Categoria: Mundo

  • Netanyahu aprova planos para operação em Rafah

    Netanyahu aprova planos para operação em Rafah

    Anúncio acontece após reunião de alto nível do gabinete de segurança do governo de Israel

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, “aprovou os planos de ação em Rafah”, disse seu escritório em um comunicado nesta sexta-feira (15).

    “A IDF está se preparando para o lado operacional e para a retirada da população”, disse o gabinete do primeiro-ministro.

    O anúncio acontece após uma reunião em Tel Aviv do gabinete de segurança israelense. Não havia mais detalhes imediatamente disponíveis.

    Há uma estimativa de 1,4 milhão de pessoas em Rafah, no sul de Gaza, muitas das quais foram deslocadas várias vezes de outras partes de Gaza.

    O gabinete do primeiro-ministro também disse que “em relação aos reféns – as exigências do Hamas ainda são ridículas. Uma delegação israelense partirá para Doha depois que o Gabinete de Política de Segurança discutir a posição de Israel.”

    Israel pretende transferir os palestinos deslocados de Rafah para “enclaves humanitários” em Gaza antes que qualquer ataque das Forças de Defesa de Israel (IDF) à última área restante em Gaza onde os militares ainda não chegaram, disse o porta-voz da IDF, Daniel Hagari, a repórteres na quarta-feira (13).

    A IDF pretende invadir Rafah, disse ele, chamando-o de “algo que precisamos fazer.”

    Mas o momento do ataque depende das “condições para permitir isso”, disse Hagari.

    CNN

     

  • Argentina é processada nos EUA por não pagar combustível usado em avião presidencial

    Argentina é processada nos EUA por não pagar combustível usado em avião presidencial

    Uma empresa americana processou a Argentina por não realizar o pagamento do combustível utilizado no avião presidencial, gastos que correspondem majoritariamente ao período de governo de Alberto Fernández em 2023, mas também ao início da gestão de seu sucessor, Javier Milei.

    A Associated Energy Group (AEG Fuels), com escritórios centrais em Miami (sudeste) e filiais em cidades como Houston, Texas (sul), revelou que a Argentina “não cumpriu substancial e repetidamente com suas obrigações de pagamento pelo combustível e serviços prestados e faturados entre 18 de setembro de 2023 e 4 de janeiro de 2024”, segundo um processo apresentado na última quarta-feira em um tribunal federal do distrito sul do estado da Flórida.

    De acordo com o documento, a empresa processou a Presidência da Argentina para poder cobrar débitos que não foram pagos que superam os 351.000 dólares (1,7 milhão de reais), além das custas processuais, juros e taxas.

    A AEG Fuels explica que essa quantia corresponde a serviços prestados ao avião presidencial argentino ARG01 e ao jato ARG03 tanto dentro dos Estados Unidos (nos estados de Nova York, Texas, Massachusetts, Colorado e Kansas) como na Índia, África do Sul, Panamá e Peru.

    “A AEG exigiu diversas vezes o pagamento da dívida à Argentina, mas não recebeu o pagamento total da quantia devida. Apesar dos repetidos pedidos da AEG à Argentina, incluindo uma carta de solicitação datada de 12 de fevereiro de 2024, o demandado se negou a cumprir com todas as suas obrigações de pagamento”, explicou a empresa.

    A quantia de maior vulto corresponde a obrigações adquiridas durante o último ano da gestão do centro-esquerdista Alberto Fernández (2019-2023).

    Mas também há três recibos emitidos durante as primeiras semanas do governo de Javier Milei, que assumiu a Presidência em 10 de dezembro de 2023.

    Trata-se de um recibo de 26 de dezembro de 2023 por serviços ao ARG01 que chegam a 68.820 dólares (342 mil reais), outro de 4 de janeiro correspondente ao ARG03 de 1.245 dólares (7.091 reais) e uma taxa de 60 dólares (299 reais) por cancelamento ou adiamento do serviço ao avião presidencial, também de 4 de janeiro.

    Milei, que está determinado a controlar a inflação que registrou 276% interanual em fevereiro, implementou ajustes draconianos de gastos na Argentina para enfrentar uma severa crise econômica.

    Um deles é a decisão de deixar de usar o avião presidencial e viajar ao exterior em linhas comerciais com comitivas mais enxutas. Em seus primeiros três meses no cargo, ele viajou dessa forma para o Fórum de Davos (Suíça), Israel, Itália e EUA.

