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Oposição consegue assinaturas para projeto da anistia seguir rito acelerado na Câmara

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O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), obteve as assinaturas necessárias para pautar o projeto de lei que anistia os envolvidos nos atos de vandalismo de 8 de Janeiro com regime de urgência. Esse modo de tramitação permite que o texto seja remetido ao plenário da Casa, dispensando a apreciação das comissões permanentes. A urgência, na prática, dá ao projeto um rito acelerado.

O projeto de lei de autoria do deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO) pretende anistiar “todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional” desde o dia 30 de outubro de 2022. O requerimento de urgência ao texto precisava de ao menos 257 assinaturas. A petição superou esse índice na noite desta quinta-feira, 10, com a adesão do deputado federal Paulo Azi (União Brasil-BA).

Sóstenes falará sobre os próximos passos do projeto de lei da anistia em uma entrevista coletiva às 10h30 desta sexta-feira, 11, na sede do diretório estadual do PL do Rio de Janeiro.

O PL é o partido com o maior número de apoiadores ao requerimento de urgência, com 89 assinaturas. A maior sigla da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é seguida por União Brasil, com 39 apoios, PP, com 34, e Republicanos, com 26. O PSD registra 23 assinaturas e o MDB, 21

A anistia aos réus e condenados no Ataque aos Três Poderes é uma das bandeiras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A eventual anistia aos envolvidos nos atos de vandalismo pode beneficiar o ex-presidente, réu no STF por tentativa de golpe. A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que Bolsonaro foi responsável por uma tentativa de ruptura institucional que teve no 8 de Janeiro seu ato derradeiro.

A assinatura do requerimento não implica em apoio ao mérito do projeto de lei. Como mostrou o Placar da Anistia do Estadão, há 201 deputados federais favoráveis a conceder anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, enquanto 127 parlamentares são contrários e 105 não quiseram responder. O apoio ao mérito do projeto cai se Bolsonaro é inserido no rol de beneficiados com a medida.

Ainda que mais da metade da Câmara apoie a urgência do texto, pautá-lo em plenário ainda é uma atribuição de Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Casa. Como mostrou a Coluna do EstadãoMotta busca um acordo com o Planalto e com o STF antes de pautar a revisão das penas aos condenados no 8 de Janeiro. O objetivo é construir um consenso de pacificação nacional entre os Poderes.

