulgou na sua agenda oficial.

A prefeitura disse que Nunes acompanhou a reunião a pedido do deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP).

Questionada na sexta-feira (17), a gestão municipal afirmou nesta segunda (20) que o parlamentar, que é cotado para vice de Nunes na campanha à reeleição, já estava na cidade quando o prefeito chegou a Roma e que Abduch permaneceu na capital italiana quando o prefeito retornou ao Brasil.

A reunião foi divulgada nas redes de Salvini. Em um vídeo publicado em sua conta no X (antigo Twitter) na última quarta-feira (15), o vice-premiê aparece ao lado de Abduch em uma ligação de vídeo para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que estava hospitalizado. Na legenda, Salvini escreveu que seu encontro era com o prefeito de São Paulo, mas Nunes não aparece nas imagens.

Apesar de ter recebido apoio de Bolsonaro para a disputa à reeleição, Nunes tem buscado desvincular sua imagem da extrema direita, buscando reforçar ser um candidato de centro.

O Ministério da Infraestrutura italiano também publicou a agenda. Em nota publicada no site, a pasta disse que Salvini e Nunes discutiram projetos de investimentos em infraestrutura. Questionada sobre a pauta da reunião, a Prefeitura de São Paulo não respondeu. O UOL também procurou Abduch, mas não teve retorno.

Nunes viajou à Europa para participar de Conferência da Crise do Clima à Resiliência Climática. O emedebista embarcou rumo à Europa na segunda-feira (13) e retornou ao Brasil na última sexta (17).

O encontro com Salvini não consta na agenda oficial do prefeito. O único compromisso divulgado no site da prefeitura no dia 15 de maio foi a conferência sobre o clima. No dia seguinte, Nunes se reuniu com a representante permanente do Brasil junto à FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura).

Nos bastidores, a ida de Abduch para a Itália foi vista como uma tentativa do deputado de se aproximar do prefeito —mirando a vaga de vice. O parlamentar é ex-comentarista político da Jovem Pan e vice-líder do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Alesp. Ele foi convidado para assumir a Secretaria de Urbanismo e Licenciamento da prefeitura com apoio do governador, mas declinou do convite argumentando que vai trabalhar para a campanha do candidato escolhido pela direita.

Nunes tem tentando adiar ao máximo a escolha e, nos bastidores, o nome do parlamentar não é visto como um dos mais fortes. A palavra final seria de Bolsonaro, que vai apoiar o prefeito na campanha. Nunes, porém, já disse que é ele mesmo quem decidirá o melhor nome.

Além da conferência sobre o clima, o prefeito de São Paulo também teve um encontro com o Papa Francisco na quinta-feira (16). Na ocasião, ele entregou presentes e pediu que o líder da Igreja Católica abençoasse uma bandeira do Rio Grande do Sul, atingido por fortes enchentes. O emedebista também compareceu a uma missa em homenagem ao ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), morto há três anos, ao lado do filho do tucano, Tomás.

FolhaPress

Jair Bolsonaro orienta seguidores a desativarem filtro de tema político em rede social

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) postou um vídeo neste domingo, 19, orientando os seus seguidores a desativarem o filtro de restrições a temas políticos implementado recentemente pelo Instagram. O tutorial de 34 segundos ensina o passo a passo de como alterar a configuração da ferramenta desenvolvida pela Meta – empresa que administra Facebook e Instagram – para reduzir o alcance de temas políticos na rede social.

A Meta implementou a medida para limitar a disseminação de conteúdos políticos no Instagram, no Threads e no Facebook. A empresa criou um filtro para que esse tipo de mensagem não apareça como conteúdo recomendado aos seus usuários que não seguirem os perfis políticos. A decisão tem abrangência mundial.

Uma pesquisa realizada pela empresa concluiu que as pessoas querem ver menos conteúdo político, o que, segundo a empresa, motivou a atualização. As publicações nas plataformas são recomendadas por meio de inteligência artificial.

De acordo com um comunicado emitido pela empresa em fevereiro deste ano, os conteúdos políticos não serão mais recomendados proativamente pela rede social nas abas Explorar, Reels, Recomendações no Feed e Usuários Sugeridos. A limitação não atinge os conteúdos publicados por quem o usuário já segue. Ou seja, se a pessoa é seguidora de um determinado político ou analista político, ela continuará recebendo seus vídeos e comentários.

