A missão Starliner da Boeing em parceria com a NASA cujo objetivo é levar alguns astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS). No entanto, a missão que deveria retornar em 13 de junho, porém uma falha no sistema de hélio e deve voltar somente em 2 de julho.
Durante o voo que partiu da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, em 5 de junho, foram descobertos cinco vazamentos de hélio no sistema de propulsor da espaçonave.
Atualmente, a Starliner está acoplada na ISS. Contudo, o combustível é limitado e o módulo de vôo da Boeing só poderá ficar ancorado por mais 45 dias, porque após esse tempo, a oportunidade de um voo seguro diminui.
A NASA afirma que não existe pressão para que a Starliner deixe a ISS, porque existem muitos suprimentos em órbita, e a agenda da estação está aberta até agosto, o que não gera tanta pressão para que a missão retorne para Terra às pressas.Problemas recorrentes
Este não é o primeiro problema que a Starliner passa. No primeiro voo de teste, foi registrado uma falha de software que colocou o módulo em órbita errada. Na segunda tentativa, problemas na válvula de combustível, além disso, problemas nos paraquedas foram corrigidos.
Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) invalidou norma da Constituição do Estado de Goiás que exigia autorização colegiada do Tribunal de Justiça local (TJGO) para medidas cautelares em inquéritos e ações penais contra autoridades. A decisão se deu na sessão virtual encerrada em 21 de junho passado, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7496, ajuizada pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol).
A regra, inserida na Constituição estadual pela Emenda 77/2023, passou a exigir decisão do Órgão Especial do TJGO, por maioria absoluta, para apreciar pedidos cautelares (prisão preventiva, busca e apreensão e bloqueio de bens, entre outros) no curso de procedimentos criminais contra autoridades que têm foro especial na corte local, como deputados estaduais e prefeitos.
Em seu voto pela procedência do pedido, o relator, ministro Dias Toffoli, afirmou que a competência para legislar sobre o tema é da União, e, portanto, a Constituição estadual não poderia regular o foro por prerrogativa de função diversamente dos limites estabelecidos no modelo federal.
Ainda segundo ele, a exigência de deliberação prévia de órgão colegiado do TJ-GO viola o entendimento do STF de que o relator pode apreciar monocraticamente as medidas cautelares penais requeridas na investigação ou na instrução processual. Além disso, a regra viola o princípio da isonomia, pois dá às autoridades de Goiás uma garantia diferenciada e mais ampla que a assegurada aos demais detentores da prerrogativa, sem um fundamento idôneo que a justifique. Para Toffoli, a norma vai de encontro à jurisprudência constitucional e ignora toda uma linha histórica de precedentes sobre a matéria.
A decisão da Corte estabelece que a norma da Constituição de Goiás deve ser interpretada de forma a permitir que desembargadores apreciem individualmente as medidas cautelares penais requeridas durante a fase de investigação ou no decorrer da instrução processual nos casos de urgência. A mesma interpretação deve prevalecer quando for necessário sigilo para assegurar a efetivação da diligência pretendida. Por fim, o ministro explicou que fica ressalvada a obrigatoriedade de referendo pelo órgão colegiado competente em momento oportuno, especialmente quando resultar em prisão cautelar, mas sempre sem comprometer ou frustrar sua execução da medida.
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (27), a Operação Fantoche. São investigados empresários de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo suspeitos causaram prejuízos milionários ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e outras instituições do Estado.
Participaram da operação policiais da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), que cumpriram 13 mandados de busca e apreensão, sequestro de veículos, bloqueios de bens e valores que ultrapassam R$ 14 milhões e ainda afastamento do sigilo bancário e fiscal em desfavor de empresários e empresas dos três municípios.
Conforme apontado pela PC, os investigados celebraram contrato com o TJGO e estava prestando os serviços com qualidade bem aquém da prevista no contrato, incorrendo assim em fraude ao procedimento licitatório, conforme preceitua o art. 337-L do Código Penal.