Veja os deputados que assinaram o requerimento de urgência da anistia

  • Adilson Barroso (PL-SP)
  • Adriana Ventura (Novo-SP)
  • Adriano do Baldy (PP-GO)
  • Afonso Hamm (PP-RS)
  • AJ Albuquerque (PP-CE)
  • Alberto Fraga (PL-DF)
  • Albuquerque (Republicanos-RR)
  • Alceu Moreira (MDB-RS)
  • Alex Santana (Republicanos-BA)
  • Alexandre Guimarães (MDB-TO)
  • Alfredo Gaspar (União Brasil-AL)
  • Allan Garcês (PP-MA)
  • Altineu Côrtes (PL-RJ)
  • Aluisio Mendes (Republicanos-MA)
  • Amaro Neto (Republicanos-ES)
  • Ana Paula Leão (PP-MG)
  • André Fernandes (PL-CE)
  • André Ferreira (PL-PE)
  • Antonio Andrade (Republicanos-TO)
  • Any Ortiz (Cidadania-RS)
  • Arnaldo Jardim (Cidadania-SP)
  • Átila Lira (PP-PI)
  • Bebeto (PP-RJ)
  • Benes Leocádio (União Brasil-RN)
  • Beto Pereira (PSDB-MS)
  • Bia Kicis (PL-DF)
  • Bibo Nunes (PL-RS)
  • Bruno Ganem (Podemos-SP)
  • Cabo Gilberto Silva (PL-PB)
  • Capitão Alberto Neto (PL-AM)
  • Capitão Alden (PL-BA)
  • Capitão Augusto (PL-SP)
  • Carla Dickson (União Brasil-RN)
  • Carla Zambelli (PL-SP)
  • Carlos Henrique Gaguim (União Brasil-TO)
  • Carlos Jordy (PL-RJ)
  • Caroline de Toni (PL-SC)
  • Célio Silveira (MDB-GO)
  • Celso Russomanno (Republicanos-SP)
  • Cezinha de Madureira (PSD-SP)
  • Chris Tonietto (PL-RJ)
  • Clarissa Tércio (PP-PE)
  • Claudio Cajado (PP-BA)
  • Cobalchini (MDB-SC)
  • Coronel Assis (União Brasil-MT)
  • Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
  • Coronel Fernanda (PL-MT)
  • Coronel Meira (PL-PE)
  • Coronel Ulysses (União Brasil-AC)
  • Covatti Filho (PP-RS)
  • Cristiane Lopes (União Brasil-RO)
  • Da Vitoria (PP-ES)
  • Dani Cunha (União Brasil-RJ)
  • Daniel Agrobom (PL-GO)
  • Daniel Freitas (PL-SC)
  • Daniel Trzeciak (PSDB-RS)
  • Daniela Reinehr (PL-SC)
  • Danilo Forte (União Brasil-CE)
  • Danrlei de Deus Hinterholz (PSD-RS)
  • David Soares (União Brasil-SP)
  • Dayany Bittencourt (União Brasil-CE)
  • Defensor Stélio Dener (Republicanos-RR)
  • Delegada Ione (Avante-MG)
  • Delegado Bruno Lima (PP-SP)
  • Delegado Caveira (PL-PA)
  • Delegado da Cunha (PP-SP)
  • Delegado Éder Mauro (PL-PA)
  • Delegado Fabio Costa (PP-AL)
  • Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG)
  • Delegado Palumbo (MDB-SP)
  • Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
  • Delegado Ramagem (PL-RJ)
  • Detinha (PL-MA)
  • Diego Andrade (PSD-MG)
  • Diego Garcia (Republicanos-PR)
  • Dilceu Sperafico (PP-PR)
  • Domingos Sávio (PL-MG)
  • Doutor Luizinho (PP-RJ)
  • Dr. Fernando Máximo (União Brasil-RO)
  • Dr. Frederico (PRD-MG)
  • Dr. Ismael Alexandrino (PSD-GO)
  • Dr. Jaziel (PL-CE)
  • Dr. Luiz Ovando (PP-MS)
  • Dr. Victor Linhalis (Podemos-ES)
  • Dr. Zacharias Calil (União Brasil-GO)
  • Duda Ramos (MDB-RR)
  • Eduardo da Fonte (PP-PE)
  • Eduardo Velloso (União Brasil-AC)
  • Eli Borges (PL-TO)
  • Ely Santos (Republicanos-SP)
  • Emidinho Madeira (PL-MG)
  • Eros Biondini (PL-MG)
  • Evair Vieira de Melo (PP-ES)
  • Fabio Schiochet (União Brasil-SC)
  • Fábio Teruel (MDB-SP)
  • Fausto Santos Jr. (União Brasil-AM)
  • Felipe Francischini (União Brasil-PR)
  • Fernando Rodolfo (PL-PE)
  • Filipe Barros (PL-PR)
  • Filipe Martins (PL-TO)
  • Franciane Bayer (Republicanos-RS)
  • Fred Linhares (Republicanos-DF)
  • Gabriel Mota (Republicanos-RR)
  • General Girão (PL-RN)
  • General Pazuello (PL-RJ)
  • Geovania de Sá (PSDB-SC)
  • Geraldo Mendes (União Brasil-PR)
  • Giacobo (PL-PR)
  • Gilberto Nascimento (PSD-SP)
  • Gilson Daniel (Podemos-ES)
  • Gilson Marques (Novo-SC)
  • Gilvan da Federal (PL-ES)
  • Giovani Cherini (PL-RS)
  • Gisela Simona (União Brasil-MT)
  • Glaustin da Fokus (Podemos-GO)
  • Greyce Elias (Avante-MG)
  • Gustavo Gayer (PL-GO)
  • Gutemberg Reis (MDB-RJ)
  • Helena Lima (MDB-RR)
  • Helio Lopes (PL-RJ)
  • Hercílio Coelho Diniz (MDB-MG)
  • Hugo Leal (PSD-RJ)
  • Icaro de Valmir (PL-SE)
  • Igor Timo (PSD-MG)
  • Ismael (PSD-SC)
  • Jeferson Rodrigues (Republicanos-GO)
  • Jefferson Campos (PL-SP)
  • João Leão (PP-BA)