Estadão

Analistas elevam projeção para Selic este ano pela 3ª semana seguida, a 10%

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Analistas consultados pelo Banco Central voltaram a elevar a projeção para a taxa básica de juros ao final deste ano, com perspectiva de inflação mais alta e menos crescimento, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira (20).

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a Selic este ano agora é de 10,0%, de 9,75% antes, na terceira semana seguida de elevação. Para 2025 a projeção continua sendo de 9,0%.

A revisão se dá na esteira de uma redução no ritmo de afrouxamento monetário pelo Comitê de Política Monetária do BC, que fez este mês um corte de 0,25 ponto percentual na Selic, para 10,50% ao ano, após seis quedas consecutivas de 0,50 ponto na taxa. Também foi abandonada a indicação para passos futuros da política monetária.

Na semana passada, a ata desse encontro mostrou que todos os diretores defenderam uma política monetária mais contracionista, cautelosa e sem indicação futura sobre os juros, apesar da divisão no colegiado sobre a intensidade do corte na Selic.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda elevação na estimativa para a inflação a 3,80% em 2024 e 3,74% em 2025, de 3,76% e 3,66% antes. Para os dois anos seguintes a conta para a alta do IPCA segue em 3,50%.

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Por outro lado, a perspectiva para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano caiu 0,04 ponto percentual, a 2,05%, mas para 2025 foi mantida em 2,0%.

Forbes Brasil

Nova chefe da Petrobras já pediu intervenção de Lula para explorar petróleo na Foz do Amazonas

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Explorar petróleo na Foz do Amazonas deve ser uma das missões prioritárias da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defensora do empreendimento.

A petroleira insiste na exploração, mesmo após o Ibama (Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais e Renováveis) dar uma série de sinalizações de que não vê a empreitada como viável. Para atingir o objetivo, Magda pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que interfira no caso.

O órgão ambiental barrou a perfuração de poço no bloco 59 da bacia da margem equatorial pela primeira vez em maio de 2023.

Desde então, em um vai-e-vem, a empresa reiterou o pedido para exploração e segue buscando o aval do Ibama, que não deu a palavra final sobre seu entendimento, mas fez novas exigências à estatal.

A última delas foi o pedido, com a Funai (Fundação dos Povos Indígenas do Brasil), de um estudo sobreo impacto da exploração sobre as comunidades indígenas da região do Oiapoque (AP).

A Petrobras, ainda nos últimos dias de Jean Paul Prates como presidente, contestou a exigência, mas ainda não se sabe como a nova gestão tratará o tema.

Sob reserva, integrantes da estatal e do MME (Ministério de Minas e Energia) veem como descabida a resistência do órgão ambiental, que estaria criando barreiras desnecessárias para o andamento do processo.

Pessoas do governo afirmam que esse tema, no entanto, ainda não foi discutido com Magda, uma vez que ela ainda não assumiu formalmente o cargo.

Já quem está na área ambiental argumenta que todas as decisões são baseadas em laudos técnicos e que as negativas se dão porque a Petrobras não conseguiu comprovar a viabilidade da exploração.

Como Magda defende a exploração de petróleo na região há anos, há o receio que a tensão se acirre.

A exploração da Foz do Amazonas consta no Plano de Investimentos da Petrobras.

Um dos motivos que levou à queda de Jean Paul Prates da presidência da empresa foi a percepção, por parte do governo Lula (PT), de que as entregas relativas ao plano não estavam acontecendo como deveriam.

A expectativa é que a nova indicada consiga dar celeridade a uma série de obras, o que inclui um polo gás-químico em Minas Gerais, a recompra de refinarias vendidas no governo Jair Bolsonaro (PL) e o investimento na indústria naval.

A exploração do petróleo na margem equatorial também consta no plano de prioridades da Petrobras, e Magda é antiga incentivadora da ideia.

Foi ela, inclusive, que comandou o leilão do bloco 59 da Foz do Amazonas, então arrematado pela britânica BP, em 2013 -a Petrobras herdou o direito ao local anos depois. Na época, Magda era diretora-geral da ANP (Agência Nacional de Petróleo).