Sobre os investigados, como eles não tiveram os nomes divulgados não foi possível contatar as defesas.
Nota do TJGO
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) informa que a investigação da Polícia Civil, que resultou na Operação Fantoche, deflagrada nesta quinta-feira (27), teve início a partir de um pedido do próprio tribunal.
Após auditoria realizada pelo TJGO, foram constatadas divergências no endereço da sede da empresa que ganhou a licitação, indícios de fraude no quadro societário e inconsistências contábeis. Diante disso, o contrato com a empresa investigada foi rescindido imediatamente após a conclusão do devido processo administrativo e uma nova licitação foi realizada, quando outra empresa passou a prestar o serviço ao TJGO.
As informações levantadas pela auditoria interna do TJGO foram encaminhadas à Polícia Civil, que instaurou inquérito e deu início à Operação Fantoche. O objetivo é apurar os fatos, identificar os eventuais responsáveis na empresa e responsabilizá-los na forma da lei.
É importante esclarecer, ainda, que o objeto do contrato firmado pelo TJGO com a empresa investigada, após licitação, refere-se à prestação de serviço de mão de obra terceirizada, a qual foi cumprida pela empresa durante a vigência do contrato, não havendo informação quanto a qualquer prejuízo financeiro a este Poder. Os valores bloqueados a pedido da Polícia Civil, portanto, têm a finalidade de garantir eventual responsabilidade pecuniária da empresa em face das infrações penais investigadas, mas não se relacionam à falta de prestação de serviço na esfera administrativa a este tribunal.
O TJGO reforça seu compromisso com a transparência e o combate a qualquer tipo de irregularidade, reafirmando zelar sempre pela correção e cumprimento dos contratos na forma da legislação vigente.
*Notícia atualizadas às 14h56 para incluir nota do TJGO sobre o caso.
A pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO), a Justiça determinou que os veículos das Polícias Civil (PCGO) e Militar (PMGO), do Corpo de Bombeiros, da Diretoria-Geral de Polícia Penal e demais órgãos do sistema de segurança pública estadual sejam emplacados no prazo de 180 dias.
De acordo com a decisão, resposta a uma ação movida em 2022 pela então titular da 78ª Promotoria de Justiça de Goiânia, Villis Marra, as placas traseiras e dianteiras dos veículos e viaturas deverão estar visíveis e afixadas. Em caso de descumprimento, a multa diária vai de R$ 10 mil a R$ 10 milhões.
Na época, o MPGO chegou a argumentar que o emplacamento é uma obrigatoriedade imposta por lei e que seria preciso apurar supostas irregularidades no uso dos veículos do sistema de segurança. Também no passado, a promotora de Justiça tentou firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com Secretaria de Segurança Pública, mas não obteve êxito.
Promovidos pelo Sesc Goiás, os shows fazem parte do projeto Aldeia Sesc de Artes, que traz diversas atrações artísticas e culturais para Goiânia entre os dias 5 e 13 de julho. A instituição manteve em segredo a última atração, Adriana Calcanhotto, mas já havia distribuído 23 outdoors pela capital com trechos das principais músicas da cantora. O anúncio oficial foi feito nesta quarta-feira (26).
Samuel Rosa será o primeiro a se apresentar na capital, subindo ao palco no dia 7 de julho. Adriana Calcanhotto será a estrela da noite de 12 de julho. Já o cantor Jorge Vercillo chegará ao lado da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, no dia 13 de julho. As três atrações estão confirmadas para o Teatro Rio Vermelho.Além dos renomados cantores de projeção nacional, o evento contará ainda com 135 espetáculos, shows, oficinas, intervenções urbanas, feiras, contação de histórias, lançamentos de livros, dança e apresentações circenses. A programação completa pode ser conferida no site Sesc Goiás.
