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  • Bolsonaro e Moraes se encontraram na casa de Ciro Nogueira, confirmam fontes

    Bolsonaro e Moraes se encontraram na casa de Ciro Nogueira, confirmam fontes

    Segundo apuração da CNN, interlocutores da direita estão tentando aproximação com o STF para reduzir polarização e apaziguar ânimos

    Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes se encontraram na casa do senador Ciro Nogueira em dezembro*, confirmaram à CNN duas fontes com conhecimento do assunto.

    A conversa foi revelada por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em um áudio divulgado pela revista Veja. Bolsonaro é investigado em inquéritos presididos por Moraes. Procurado, o ministro não comentou.

    Segundo apurou a CNN, interlocutores da direita estão tentando uma aproximação com o Supremo Tribunal Federal para apaziguar os ânimos e reduzir a polarização.

    Tarcisio de Freitas vem conversando com os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Valdemar da Costa também procurou ambos os ministros.

    A Polícia Federal vem acumulando provas contra Bolsonaro em diversos casos, como falsificação de cartão de vacina a suposta trama golpista, o que aumenta o risco de prisão.

    Por outro lado, interlocutores de Bolsonaro dizem que a direita vai ter uma vitória importante nas eleições municipais em 2024 e pode conquistar maioria no Senado em 2026. Uma bancada grande de senadores aumenta o risco de impeachment de ministros do Supremo.

    *Mais cedo, foi publicado que o encontro teria ocorrido há cerca de 10 dias. Contudo, foi em dezembro.

    CNN

  • Em áudios exclusivos, Mauro Cid ataca Alexandre de Moraes e a PF

    Em áudios exclusivos, Mauro Cid ataca Alexandre de Moraes e a PF

    Enquanto suas informações ajudam a desnudar a tentativa de golpe militar e comprometem Bolsonaro, o tenente-coronel detona o ministro e a instituição

    Mauro Cid , o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro , já prestou seis depoimentos à Polícia Federal depois de assinar um acordo de colaboração premiada. Em troca de benefícios, comprometeu-se a dizer a verdade. As revelações feitas pelo tenente-coronel, que compartilhou da intimidade do ex-presidente durante os quatro anos de governo, foram fundamentais para a elucidação da trama golpista urdida pelo seu antigo chefe, um grupo de assessores e militares de alta patente. Graças às informações prestadas por Cid, sabe-se hoje que a democracia esteve ameaçada após as eleições de 2022. Sabem-se os detalhes dos planos mirabolantes que foram traçados para não permitir que Lula subisse a rampa do Palácio do Planalto. Sabe-se que entre as sandices articuladas estava a detenção de adversários políticos e juízes. As informações de Mauro Cid deixaram Bolsonaro numa situação jurídica extremamente delicada, a ponto de seus próprios apoiadores não descartarem a possibilidade de uma prisão iminente. Deve-se ao tenente-coronel, portanto, muito do que se descobriu e muito do que ainda pode emergir da tentativa de golpe

    Nos bastidores, no entanto, quando os policiais saem e ele volta para seu círculo mais íntimo, existe um outro Mauro Cid. Depois de relatar que o ex-presidente discutiu planos golpistas com os comandantes militares no Palácio da Alvorada e que um deles chegou a colocar as tropas à disposição para executar a missão, Mauro Cid tem dito a pessoas próximas que suas declarações foram distorcidas, certas informações tiradas de contexto e outras convenientemente omitidas pela Polícia Federal.

    VEJA teve acesso à gravação de uma dessas conversas (ouça abaixo). Nela, o ex-ajudante de ordens dispara petardos contra os agentes e contra a investigação. Cid diz, por exemplo, que a polícia o pressionou a relatar fatos que simplesmente não aconteceram e detalhar eventos sobre os quais não tinha conhecimento. O tenente-coronel afirmou que policiais o induziram a corroborar declarações de testemunhas e apontou um delegado que o teria constrangido a reproduzir informações específicas, sob pena de perder os benefícios do acordo. “Eles (os policiais) queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu”, contou. “Você pode falar o que quiser. Eles não aceitavam e discutiam. E discutiam que a minha versão não era a verdadeira, que não podia ter assim, que eu estava mentindo”, completou.