    IstoÉ

  • Em carta, Netanyahu convida Caiado para reunião em Israel

    Em carta, Netanyahu convida Caiado para reunião em Israel

    Viagem do governador deverá ter fechamento de parcerias e visitas a locais atacados pelo Hamas no dia 7 de outubro

    O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, endereçou nesta quarta-feira (13) uma carta ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil) em que o convida para uma reunião com o líder israelense durante sua viagem ao país, marcada para a próxima semana.

    O jornal O HOJE teve acesso à missiva que é assinada por Yossi Shelley, atual diretor-geral do gabinete de Netanyahu e ex-embaixador de Israel no Brasil durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Além da reunião com o primeiro-ministro, Caiado também deverá visitar empresas a fim de estabelecer parcerias nas áreas de tecnologia, segurança pública e recursos hídricos, segundo o convite.

    A previsão é que o governador embarque para Israel no dia 16 (próximo sábado) e retorne a Goiânia cinco dias depois, em 22 de março. Conforme antecipou O HOJE, além da reunião com Netanyahu, Caiado deverá ter encontros com o presidente do Parlamento israelense, Amir Ohana, com o presidente do país, Isaac Herzog, além de ida a locais atacados pelo Hamas no dia 7 de outubro.

    Sobre os atentados, que desencadearam o conflito que se arrasta desde o ano passado entre Israel e o grupo Hamas, o documento enviado pelo gabinete de Netanyahu ao Palácio das Esmeraldas ressalta que “o Estado de Israel atribui grande importância a esta visita [de Caiado], que terá lugar no contexto do maior ataque terrorista desde a criação do Estado de Israel, que conduziu a uma guerra pelo retorno dos sequestrados e pela eliminação da organização terrorista Hamas”.

    Além do gabinete do primeiro-ministro israelense, o convite para reunião de Caiado com Netanyahu foi confirmado pela Embaixada de Israel no Brasil na terça-feira (12) em carta enviada ao governador goiano e assinada por Daniel Zonshine, embaixador israelense no Brasil.

    Os custos da viagem do governador, como passagem aérea, traslado, alimentação e hospedagem, deverão ser bancados pelas entidades que o convidaram — a comunidade brasileira em Israel, representada pela organização Kehilat Or Israel, e também pela Gmach Brasil, além da embaixada israelense.

    O convite conjunto desses dois grupos representantes da comunidade brasileira enviado ao goiano, ao qual O HOJE teve acesso, prevê que durante o périplo ocorra encontros de conteúdo em colaboração com as Forças de Defesa de Israel, “bem como encontro com representantes oficiais e eventos com especialistas e portadores de informações relevantes das questões institucionais do conflito, e da geopolítica do Oriente Médio”.

    O HOJE apurou que Caiado deverá viajar a Israel acompanhado do tenente-coronel da Polícia Militar Rodrigo Hebert Corrêa, ajudante de ordens do governador.

    A viagem do governador goiano ocorre na esteira da crise diplomática entre Brasil e Israel, iniciada no mês passado após fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que associou os ataques israelenses à Faixa de Gaza ao Holocausto perpetrado por Hitler e chamou de “genocídio”. Após isso, o governo israelense reagiu às declarações de Lula e o chamou de “persona non grata”.

    A agenda em Israel será o primeiro ato depois da assinatura do termo de cooperação entre o governo goiano e o país israelense, firmado em fevereiro, durante a inauguração do parque “Am Israel Chai” (O povo de Israel vive) na sede do Detran Goiás. A ação prestou homenagem às vítimas do atentado terrorista do dia 7 de outubro do ano passado, quando cerca de 1,2 mil israelenses foram mortos.

    Auxiliares do Palácio das Esmeraldas afirmam que, para além das questões diplomáticas e de estabelecimento de parcerias, a viagem de Caiado a Israel não fugirá do tom político de contraponto ao presidente Lula, uma vez que o petista está com as relações desgastadas com Israel após a repercussão negativa de suas declarações no mês passado.

    O governador goiano tem intensificado ações em torno do seu projeto presidencial para 2026 e feito gestos ao espólio do ex-presidente Jair Bolsonaro, a exemplo da participação no ato convocado pelo ex-chefe do Planalto na avenida Paulista, em São Paulo (SP), no dia 25 de fevereiro. À época, sob o agito internacional a respeito das falas polêmicas de Lula, Bolsonaro exibiu a bandeira de Israel no trio elétrico em que estavam Caiado e a primeira-dama Gracinha Caiado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e outros políticos.

