Categoria: Política

  • Padilha após ataque de Lira: ‘Não vou descer a esse nível’

    Padilha após ataque de Lira: ‘Não vou descer a esse nível’

    O ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha rebateu, nesta sexta-feira (12/4) os ataques do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) após ser chamado de “desafeto pessoal” e “incompetente”. O responsável pela articulação política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não vai “descer ao nível” e citou um trecho de música do rapper Emicida para falar que não guarda rancor do deputado.

    “Sinceramente, não vou descer a esse nível. Sou filho de uma alagoana arretada que sempre disse que, se um não quer, dois não brigam”, disse Padilha em entrevista coletiva antes do evento Líderes em Energia, no Rio de Janeiro. O ministro também afirmou que a relação do governo federal com o Congresso Nacional foi um “sucesso” no ano passado. A declaração foi divulgada pelo jornal O Globo.

    “Quero repetir esse sucesso, não tenho nenhum tipo de rancor. A periferia de São Paulo produziu uma grande figura, o Emicida, que diz: ‘Mano, o rancor é igual tumor: envenena a raiz, quando a plateia só deseja ser feliz’. Sei que os deputados querem ser feliz e manter os bons resultados para o país”, destacou.

    Entenda o embate entre Lira e Padilha

    Na quinta-feira (11/4), Arthur Lira chamou Padilha de “incompetente” e disse que o ministro é um “desafeto pessoal”. Os ataques do presidente da Câmara ocorreram após ele ser questionado por jornalistas sobre o resultado da votação sobre a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão, acusado de ser um mandantes de mandar matar a vereadora carioca Marielle Franco, em 2018.

    Lira afirmou que as informações que circularam de que ele trabalhava pela soltura de Brazão foram fomentadas por Padilha. “Essa notícia foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, um incompetente”, disparou. “Não existe partidarização. Eu deixei bem claro que ontem (quarta-feira) a votação foi de cunho individual, cada deputado responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver”, disse Lira.

    Na noite de quinta-feira, Padilha publicou um vídeo nas redes sociais em que é elogiado pelo presidente Lula. Em cerimônia no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo disse que Padilha tem o cargo “mais espinhoso” no governo e que continuaria como ministro pela “competência”. O ministro das Relações Institucionais destacou se sentir honrado com as afirmações de Lula.

    “Agradecemos e estendemos esse reconhecimento de competência ao conjunto dos ministros e aos líderes, vice-líderes e ao conjunto do Congresso, sem os quais não teríamos alcançado os resultados elogiados pelo presidente Lula, com a aprovação da agenda legislativa prioritária para o governo e para o Brasil’, afirmou Padilha.

    O Estado Minas

  • Bolsonaro processa União por falas de Lula sobre móveis

    Bolsonaro processa União por falas de Lula sobre móveis

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acionou a Justiça contra a União devido às falas de Lula (PT) no caso dos móveis do Palácio da Alvorada.

    Protocolado na quarta-feira (10) no Juizado Especial Cível Adjunto à 17ª Vara Federal da SJDF, o pedido ocorre após um primeiro processo ter sido protocolado contra Lula. Mas, em 2 de abril, a justiça exintguiu o caso, alegando, dentre outras coisas, que o processo deveria ser movido contra a União.

    Agora, os advogados pedem a condenação por danos morais sofridos por ele e por Michelle Bolsonaro, no valor de R$ 20 mil, além de retratação por meio dos canais oficiais da Presidência e de uma nota à imprensa. No primeiro pedido, chegaram a pedir retratação na GloboNews, o que não ocorre neste.

    “Entretanto, da mesma maneira que o ente, por meio de órgão, realizou o ato lesivo, da mesma forma ele poderá se retratar. No caso, é a própria União que atrai a responsabilidade por reparar os danos causados pelo Réu que, ocupando o cargo de Presidente da República, proferiu as inverdades que causaram severo dano à honra dos Autores”, diz a peça, assinada pelos advogados Marcelo Bessa e Diovane Rodrigues.