    ÁUDIOS: “Eles (os policiais) queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu”

    ALVO - Moraes: responsável pelo inquérito, ministro recebeu pesadas críticas de Mauro Cid
    ALVO – Moraes: responsável pelo inquérito, ministro recebeu pesadas críticas de Mauro Cid (Ruy Baron/.)

    A gravação foi realizada na semana passada, depois que Mauro Cid prestou depoimento à PF, na segunda-feira 11. Na condição de colaborador e obrigado a falar a verdade, ele foi ouvido por nove horas seguidas. Depois, em uma conversa com um amigo, desabafou por quase uma hora. “Eles estão com a narrativa pronta.

    Eles não queriam saber a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles. Entendeu? É isso que eles queriam. E todas as vezes eles falavam: ‘Ó, mas a sua colaboração. Ó, a sua colaboração está muito boa’. Ele (o delegado) até falou: ‘Vacina, por exemplo, você vai ser indiciado por nove negócios de vacina, nove tentativas de falsificação de vacina. Vai ser indiciado por nove negócios de vacina, nove tentativas de falsificação de vacina. Vai ser indiciado por associação criminosa e mais um termo lá’. Ele falou assim: ‘Só essa brincadeira são trinta anos para você’.” Cid disse que os delegados encarregados do caso só registravam as informações que se encaixavam naquilo que ele chama de “narrativa”. “Eu vou dizer o que eu senti: já estão com a narrativa pronta deles, é só fechar, e eles querem o máximo possível de gente para confirmar a narrativa deles. É isso que eles querem”, ressaltou.

    ÁUDIOS: “Eles estão com a narrativa pronta”

    Na conversa, o ex-ajudante de ordens também faz críticas pesadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, responsável pelos inquéritos que apuram a tentativa de golpe, a a venda de joias do acervo presidencial e a falsificação de registros de vacina, casos que têm Jair Bolsonaro como investigado.

    O objetivo de tudo, segundo ele, seria pegar o ex-presidente. “O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”, afirmou o tenente-coronel.

    Para mostrar ao interlocutor que haveria uma filtragem das informações que são oficializadas pela PF, Cid fala de um suposto encontro entre o ministro e Jair Bolsonaro, que não ficou registrado nos seus depoimentos. “Eu falei daquele encontro do Alexandre de Moraes com o presidente, eles ficaram desconcertados, desconcertados. Eu falei: ‘Quer que
    eu fale?’.”

    ÁUDIOS: “(Moraes) prende e solta quando ele quiser”

    ATAQUE - Operação da PF: na conversa gravada, o tenente-coronel diz que os investigadores conduzem seu depoimento
    ATAQUE - Operação da PF: na conversa gravada, o tenente-coronel diz que os investigadores conduzem seu depoimento (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

    Na tentativa de se defender junto ao interlocutor, o ex-ajudante de ordens ainda faz uma série de considerações sobre a condução dos processos. “O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta, acho que essa é que é a grande verdade. Ele já tem a sentença dele pronta. Só tá esperando passar um tempo. O momento que ele achar conveniente,
    denuncia todo mundo, o PGR acata, aceita e ele prende todo mundo.” Ouvindo a conversa, a impressão que se tem é que há dois Cids diferentes na mesma pessoa — o colaborador, cujas informações têm sido fundamentais para desnudar a tentativa de golpe, e o injustiçado, cujas palavras estão sendo modificadas por policiais enviesados. Um
    deles, evidentemente, não diz a verdade.