    Caiado, que estará em Israel com o governador paulista, tem adotado postura de diálogo e equilíbrio sobre o conflito no Oriente Médio. Entre o fim de fevereiro e o início deste mês, ele recebeu os embaixadores de Israel e também da Palestina — este último em jantar realizado no Palácio das Esmeraldas no dia 6.(OHOJE)

  • Ator que interpretou jovem Anakin em Star Wars sofre surto psicótico e é internado nos EUA

    Ator que interpretou jovem Anakin em Star Wars sofre surto psicótico e é internado nos EUA

    Jake Lloyd ficou famoso por atuar em ‘Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma’ aos 10 anos de idade

    A imagem de Jake Lloyd quando criança foi eternizada pelos fãs da franquia Star Wars. Isso porque o ator, que hoje tem 35 anos, ficou famoso por dar vida ao jovem Anakin Skywalker quando tinha apenas 10 anos. De lá para cá, ele enfrentou diversas questões de saúde mental e, recentemente, precisou ser internado em uma clínica de reabilitação nos Estados Unidos.

    A informação foi dada na última segunda-feira, 11, pela mãe de Jake, ao portal americano Scripps News. Lisa Lloyd contou que o quadro de saúde mental do filho vem preocupando há bastante tempo. No entanto, ela afirma ter esperanças de uma melhora significativa com a nova tentativa de tratamento.

    Jake Lloyd está internado em uma clínica de reabilitação há cerca de 10 meses. Durante esse tempo, ele tem apresentado melhoras sociais, além de seguir o cronograma de medicações sem resistência.

    Diagnóstico e tratamento conturbados

    Em entrevista, Lisa Lloyd relembrou o momento em que acendeu o alerta para o comportamento do filho. De acordo com ela, o ator passou a confundir a realidade e inventar cenários fantasiosos ainda no ensino médio, por volta de 2006.

    “Jake começou a ter alguns problemas no ensino médio. Ele começou a falar sobre ‘realidades’. Ele não sabia se estava nesta realidade ou em uma realidade diferente”, lembrou Lisa.

    Isso aconteceu bem depois da estreia do seu trabalho mais aclamado, como o Jovem Anakin em Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma, lançado em 1999. Apesar do sucesso com o filme de George Lucas, ele preferiu deixar a carreira de ator em 2003, antes dos primeiros casos de confusão mental.

    Preocupada, Lisa levou o filho para se consultar com médicos para que, talvez, ele tivesse um diagnóstico e tratamento adequados. Porém, o que aconteceu inicialmente foi uma enorme confusão. Isso porque Jake teve o diagnóstico errado de bipolaridade. Os resultados certos vieram pouco depois: ele convive com esquizofrenia paranoica.

    Jake Lloyd tinha 10 anos quando fez o Jovem Anakin
    Jake Lloyd tinha 10 anos quando fez o Jovem Anakin Foto: Reprodução

    “Quando eles finalmente contaram sobre a doença, ele caiu em uma depressão ainda pior. Foi muito difícil. Ele achava que não precisava tomar remédios porque não estava doente. Não queria ir ao terapeuta, porque não havia nada de errado com ele”, contou Lisa.

    O diagnóstico de esquizofrenia paranoica obrigou o ator a deixar o Columbia College Chicago, instituição que começou a frequentar em 2007. Com a mudança na rotina e a falta de aceitação de Jake com a questão, o tratamento foi conturbado. O ator frequentemente parava de tomar os medicamentos e buscava drogas ilícitas.

    Uma das piores notícias para a mãe de Jake veio em 2015. O artista foi preso na Carolina do Sul enquanto viajava sozinho da Flórida para o Canadá. Os policiais encarregados pelo caso afirmaram que Jake tentou fugir durante uma perseguição em várias cidades antes de bater com o carro e ser preso.

    Todas as tentativas de contato de Lisa com o filho foram ignoradas. Ele não atendia ligações e o pedido dela para que ele fosse internado não foi para frente. “Eu conversei com as pessoas na prisão e tentei explicar que ele tinha parado de tomar a medicação, mas eles não lhe deram os remédios. Como mãe, você arranca os cabelos porque seu filho precisa de ajuda”, explicou.

    Com a insistência da mãe, Jake foi transferido para um hospital na Califórnia, mas ainda resistia quanto à ingestão de medicamentos para o tratamento. Ele ficou em liberdade 10 meses depois, mas os quadros de alucinação continuaram. Lisa lembrou que o filho, depois de ser solto, chegou a ligar para ela e dizer que tinha sido baleado por um invasor de seu apartamento, mas era tudo uma criação da sua mente.

