Categoria: Política

  • José Dirceu diz que não subestima Michelle Bolsonaro como candidata à Presidência em 2026

    José Dirceu diz que não subestima Michelle Bolsonaro como candidata à Presidência em 2026

    Ex-ministro da Casa Civil no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Dirceu afirma que, na eleição de 2026, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) pode ser uma candidata à Presidência competitiva. Ele argumenta que, apesar de inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda pode transferir capital eleitoral aos candidatos.

    “Eu não subestimaria a Michelle como candidata”, disse Dirceu em entrevista à CNN nesta quinta-feira, 25. “O Bolsonaro tem uma natureza de uma força, o Bolsonaro elegeu senadores, o Tarcísio foi eleito em São Paulo.“

    Apesar de reconhecer a competitividade de um candidato bolsonarista na próxima eleição presidencial, o petista reitera o favoritismo do atual presidente. “Em 2026, nós vamos reeleger o Lula”, disse Dirceu, um dos fundadores do PT, que diz estar de volta à cena política. “Vou passar a falar publicamente agora. Vou participar do debate público a partir deste ano.”Michelle Bolsonaro se coloca como candidata no lugar de Moro

    O quarto mandato de Lula, na análise de José Dirceu, é parte de um projeto de poder de longo prazo. Na entrevista, ele afirmou que um ciclo de governo de 12 anos à esquerda “é viável, é possível”. “Quando nós chegamos no governo, eu disse que tínhamos que ter uma perspectiva de 20 anos, e nós tivemos. Se a Dilma não tivesse sofrido golpe, nós teríamos governado o Brasil por 20 anos”, disse.

    Michelle é cotada na ‘linha sucessória’ no PL

    Desde o fim do mandato de Jair Bolsonaro, o partido do ex-presidente têm apostado em Michelle como nova liderança do bolsonarismo. A ex-primeira-dama assumiu a presidência do PL Mulher em fevereiro de 2023 e, desde então, tem cruzado o País em palestras e eventos. No comando do braço feminino do partido, ela recebe o mesmo salário de um deputado federal, R$ 33,7 mil, além de ter as suas despesas de viagens bancadas pela sigla.

    Michelle Bolsonaro já é cotada pelo PL para disputar a cadeira do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), que tem possibilidade de ficar vaga. O ex-juiz pode ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e, se confirmada a saída dele do cargo, uma eleição suplementar para senador terá que ser realizada. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou, no entanto, que Michelle não está interessada na eleição ao Senado.

    Dirceu projeta a disputa em 2026

    Jair Bolsonaro está inelegível até 2030 e Michelle é uma aposta do PL para suceder ao marido como principal liderança à direita do País. Outros partidos também estão se mobilizando para construir seus respectivos projetos. À CNN, Dirceu ponderou esse fator. “Precisa ver quais partidos vão com Bolsonaro. Será que o PL, o PP, o PSD, o União Brasil vão junto? É muito improvável que isso aconteça. Então, também não é tão simples”, analisou.

    Para o petista, governadores como Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, estão no páreo. Outros nomes, como Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, precisam construir viabilidade. A disputa, resume Dirceu, ainda “não está muito definida”.

    “Estou vendo o PSD falando no Ratinho Jr., o nosso Caiado, nosso vizinho, o Tarcísio pode ou não ser candidato, por enquanto o Zema eu não sei se ele consegue viabilizar uma candidatura. Eu vejo que, por enquanto, não está muito definido isso”, afirmou.

    Resistência ao papel de Janja

    Na entrevista, Dirceu foi questionado quanto aos personagens políticos que desempenham o papel de conselheiros do presidente Lula. Nos primeiros anos da gestão petista, entre 2003 e 2005, o próprio José Dirceu foi um dos principais nomes com essa atribuição.

    “O presidente está bem assessorado”, disse Dirceu, referindo-se a Rui Costa, ministro da Casa Civil, Jacques Wagner, líder do Governo no Senado, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e deputada federal pelo Paraná, e Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais.