     

    ÁUDIO: “O Moraes já tem a sentença dele pronta”

    Em setembro do ano passado, depois de passar 129 dias preso, o ex-ajudante de ordens assinou um acordo decolaboração premiada com a Justiça. Ele se comprometeu a contar o que sabia e, em troca, no final dos processos, casoseja condenado, vai cumprir uma pena de, no máximo, dois anos de prisão. Em seus depoimentos, Cid descreveupormenores de reuniões no Palácio da Alvorada, em que Bolsonaro pressionou militares de alta patente a aderir a umgolpe de Estado, listou personagens — entre assessores, políticos e integrantes das Forças Armadas — que atuarampara anular as eleições presidenciais e explicou como figuras hostis ao capitão eram desqualificadas e transformadasem alvos a serem abatidos. A partir de tudo o que relatou, autoridades que orbitavam Bolsonaro, incluindo o próprioex-presidente, sofreram buscas ou prisões no âmbito dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes.As informações prestadas por Cid são, sem dúvida, a coluna vertebral da investigação sobre o golpe — e mostraram-severdadeiras.

    REVELAÇÃO - Bolsonaro e os chefes militares: no depoimento à PF, ficou clara a movimentação para um golpe de Estado
    REVELAÇÃO - Bolsonaro e os chefes militares: no depoimento à PF, ficou clara a movimentação para um golpe de Estado (Isac Nóbrega/PR)

    Alvorada e que um deles chegou a colocar as tropas à disposição para executar a missão, Mauro Cid tem dito a pessoas próximas que suas declarações foram distorcidas, certas informações tiradas de contexto e outras convenientemente omitidas pela Polícia Federal. VEJA teve acesso à gravação de uma dessas conversas (ouça abaixo). Nela, o ex-ajudante de ordens dispara petardos contra os agentes e contra a investigação. Cid diz, por exemplo, que a polícia o pressionou a relatar fatos que simplesmente não aconteceram e detalhar eventos sobre os quais não tinha conhecimento. O tenente-coronel afirmou que policiais o induziram a corroborar declarações de testemunhas e apontou um delegado que o teria constrangido a reproduzir informações específicas, sob pena de perder os benefícios
    do acordo. “Eles (os policiais) queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu”, contou. “Você pode falar o que quiser. Eles não aceitavam e discutiam. E discutiam que a minha versão não

    Confrontados, os então comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Junior, confirmaram as reuniões em que foram discutidos com o então presidente esboços de decretos que, entre outras medidas, previam a instituição do estado de defesa e do estado de sítio, instrumentos típicos de regimes de exceção que autorizam que prisões sejam feitas sem ordem judicial. Os dois oficiais também confirmaram que o almirante Almir Garnier, à época comandante da Marinha, ao contrário deles, colocou as tropas à disposição de Bolsonaro — informação importantíssima que chegou ao conhecimento das autoridades por meio de Cid, que também revelou que a empreitada golpista só não foi adiante porque o Alto-Comando do Exército não apoiou. As declarações do Cid colaborador, que não pode mentir, estão documentadas e, na última segunda-feira, 18, inclusive resultaram no indiciamento de Bolsonaro e mais dezesseis pessoas no inquérito que apura a falsificação de certificados de vacina.

    Longe dos depoimentos, porém, o comportamento de Cid tem sido muito diferente. Aos amigos, ele procura desmentir até informações que estão assinadas por ele nos encontros com os investigadores. De acordo com sua fala na PF, pouco antes de deixar o governo, em dezembro de 2022, Bolsonaro teria solicitado a Cid um documento atestando que ele e sua filha haviam sido vacinados contra a Covid-19. O tenente-coronel, em sua colaboração, confirmou ter recebido a ordem do ex-presidente para produzir a falsificação — detalhe fundamental para que o ex-chefe fosse indiciado no caso. Nas conversas com os amigos, no entanto, Cid garante que nunca ouviu tal determinação. Também afirma que nunca falou em golpe de Estado ou na existência de uma minuta que sugerisse algo ilegal. Garnier, nessa versão adocicada, seria apenas um bravateiro.