  • Joaquim Passarinho (PL-PA)
  • Jorge Goetten (Republicanos-SC)
  • José Medeiros (PL-MT)
  • José Nelto (União Brasil-GO)
  • José Rocha (União Brasil-BA)
  • Josimar Maranhãozinho (PL-MA)
  • Josivaldo Jp (PSD-MA)
  • Juarez Costa (MDB-MT)
  • Julia Zanatta (PL-SC)
  • Julio Arcoverde (PP-PI)
  • Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF)
  • Julio Lopes (PP-RJ)
  • Junio Amaral (PL-MG)
  • Junior Lourenço (PL-MA)
  • Kim Kataguiri (União Brasil-SP)
  • Lafayette de Andrada (Republicanos-MG)
  • Lebrão (União Brasil-RO)
  • Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA)
  • Lincoln Portela (PL-MG)
  • Lucas Redecker (PSDB-RS)
  • Luciano Alves (PSD-PR)
  • Lucio Mosquini (MDB-RO)
  • Luis Carlos Gomes (Republicanos-RJ)
  • Luisa Canziani (PSD-PR)
  • Luiz Carlos Busato (União Brasil-RS)
  • Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR)
  • Luiz Carlos Motta (PL-SP)
  • Luiz Fernando Vampiro (MDB-SC)
  • Luiz Gastão (PSD-CE)
  • Luiz Lima (PL-RJ)
  • Luiz Nishimori (PSD-PR)
  • Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP)
  • Lula da Fonte (PP-PE)
  • Magda Mofatto (PRD-GO)
  • Marangoni (União Brasil-SP)
  • Marcel van Hattem (Novo-RS)
  • Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG)
  • Marcelo Crivella (Republicanos-RJ)
  • Marcelo Moraes (PL-RS)
  • Marcio Alvino (PL-SP)
  • Marcos Pollon (PL-MS)
  • Maria Rosas (Republicanos-SP)
  • Mario Frias (PL-SP)
  • Marussa Boldrin (MDB-GO)
  • Matheus Noronha (PL-CE)
  • Maurício Carvalho (União Brasil-RO)
  • Mauricio do Vôlei (PL-MG)
  • Mauricio Marcon (Podemos-RS)
  • Mauricio Neves (PP-SP)
  • Mendonça Filho (União Brasil-PE)
  • Mersinho Lucena (PP-PB)
  • Messias Donato (Republicanos-ES)
  • Miguel Lombardi (PL-SP)
  • Misael Varella (PSD-MG)
  • Missionário José Olimpio (PL-SP)
  • Moses Rodrigues (União Brasil-CE)
  • Murillo Gouvea (União Brasil-RJ)
  • Nelson Barbudo (PL-MT)
  • Nely Aquino (Podemos-MG)
  • Nicoletti (União Brasil-RR)
  • Nikolas Ferreira (PL-MG)
  • Nitinho (PSD-SE)
  • Olival Marques (MDB-PA)
  • Osmar Terra (MDB-RS)
  • Ossesio Silva (Republicanos-PE)
  • Otoni de Paula (MDB-RJ)
  • Padovani (União Brasil-PR)
  • Pastor Diniz (União Brasil-RR)
  • Pastor Eurico (PL-PE)
  • Pastor Gil (PL-MA)
  • Pastor Sargento Isidório (Avante-BA)
  • Paulo Azi (União Brasil-BA)
  • Paulo Folletto (PSB-ES)
  • Paulo Freire Costa (PL-SP)
  • Paulo Litro (PSD-PR)
  • Pedro Aihara (PRD-MG)
  • Pedro Lupion (PP-PR)
  • Pedro Westphalen (PP-RS)
  • Pezenti (MDB-SC)
  • Pinheirinho (PP-MG)
  • Pr. Marco Feliciano (PL-SP)
  • Professor Alcides (PL-GO)
  • Rafael Prudente (MDB-DF)
  • Rafael Simoes (União Brasil-MG)
  • Raimundo Santos (PSD-PA)
  • Reinhold Stephanes (PSD-PR)
  • Renata Abreu (Podemos-SP)
  • Ribamar Silva (PSD-SP)
  • Ricardo Barros (PP-PR)
  • Ricardo Guidi (PL-SC)
  • Ricardo Salles (Novo-SP)
  • Roberta Roma (PL-BA)
  • Roberto Duarte (Republicanos-AC)
  • Roberto Monteiro Pai (PL-RJ)
  • Rodolfo Nogueira (PL-MS)
  • Rodrigo da Zaeli (PL-MT)
  • Rodrigo Estacho (PSD-PR)
  • Rodrigo Valadares (União Brasil-SE)
  • Ronaldo Nogueira (Republicanos-RS)
  • Rosana Valle (PL-SP)
  • Rosangela Moro (União Brasil-SP)
  • Rosângela Reis (PL-MG)
  • Sanderson (PL-RS)
  • Sargento Fahur (PSD-PR)
  • Sargento Gonçalves (PL-RN)
  • Sargento Portugal (Podemos-RJ)
  • Sergio Souza (MDB-PR)
  • Silas Câmara (Republicanos-AM)
  • Silvia Cristina (PP-RO)
  • Silvia Waiãpi (PL-AP)
  • Silvye Alves (União Brasil-GO)
  • Simone Marquetto (MDB-SP)
  • Sonize Barbosa (PL-AP)
  • Soraya Santos (PL-RJ)
  • Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
  • Stefano Aguiar (PSD-MG)
  • Thiago de Joaldo (PP-SE)
  • Thiago Flores (Republicanos-RO)
  • Tião Medeiros (PP-PR)
  • Tiririca (PL-SP)
  • Vermelho (PL-PR)
  • Vicentinho Júnior (PP-TO)
  • Vinicius Carvalho (Republicanos-SP)
  • Vinicius Gurgel (PL-AP)
  • Wellington Roberto (PL-PB)
  • Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR)
  • Zé Trovão (PL-SC)
  • Zé Vitor (PL-MG)
  • Zezinho Barbary (PP-AC)
  • Zucco (PL-RS)