    A defesa alega ainda que o objetivo de Lula era “difamar, injuriar e caluniar” Bolsonaro e Michelle, e que ele destila ódio contra o ex-presidente em todas as oportundiades.

    “É público e notório que o Réu em todas as oportunidades a que se refere ao primeiro Autor, não esconde a sua animosidade em relação a este, destilando ódio e ofensas direcionadas em todas as manifestações públicas a ele relacionadas”, afirma.

    Como a Folha de S.Paulo revelou, a Presidência encontrou todos os bens que foram motivos de troca de farpas entre o atual e o antigo casal de moradores do palácio.

    A disputa teve início durante a transição de governo, no início do ano passado, quando Lula e Janja reclamaram das condições da residência oficial e apontaram que alguns móveis do patrimônio estavam faltando após Bolsonaro e Michelle se mudarem do local.

    A ausência dos móveis também havia sido um dos motivos alegados pelo novo governo para o gasto de R$ 196,7 mil em móveis de luxo.

    Folha de São Paulo

  • Lula fica em desvantagem nos Estados liderados pela direita

    Lula fica em desvantagem nos Estados liderados pela direita

    Uma nova rodada da pesquisa da consultoria Quaest, divulgada nesta quinta-feira, aferiu os índices de aprovação e reprovação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos quatro Estados brasileiros que concentram o maior número de eleitores que apoiam a direita e a ultradireita. Em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná foram ouvidos, entre os dias 4 e 7 de abril, os entrevistados no levantamento opinaram também sobre o desempenho da gestão petista.

    Em São Paulo, Lula é aprovado por 50% dos eleitores. A reprovação é de 48%. Apenas 2% não souberam ou não quiseram responder. No Estado, o governo federal soma 32% de avaliações positivas, tem 37% de avaliações negativas e é considerado regular por outros 29%. Novamente, 2% não souberam ou não quiseram responder.

    A pesquisa em SP ouviu 1.656 eleitores. A margem de erro, nesse recorte, é de 2,4 pontos percentuais.

    Mineiros

    Em Minas Gerais, o terceiro mandato de Lula é aprovado por 52% dos entrevistados. Outros 47% reprovam a atual gestão. 1% não soube ou não quis responder.

    Na avaliação do trabalho, o governo petista tem a avaliação positiva de 34% dos eleitores mineiros. A negativa é 35%. Há também outros 30% que avaliam a atual gestão como regular.

    Para MG, a margem de erro da pesquisa é levemente maior, sendo de 2,5 pontos percentuais. No estado, foram feitas 1.506 entrevistas.

    Paranaenses

    O presidente registrou 54% de reprovação no Paraná. A atual gestão soma apenas 44% de aprovação no Estado do Sul do País. Há 2% que não responderam.

    Na pesquisa, o governo petista também aparece em desvantagem mais larga. São 41% os que avaliam a gestão como negativa e só 30% indicam avaliação positiva ao trabalho do governo. Outros 27% marcam a opção regular.

    No Paraná, a margem de erro da pesquisa, que entrevistou 1.121 eleitores, é de 2,9 pontos percentuais.

    Goianos

    A Quaest mostrou, ainda, que Lula tem 49% de aprovação em Goiás e 50% de reprovação. Apenas 1% não soube ou não quis responder.

    A avaliação, assim como no Paraná, é mais negativa (40%) do que positiva (32%). O grupo ‘regular’ soma 27%.

    No Estado, foram 1.127 entrevistas e a margem de erro estimada é de 2,9 pontos percentuais.

    Governadores

    A consultoria Quaest também divulgou outra rodada de pesquisas sobre as avaliações dos governadores de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás. No levantamento, os quatro políticos aparecem com índices de aprovação superiores aos de desaprovação, em contraste com a avaliação do presidente Lula.