Ingressos
Os ingressos para o show de Samuel Rosa e Jorge Vercillo já estão disponíveis para aquisição pelo site Sympla e os bilhetes são vendidos a preços populares, a partir de R$ 11. Para o show de Adriana Calcanhotto, as vendas serão iniciadas em breve, também com a mesma margem de valores.
Para a maioria das atrações da Aldeia Sesc de Artes a entrada será gratuita, mas haverá cobrança de entrada para algumas das atividades. A consulta também deve ser feita no site Sesc Goiás.
ANOTA AÍ
Shows Aldeia Sesc de Artes
Samuel Rosa: 7 de julho
Adriana Calcanhotto: 12 de julho
Jorge Vercillo: 13 de julho
Local: Teatro Rio Vermelho ( R. 4, 1400 – St. Central, Goiânia – GO)
Goiânia lidera o ranking das melhores capitais para se viver, de acordo com levantamento baseado em dez indicadores oficiais realizado pelo jornal Gazeta do Povo. A capital obteve nota 6,85, com destaque para a Educação, com a segunda maior avaliação do país, o planejamento e a infraestrutura urbana.
“É mais um título que nos orgulha muito. Temos trabalhado para garantir qualidade de vida para a população, que é o objetivo maior de qualquer administração. Gerar oportunidades, assegurar educação de primeira, preparar o caminho para o futuro da nossa capital”, afirmou o prefeito Rogério.
O levantamento analisou dez indicadores oficiais para chegar ao resultado: educação; taxa de homicídios; saúde; economia; infraestrutura; expectativa de vida; mortes no trânsito; suicídios; cultura; e famílias em situação de rua. Os cinco primeiros itens contam com peso 1,5, enquanto os cinco últimos possuem peso 1.
Segundo o levantamento, Goiânia se destacou pela Educação, com a segunda maior nota do país. O ordenamento urbanístico, com as zonas centrais planejadas, e a infraestrutura urbana. Embora não esteja entre os critérios por falta de dados sobre todas as cidades do país, as áreas verdes de Goiânia foram elogiadas pela publicação. Goiânia possui 63 parques e é considerada a capital mais verde da América do Sul, do Brasil e a segunda do mundo, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A segunda colocação no ranking ficou com São Paulo e a terceira, com Curitiba. Foram analisados os 5.570 municípios brasileiros, que obtiveram uma nota média de 5,66 pontos. Dentre as 100 primeiras cidades no ranking geral, 33 são de São Paulo, 29 de Minas Gerais, 16 do Rio Grande do Sul, nove de Santa Catarina, seis do Paraná, três de Goiás, duas do Rio de Janeiro, uma do Mato Grosso do Sul e uma de Pernambuco. No índice geral, a capital goiana ficou na 377ª colocação.
Economia
Recentemente, a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) considerou Goiânia o melhor ambiente regulatório para quem busca investir no Brasil, segundo ranking do Índice de Cidades Empreendedoras 2023. A capital saltou da 19° colocação, em 2022, para a liderança neste ano com modernização da legislação, dos protocolos e investimentos em tecnologia.
Os pesquisadores analisaram três pontos principais no levantamento: tempo em que os processos levam para tramitar, a tributação e a complexidade burocrática de cada município. Foram avaliados os 101 municípios mais populosos do Brasil, organizados de acordo com as melhores condições para empreender. Goiânia obteve 8.506 pontos, e ficou com a primeira colocação, seguida de Joinville (SC), 8.423; Rio de Janeiro (RJ), 8.297; Florianópolis (SC), 7.858, e Aparecida de Goiânia, 7.630.
O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) vai leiloar 1.100 veículos no próximo dia 5 de julho, a partir das 9 horas. Os lotes do leilão estarão abertos para visitação de 2 a 4 de julho. Serão leiloados veículos recuperáveis e sucatas aproveitáveis e aproveitáveis com motor inservível.