Moraes nega disponibilização dos dados de geolocalização do celular de Filipe Martins

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou a disponibilização dos dados de geolocalização do celular de Filipe Martins, nesta quinta-feira, 10. O pedido havia sido feito pela defesa do ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), que afirma não ter acesso à íntegra das provas contra o acusado, o que implicaria em dificuldade na sua defesa.

Os advogados pediam que as informações constassem nos autos do processo em que ele é denunciado por tentativa de golpe de Estado.

Moraes, entendeu que não há “pertinência” dos argumentos de cerceamento de defesa por falta de acesso integral às provas. O ministro acrescentou que a existência da estratégia de “document dump” de sua parte, elaborada pelos advogados no pedido, também não procede. O ministro ressalta que as alegações preliminares já foram afastadas pela Primeira Turma no julgamento da denúncia contra o núcleo 1.

Geolocalização é um tipo de dado recolhido pelas telefônicas que pode apontar com precisão onde o celular de seu cliente está sendo usado. O ex-assessor de Bolsonaro ficou preso por seis meses por determinação de Moraes, que se baseou no fato de seu nome constar na lista de passageiros do voo presidencial que decolou do Brasil com destino a Orlando, nos Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022. Desde a prisão, a defesa sustentava que, apesar de constar na lista de passageiros, Martins não realizou a viagem e permaneceu no Brasil.

Martins é um dos 34 denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) sob a acusação de ter participado da tentativa de golpe de estado e de abolição do estado democrático de direito.

A defesa de Filipe afirmou ao Estadão que a negativa do ministro de disponibilizar os dados como solicitado “provam que Moraes já sabia que Filipe não viajou aos EUA, mesmo antes de usar essa alegada viagem como pretexto para mandá-lo para a prisão em fevereiro de 2024.”

A defesa também sustentou na petição que precisa desses dados “por se tratar de elemento de prova essencial para demonstrar a falsidade das datas e horários usados pela PGR na acusação de tentativa de golpe”.

Os advogados de Martins reforçaram seu entendimento de que não têm tido acesso integral aos elementos de prova, fato que, segundo eles, “viola frontalmente o direito à ampla defesa e ao contraditório”.

Estadão

BDM: recuo forçado de Donald Trump

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Donald Trump deu um passo atrás na guerra comercial global, reduzindo as tarifas recíprocas a um teto de 10% por um período de 90 dias. A decisão veio após uma semana turbulenta nos mercados financeiros, marcada por quedas históricas nas bolsas de valores ao redor do mundo. O recuo de Trump ocorreu em resposta à retaliação da China, que elevou as tarifas sobre produtos americanos para 84%.

No entanto, a trégua é apenas parcial, já que o presidente americano aumentou as tarifas sobre produtos chineses para 125%.     Pressão interna e externa Nos últimos dias, Trump enfrentou críticas severas de apoiadores importantes, como o empresário Elon Musk. As críticas foram direcionadas principalmente à política monetária desenhada por Peter Navarro, conselheiro econômico da Casa Branca.

Após o recuo, Trump adotou um tom mais conciliatório em entrevista no Salão Oval. Ele expressou esperança em um telefonema de Xi Jinping e afirmou acreditar que os dois países chegarão a um acordo benéfico. O presidente americano também elogiou Xi Jinping, chamando-o de “uma das pessoas mais inteligentes do mundo”. Reações globais A União Europeia, por meio da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou uma pausa de 90 dias nas retaliações planejadas contra os Estados Unidos. No entanto, Von der Leyen alertou que, se as negociações não forem satisfatórias, as contramedidas entrarão em vigor.

Enquanto isso, a China e a União Europeia discutem uma cooperação no setor automotivo, especialmente em veículos elétricos, numa aparente resposta às ações de Trump. Os mercados financeiros reagiram positivamente à notícia do recuo de Trump, com investidores globais aproveitando para realizar compras após dias de quedas expressivas. A expectativa agora se volta para a reação da China e para possíveis desdobramentos nas negociações comerciais entre as potências mundiais.

CNN

Trem-bala ligará Rio a São Paulo

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Depois de muita especulação, foram divulgadas novas informações sobre o trem-bala que vai conectar São Paulo e Rio de Janeiro.

A operação deve ter início em 2032, com passagens custando R$ 500 por trecho. A notícia foi publicada pela revista Exame no dia 27/03.

O CEO da TAV Brasil, Bernardo Figueiredo, deu entrevista à revista e explicou como o projeto vai diminuir muito o tempo de viagem entre as duas maiores cidades do país.