    Em São Paulo, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) recebeu a aprovação de 62% dos entrevistados. Outros 29% disseram que desaprovam a gestão Tarcísio, enquanto 9% não souberam ou não responderam.

    Já em Minas, o mandato de Romeu Zema (Novo) é aprovado, também, por 62%. A desaprovação do governador mineiro, por sua vez, alcançou 31%. Neste quadro, 7% não souberam ou não responderam.

    Aprovação

    Segundo o estudo, os maiores índices de aprovação foram registrados pelos governos de Ratinho Junior (PSD), no Paraná, e Ronaldo Caiado (União Brasil), em Goiás.

    O governo paranaense alcançou 79% de aprovação, enquanto a desaprovação ficou em 17%. Entre os entrevistados, 4% não souberam ou não responderam.

    A gestão de Caiado, por sua vez, obteve 86% de aprovação. Por outro lado, 12% disseram que desaprovam o mandato do governador goiano. Neste quadro, 2% não souberam ou não responderam.

    A pesquisa Quaest foi realizada entre 4 e 7 de abril. Para São Paulo, foram ouvidas 1.656 pessoas, enquanto em Minas foram entrevistadas 1.506 pessoas. No Paraná, as pessoas ouvidas somaram 1.121, enquanto em Goiás totalizaram 1.127. Considerando a média entre os Estados, a margem de erro da pesquisa ficou na casa dos 2,7%.

    Correio do Brasil

  • Câmara quer ouvir a população sobre mudanças no centro da capital

    Câmara quer ouvir a população sobre mudanças no centro da capital

    A região central ajuda a contar a história de Goiânia, desde os principais encontros políticos do início da capital até os traços arquitetônicos do acervo art déco, reconhecido como patrimônio nacional. Para resgatar toda a importância do centro, os vereadores estão discutindo mudanças que podem incentivar a geração de emprego e renda, a valorização de imóveis e a maior ocupação, atraindo mais moradores e visitantes.

    Viva o Centro!: projeto é lançado na Câmara de Goiânia
    Centro de Goiânia e Setor Sul. Projeto quer promover o desenvolvimento de forma sustentável da região Central da capital | Foto: Carlos Freitas

    O projeto Centraliza foi enviado pela prefeitura e aguarda análise na Comissão de Constituição e Justiça para depois ser votado em plenário. O Legislativo quer ouvir os cidadãos, que podem acompanhar todas as etapas de discussão e votação presencialmente, pela TV Câmara, site e redes sociais. A população também pode enviar sugestões e reivindicações pelo canal Cidadania. Basta acessar https://www.goiania.go.leg.br/canalci… e preencher o formulário, clicando na opção “Você no Centro”.

  • Gabinete itinerante do prefeito Rogério realiza mais de 600 atendimentos a moradores da Região Oeste

    Gabinete itinerante do prefeito Rogério realiza mais de 600 atendimentos a moradores da Região Oeste

    Durante os quatro últimos dias consecutivos, de segunda-feira (8/4) a quinta-feira (11/4), o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, e sua equipe já realizaram mais de 600 atendimentos no gabinete itinerante montado na Avenida Brasil, esquina com Avenida Luísa M. Coimbra Bueno, no Residencial Jardins do Cerrado, na Região Oeste da Capital. A iniciativa, que tem como intuito aproximar a administração municipal dos cidadãos e oferecer um atendimento mais eficiente, deu início aos trabalhos de preparação da 3ª edição do Mutirão de Goiânia de 2024, que acontece no local neste fim de semana, 13 e 14 de abril (sábado e domingo).

    Ao fechar a agenda de atendimentos nessa quarta-feira (10/4), o prefeito Rogério expressou sua satisfação com os resultados do gabinete itinerante, ao afirmar que as metas estão sendo alcançadas. “Estamos surpresos com os resultados que alcançamos até agora. Desde a última segunda-feira, estou despachando diretamente daqui da Região Oeste, tendo a oportunidade de conversar com muitas pessoas. Diversas demandas foram atendidas e encaminhadas para execução”, avaliou o prefeito, ao comemorar o sucesso dos atendimentos.