Em entrevista concedida em fevereiro, Magda classificou como “frustrante” a demora no licenciamento para exploração da região. “Assusta ver que a negativa agora põe em dúvida a capacidade da Petrobras de lidar com uma nova fronteira”, disse ao Blog do Desenvolvimento.

Em artigo publicado na revista Brasil Energia em 2023, ela argumentou que o bloco foi licitado com aval do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), do qual o MMA (Ministério do Meio Ambiente) faz parte.

Magda pediu intervenção do presidente Lula. “É ele que tem mandato para estabelecer as prioridades nacionais, em nome do povo”, escreveu. “É ele quem precisa decidir sobre os impactos e consequências.”

Ela ressaltou que não advoga pelo licenciamento “inconsequente”, mas avalia que a demora pode “condenar o Brasil à estagnação”.

“O MMA não pode usurpar o poder de concessão da Presidência da República”, avaliou.

A exploração do petróleo na margem equatorial contrapôs os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Marina Silva (Meio Ambiente).

A licença para perfurar o poço 59 foi negada após o Ibama entender que o plano apresentado pela Petrobras não garante a segurança ambiental do empreendimento. A estatal alega que cumpriu todas as determinações feitas pelo Ibama, e vê a decisão como política.

Na semana passada, a direção da petroleira anunciou nova ofensiva para tentar licenciar o bloco ainda neste ano.

A Petrobras que retomar as conversas com o Ibama, uma vez que a sonda contratada para perfurar o poço da Foz do Amazonas -atualmente operando em outro bloco, na região Sudeste- ficará disponível em outubro.

FolhaPress

Hospital Heliópolis, em SP, tem princípio de incêndio

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Um princípio de incêndio atingiu o Complexo Hospitalar Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo, na noite desta sexta-feira (17). Não houve feridos, mas parte do hospital foi danificada. O fogo foi controlado pelos bombeiros.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o fogo foi controlado pela brigada de incêndio do complexo hospitalar e ninguém ficou ferido. A pasta ressaltou que não havia pacientes no andar afetado.

Veja o momento das chamas no hospital:

O Corpo de Bombeiros informou que uma equipe foi acionada para realizar uma vistoria no local. As causas do incêndio ainda não foram divulgadas.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública comunicou que a Polícia Civil investigará o incêndio no hospital. O caso foi registrado como incêndio no 26° DP (Sacomã). A perícia também será realizada no local.

IG

Taxa de desemprego fica em 7,9%; índice é o menor em 10 anos

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A taxa de desemprego do país no primeiro trimestre de 2024 foi de 7,9%, uma queda de 0,9 ponto percentual na comparação com o mesmo trimestre de 2023 (8,8%), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a mais baixa da série histórica do primeiro trimestre em 10 anos – até então, o menor índice tinha sido registrado no primeiro trimestre de 2014, com 7,2%.

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a taxa de desocupação caiu em 21 estados e no DF. As unidades da federação que registraram menor nível de desocupados foram: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Goiás e DF.

O crescimento na desocupação foi registrado em quatro estados: Rondônia (3,2% a 3,7%), Roraima (6,8%  a 7,6%), Rio Grande do Sul (de 5,4% a 5,8%) e Mato Grosso do Sul (4,8% a 5%). Em Santa Catarina, a taxa se manteve estável em 3,8%.

“A trajetória de queda anual, que já vem sendo observada em outros trimestres, se manteve”, analisa Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostras de domicílios do IBGE, em nota.

No primeiro trimestre de 2024, havia 1,9 milhão de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais. Esse contingente se reduziu em 14,5% frente ao primeiro trimestre de 2023, quando 2,2 milhões de pessoas buscavam trabalho por dois anos ou mais.

A pesquisa também revelou aumento no rendimento médio real mensal habitual que, no trimestre encerrado em março, foi de R$ 3.123. No mesmo trimestre do ano passado, esse valor era R$ 3.004.

Desigualdade de gênero e raça

As taxas de desocupação seguem maiores para mulheres, pessoas pretas e pardas e aquelas com o ensino médio incompleto. Todos esses grupos ficaram acima da média nacional (7,9%). No primeiro trimestre, essa taxa foi estimada em 6,5% para os homens e 9,8% para as mulheres.

Quando analisada a taxa de desocupação por cor ou raça, a dos que se declararam brancos (6,2%) aparece abaixo da média nacional, enquanto a dos pretos (9,7%) e a dos pardos (9,1%) ficaram acima.