Até o momento, as obras estão orçadas em R$ 60 bilhões. O valor cobre a construção das linhas e estações, a compra dos trens e a instalação dos sistemas operacionais.

O plano do trem de alta velocidade entre São Paulo e Rio já foi discutido por muitos anos, mas ganhou novo fôlego depois que a TAV fechou um contrato com o governo federal em 2023.

O acordo garantiu que a empresa tenha o direito de operar o serviço por 99 anos sem necessidade de licitação.

Segundo Figueiredo, a empresa está conversando com fundos de investimento árabes, além de companhias espanholas e chinesas, para conseguir a verba necessário.

Além disso, há a possibilidade de gerar uma receita extra de mais de R$ 27 bilhões com empreendimentos imobiliários nas áreas próximas às estações.

Segundo o CEO da TAV, o tempo de viagem está estimado em cerca de 1 hora e 45 minutos.

O tempo será muito menor em comparação com o ônibus, que hoje leva entre 5 horas e 45 minutos e 6 horas e 30 minutos, dependendo do horário e da rota escolhida.

O trem poderá atingir uma velocidade de até 320 km/h, percorrendo um trajeto de 417 km que ligará o centro das duas cidades.

Por enquanto, a TAV Brasil planeja quatro estações para o trem-bala que ligará Rio e São Paulo, além de duas paradas intermediárias: uma em Volta Redonda (RJ) e outra em São José dos Campos (SP).

Quem optar por viajar de uma das capitais até uma das estações intermediárias pagará R$ 250 por trecho ou R$ 500 para ida e volta.

O projeto se baseia em modelos de trens-bala da Coreia do Sul e China e já foi enviado ao Ministério dos Transportes para avaliação. A empresa planeja concluir os estudos técnicos até o fim de 2026.

A previsão, se não houver atrasos, é de que as obras tenham início em 2027.

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Defensoria protocola reclamação no STF sobre ameaça de despejo a mais de 300 famílias de ocupação da Região Oeste de Goiânia

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Com os olhos marejados, Carliane Alves, de 42 anos, moradora da ocupação Marielle Franco, conta para a equipe da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) como ficou sabendo da intimação para o despejo de mais de 300 famílias que vivem em ocupações do Setor Solar Ville, em Goiânia: “Eu saí para comprar pão e já vi várias viatura na rua. Fui ver o que estava acontecendo e o oficial de justiça nos informou que teríamos que sair de nossas casas em até cinco dias”, relatou sem esconder a tristeza em seu rosto. Com a reintegração de posse está marcada para a próxima quarta-feira (09/04), a Instituição apresentou uma Reclamação Constitucional com Pedido Liminar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a segurança e os direitos das famílias.
Com os dias contados, moradoras e moradores das ocupações em risco de reintegração de posse, Marielle Franco e Paulo Freire, pediram uma reunião com o subcoordenador de Questões Fundiárias e Urbanísticas do Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH) da DPE-GO, defensor público Gustavo Alves de Jesus. O encontro aconteceu na tarde desta segunda-feira (07), na Unidade Marista da Instituição, com a presença da ouvidora-geral da Defensoria Pública, Ângela Cristina dos Santos Ferreira.
Na reunião, o defensor público destacou que essas famílias, se forem despejadas, podem ficar em situação de rua. “Não foi apresentada nenhuma alternativa, seja pelo poder público municipal, seja pelo poder público estadual. A ausência de qualquer medida de amparo aumenta a apreensão dessas famílias, que são compostas por idosos, crianças, mulheres, e que, de um dia para o outro, correm o risco de serem despejadas sem qualquer tipo de proteção ou suporte do Poder Público”, enfatizou Gustavo Alves.
Ao tomar ciência da intimação, a Defensoria Pública tomou as medidas judiciais cabíveis. “Agora aguardamos uma decisão que seja favorável do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) ou do STF, para que essas ordens de reintegração de posse sejam condicionadas à apresentação de alternativas razoáveis que garantam os direitos humanos das famílias envolvidas”, explicou subcoordenador do NUDH.
Para Carliane, ocupar uma terra é um pedido para ser vista, para ser escutada. “Nestes três anos que estamos na Ocupação Marielle Franco, não recebemos sequer um representante da prefeitura para entender qual a nossa situação e o motivo de estarmos ali. O que queremos é participar da cidade. Não temos CEP e somos privados de nossos direitos, até mesmo em saúde. No entanto, não fomos ouvidos na antiga gestão e, até o momento, também pela atual. Esperamos que nossos direitos sejam assegurados”, detalhou.