    Lula ao lado da primeira-dama Janja Foto: Ricardo Stuckert/PR

    Lula ao lado da primeira-dama Janja Foto: Ricardo Stuckert/PR© Fornecido por Estadão

    Na análise, Dirceu disse que Rosângela da Silva, a Janja, não só pode como deve desempenhar o papel de conselheira informal, e que a resistência ao seu desempenho se deve, em certa medida, ao machismo. “Por que o presidente pode ter amigos que são conselheiros dele, influentes, como vocês mesmos reconhecem, e ela não pode ser uma conselheira influente do presidente? É machismo? É preconceito? Eu não vejo nenhum problema nisso.”

    A influência de Janja sobre Lula tem motivado ataques de opositores e preocupação no governo desde o início deste mandato do petista. Uma das críticas recorrentes é de que ela extrapola os limites da atuação de uma primeira-dama, uma vez que não foi eleita, e tenta influenciar em decisões que caberiam a políticos eleitos.

    Em entrevista na terça-feira, 23, o presidente Lula afirmou que a primeira-dama é uma espécie de farol para ele, que o guia e chama a sua atenção quando há “coisa errada”. Lula disse ainda que os posicionamentos da primeira-dama “obviamente” o ajudam no trabalho na Presidência.

    Estadão

  • Abin diz que é a ‘maior interessada’ e quer ‘apuração rigorosa’ na investigação da PF sobre Ramagem

    Abin diz que é a ‘maior interessada’ e quer ‘apuração rigorosa’ na investigação da PF sobre Ramagem

    A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou em nota divulgada nesta quinta-feira, 25, que é “a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos”, se referindo a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) que teve como principal alvo o ex-diretor da agência e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

    Na nota, a Abin afirma que a atual gestão colabora há 10 meses com inquéritos da PF e do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre “eventuais irregularidades cometidas no período de uso de ferramenta de geolocalização”, entre 2019 e 2021.

    “A ABIN é a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos e continuará colaborando com as investigações” (leia nota na íntegra abaixo).

    Já a entidade de classe dos profissionais da Abin, a União dos Profissionais de Inteligência de Estado da ABIN (Intelis) foi além, publicando nota em que critica a gestão da agência ser feita pelo que chamou de “atores exógenos politicamente condicionados”, referindo-se a Ramagem e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que o nomeou para o cargo.

    No mesmo sentido da Abin, a Intelis também afirma que os profissionais de carreira são os maiores interessados “na apuração republicana sobre eventuais desvios ou mau uso das ferramentas de Inteligência”, e reforça que “a Inteligência de Estado tem que ser preservada do debate político-partidário” (nota na íntegra no final do texto).

    A investigação da PF apura a suposta formação de uma “organização criminosa” instalada na agência durante o comando de Ramagem. O objetivo seria “monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas”, usando ferramentas de geolocalização de celulares sem a devida autorização judicial. A investigação encontrou registros de que a Abin tentou produzir provas que relacionassem ministros do STF e deputados federais de oposição a Bolsonaro ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

    Ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem é investigando por estar a frente do órgão durante período em que um suposto esquema de espionagem utilizou a estrutura estatal para monitorar adversários políticos do então presidente Jair Bolsonaro (PL), quem o escolheu para o cargo Foto: Dida Sampaio/Estadão
    Ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem é investigando por estar a frente do órgão durante período em que um suposto esquema de espionagem utilizou a estrutura estatal para monitorar adversários políticos do então presidente Jair Bolsonaro (PL), quem o escolheu para o cargo Foto: Dida Sampaio/Estadão

    Segundo a PF, o esquema teria monitorado a promotora de Justiça do Rio de Janeiro que investigou o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, o ministro da Educação, Camilo Santana e a ex-deputada Joice Hasselmann, entre outros.

    Ao defender o afastamento do deputado, a PF afirmou que a agência, sob a gestão dele, “estava a serviço, em verdade, do extrato político nacional”. Para os investigadores, a instituição foi loteada com aliados do governo, que formariam uma “estrutura paralela”. O deputado teria “incentivado e acobertado” o suposto esquema.

    Procurado pelo Estadão, ele ainda não se manifestou. Em entrevista à GloboNews, o ex-diretor afirma existir uma “salada de narrativas”.

    “Quando eu tive agora o acesso ao parecer do Ministério Público e à decisão judicial, o que nós vemos é uma salada de narrativas, inclusive, antigas e já superadas, colocadas para imputar negativamente, criminalmente, no nome da gente, sem qualquer conjunto probatório”, disse Ramagem. “Os policiais federais que estavam comigo, (nós) nunca tivemos a utilização, execução, gestão ou senha desses sistemas.”