    Rogério também enfatizou seu compromisso de continuar ouvindo a comunidade. “Faço questão de ouvir as pessoas e dar os devidos encaminhamentos, por isso convido a população da Região Oeste para participar conosco desse momento que organizamos com muita dedicação e carinho”, convidou. No sábado (13/4), os atendimentos seguem até às 16h, e no domingo (14/4), das 8h às 12h.

    Carinho

    Moradora do Residencial Jardins do Cerrado 3, Marileide Moraes foi recebida pelo prefeito Rogério no gabinete itinerante e saiu feliz com o carinho recebido por parte do gestor. “Fiquei sabendo que o prefeito estava aqui no setor e corri aqui. Fiz uma solicitação e fui de pronto atendida”, revelou Marileide, ao acrescentar que volta no sábado para fazer exames oftalmológicos no Mutirão.

    Outra cidadã atendida foi a aposentada Odetina Pires, que contou que não poderia perder a oportunidade de conhecer o prefeito de sua cidade. “Adorei a ideia do prefeito de despachar daqui do nosso setor mesmo, sem contar que é a oportunidade de nós moradores estarmos com o nosso prefeito”, comentou.

    Mutirão

    O Mutirão de Goiânia oferece mais de 200 serviços nas áreas da saúde, emprego, assistência social, habitação, meio ambiente, além de serviços jurídicos do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e tarifas sociais da Saneago e Equatorial.

    Além do gabinete itinerante do prefeito Rogério, desde a última segunda-feira, os moradores contam com a oferta de serviços relacionados ao CadÚnico e Sine Municipal.

    Fonte: Secom

  • Goiás tem queda de até 92% na criminalidade

    Goiás tem queda de até 92% na criminalidade

    Goiás registra queda em todos os índices criminais, nos três primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. É o que apontam dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO) na manhã desta quinta-feira (11/04), em Goiânia. A maior redução foi verificada no crime de roubo de carga, com 92% – foram 13 casos no primeiro trimestre de 2023 e apenas um este ano.

    Na sequência, estão roubo de veículo, roubo a comércio e furto a transeunte, com diminuição de 34%. Os casos de roubo a transeunte caíram 33% e os de feminicídios reduziram 31%. As informações têm como fonte o Observatório de Segurança Pública do Estado e são provenientes do Registro de Atendimento Integrado (RAI), conforme diretrizes do Plano Nacional de Segurança Pública.

    Criminalidade

    De acordo com o governador Ronaldo Caiado, o estado tem priorizado o combate a crimes violentos, para garantir tranquilidade ao cidadão. Para ele, os números refletem a integração das forças de segurança: “Nossas polícias trabalham em conjunto. Isso acontece quando há uma política pública séria, austera. Assim temos o que mais interessa: resultado concreto e segurança para a população”, afirma.

    O mesmo ponto é ressaltado pelo secretário de Segurança Pública, Renato Brum. “Realizamos ações preventivas por parte dos policiais militares na rua, com reforço daqueles que se formaram recentemente e daqueles que estão no estágio. Além disso, há um trabalho muito bem feito pela Polícia Judiciária, Polícia Penal e Polícia Científica dando retaguarda. E o Corpo de Bombeiros é nossa força de salvamento”, salienta.

    Outro destaque do balanço, disponível no site da Secretaria, é que 165 municípios não registraram nenhum homicídio de janeiro a março deste ano. Também não houve nenhum caso de roubo a banco. “A polícia goiana como um todo têm cumprido sua função, dentro dos limites da lei, e a população reconhece”, complementa Caiado. Pesquisa da Genial/Quest divulgada nesta semana revela que a segurança recebe avaliação positiva de 69% dos entrevistados.