Bolsonaro reúne milhares na Avenida Paulista em protesto contra o STF em defesa da Anistia

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FV SÃO PAULO 06.04.2025 NACIONAL ATO PRÓ ANISTIA AOS ATOS GOLPISTAS FOTO FEITA COM DRONE NO INÍCIO MANIFESTAÇÃO ÀS 13:30 Ex-presidente Jair Bolsonaro realiza hoje primeira manifestação de rua após ter se tornado réu no Supremo Tribunal Federal (STF). O ato tem como mote a anistia aos condenados pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. Confirmaram presença Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Jorginho Mello, Ricardo Nunes e Michelle Bolsonaro, entre outros. Foto Flavio Florido/Estadão

Com o Judiciário na mira, o ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu neste domingo (6) milhares de pessoas em uma manifestação em São Paulo, a primeira desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, duas semanas atrás, julgá-lo por uma suposta tentativa de golpe de Estado.

“O que os caras querem não é me prender de verdade, eles querem me matar, porque sou uma espinha na garganta deles”, declarou ele, referindo-se aos ministros do STF, a quem acusa de persegui-lo.

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Na Avenida Paulista, Bolsonaro liderou um ato para pedir anistia aos condenados pelo ataque às sedes dos Três Poderes em Brasília em 8 de janeiro de 2023, pouco depois de o líder de extrema direita terminar seu mandato e deixar o país.

Os manifestantes se reuniram pacificamente, vestidos com camisas da Seleção e roupas verdes e amarelas.

Ambulantes vendiam máscaras do presidente americano Donald Trump, bíblias e bandeiras dos Estados Unidos e Israel, países cujos atuais governos Bolsonaro costuma elogiar.

Cerca de 45 mil pessoas participaram do evento, de acordo com cálculos da Universidade de São Paulo (USP). Em março, Bolsonaro havia reunido 18 mil no Rio de Janeiro, segundo a mesma fonte.

– “O candidato é Bolsonaro” –

O ex-presidente (2019-2022) enfrentará um julgamento por uma suposta trama golpista após as eleições de outubro de 2022. Se for considerado culpado, poderá receber pena de até 40 anos de prisão.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro tentou impedir a posse do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, depois de ser derrotado por ele nas eleições daquele ano.

“O atual sistema busca cada vez mais tirar da cédula eleitoral as lideranças de direita”, afirmou Bolsonaro. “Se acham que vou desistir, que vou fugir, estão enganados”, declarou.

O ex-presidente, de 70 anos, está inelegível até 2030 por ter questionado sem provas a confiabilidade do sistema eleitoral.

Mas insiste que quer ser candidato nas eleições presidenciais de 2026. Ele costuma comparar sua situação com a de outros líderes globais da direita.

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“O que aconteceu na França com [Marine] Le Pen, aconteceu comigo no Brasil”, disse à AFP, referindo-se à inelegibilidade da líder de extrema direita por desvio de fundos.

Paulo Almeida, um dentista de 59 anos que participou da manifestação, garantiu que “o candidato [da direita] é Bolsonaro, e se depois ele decidir outra coisa, o povo vai apoiar”.

– Batom, símbolo bolsonarista –

“Não houve golpe”, “Volta, Bolsonaro” e “Lula ladrão” eram algumas das palavras entoadas pelos manifestantes, animados por discursos com apelos religiosos e patrióticos.

Bolsonaro chorou quando sua esposa Michelle mencionou seus filhos. A ex-primeira-dama foi uma das oradoras mais aclamadas e falou diretamente ao público feminino.

“Nós somos mais da metade da população, nós decidimos uma eleição, mulheres!”, argumentou.

Assim como muitas mulheres do público, Michelle Bolsonaro exibiu um batom, novo emblema do bolsonarismo que alude a Débora Rodrigues, uma mulher que esteve dois anos em prisão preventiva por danificar uma estátua com batom durante o ataque de janeiro de 2023.

Rodrigues passou recentemente para regime de prisão domiciliar.

“Cuidado! Usar esta arma te condena a 14 anos”, ironizavam vários cartazes escritos com batom.

– Pedido de anistia –

“Eu quero um Brasil melhor para minha filha, sem governos ladrões. Bolsonaro não roubou e por isso tem essa perseguição contra ele”, alegou Derlaine Costa, uma empregada doméstica de 43 anos.

A manifestação exigia do Congresso a aprovação de uma anistia para os condenados pela invasão às instalações do poder público em 2023, poucos dias após a posse de Lula. Bolsonaro estava nos Estados Unidos naquele momento.

Mais de 500 pessoas foram condenadas por esses fatos, a maioria por crimes graves como a abolição violenta do estado democrático de direito.

Até agora, porém, o bolsonarismo não conta com apoios parlamentares suficientes para a anistia.

Bolsonaro reuniu no palco sete governadores que apoiam a iniciativa, entre eles Tarcísio de Freitas, do estado de São Paulo, considerado como possível candidato presidencial.