Para prevenir golpes, a autarquia orienta que os interessados consultem apenas os canais oficiais. Neste certame, são os sites do Detran-GO e da MC Leilão.
Pessoas físicas poderão participar do leilão de veículos recuperáveis. Já a aquisição de sucatas só pode ser feita por pessoa jurídica cujo objeto social seja a desmontagem e o comércio de peças e acessórios usados de veículos. Essas empresas devem, ainda, estar cadastradas nos Detrans de origem ou em Goiás, nos termos da Lei Estadual 19.262/2016, e da portaria 692/2023.
Veículos
O leilão tem respaldo na resolução 623/2016 e na Lei 12.977/2014 e pode comercializar veículos recolhidos ao pátio por mais de 60 dias. Segundo o presidente do Detran-GO, Delegado Waldir, o proprietário do veículo, em qualquer momento antes da transação, poderá reivindicá-lo, sanando o problema que ocasionou a retenção para fazer a retirada.
Delegado Waldir explica que antes de enviar um veículo para leilão, a autarquia notifica o responsável legal pelo carro ou motocicleta para que ele tenha a oportunidade de reaver o bem.
“Somente quando são esgotadas as tentativas previstas em legislação, é aberto o processo de venda”, esclarece.
O arrematante é responsável pela utilização e destino final dos veículos e responderá, civil e criminalmente, pelo uso ou destinação das sucatas em desacordo com as restrições estabelecidas no edital, bem como na legislação pertinente ao desmanche.
Visitação e cuidados
Os veículos a serem comercializados estarão disponíveis para visitação de 2 a 4 de julho, das 9h às 11h30 e das 14 às 17h, no pátio utilizado pela leiloeira. O espaço fica na GO-020, Estrada Vicinal, KM 14, Estância Vargem Bonita, em Senador Canedo. As imagens ilustrativas também serão disponibilizadas pelos sites.
O Detran-GO alerta que não cria site específico para fazer leilões. Os certames da autarquia são anunciados no Diário Oficial do Estado, no Detran-GO e nos sites oficiais das leiloeiras contratadas.
“As pessoas devem ficar atentas aos canais oficiais. E nunca oferecer pagamento adiantado”, alerta Delegado Waldir. São frequentes as tentativas de golpes utilizando indevidamente o nome da autarquia. As vítimas de golpes devem registrar boletim na delegacia da Polícia Civil para que o crime seja investigado.
Quem desejar adquirir veículo nos leilões do Detran-GO deve buscar informação sempre no site oficial, canal pelo qual são divulgadas todas as ações e os procedimentos da autarquia.
Departamento Estadual de Trânsito (Detran) – Governo de Goiás
O governador em exercício, Daniel Vilela, assinou, na noite desta quarta-feira (26/06), a autorização para a realização de concurso que disponibilizará 1,6 mil vagas na Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP). Além da autorização, foi assinado um decreto que regulamenta as fases do concurso.
O processo foi instruído com manifestação favorável da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás, da Secretaria de Estado da Administração (Sead) e da Secretaria de Estado da Economia.
O decreto entrou em vigor após publicação no suplemento do Diário Oficial do Estado de quarta-feira (26/06) e regula as etapas do concurso público conforme o disposto na Lei Estadual 14.237, de 8 de julho de 2002, revogando o decreto estadual 9.454, de 24 de junho de 2019.
Segundo o novo dispositivo legal, as fases incluirão prova objetiva, prova discursiva, avaliação por equipe multiprofissional para candidatos com deficiência e avaliação médica. Haverá também prova de aptidão física como parte do processo seletivo.
Integrantes da cúpula da União Brasil dão como certa a saída de Juscelino Filho da Esplanada do presidente Lula (PT). Filiado à legenda, ele comanda o Ministério das Comunicações e foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de corrupção.
Segundo aliados do ministro, auxiliares de Lula procuraram nesta semana dirigentes do partido para tratar da situação. O gesto e uma declaração do presidente nesta quarta (26) foram lidos como sinais de que o próprio governo encara a demissão de Juscelino como provável.