    Surto psicótico

    Lisa Lloyd afirma que o filho teve um ‘surto psicótico total’ em março de 2023, depois que sua irmã mais nova, Maddison, faleceu aos 26 anos. Os dois voltavam para a casa da família quando Jake desligou o carro no meio de uma rodovia com três pistas.

    “A polícia chegou lá e fez algumas perguntas a Jake. Ele estava conversando com eles, mas nada disso fazia sentido. Era uma salada de palavras”, lembra o momento. Por conta do seu quadro mental, Jake foi internado ao invés de ser preso. Alguns meses depois, ele foi transferido para um centro de reabilitação de saúde mental, onde permanece até hoje.

    Para a mãe, a evolução do filho é nítida. “Ele está muito melhor do que eu esperava. Ele está se relacionando melhor com as pessoas e se tornando um pouco mais sociável, o que é muito bom. É como ter o velho Jake de volta, porque ele sempre foi incrivelmente sociável até se tornar esquizofrênico”, opina.

    Sobre Star Wars, Lisa conta que Jake é fã da franquia até hoje. “As pessoas acham que Jake odeia, mas ele ama. Ele adorou filmar e se divertiu muito. Eu adoraria que ele ficasse bom o suficiente para poder fazer alguma coisa, e tenho certeza que ele talvez gostaria de fazer. Veremos”, disse.

    Terra

  • Deputado dos EUA cita Moraes e propõe ação legislativa dos EUA contra “abusos de direitos humanos” no Brasil

    Deputado dos EUA cita Moraes e propõe ação legislativa dos EUA contra “abusos de direitos humanos” no Brasil

    O deputado norte-americano Chris Smith apontou sérias preocupações com as violações aos direitos humanos no Brasil, referindo-se diretamente para ações conduzidas sob a supervisão do ministro Alexandre de Moraes. Em suas declarações, Smith criticou a maneira como a Suprema Corte e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) têm sido instrumentalizados para reprimir dissidentes políticos e controlar o fluxo de informações, desafiando os fundamentos do Estado de Direito.

    “O que eu vejo no Brasil hoje, principalmente em investigações do juiz Alexandre de Moraes, é chamado de ‘governar pela Lei’, o oposto do Estado de Direito”, enfatizou Smith. Ele também destacou a censura exercida pela Suprema Corte e o papel do TSE como um “tribunal de combate à desinformação”, critérios que, segundo ele, não são aplicados equitativamente. “As mesmas leis não se aplicam a todas as pessoas”, argumentou o parlamentar, sinalizando uma ameaça à integridade democrática e ao Estado de Direito.

    Smith anunciou uma audiência na Câmara dos Representantes dos EUA para debater as mencionadas violações no Brasil. Além disso, ele indicou planos para pressionar o governo dos Estados Unidos a responder a essas preocupações. Mais ambiciosamente, Smith propõe a criação de uma legislação, a “Lei da Democracia, Liberdade e dos Direitos Humanos no Brasil”, destinada a combater esses abusos e promover os valores democráticos no país.

    Uma delegação liderada por Smith, incluindo outros cinco congressistas republicanos, reuniu-se com representantes brasileiros para tratar dessas questões críticas. Entre os presentes estavam os deputados brasileiros Eduardo Bolsonaro (SP), Bia Kicis (DF), e Gustavo Gayer (GO), todos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, destacando o apoio transnacional na luta contra as alegadas práticas autoritárias.

    A Câmara dos Representantes dos EUA divulgou uma nota oficial expressando sua inquietação com as persistentes violações dos direitos humanos no Brasil, sublinhando como tais práticas têm debilitado gravemente os pilares da democracia, liberdade, e Estado de Direito no país. Este apelo internacional por justiça e transparência visa a restauração dos princípios democráticos e a proteção dos direitos fundamentais no Brasil.

    Hora Brasília

  • Bispos alemães pedem que Vaticano esclareça observações do papa sobre “bandeira branca” da Ucrânia

    Bispos alemães pedem que Vaticano esclareça observações do papa sobre “bandeira branca” da Ucrânia

    Bispos católicos alemães pediram nesta segunda-feira ao Vaticano que esclareça observações do papa Francisco, segundo as quais a Ucrânia deveria ter “a coragem da bandeira branca” e negociar o fim do conflito com a Rússia.