    O que diz a Abin

    “Há 10 meses a atual gestão da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) vem colaborando com inquéritos da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal sobre eventuais irregularidades cometidas no período de uso de ferramenta de geolocalização, de 2019 a 2021. A ABIN é a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos e continuará colaborando com as investigações.”

    O que diz a Intelis

    “Os novos desdobramentos das investigações em curso sobre o suposto uso indevido do programa First Mile indicam ter havido utilização da estrutura e recursos da ABIN para práticas de desvios por parte de policiais federais inseridos na Agência.

    Se confirmados os ilícitos apurados, a problemática gestão da ABIN por Alexandre Ramagem e seus assessores reforça a importância de a Agência ser gerida por seu próprio corpo funcional, e não por atores exógenos politicamente condicionados, como no governo anterior.

    Reafirmamos a confiança nos profissionais de carreira da ABIN, que são os maiores interessados na apuração republicana sobre eventuais desvios ou mau uso das ferramentas de Inteligência – semelhantes às utilizadas nos sistemas de Inteligência de democracias consolidadas.

    A Inteligência de Estado tem que ser preservada do debate político-partidário, e os profissionais de carreira precisam ser valorizados. A ABIN e seus profissionais merecem respeito.”

    Diretoria Executiva da Intelis – União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin

    Estadão

  • Centrão não vê espaço para Lula devolver emendas, e derrubada de veto ganha força

    Centrão não vê espaço para Lula devolver emendas, e derrubada de veto ganha força

    Uma ala do centrão encara com desconfiança a promessa do governo Lula (PT) de devolver os R$ 5,6 bilhões cortados em emendas parlamentares.

    Aliados dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), têm dito que, sem uma solução, o veto do presidente será derrubado.

    Para tentar evitar uma derrota, o governo deflagrou uma operação para dar uma justificativa à cúpula do Congresso sobre a tesourada na verba de interesse de deputados e senadores, anunciada na segunda-feira (22). Nessas conversas de bastidores, auxiliares de Lula procuram preparar o terreno para eventual frustração no plano de recompor integralmente os R$ 5,6 bilhões em emendas.

    Integrantes do governo têm buscado traçar a líderes parlamentares um cenário de dificuldade orçamentária que precisa ser considerado.

    Deputados e senadores estão céticos em relação à disposição do Planalto de recuperar o valor cortado. Na avaliação deles, há chances de o ministro Fernando Haddad (Fazenda) fazer ainda mais cortes no Orçamento em pleno ano eleitoral.

    Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Haddad se mobilizaram para ligar para os presidentes das duas Casas para justificar o veto de Lula. De Lira, ouviram que é prerrogativa do governo vetar propostas, assim como é do Congresso derrubar o veto.

    O próprio Lula entrou em campo. Na terça, ele prometeu durante uma entrevista explicar os vetos. Ele declarou estar satisfeito com a relação do Executivo com os congressistas e criticou Bolsonaro, dizendo que ele “não tinha governança nesse país”.

    “Na questão das emendas, o ex-presidente não tinha governança nesse país. Eu vou repetir: ele não tinha governança, quem governava era o Congresso Nacional. Ele não tinha sequer capacidade de discutir Orçamento. Porque ele não queria ou porque não fazia parte da lógica deles. O que ele queria é que deputados fizessem o que eles quisessem”, afirmou em entrevista à rádio Metrópole, da Bahia.

    Segundo o presidente, o seu governo estabeleceu uma “relação democrática” com o Congresso, com ministros conversando diariamente com lideranças da Câmara e do Senado. “E as coisas estão indo. Se não 100% do que a gente queria, mas está indo um percentual razoável, 60%, 70% daquilo que a gente quer.”

    Lula afirmou ainda que negocia com os congressistas “sempre” e que dialogar com a Câmara “é sempre um prazer, é sempre difícil”. “Eu negocio com o Congresso sempre. Ontem [segunda-feira] eu tive que vetar o Orçamento, R$ 5,6 bilhões [em emendas]. E tenho o maior prazer de juntar lideranças e conversar com elas e explicar porque foram vetados.”