O ministro tem sido alvo de acusações desde o início do governo. Lula, porém, descartava demiti-lo sob pena de desencadear uma crise com a União Brasil. O partido tem 59 deputados e sete senadores e é considerado importante para garantir a aprovação de projetos relevantes ao governo.
Nesta quarta, Lula admitiu a hipótese de demissão pela primeira vez, em entrevista ao UOL, dias depois de tê-lo defendido. Ele afirmou que, caso o ministro seja denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), ele terá de “mudar de posição”.
A Polícia Federal indiciou o ministro sob suspeita dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação.
Investigadores apontaram que Juscelino integra uma organização criminosa e cometeu crimes relacionados a desvios de recursos de obras de pavimentação custeadas com dinheiro público direcionados à estatal federal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).
A investigação foi enviada para avaliação da PGR, comandado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Cabe ao órgão se manifestar sobre a efetivação da denúncia.
Dentro da PF, há a aposta que a Procuradoria vai acatar o relatório que incrimina o ministro, segundo um integrante corporação. Dois dirigentes da União Brasil têm a mesma avaliação e por isso consideram inevitável a saída do ministro.
Uma das lideranças da legenda diz, no entanto, que a PGR pode até não apresentar a denúncia, mas reconhece que as declarações do presidente reforçam o agravamento da situação de Juscelino no governo.
O partido ainda não discutiu substitutos para o cargo. Há uma avaliação de que os líderes da legenda no Senado e na Câmara, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Elmar Nascimento (União Brasil-BA), respectivamente, vão atuar para manter um aliado na pasta.
Juscelino é considerado uma indicação dos dois políticos, influentes no Congresso Nacional e potenciais candidatos para comandar as duas Casas a partir de 2025. Além disso, o ministro conta com apoio de parte da bancada do partido na Câmara, já que foi eleito deputado federal e está hoje licenciado do cargo.
Caso ele seja demitido do cargo, uma ala do partido vai defender que a indicação seja tratada como das bancadas e distante da cúpula da União Brasil. Isso porque um grupo do partido prega que a legenda seja oposição ao governo.
A União Brasil tem outros dois representantes na Esplanada de Lula: Celso Sabino (PA), no Ministério do Turismo, e Waldez Góes, na pasta da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Waldez se licenciou do PDT, mas é indicação de Alcolumbre. Já Sabino foi indicado pela bancada da Câmara para chefiar o Turismo num momento em que o Executivo buscava melhorar a relação com a Casa.
Nesta quarta, Lula afirmou na entrevista que avisou ao próprio Juscelino Filho sobre seu afastamento em caso de denúncia da Procuradoria. “Se o procurador indiciar [no caso da PGR, denunciar] você, você sabe que tem que mudar de posição”, afirmou o presidente, durante entrevista ao portal UOL.
Ao ser questionado na sequência se ele seria afastado se isso acontecesse, Lula respondeu afirmativamente. “Vai ser afastado. Ele sabe disso”, completou.
“O que eu disse para o Juscelino? Eu disse: ‘Olha, a verdade só você que sabe. Então é o seguinte: se o procurador indiciar você, você sabe que tem que mudar de posição’”, afirmou Lula.
Em nota divulgada após a fala de Lula, o Ministério das Comunicações afirmou que Juscelino “continua trabalhando com muita dedicação e de forma muito transparente” e permanece no cargo “enquanto o presidente desejar, o que é uma honra para Juscelino”.
O ministro diz confiar na Justiça para reconhecer sua inocência, segundo a nota. “O ministro reafirma a sua inocência no caso e que não existe nada em relação à sua conduta à frente do ministério.”
Um ministro do governo afirma, sob reserva, que as declarações do petista desta quarta causaram estranheza, por contrastar do tom que Lula adotou na semana passada, quando fez um afago ao ministro em sua visita ao Maranhão, estado de Juscelino.