    RESULTADO - 8 de Janeiro: os ataques aos prédios públicos em Brasília foram a última tentativa para subverter a democracia
    RESULTADO - 8 de Janeiro: os ataques aos prédios públicos em Brasília foram a última tentativa para subverter a democracia (Evaristo Sá/AFP) 

    Na cultura militar, o delator é considerado um traidor, um pária, alguém que não merece a farda que veste. Isso talvez explique essa postura esquizofrênica de Cid. O medo também pode ter influenciado esse jogo duplo do ex-ajudante de ordens. Desde que assumiu o papel de colaborador, ele sofre ameaças pelas redes sociais e teme ser alvo de algum
    atentado. Na conversa com o interlocutor, ele fala sobre sua situação: “Quem mais se f. fui eu. Quem mais perdeu coisa fui eu. O único que teve pai, filha, esposa envolvido, o único que perdeu a carreira, o único que perdeu a vida financeira fui eu”. E também deixa escapar a mágoa: “Ninguém perdeu carreira, ninguém perdeu vida financeira como
    eu perdi. Todo mundo já era quatro estrelas, já tinha atingido o topo, né? O presidente teve Pix de milhões, ficou milionário, né?”.

    ÁUDIO: “O presidente ficou milionário, né?”

    Para ter direito aos benefícios do acordo, a colaboração do ex-ajudante de ordens precisa de efetividade — o que ela já demonstrou. O prêmio será definido pelo ministro Alexandre Moraes, mas só no final do processo. Na gravação, Cid explica por que decidiu colaborar com a polícia: “Se eu não colaborar, vou pegar trinta, quarenta anos. Porque eu estou
    em vacina, eu estou em joia…”. E faz uma previsão: “Vai entrar todo mundo em tudo. Vai somar as penas lá, vai dar mais de 100 anos para todo mundo. Entendeu?”. O interlocutor parece concordar. O tenente-coronel então conclui: “A cama está toda armada. E vou dizer: os bagrinhos estão pegando dezessete anos. Teoricamente, os mais altos vão pegar quantos?”. A pergunta não é difícil de ser respondida. O Cid colaborador pode até escapar da prisão. Já o Cid que emerge da conversa com o amigo certamente terá enormes problemas pela frente.

    ÁUDIOS: “A cama está toda armada”

    Publicado em VEJA de 22 de março de 2024, edição nº 2885

     

  • Manifestação de Bolsonaro perde para futebol, que dominou interesse dos brasileiros na rede

    Manifestação de Bolsonaro perde para futebol, que dominou interesse dos brasileiros na rede

    Embora o interesse pela manifestação organizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha crescido ao longo do dia neste domingo, 25, em nenhum momento o assunto conseguiu entrar nas dez primeiras posições entre as principais pesquisas no Google. Hora a hora, desde a madrugada, os assuntos do esporte e, em especial, do futebol, dominaram os temas mais buscados no país. Os dados são da plataforma de monitoramento Torabit para o Estadão.

    De acordo com o levantamento, às 14h, horário de início dos atos, por exemplo, os temas mais pesquisados, nesta ordem, eram: Santos, LiverpoolPouso Alegre x CruzeiroFutebol Ao VivoCelticsRiver PlateAnderson SilvaCruzeiro hojePayet e Palmeiras. Por volta das 17h, quando o ato chegou ao fim, o ranking tinha: SantosLiverpoolPouso Alegre Cruzeiro, Al-Shabbab x Al-NasrJuventusDunaBorussiaInter de Milão e Jovem Pan.

    De acordo com a Torabit, foram registradas, entre meia-noite do dia 24 de fevereiro e 17h40 do dia 25, 64.444 menções nas plataformas FacebookX (antigo Twitter) e Instagram, além de sites e blogs. Ao final do ato, 73,4% das menções citaram Bolsonaro, enquanto 26,6% trataram de Lula.