“Se Bolsonaro for preso, eu vou ficar desarmado em frente ao presídio, apenas com a minha fé em Deus e minha bandeira”, disse Sérgio Lima, um aposentado de 65 anos.

De acordo com o núcleo da Polícia Militar de São Paulo mais de 300 mil pessoas participaram do ato deste domingo (6), na Avenida Paulista, em apoio ao projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023.

A avaliação feita por fontes da PM também se aproxima da projeção divulgada por organizadores do evento, que falam em até 400 mil participantes. O protesto contou com a presença de sete governadores, além de deputados federais, estaduais, vereadores e outras lideranças políticas. Apesar de liderar a convocação, o pastor Silas Malafaia preferiu não cravar um número oficial ao ser procurado.

Na contramão, um levantamento realizado pelo Monitor do Debate Político, da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common, estimou um público de apenas 44,9 mil pessoas no ponto de maior concentração, às 15h44. A contagem foi feita a partir de fotos aéreas tiradas por drones e processadas com software de inteligência artificial, que analisou as imagens para identificar e marcar as cabeças visíveis na multidão.

AFP

Inscrições para processo seletivo Procon Goiás começam nesta terça

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O processo seletivo Procon Goiás abre inscrições nesta terça-feira (08/04) para o preenchimento de 19 vagas temporárias em áreas de nível médio e superior. Os interessados poderão se inscrever até o dia 22 de abril.

As oportunidades foram divulgadas pela Secretaria de Administração (Sead), no dia 02 de abril. A carga horária é de 40 horas semanais, e os salários variam entre R$ 4.226,96 e R$ 7.423,44.

As vagas são para analista de cálculo, assessor jurídico e técnico de manutenção de equipamentos de informática. O valor da taxa de inscrição varia de R$ 40 a R$ 60, com pagamento até o dia 23 de abril.

O processo permite apenas uma inscrição por candidato, e o cadastro deve ser feito pelo  Portal de Seleção do Governo de Goiás.

Etapas do processo seletivo Procon Goiás

A seleção será dividida em duas fases, ambas classificatórias e eliminatórias. A primeira consiste em análise curricular, com avaliação de formação acadêmica, experiência profissional, cursos extracurriculares e especializações.

O resultado da primeira etapa está previsto para o dia 14 de maio. Já a segunda fase será uma entrevista, marcada para o dia 27 de maio. O resultado preliminar deve ser divulgado no dia 04 de junho.

Vagas disponíveis

  • Analista de Cálculo – Júnior: 6 vagas
  • Assessor Jurídico – Júnior: 6 vagas (1 para Pessoa com Deficiência)
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Mabel conhece projetos de PPPs da SalvadorPar e destaca interesse no Renova Centro

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O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, visitou nesta sexta-feira (4/4) a sede da SalvadorPar, empresa de economia mista responsável pela estruturação de parcerias público-privadas (PPPs) em Salvador. A companhia atua em parceria com a Prefeitura da capital baiana para implementar ações e atrair investimentos. Durante o encontro, Mabel foi apresentado aos principais projetos da empresa e destacou interesse especial no programa Renova Centro, voltado à revitalização do Centro Histórico de Salvador.

Recebido pela diretoria da SalvadorPar, o prefeito conheceu iniciativas já implantadas e outras em andamento, com foco em atrair investimentos privados, modernizar a gestão pública e ampliar a oferta de serviços à população. Segundo ele, os resultados obtidos pela empresa são referência para ações que pretende implementar em Goiânia. “A experiência de Salvador mostra como as parcerias público-privadas podem transformar áreas urbanas e melhorar a vida da população, sem sobrecarregar os cofres públicos. O projeto Renova Centro, em especial, chamou nossa atenção pelo seu potencial de reocupação e valorização de áreas históricas”, afirmou Mabel.

Vinculada à administração pública indireta de Salvador, a SalvadorPar atua na estruturação de concessões, parcerias e operações financeiras, além da administração e exploração de ativos municipais. Com foco em eficiência, segurança jurídica e responsabilidade social, a empresa é um dos pilares do modelo de gestão que visa atrair o setor privado para contribuir com o desenvolvimento urbano e econômico da capital baiana. As PPPs são contratos de longo prazo entre o setor público e a iniciativa privada, voltados à oferta de serviços e infraestrutura. Nesse modelo, a empresa privada assume responsabilidades como construir, operar ou manter o projeto, sendo remunerada conforme o desempenho.

Renova Centro em Salvador

Determinado a revitalizar o Centro de Goiânia, Sandro Mabel buscou conhecer em detalhes o Renova Centro, programa que reúne ações voltadas à requalificação do Centro Histórico de Salvador. As intervenções têm como objetivo fomentar o desenvolvimento urbano, incentivar a moradia e promover a requalificação de estruturas históricas da região central. O programa também oferece incentivos tributários para estimular a aquisição, reforma e restauração de edifícios e casarões antigos.