Ele também diz que a fala do petista pode incentivar a PGR a apresentar a denúncia, o que pode criar ruídos com o meio político.
Em entrevista a uma rádio na última sexta (21), Lula disse que estava feliz com Juscelino e que era preciso aguardar os desdobramentos do indiciamento, repetindo que “todo mundo é inocente até que se prove o contrário”.
“Tem um problema de indiciamento do Juscelino. Mas eu tenho uma filosofia: todo cidadão é inocente até que se prove o contrário. Se o indiciamento ainda não foi concedido pela PGR nem pela Suprema Corte, eu tenho que aguardar”, afirmou Lula na ocasião.
A crescente demanda por abacates na Europa e na América do Norte fez com que a produção global triplicasse em pouco mais de 20 anos.
Mas esta fruta tão popular é cada vez mais controversa, devido aos impactos ambientais da sua produção e distribuição em todo o mundo.
Estas questões não são inerentes aos abacates propriamente ditos, que podem fazer parte de uma dieta saudável e sustentável. Mas elas refletem uma parte dos profundos problemas associados à sua produção.
Os abacates são nativos da América Central e do Sul, onde o clima quente e temperado fornece condições de cultivo ideais.
Existem centenas de variedades, mas a mais conhecida entre nós hoje em dia é a variedade Hass, que pode ser rastreada até uma única árvore, plantada quase 100 anos atrás.
Parte do aumento da popularidade do abacate nas últimas décadas veio da sua promoção como “superalimento”.
Alguns dos argumentos sobre seus benefícios à saúde podem ter sido superestimados, mas ele realmente é uma boa fonte de vitaminas, sais minerais e gorduras insaturadas, que fornecem sua textura cremosa agradável.
Mas por que os abacates se tornaram tão controversos?
Como em grande parte da agricultura moderna, a maior parte das plantações de abacate depende muito dos fertilizantes e combustíveis fósseis, o que aumenta as emissões de gases do efeito estufa. E o seu rendimento é menor que o de muitos outros produtos. Por isso, a pegada de carbono do abacate por kg da fruta é maior.
Em média, o abacate tem pegada de carbono de cerca de 2,5 kg de CO₂ equivalente (kg CO₂e) por kg de produto. Este número representa o total de gases do efeito estufa resultantes da produção e do transporte de abacates, como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, calculado na forma equivalente ao aquecimento causado por CO₂.
A pegada de carbono do abacate é mais de duas vezes a da banana (0,9 kg de CO₂e p/kg) e mais de cinco vezes a da maçã (0,4 kg de CO₂e p/kg). Ela é um pouco maior que a do tomate (2 kg de CO₂e p/kg).
Mas estes números são pequenos em comparação com a média global da pegada de carbono da maioria dos produtos de origem animal.
Um quilo de ovos possui pegada de carbono de 4,6 kg de CO₂e, 1 kg de frango tem 9,8 kg de CO₂e e 1 kg de carne bovina resulta em um escandaloso índice médio de 85 kg de CO₂e.
Fora do continente americano, os abacates costumam viajar por grandes distâncias. Mas o transporte pode não ser um problema tão grande quanto se costuma acreditar, pelo menos em termos de carbono.
A ampla maioria dos abacates é transportada de navio, que emite relativamente pouco carbono, devido às imensas quantidades que uma única viagem pode transportar.
Mesmo quando são transportados por milhares de quilômetros, a viagem marítima resulta em apenas 0,2 kg de CO₂e p/kg de abacate – normalmente, muito menos do que a pegada gerada pelo seu cultivo. Mas o transporte marítimo traz outros questionamentos.
A dependência excessiva do transporte por navio criou um sistema alimentar que é vulnerável a choques e interrupções.
Os congestionamentos e gargalos logísticos (como o bloqueio do canal de Suez por um navio porta-contêineres em 2021, por exemplo), surtos de fome ou guerras em uma parte do mundo podem gerar interrupções ou falta de alimentos em muitos outros países.