Já na análise por nível de instrução, a taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto era de 13,9%. Para os que tinham superior incompleto, a taxa foi de 8,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,1%).

AGÊNCIA BRASIL

DPU apresenta denúncia na CIDH contra Estado brasileiro por violações de direitos humanos

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A Defensoria Pública da União (DPU) denunciou a República Federativa do Brasil à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) por violar os direitos de Raquel Cantareli Sampaio e suas filhas. A denúncia surge após uma batalha judicial entre os pais pela guarda das filhas menores e uma acusação do pai, que mora na Irlanda, de sequestro internacional das crianças pela mãe.

Em 2019, Cantareli fugiu da Irlanda para o Brasil, com a ajuda das autoridades consulares brasileiras, para proteger as filhas dos abusos cometidos pelo próprio pai. Cantareli alega ter sido vítima de violência psicológica e patrimonial e ter sido mantida em cárcere privado pelo ex-marido.

Em 2023, após um longo e conturbado processo judicial, as crianças retornaram à Irlanda, onde vive o pai, por decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), que reformou a sentença do juízo de primeiro grau. A forma como as crianças foram devolvidas, envolvendo escolta armada da Polícia Federal, configurou por si só uma violação dos direitos humanos das meninas e da mãe, que estão separadas desde então.

Na apresentação da denúncia à CIDH, a DPU argumenta que o Estado brasileiro teve a oportunidade de resolver as violações internamente, porém, no trâmite dos recursos em segunda instância, no TRF2, todos os argumentos em favor das crianças, como a dúvida quanto ao cometimento de abusos pelo pai, não foram levadas em conta, inclusive, a alegação de que o retorno poderia implicar separação permanente entre mães e filhas, já que Raquel é acusada criminalmente do sequestro na Irlanda e não pode retornar por sua condição migratória.

Entenda o caso

A ação de busca, apreensão e restituição das menores, que culminou com o retorno delas para a Irlanda, foi proposta em 2019 pela Advocacia-Geral da União, após pedido de cooperação jurídica internacional iniciado pelo ex-marido da vítima.

A DPU contestou a ação da AGU, solicitando a aplicação, pelo juízo, de dispositivos da Convenção de Haia que autorizam a recusa do pedido de retorno da criança a seu país de origem quando provado risco grave à integridade física ou psicológica da criança.

Em 2022, após laudo pericial apontar os riscos do retorno das menores à Irlanda, a sentença do juízo de primeira instância decidiu pela manutenção das crianças com a mãe, no Brasil. No entanto, o pai das menores e a AGU recorreram ao TRF2 e obtiveram decisão determinando o retorno das crianças à Irlanda. Essa decisão foi cumprida mesmo sem o esgotamento dos recursos, em sede liminar. Após tentativas de reverter a decisão na segunda instância, Cantareli recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, que ainda não decidiu pelo caso.

Dos pedidos

A DPU, representando Raquel Cantareli Sampaio e suas filhas, pede à CIDH que reconheça que o Brasil violou diversos direitos estabelecidos na Convenção Americana sobre Direitos Humanos, como o direito à integridade pessoal, à honra, às garantias judiciais, à proteção judicial, aos direitos da criança, à proteção da família e à igualdade perante a lei.

Solicita também que a Comissão recomende ao Brasil que compense as vítimas por danos materiais e emocionais e que reverta a decisão que mandou as crianças de volta à Irlanda, agindo contra o melhor interesse delas.

Além disso, a DPU pede que o Brasil seja orientado a treinar funcionários estatais, especialmente membros do Poder Judiciário, para garantir o melhor interesse das crianças e aplicar a perspectiva de gênero em casos de subtração internacional de crianças. Outras medidas também são solicitadas para corrigir e prevenir futuras violações dos direitos humanos.

NEWSRONDONIA

Brasil tem 1.942 cidades com risco de desastre ambiental

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Com a intensificação das mudanças climáticas provocadas pela ação humana no meio ambiente, têm aumentado os desastres ambientais e climáticos em todo o mundo, a exemplo do que ocorre no Rio Grande do Sul.

No Brasil, o governo federal mapeou 1.942 municípios suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e inundações, o que representa quase 35% do total dos municípios brasileiros.