    Antes do ato começar, o sentimento nas redes era mais desfavorável a Bolsonaro: 46,2% das menções eram negativas, com usuários criticando o ex-presidente e prevendo sua prisão durante o ato. Naquele momento, só 27,5% das menções eram positivas, com apoiadores expressando posições de entusiasmo com o tamanho do evento.

    Ao fim do evento, porém, embora as menções negativas tenham se mantido em 46%, as postagens positivas subiram par 44%. O restante das citações ao evento foram de menções neutras, com notícias e sem juízo de valor.

    Manifestação de Bolsonaro perde para futebol, que dominou interesse dos brasileiros na rede
    Jair Bolsonaro chegando em ato na Avenida Paulista. Foto: MIGUEL SCHINCARIOLAFP

    Enquanto os aliados de Bolsonaro exaltavam o evento, a militância digital pró-Lula passou a tarde publicando imagens da comemoração da vitória do petista na Paulista em 2022, com a hashtag #ChuvadeLula, que chegou ao primeiro lugar dos assuntos mais comentados da plataformas X. A hashtag #SemAnistia também foi divulgada pelos adversários de Bolsonaro. Essas, porém, não foram computadas quantitativamente no levantamento.

    Publicações de parlamentares passam de 650 durante ato

    Ao longo do dia do ato, 657 mensagens foram publicadas por deputados federais, sendo 53,32% do PL e 22,88% do PT. Entre os deputados que se manifestaram, 75,29% se mostraram favoráveis ao ato e 24,49% são contrários. Quanto aos senadores, 55,86% eram do PL, 25,23% eram do PT e 9,91% do PP. Nesse caso, eram 77,48% eram favoráveis ao ato e 18,92% contrários.

    Estadão

    https://x.com/MarcosRogerio/status/1762094269261660475?s=20

  • Bolsonaro pede ao STF devolução de passaporte para ir a evento nos EUA com Trump

    Bolsonaro pede ao STF devolução de passaporte para ir a evento nos EUA com Trump

    O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução do seu passaporte para que ele possa participar de um evento conservador nos Estados Unidos na próxima semana que terá a presença do ex-presidente dos EUA Donald Trump.

    O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, que representa Bolsonaro, disse à Reuters que o pedido foi apresentado ao Supremo para que Bolsonaro possa participar da Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), que ocorrerá de 21 a 24 de fevereiro. Trump, que deve concorrer a um novo mandato presidencial em novembro, é anunciado na página do evento como a principal estrela do encontro.

    Bolsonaro teve o passaporte apreendido em operação da Polícia Federal na semana passada, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, no âmbito de inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado orquestrada durante o seu governo.

    O ex-presidente também foi proibido pelo Supremo de manter contato com os demais investigados na operação, como os ex-ministros da Defesa Walter Braga Netto e Paulo Nogueira Batista; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno.

    Quatro pessoas foram presas na operação, incluindo o ex-assessor especial de Bolsonaro Filipe Martins.

    Alvo de uma série de investigações pelo STF e inelegível de concorrer até 2030 por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro recentemente fez uma convocação pública pelas redes sociais para um ato em sua própria defesa para o dia 25 deste mês, domingo, na Avenida Paulista.

    Reteurs

  • Decisão impede Bolsonaro de sair do país e ter contato com investigados

    Decisão impede Bolsonaro de sair do país e ter contato com investigados

    Ex-presidente é alvo de operação que investiga organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito

    A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impede que o ex-presidente Jair Bolsonaro saia do país e tenha contato com investigados.

    O ex-presidente é um dos alvos da operação deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal. Ela investiga uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

    O ministro deu um prazo de 24h para que Bolsonaro entregue seu passaporte para as autoridades policiais. A defesa do ex-presidente informou que cumprirá as determinações judiciais.

    A operação desta quinta-feira é baseada na delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Ela apura a discussão da chamada “minuta do golpe”, encontrada na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

    Estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

    Nesta fase da Operação Tempus Veritatis, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

    CNN