    Ações proativas

    No primeiro trimestre de 2024, foram cumpridos 2.258 mandados de prisão e apreensão no estado. Em ações integradas, ostensivas ou no patrulhamento de rotina, as forças de segurança recuperaram 974 veículos com registro de furto ou roubo. As polícias Civil e Militar efetuaram 7.352 prisões em flagrante. Além disso, 1.158 armas de fogo apreendidas e 1.911 foragidos recapturados. 3 toneladas de drogas foram retiradas de circulação.

    Indicadores criminais (janeiro/março de 2024):

    • Roubo de Carga: -92%
    • Furto a Transeunte: -34%
    • Roubo em Comércio: -34%
    • Roubo de Veículos: -34%
    • Roubo a Transeunte: -33%
    • Feminicídio: -31%
    • Furto de Veículos: -27%
    • Homicídio Doloso: -24%
    • Furto em Residência: -20%
    • Roubo em Propriedade Rural: -20%
    • Furto em Comércio: -16%
    • Roubo em Residência: -14%
    • Tentativa de homicídio: -10%
    • Estupro: -9%
    • Furto em Propriedade Rural: -6%

    Fonte: Observatório de Segurança Pública de Goiás (comparação com o período de janeiro/março de 2023)

  • Fux autoriza investigação contra Nikolas por chamar Lula de “ladrão”

    Fux autoriza investigação contra Nikolas por chamar Lula de “ladrão”

    O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou, nesta 4ª feira (10.abr.2024), a abertura de um inquérito para investigar o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). A investigação vai averiguar se o congressista cometeu o crime de injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao chamá-lo de ladrão. Fux atendeu a uma solicitação do Ministério da Justiça. “A suspeita de prática criminosa envolvendo Parlamentar Federal contra o Chefe do Poder Executivo demanda esclarecimentos quanto à eventual tipicidade, materialidade e autoria dos fatos imputados”, afirma o o juiz no documento. Eis a íntegra (PDF – 142kB)

    Poder360

  • CCJ da Câmara decide manter prisão de Chiquinho Brazão

    CCJ da Câmara decide manter prisão de Chiquinho Brazão

    Nesta quarta-feira (10), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, com 39 votos a favor, 25 contra e uma abstenção, decidiu manter a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de orquestrar o ass@ssinato da vereadora Marielle Franco. A recomendação do deputado Darci de Matos (PSD-SC) agora segue para o plenário, necessitando de ao menos 257 votos favoráveis para sua aprovação.

    Nas últimas semanas, houve uma mudança significativa na Câmara. No final de março, parecia provável a confirmação da prisão, mas agora, o Centrão, apoiado por ministérios sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, planeja uma estratégia para diminuir a presença em plenário e evitar o quórum necessário para a decisão. Em contrapartida, propõe-se a cassação do mandato de Brazão pelo Conselho de Ética como alternativa.

    Diversos deputados se posicionaram contra a prisão de Brazão e a postura do ministro Moraes. Fernanda Melchionna (PSOL-RS) criticou os que optam pela ausência na votação, enquanto Maurício Marcon (Podemos-RS) defendeu a análise jurídica da prisão acima da preocupação com a opinião pública. Sâmia Bomfim (SP) destacou que o caso de Brazão não se justifica por “malabarismo jurídico”, mas sim por questões políticas. Delegado Éder Mauro (PA) e Fausto Pinato (PP-SP) comentaram sobre a relação entre a Câmara e as ações de Moraes, com Pinato alertando contra o uso do caso como instrumento político.

    O União Brasil, inicialmente alinhado à manutenção da prisão, alterou sua postura, indicando um voto contra o relatório, refletindo a complexidade e as divisões internas sobre a questão. A reviravolta na postura da sigla e as negociações até o último momento, inclusive com a participação de Danielle Cunha (RJ), ilustram a tensão e o debate acalorado em torno do destino de Brazão.