    Os comentários de Francisco — proferidos em entrevista à emissora suíça RSI, que ainda não foi ao ar, mas já teve conteúdo revelado no fim de semana — foram rejeitados pela Ucrânia e bem recebidos pela Rússia.

    A Conferência Episcopal Alemã disse em publicação em seu site que, em última instância, cabe à Ucrânia decidir, “após cuidadosa consideração, quando chegou o momento das negociações de paz”.

    “O fato de o papa Francisco não ter abordado os pontos mencionados aqui em sua entrevista causou irritação entre muitos observadores, o que podemos entender. Seria bom se a Santa Sé comunicasse um esclarecimento substantivo de sua posição sobre essas questões”, afirmaram os bispos alemães.

    Na entrevista, Francisco foi questionado sobre sua posição no debate entre aqueles que dizem que a Ucrânia deveria desistir, já que não foi capaz de repelir as forças russas, e aqueles que avaliam que fazer isso legitimaria as ações da parte mais forte. O entrevistador usou o termo “bandeira branca” na pergunta.

    O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, disse no sábado que o papa tinha entendido o termo “bandeira branca” e o usou “para indicar o fim das hostilidades (e) uma trégua alcançada com a coragem das negociações”.

    Os bispos alemães consideraram “infeliz” que Francisco tenha repetido a expressão “bandeira branca”, mas também avaliaram que era “evidente e amplamente comprovado para nós que o papa — assim como a Conferência Episcopal Alemã — está comprometido com uma paz justa e duradoura na Ucrânia”.

     Reuters

  • Resposta de senadora republicana a Biden gera críticas e memes nos EUA

    Resposta de senadora republicana a Biden gera críticas e memes nos EUA

    A senadora republicana Katie Britt defendeu neste domingo (10) sua resposta ao discurso do estado da União de Joe Biden, após sua participação receber críticas de opositores e aliados, e piadas na internet.

    Britt, de 42 anos, era uma senadora pouco conhecida do estado do sul do Alabama quando os republicanos a encarregaram da tradicional resposta do partido ao discurso anual do presidente perante o Congresso.

    No entanto, a escolha de cenário de Britt para a transmissão – a cozinha de sua casa familiar -, bem como sua atuação às vezes exagerada, e a tentativa de vincular Biden a um incidente de tráfico sexual muito anterior à sua posse, geraram reações de vários setores.

    Sua aparição até foi parodiada pela famosa atriz Scarlett Johansson no popular programa Saturday Night Live, uma imitação mordaz que obteve milhões de visualizações nas redes sociais e alimentou mais a controvérsia ao chamá-la de “uma mãe assustadora”.

    Comentando da sua cozinha, a verdadeira Britt criticou duramente as políticas de imigração de Biden como “uma vergonha”, e contou a brutal história de uma mulher mexicana que, aos 12 anos, foi vítima de tráfico sexual e estupro.

    Segundo sua denúncia, o abuso ocorreu durante o governo de Biden.

    Mas quando verificadores de conteúdo investigaram mais a fundo a história, rapidamente ficou claro que o tráfico sexual ocorreu no México e há 20 anos, durante a presidência do republicano George W. Bush (2001-2009).

    Em uma aparição no canal Fox News neste domingo, Britt afirmou que havia deixado claro que estava se referindo a um caso que havia acontecido anos antes.

    “É repugnante tentar silenciar […] a história de como é ser vítima de tráfico sexual”, retrucou.

    E disse que escolheu o cenário doméstico porque “os republicanos se importam com os assuntos discutidos à mesa da cozinha”.

    O magnata republicano e ex-presidente Donald Trump (2017-2021), o adversário praticamente certo de Biden nas eleições de novembro, elogiou o desempenho de Britt.

    No entanto, até mesmo líderes conservadores criticaram sua escolha de cenário.

    A comentarista de TV e ex-assessora de Trump Alyssa Farah Griffin escreveu na rede social X: “Não entendo a decisão de colocá-la em uma COZINHA para um dos discursos mais importantes que ela já fez”.

    Com sarcasmo, imitando a voz e as expressões às vezes exageradas da senadora republicana, a atriz Johansson afirmou em sua paródia: “Os convidei para esta cozinha porque os republicanos querem que eu atraia o voto das mulheres. E as mulheres adoram cozinhas”.

    Ao se referir à história do tráfico sexual, Johansson observou: “Tenham certeza de que cada detalhe é real, exceto o ano, o lugar e quem era o presidente quando aconteceu”.