Além dos benefícios fiscais, a iniciativa incentiva obras de edificação, recuperação e reforma na modalidade retrofit, que promove a atualização de imóveis preservando suas características arquitetônicas originais. O objetivo é estimular a ocupação do centro histórico e manter viva a memória urbana. O pacote de ações inclui ainda medidas de ordenamento público, assistência social, zeladoria, cultura e turismo, além de projetos voltados ao desenvolvimento urbano e à geração de emprego e renda.

Centro de Goiânia

Na oportunidade, Mabel afirmou que sua gestão está comprometida com a requalificação do centro da capital goiana, buscando torná-lo “vivo novamente”, com incentivo ao comércio, ao empreendedorismo e à moradia, como forma de reverter o esvaziamento populacional. A proposta também inclui a manutenção e recuperação dos monumentos e do conjunto arquitetônico Art Déco, além da promoção de eventos esportivos e culturais para ocupação dos espaços públicos.

Diante dos desafios e da amplitude do projeto, Mabel já anunciou que a revitalização será realizada por etapas. “Vamos criar um ambiente favorável para viabilizar os investimentos necessários à revitalização do Centro, a partir da construção de projetos específicos que contemplem todos os eixos temáticos”, explicou.

Uma das primeiras etapas já em andamento é a modernização da iluminação pública, com a instalação de lâmpadas de LED por meio do Programa Brilha Goiânia. A meta é substituir 100 mil luminárias em toda a cidade, com ritmo médio de mil instalações por dia. O programa integra uma PPP com investimento previsto de R$ 1,4 bilhão ao longo de 25 anos, e deve alcançar 140 mil pontos de iluminação até meados de setembro.

Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia

Nova regra que limita trabalho do comércio aos domingos e feriados entra em vigor em julho

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Uma nova regulamentação trabalhista do Ministério do Trabalho e Emprego muda o trabalho aos domingos e feriados no setor de comércio. A principal alteração exige a previsão em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para que diversas atividades do comércio possam funcionar nesses dias, com exceção das feiras livres. A medida entrará em vigor em 1º de julho de 2025, após sucessivos adiamentos.

A legislação não proíbe o trabalho no comércio nesses dias, já que ele é regulamentado por uma lei existente há 25 anos. A portaria do governo atual altera uma norma anterior, publicada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que permitia o trabalho aos domingos e feriados por meio de simples acordo entre patrões e empregados, o que é considerado ilegal pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a nova portaria, é necessário que esse acordo seja firmado por meio de convenções coletivas. Eles envolvem, de um lado, o sindicato patronal, e, de outro, o dos trabalhadores. A norma também prevê que os patrões são obrigados a respeitar as legislações municipais sobre o tema, o que não era necessário anteriormente. Veja a seguir perguntas e respostas.

Quando a norma foi criada e por qual motivo?

A Portaria nº 3.665 foi publicada em 13 de novembro de 2023. Sua criação foi motivada por reclamações de entidades sindicais que alegavam desrespeito à legislação que garantia o direito dos trabalhadores do comércio de negociar as condições de trabalho nos domingos e feriados. O objetivo declarado era fortalecer o espírito da negociação coletiva.

Por qual motivo não entrou em vigor antes?

O governo federal tentou fazer com que a medida entrasse em vigor ainda em 2023, mas adiou várias vezes por conta da insatisfação dos empregadores gerada pela proposta. Além do setor comercial, que a considerou um retrocesso, houve grande pressão dos parlamentares ligados ao setor.

Como funciona atualmente?

Até a entrada em vigor da nova regra, em julho de 2025, permanece válida a portaria de 2021 (nº 671), que facilita o trabalho do comércio nos domingos e feriados. Essa portaria atual dispensa a necessidade de convenção coletiva via sindicatos ou lei municipal para permitir o trabalho nesses dias, deixando a decisão a cargo do empregador.

O que é uma convenção coletiva?

Uma convenção coletiva de trabalho (CCT) é um acordo estabelecido entre sindicatos que representam os empregados e empregadores de uma determinada categoria profissional. Ela define regras e condições de trabalho específicas para essa categoria, complementando ou alterando o que está previsto na legislação trabalhista.

Como será feita essa convenção coletiva?

A nova regra exige que, para que o trabalho aos domingos e feriados seja permitido no setor de comércio (exceto feiras livres), deverá haver um acordo firmado por meio de convenção coletiva. Isso significa que os sindicatos patronais (que representam os empregadores) e os sindicatos de empregados da respectiva categoria precisarão negociar e chegar a um consenso sobre as condições de trabalho nesses dias. Esses acordos definirão as regras específicas para cada setor ou categoria dentro do comércio.

Estadão

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