    Hora Brasília

  • Ministério da Justiça propõe a Lula manter saidinhas em datas comemorativas

    Ministério da Justiça propõe a Lula manter saidinhas em datas comemorativas

    O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, aconselhou o presidente Lula (PT) a manter a saidinha temporária de presos em datas comemorativas. Lewandowski sugere um veto parcial ao texto que foi aprovado pelo Congresso Nacional no mês passado, contando com grande apoio dos parlamentares, incluindo integrantes da bancada governista.

    Outras pastas também sugeriram veto à proposta que acaba com as saidinhas, mas com uma posição ainda mais firme sobre o tema, sugerindo ao Palácio do Planalto que rejeite integralmente a proposta do Congresso.

    Os pareceres dos ministérios servem para subsidiar a decisão do presidente sobre a proposta. O prazo acaba nesta quinta (11).

    A ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) pede veto integral à lei que acaba com a saidinha temporária de presos em datas comemorativas.

    A expectativa de integrantes do governo é que o Ministério de Direitos Humanos siga o entendimento contrário à proposta, de maneira integral.

    Já a pasta de Relações Institucionais deve sugerir veto parcial ao texto –ou seja, apoiar a manutenção de alguns trechos da proposta.

    O projeto de lei que acaba com a saidinha foi aprovado em votação simbólica na Câmara no final de março. Defendida por bolsonaristas, a lei opõe as alas política e progressista do governo.

    A primeira defende que a medida seja sancionada integralmente por considerar que um eventual veto seria derrubado pelos parlamentares e ainda azedaria o clima com o Congresso. A segunda pressiona para que Lula não ceda à pressão de conservadores e mantenha coerência com o discurso progressista sobre a necessidade de implementar medidas de ressocialização de presos.

    A decisão de Lula também acontece em um momento em que pesquisas indicam queda de sua popularidade, sobretudo entre parcelas mais conservadoras, como os evangélicos.

    Por isso, a possibilidade de veto ou a sanção do presidente tem sido tratada com muita cautela por auxiliares palacianos. Lula deve despachar sobre o tema apenas nesta quinta-feira.

    O texto foi aprovado na Câmara no dia 20 de março. Ele estava sob relatoria de Guilherme Derrite (PL-SP), que foi exonerado do cargo de secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), para reassumir a vaga de deputado federal e se dedicar ao projeto contra a saída temporária de presos.

    Foi sob sua relatoria que o texto foi aprovado em agosto de 2022, quando passou pela primeira vez pela Câmara. A versão inicial acabava com qualquer tipo de saída temporária para presos do sistema semiaberto, inclusive saídas para estudar e trabalhar.

    O benefício da saída temporária é concedido há quase quatro décadas pela Justiça a presos do sistema semiaberto que já tenham cumprido ao menos um sexto da pena, no caso de réu primário, e um quarto da pena, em caso de reincidência, entre outros requisitos.

    Como mostrou a Folha em janeiro, menos de 5% dos detentos que tiveram direito à saidinha de Natal em 2023 não retornaram aos presídios no Brasil, taxa considerada baixa por especialistas.

    O projeto também prevê exame criminológico -que abrange questões de ordem psicológica e psiquiátrica– como requisito para a progressão de regime.

    No Senado houve um acordo, e a nova redação da proposta continuou colocando fim às saidinhas em datas comemorativas, mas manteve a autorização para estudar e trabalhar fora do sistema prisional. O exame para progressão de regime também foi mantido.

    Em razão das mudanças, o texto precisou passar novamente pelo plenário da Câmara. E foi aprovado na Casa sem alterações.

    O tema se tornou foco de discussões e mobilizou setores da classe política após a morte do sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha, 29, baleado durante uma perseguição por um homem que estava em saída temporária em Belo Horizonte.

    Outro caso que gerou repercussão foi a fuga de dois dos condenados por chefiar a maior facção de tráfico de drogas do Rio de Janeiro, Saulo Cristiano Oliveira Dias, 42, conhecido como SL, e Paulo Sérgio Gomes da Silva, 47, o Bin Laden, após saidinha de Natal.