“O aumento na frequência e na intensidade dos eventos extremos de chuvas vêm criando um cenário desafiador para todos os países, em especial para aqueles em desenvolvimento e de grande extensão territorial, como o Brasil”, diz o estudo do governo federal.

As áreas dentro dessas 1,9 mil cidades consideradas em risco concentram mais de 8,9 milhões de brasileiros, o que representa 6% da população nacional.

O levantamento publicado em abril deste ano refez a metodologia até então adotada, adicionando mais critérios e novas bases de dados, o que ampliou em 136% o número dos municípios considerados suscetíveis a desastres. Em 2012, o governo havia mapeado 821 cidades em risco desse tipo.

Com os novos dados, sistematizados até 2022, os estados com a maior proporção da população em áreas de risco são Bahia (17,3%), Espírito Santo (13,8%), Pernambuco (11,6%), Minas Gerais (10,6%) e Acre (9,7%). Já as unidades da federação com a população mais protegida contra desastres são Distrito Federal (0,1%); Goiás (0,2%), Mato Grosso (0,3%) e Paraná (1%).

O estudo foi coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, ligada à Casa Civil da Presidência da República. O levantamento foi solicitado pelo governo em razão das obras previstas para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê investimentos em infraestrutura em todo o país.

Municípios em risco de desastre ambiental (2012 e 2022) – Arte/Agência Brasil

Populações pobres

As populações pobres são as mais prováveis de sofrerem com os desastres ambientais no Brasil, de acordo com a nota técnica do estudo.

“A urbanização rápida e muitas vezes desordenada, assim como a segregação sócio-territorial, têm levado as populações mais carentes a ocuparem locais inadequados, sujeitos a inundações, deslizamentos de terra e outras ameaças correlatas. Essas áreas são habitadas, de forma geral, por comunidades de baixa renda e que têm poucos recursos para se adaptarem ou se recuperarem dos impactos desses eventos, tornando-as mais vulneráveis a tais processos”, aponta o documento.

O levantamento ainda identificou os desastres ambientais no Brasil entre 1991 e 2022, quando foram registrados 23.611 eventos, 3.890 óbitos e 8,2 milhões de desalojados ou desabrigados decorrentes de inundações, enxurradas e deslizamentos de terra.

Recomendações

A nota técnica do estudo faz uma série de recomendações ao Poder Público para minimizar os danos dos desastres futuros, como a ampliação do monitoramento e sistemas de alertas para risco relativos a inundações, a atualização anual desses dados e a divulgação dessas informações para todas as instituições e órgãos que podem lidar com o tema.

“É fundamental promover ações governamentais coordenadas voltadas à gestão de riscos e prevenção de desastres”, diz o estudo, acrescentando que o Novo PAC pode ser uma oportunidade para melhorar a gestão de riscos e desastres no Brasil.

“[A nota técnica deve] subsidiar as listas dos municípios elegíveis para as seleções do Novo PAC em prevenção de risco: contenção de encostas, macrodrenagem, barragens de regularização de vazões e controle de cheias, e intervenções em cursos d’água”.

Confira se seu município está na lista, a partir da página 12 da nota técnica.

Agência Brasil

RS construirá “cidades temporárias” para acolher vítimas das enchentes

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O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, apresentou nesta sexta-feira (17) uma proposta de criação de “cidades temporárias” nos municípios da região metropolitana de Porto Alegre. As “cidades temporárias” serão instaladas na capital gaúcha, em Canoas, São Leopoldo e Guaíba, municípios que concentram cerca de 70% dos desabrigados do estado. O último balanço divulgado pela Defesa Civil estadual indica que aproximadamente 80 mil pessoas estão em abrigos por causa das enchentes.

Cidades provisórias do Rio Grande do Sul

Cada cidade temporária será equipada com:

  • Dormitórios para cada família
  • Banheiros e chuveiros (não químicos)
  • Cozinhas comunitárias
  • Lavanderias coletivas
  • Espaços multiuso com televisores e computadores
  • Áreas recreativas para crianças
  • Espaços dedicados para animais de estimação
  • Postos de atendimento médico e assistência social
  • Prazo e Implementação 

Para uma solução habitacional definitiva, o governo do estado planeja a construção de novas moradias. Um dos modelos de habitação, com 44 metros quadrados, começará a ser construído no Vale do Taquari em 21 de maio, com uma estimativa de 120 dias para conclusão de 250 unidades.