    AFP

  • Direita vence socialistas em disputa acirrada em Portugal, e ultradireita mostra força

    Direita vence socialistas em disputa acirrada em Portugal, e ultradireita mostra força

    Com a menor abstenção em mais de uma década (34%), os portugueses foram às urnas neste domingo (10) em eleições antecipadas para escolher seu novo Parlamento. Em uma disputa apertada, a AD (Aliança Democrática), coligação dos partidos da direita tradicional, levou o maior número de cadeiras, e o Partido Socialista, que estava no poder desde 2015, admitiu a derrota.Portugal: ultradireita tem apoio de brasileiros - 09/03/2024 - Mundo - Folha

    O grande destaque, porém, foi a legenda de ultradireita Chega, que se consolidou como terceira força ao quadruplicar sua bancada e se tornou peça-chave para a definição do próximo governo.

    Com 226 das 230 cadeiras da Assembleia definidas até as 23h de Brasília, a AD tinha conquistado 79 assentos, contra 77 dos socialistas. O Chega, que tinha apenas 12 deputados na legislatura atual, pulou para 48. Dos 22 restantes, as siglas de esquerda levaram 13, a direita 8, e uma ficou com uma sigla independente.Portugal: eleição parlamentar foca imigração - 09/03/2024 - Mundo - Folha

    Os quatro assentos não apurados correspondem aos votos de eleitores que moram no exterior, como no Brasil. Em tese, o PS poderia ultrapassar a AD, mas os socialistas consideravam esse quadro improvável e, ao menos por ora, não contavam com essa hipótese.

    Em seu discurso de vitória, o líder da AD e presidente do PSD (Partido Social Democrata), Luís Montenegro, exaltou o desejo de mudança expresso pelos portugueses nas urnas. Montenegro se disse pronto a formar um governo, mas reafirmou que não pretende incluir o Chega nesse arranjo.

    “Eu assumi dois compromissos na campanha eleitoral [não incluir o Chega e só ser premiê se ganhasse as eleições] e, naturalmente, cumprirei minha palavra”, respondeu aos jornalistas.

    No sistema eleitoral luso, vota-se no partido, e não diretamente no candidato. Após a definição dos assentos parlamentares, as bancadas podem fazer acordos e coligações que sustentem outros arranjos governativos. Por isso, a composição total do Parlamento importa para a formação do Executivo.

    Tradicionalmente, o partido mais votado indica o premiê, mas isso não é obrigatório. Em 2015, o Partido Socialista chegou ao poder mesmo tendo ficado na segunda colocação, graças a uma inédita união pós-eleitoral dos partidos de esquerda, apelidada pejorativamente de geringonça devido à aparente fragilidade do entendimento.

    Por isso a importância do Chega, legenda populista com discurso antissistema e contra a imigração. Apesar do discurso de Montenegro, o resultado nas urnas leva a crer que uma composição sem essa terceira força seria improvável.

    Primeiro líder partidário a se manifestar, André Ventura, presidente do Chega, afirmou que o desempenho de sua sigla indica o fim do bipartidarismo entre PSD e PS em Portugal.

    O deputado expressou que o resultado “permite ao Chega negociar um governo” e deixou claro que irá pressionar Montenegro a incluir a sigla no futuro gabinete. “Os portugueses manifestaram-se claramente e disseram que querem um governo de dois partidos: da AD e do Chega”, disse Ventura, para quem seria irresponsável não aproveitar a maioria atribuída nas urnas às duas siglas.

    Fundado em 2019, o partido elegeu seu primeiro deputado no mesmo ano: o próprio André Ventura, um advogado e comentador esportivo que ganhou projeção nacional por falas controversas, como a associação da comunidade cigana ao recebimento irregular de benefícios e a afirmação de que havia “excessiva tolerância com alguns grupos e minorias étnicas”.

    Um dos assentos já garantidos pelo Chega nesta próxima legislatura é de um brasileiro, o professor de artes marciais Marcus Santos, pelo distrito do Porto.

    O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, reconheceu a derrota, embora tenha classificado o resultado do pleito como tangencial. “O Partido Socialista será oposição”, anunciou. “Renovaremos o partido e procuraremos recuperar os portugueses descontentes com o PS. Essa é a nossa tarefa”, declarou.