O problema provavelmente irá aumentar à medida que a crise climática se aprofunda. E esta questão não é exclusiva dos abacates, de forma que passar a consumir mais alimentos de fontes locais pode aumentar a resiliência e ajudar a proteger contra a escassez de alimentos no futuro.
Ônus ambiental
Os abacateiros são plantas que consomem muita água. Eles precisam, em média, de mil litros de água por quilo.
Este nível é mais alto que a maioria das outras frutas e legumes, mas inferior a alguns cereais, como o arroz. O problema principal é que os abacates são cultivados em regiões que já sofrem com a falta d’água.
O maior produtor de abacate do mundo é o México, que vem enfrentando prolongados períodos de seca.
A irrigação das plantações de abacate pode prejudicar o acesso à água da população local. E esta questão da justa distribuição da água pode se agravar nas próximas décadas.
É preciso também considerar os impactos à natureza.
Tradicionalmente, os abacateiros eram plantados em canteiros mistos com outros produtos. As frutas são colhidas como alimento de subsistência, exportando apenas o excedente. Mas esta prática se alterou, à medida que aumentava a demanda dos Estados Unidos e da Europa.
Agora, os abacates são cultivados principalmente como produto de exportação. A produção passou a ser de grandes monoculturas, para maximizar a produtividade.
Estas monoculturas eliminaram outros produtos nativos e são muito mais vulneráveis a pragas e doenças do que o plantio combinado.
Tudo isso faz com que seja preciso aplicar maiores quantidades de pesticidas químicos e fertilizantes sintéticos. E estes, por sua vez, prejudicam a biodiversidade, a qualidade do solo e a saúde humana.
Para agravar ainda mais a situação, em algumas regiões, as novas plantações de abacate estão causando desmatamento.
Até 25 mil hectares de floresta são derrubados todos os anos no Estado de Michoacán, a principal região produtora de abacate do México. O Estado fornece a maior parte dos abacates vendidos nos Estados Unidos.
Michoacán tem uma rica cobertura florestal, que abriga diversos animais ameaçados, como onças, pumas e coiotes. O aumento da produção de abacate naquela região pode, portanto, representar uma enorme ameaça à biodiversidade.
Por fim, existem impactos humanos que devem ser considerados.
O comércio do abacate pode ajudar a população local, fornecendo renda para os produtores agrícolas. Mas eles também irão sentir as consequências ambientais.
Além disso, as plantações de abacate no México já foram relacionadas ao crime organizado e aos abusos dos direitos humanos. Certas aldeias e cidades ficaram tão cansadas dos problemas que chegaram a proibir por completo os abacates.
O mais frustrante é que não existem respostas fáceis.
Em termos de impactos aos seres humanos e à biodiversidade, buscar abacates no comércio justo ou de produção orgânica pode ajudar. Mas os processos de certificação estão longe da perfeição – e, com frequência, são muito caros para os pequenos agricultores nos países em desenvolvimento.
E o comércio justo e a produção agrícola também podem não resultar em redução das emissões abaixo dos níveis da monocultura.
O abacate não é o único alimento com impacto ambiental. Ele tem pegada de carbono muito menor que a maioria dos produtos de origem animal e é apenas um dentre muitos alimentos em que uma única variedade domina o mercado.
Mas também não devemos menosprezar os prejuízos da produção do abacate à natureza e às populações locais.
O melhor conselho para os consumidores talvez seja, quando possível, considerar variedades alternativas de abacate, para reduzir a demanda pela monocultura. E, quando elas não forem disponíveis, a segunda opção provavelmente é tentar manter os abacates como uma iguaria, não como um alimento básico de consumo frequente.
* Thomas Davies é pesquisador honorário do Centro Ambiental da Universidade de Lancaster, no Reino Unido.
Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original em inglês.