Outro modelo, de 27 metros quadrados, permitirá a entrega rápida de 200 unidades em 30 dias após a preparação do terreno.

Além disso, o governo está planejando contratar a construção de 2.500 unidades habitacionais de 53 metros quadrados, que devem ser entregues em 90 dias após a preparação do terreno. Essas unidades terão dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro.

Esse esforço é fruto de uma colaboração entre o governo estadual, o Executivo e o Legislativo, com o objetivo de proporcionar abrigo para as famílias afetadas e liberar os locais atualmente usados de forma improvisada.

Essas cidades serão construídas com a ajuda de uma empresa que será contratada na próxima semana. Espera-se que as instalações estejam prontas dentro de 15 a 20 dias após a entrega dos materiais necessários.

O contrato inicial prevê um funcionamento de seis meses, com a possibilidade de extensão por mais seis meses.

O estado do Rio Grande do Sul tem atualmente cerca de 80 mil pessoas desabrigadas, das quais 70% estão nos municípios que receberão as novas estruturas temporárias.

Muitas dessas pessoas estão abrigadas em locais como ginásios, escolas e universidades, que precisam ser liberados para retornar às suas funções normais.

Durante entrevista à imprensa, o governador Eduardo Leite anunciou o vice-governador como coordenador das ações emergenciais.

“São locais para que, durante algum tempo, as pessoas possam estar albergadas com mais conforto e dignidade. A estrutura contará com administração, almoxarifado, postos de saúde, brinquedoteca, espaço para animais de estimação, chuveiros, banheiros, triagem de quem entra e sai, além de assistência social,” explicou o vice-governador.

As áreas de instalação das cidades temporárias em cada município estão sendo avaliadas em conjunto com as prefeituras. Pela proposta inicial, serão montadas no Complexo Cultural do Porto Seco, em Porto Alegre; no Centro Olímpico em Canoas; e no Centro de Eventos em São Leopoldo. Ainda não foi definido o espaço a ser utilizado em Guaíba, de acordo com o governo do estado.

As estruturas terão capacidade para acomodar de 900 a 1 mil pessoas. A montagem terá duração de 15 a 20 dias, com previsão de início cinco dias após a assinatura do contrato com o fornecedor.

O governo do estado também planeja oferecer aluguel social e criar abrigos temporários com o apoio de instituições internacionais com experiência em desastres, além de áreas com casas definitivas.Os locais estudados para abrigar as pessoas estão em Porto Alegre, Guaíba, Canoas e São Leopoldo.

AGÊNCIA BRASIL

Um drone naval ucraniano causa milhões de danos à Rússia

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A Ucrânia obteve várias vitórias importantes contra a Marinha Russa no Mar Negro, desde que Vladimir Putin ordenou a invasão do país. E algumas delas foram graças a uma arma que fez Moscou perder centenas de milhões em suas tropas navais.

O governador regional de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, disse que uma mãe e seu filho de quatro anos foram mortos enquanto viajavam em um carro

O incêndio na refinaria de Tuapse foi extinto, informaram as autoridades locais. A extensão dos danos não ficou clara.

A refinaria passou por vários meses de reparos, concluídos apenas no final de abril, após um incêndio anterior em janeiro. Na época, uma fonte ucraniana disse que o incêndio também foi causado por drones ucranianos, que têm atingido repetidamente as refinarias russas e causado interrupções significativas na produção.

Tuapse tem uma capacidade anual de 240.000 barris por dia. Ela produz nafta, óleo combustível, gasóleo de vácuo e diesel com alto teor de enxofre, fornecendo principalmente para Turquia, China, Malásia e Cingapura.

O Ministério da Defesa da Rússia disse na sexta-feira que as defesas aéreas russas destruíram 102 drones aéreos ucranianos e seis barcos navais sem tripulação no Mar Negro durante a noite.

Na Crimeia, anexada à Rússia, uma subestação elétrica foi danificada em Sevastopol, afirmou o governador local Mikhail Razvozhaev no Telegram. Ele disse que haveria “apagões isolados” e que as aulas escolares haviam sido canceladas.

Os militares ucranianos disseram que abateram todos os 20 drones lançados durante a noite no mais recente ataque da Rússia à Ucrânia desde a invasão de fevereiro de 2022.

CNN