    Embora tenha afirmado que não irá inviabilizar um governo da AD votando a favor de uma moção de censura, Santos deixou claro que não pretende contribuir para a sustentação de um Executivo do bloco de direita. “Não somos nós que vamos suportar um governo da AD.”

    Especulações sobre a possibilidade de formação de um bloco central, com apoio socialista à AD, ganharam força ao longo da apuração, com o que seria uma forma de já excluir o Chega das conversas para um novo governo.

    Apesar de o líder do PS ter admitido o insucesso nas urnas, o primeiro-ministro demissionário, António Costa, preferiu um discurso de espera pelos votos do exterior. “A única certeza que podemos ter é que, tendo em conta o volume de votos que chegarão nos próximos dias dos círculos da emigração, provavelmente não será hoje que teremos o resultado das eleições.”

    Ainda nesta semana, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deve convidar um dos líderes partidários, provavelmente Luís Montenegro, para iniciar as negociações de governo

    Previsto para acontecer apenas em 2026, o pleito foi convocado de forma antecipada após a renúncia de Costa, em novembro, quando uma investigação de corrupção em negócios do setor de transição energética atingiu o núcleo de seu governo.

    A inesperada crise política pegou os próprios partidos de surpresa, uma vez que a confortável maioria absoluta dos socialistas, com 120 dos 230 assentos parlamentares, poderia levar à conclusão da legislatura sem sobressaltos.

    Folha de São Paulo

  • Homem tomou 217 vacinas contra a covid-19 e virou alvo de estudo

    Homem tomou 217 vacinas contra a covid-19 e virou alvo de estudo

    Há dois anos, os médicos alemães se depararam com notícias de um homem que estava sendo investigado por ter recebido dezenas de vacinas contra o coronavírus sem nenhuma explicação médica. Em seguida, houve uma enxurrada de especulações sobre o que ele estava fazendo. Os promotores começaram a investigar se ele estava recebendo tantas doses extras como parte de um esquema para coletar cartões de imunização carimbados que pudesse vender mais tarde para pessoas que queriam burlar as exigências de vacinação.

    Mas, para os médicos, o homem era uma anomalia médica, alguém que havia desafiado as recomendações oficiais e se transformado em uma cobaia para medir os limites externos de uma resposta imunológica.

    No ano passado, eles pediram aos promotores que estavam investigando seu consumo excessivo de vacinas que fizessem um pedido: o homem gostaria de participar de um projeto de pesquisa? Quando os promotores encerraram a investigação de fraude sem acusações criminais, ele concordou.

    Quando os médicos o atenderam pela primeira vez, o homem de 62 anos já havia recebido 215 doses de vacina contra o coronavírus, segundo eles. Ignorando seus apelos para que parasse, ele recebeu mais duas vacinas nos meses seguintes, expandindo seu estoque imunológico para um total de 217 doses de oito tipos diferentes de vacina contra a covid-19 ao longo de dois anos e meio.

    Depois de meses estudando-o, os médicos, liderados por Kilian Schober, imunologista da Universidade de Erlangen-Nuremberg, no estado alemão da Baviera, relataram suas descobertas esta semana na revista médica The Lancet Infectious Diseases.

    Aparentemente, o homem nunca havia sido infectado pelo coronavírus. Ele não relatou nenhum efeito colateral da vacina. E, o mais interessante para os pesquisadores, seu repertório de anticorpos e células imunológicas era consideravelmente maior do que o de uma pessoa tipicamente vacinada, mesmo que a precisão dessas respostas imunológicas permanecesse efetivamente inalterada.

    Os pesquisadores descobriram que até mesmo a 217ª dose impulsionou a resposta imunológica do homem. E, embora estivessem procurando cuidadosamente por sinais de enfraquecimento progressivo das reações imunológicas ao longo do tempo – um tipo indesejável de tolerância imunológica que às vezes se desenvolve durante infecções virais de longo prazo – eles relataram que não observaram nenhuma queda nas respostas.

    “Isso indica realmente o quão robusta é a resposta do sistema imunológico a essa imunização repetitiva”, disse Schober. “Mesmo 200 vacinas não são um desafio tão grande para o sistema imunológico quanto uma infecção crônica.”

    Os pesquisadores disseram que o homem era de Magdeburg, uma cidade no centro da Alemanha, mas forneceram poucos outros detalhes e disseram que seus motivos para a onda de vacinação eram particulares. Os promotores haviam coletado evidências de 130 vacinações ao longo de nove meses, escreveram os pesquisadores. A primeira vacinação do homem, com uma injeção feita pela Johnson & Johnson, ocorreu em junho de 2021. A maioria de suas vacinas subsequentes foram de mRNA feitas pela Moderna ou Pfizer-BioNTech. Ele também recebeu várias das vacinas atualizadas da Pfizer-BioNTech.