    Mais de 60 entidades, movimentos e órgãos públicos que atuam no sistema prisional expressam preocupação em relação ao projeto. Segundo essas entidades, a previsão de exigência para realização de exame criminológico para toda e qualquer progressão de regime fará com que os processos tramitem de forma ainda mais lenta.

    ENTENDA O QUE MUDA NA SAIDINHA

    COMO É NA LEI ATUAL

    Vale para presos do regime semiaberto que tenham cometido qualquer tipo de delito, exceto para casos de crime hediondo com resultado em morte;

    Podem sair temporariamente em datas comemorativas, para visita à família, cursos profissionalizantes e atividades de ressocialização quem cumprir os seguintes requisitos: 1) comportamento adequado; 2) cumprimento de 1/6 da pena em caso de réu primário e de 1/4 se for reincidente; 3) obtiver autorização judicial;

    Progressão de regime: exame criminológico é exceção, a lei não impõe, mas pode ser exigido pelo juiz mediante decisão fundamentada.

    COMO FICOU APÓS APROVAÇÃO NO CONGRESSO

    Além dos crimes hediondos, ficam vedadas saidinhas para condenados por crimes com violência ou grave ameaça;

    Acaba com saidinhas em datas comemorativas e permite apenas saídas temporárias para estudo e trabalho externo;

    Progressão de regime: obriga o detento a passar por exame criminológico.

    PROPOSTA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

    Manter a saída temporária em datas comemorativas para presos do semiaberto, além da liberação para estudar e trabalhar;

    Além dos crimes hediondos, ficam vedadas saidinhas para condenados por crimes com violência ou grave ameaça;

    Progressão de regime: obriga o detento a passar por exame criminológico.

    Folha de São Paulo

  • Deputados aprovam em definitivo mudanças que permitem a volta da inclusão de agregados ao Ipasgo

    Deputados aprovam em definitivo mudanças que permitem a volta da inclusão de agregados ao Ipasgo

    Reunidos em Plenário, os deputados deram a segunda e definitiva chancela ao Projeto nº 5869/24, que é originário do Poder Executivo e altera dispositivos da Lei nº 21.880/23, instituidora do Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde).

    O projeto propõe uma série de ajustes para adequar a legislação às exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), expandindo o rol de patrocinadores e beneficiários, além de ajustar questões administrativas e de financiamento do serviço.

    A alteração no artigo 1º pretende ampliar o rol dos possíveis patrocinadores e, consequentemente, dos beneficiários do serviço. A Governadoria afirma que, com essa ampliação dos usuários, novas possibilidades de receitas são necessárias.

    Entre os beneficiários, a matéria aprovada prevê o retorno de “grupos familiares dos beneficiários com limitação ao terceiro grau de parentesco consanguíneo e até o segundo grau de parentesco por afinidade, menor sob guarda ou tutela e o curatelado dos parentes até o terceiro grau”. Essa inclusão de novos agregados estava proibida nos últimos 13 anos.

    Patrocinadores

    A nova redação do art. 2°, incisos III e IV, prevê a exploração dos recursos de propriedade ou de uso do Ipasgo Saúde, além de outras fontes como ressarcimentos, compensações, programas de apoio custeados por entes públicos e outras rendas eventuais, bem como contribuições dos patrocinadores. Segundo a Secretaria de Estado da Administração, a “ampliação do rol de patrocinadores é necessária para firmar convênios de adesão conforme as regras da ANS”.

    Os benefícios tributários para o Ipasgo Saúde também serão expandidos com a isenção de custas, emolumentos e demais taxas judiciárias estaduais, antes não prevista na lei. De acordo com o governo estadual, tal medida facilitará a regularização do patrimônio transferido pelo Estado ao serviço social autônomo.

    Rota Jurídica