    Além de seus próprios testes, os cientistas contaram com os exames médicos de rotina do homem antes e durante a pandemia. Mas, como não tiveram acesso a outros acumuladores de vacinas, os pesquisadores disseram que suas descobertas não poderiam ser usadas para prever como outras pessoas reagiriam a inoculações repetidas.

    Outros pacientes que recebem tantas doses podem sofrer efeitos colaterais, disse Schober, tornando imprudente que as pessoas desafiem a orientação médica para receber mais do que o número recomendado de vacinas.

    E, embora o estudo tenha sugerido que as vacinas são, em geral, muito seguras e podem continuar a aumentar as respostas imunológicas, os benefícios de ser vacinado repetidamente não necessariamente superam o pequeno risco de uma dose adicional. Por exemplo, disse Schober, os níveis de anticorpos do homem caíram nos períodos após as vacinas registradas mais recentes, como geralmente ocorre em pacientes que recebem o número normal de doses.

    A descoberta sugeriu que a resposta imunológica elevada do homem só poderia ser mantida em alta se ele fosse revacinado o tempo todo. “Esses níveis superaltos não são sustentáveis”, disse Schober. “Eles cairiam para o nível normal”.

    Ainda assim, a farra de vacinas que durou dois anos e meio criou um tipo de teste de estresse do sistema imunológico que os médicos nunca teriam permitido que acontecesse em seu turno. E, embora os resultados estivessem longe de ser conclusivos, pelo menos o sistema imunológico desse homem parecia notavelmente resistente.

    “Duzentas vacinas podem parecer muito”, disse Schober. Mas as células imunológicas capazes de reagir a vírus crônicos, acrescentou ele, “estão basicamente rindo” das partículas virais de imitação com as quais têm de lidar, mesmo ao longo de centenas de vacinas.

    THE NEW YORK TIMES

  • ‘Pior presidente’ x ‘progresso em risco’: Biden e Trump trocam ataques após resultados da Superterça

    ‘Pior presidente’ x ‘progresso em risco’: Biden e Trump trocam ataques após resultados da Superterça

    Tanto Biden quanto Trump são os favoritos dentro dos próprios partidos para a corrida à Casa Branca. Eleitores foram às urnas para primárias eleitorais em vários estados.

    Joe Biden e Donald Trump trocaram críticas e acusações após a divulgação dos primeiros resultados da “Superterça”. Nesta terça-feira (5), eleitores de mais de 15 estados norte-americanos foram às urnas escolher quem desejam que concorra à Casa Branca na eleição presidencial de 2024.

    Tanto Biden quanto Trump são favoritos e estão com as candidaturas praticamente encaminhadas dentro dos partidos Democrata e Republicano, respectivamente.

    Trump, que foi presidente dos Estados Unidos entre 2017 e 2021, fez um discurso depois de vencer na maioria dos estados onde aconteceram primárias republicanas nesta terça-feira.

    Ele afirmou que, se não tivesse perdido a eleição de 2020 para Biden, Ucrânia e Israel não teriam sido invadidos. Ele também afirmou que os Estados Unidos não estariam lutando contra a inflação.

    O ex-presidente também acusou o governo Biden de estar destruindo o país ao abrir as fronteiras para imigrantes e disse que os Estados Unidos se tornaram uma piada na comunidade internacional.

    “Ele é o pior presidente da história do nosso país. […] Todos os problemas que nós temos hoje, eu acho que nós não teríamos. Acho que teríamos sucesso”, afirmou.

     

    Já o atual presidente, Joe Biden, não fez um discurso, mas publicou um comunicado na noite desta terça-feira. Ele afirmou que os norte-americanos deixaram as próprias escolhas claras e elogiou feitos do governo dele.

    O democrata também disse que o retorno de Trump à Casa Branca representaria um risco e que o republicano tem um plano de retrocesso.

    “Se Donald Trump voltar à Casa Branca, todo este progresso estará em risco”, disse. “Ele é movido por mágoas e fraudes, focado em sua própria vingança, não no povo americano.”

    Em uma rede social, Biden também afirmou que cada geração de americanos enfrentará um momento em que terá que defender a democracia. “Esta é a nossa luta”, concluiu.

    G1