    Cabe ao senador Rodrigo Pacheco convocar a sessão do Congresso que tem poder de analisar e eventualmente derrubar o veto do presidente da República. Outro ato de Lula que corre risco é o veto ao dispositivo aprovado pelo Congresso que estabelecia um cronograma para liberação do recurso das emendas para as obras e municípios escolhidos pelos parlamentares.

    Integrantes do governo admitem a dificuldade de se encontrar uma saída para devolver os R$ 5,6 bilhões. Eles citam como possibilidade a edição de um projeto de crédito suplementar, mas dizem que é preciso considerar a situação das contas públicas e que a solução dependerá das conversas com o Parlamento nos próximos dias. A hipótese de se negociar um valor abaixo do que foi vetado também está na mesa.

    No encontro de Lula com representantes do Congresso nesta semana, não houve críticas ao valor recorde de emendas parlamentares neste ano, que ultrapassa R$ 47 bilhões mesmo após os vetos.

    Porém aliados de Lula e auxiliares do presidente dizem que o apetite dos parlamentares por mais poder no Orçamento agrava a situação do governo, que tem curta margem para ampliar gastos.

    O dinheiro das emendas tem sido usado com critérios políticos, e não técnicos. Ou seja, a verba do governo federal é enviada a redutos de deputados e senadores, sem que ocorra necessariamente uma avaliação sobre a sua necessidade. Na prática, programas federais têm sido esvaziados.

    Haddad já enfrenta dificuldades em parte de sua agenda no Congresso. No fim de dezembro, ele editou uma MP (Medida Provisória) que reonera a folha de pagamentos de setores da economia.

    Isso gerou fortes críticas entre deputados e senadores, que acusaram o ministro de insistir numa política que já tinha sido rejeitada em votação pelo Parlamento.

    Integrantes do governo admitem que, sem essa medida, o Orçamento fica ainda mais apertado e os cortes aplicados por Lula teriam que ser ainda maiores. Por isso, o ministro da Fazenda tem resistido a desistir da MP, pois seria forçado a mais tesouradas em março.

    Nesta semana, Haddad se reuniu com um grupo de líderes partidários da Câmara e tratou de medidas legislativas que foram propostas pela Fazenda, sendo uma delas a MP da reoneração.

    Segundo relatos, o ministro tentou “sentir a temperatura” entre os deputados de como a medida foi recebida. Uma das propostas que está na mesa é a de dar mais prazo para os setores se adequarem à medida. Apesar de Haddad não ter entrado em detalhes, líderes avaliaram que isso seria uma alternativa para diminuir as resistências de parlamentares com a MP.

    Em ano eleitoral, o Congresso Nacional chegou a aprovar um valor recorde de R$ 53 bilhões para emendas. Mesmo com o veto de Lula, o saldo será cerca de R$ 47,5 bilhões, o que ainda representará um patamar sem precedentes para atender a parlamentares.

    O corte se deu nas emendas de comissão. Líderes admitem que as emendas de comissão vão funcionar como as extintas emendas de relator, que eram a principal moeda de troca nas negociações do governo Bolsonaro e do Legislativo. O mecanismo das emendas de relator foi derrubado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no fim de 2022.

    O veto decidido na segunda-feira se soma a outros atritos que a gestão do petista teve com o Congresso nos últimos meses, como quando contrariou os parlamentares ao tentar reonerar a folha de pagamento ou ao vetar lei aprovada sobre o marco temporal das terras indígenas.

    Lula foi eleito em 2022 com minoria no Legislativo e teve um primeiro ano de mandato marcado por dificuldades na articulação política com o centrão. Em setembro, nomeou dois ministros indicados pelo centrão, na tentativa de melhorar a relação com os parlamentares, mas a iniciativa teve efeitos reduzidos.

  • Gleisi Hoffmann promete processar Nikolas Ferreira por associar morte de Marielle Franco ao PT

    Gleisi Hoffmann promete processar Nikolas Ferreira por associar morte de Marielle Franco ao PT

    A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que vai processar o também deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) por ter associado a execução da vereadora do Rio Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes à sigla. O parlamentar fez postagens em rede social nesta terça-feira, 23.

    “A turma do Bolsonaro nem esperou a Justiça validar a delação do assassino de Marielle e Anderson para espalhar mentiras contra o PT. É nojenta a fake news do bolsonarista Nikolas e ele terá de responder por mais este crime”, disse Gleisi também na terça.

    O executor do crime, conforme apontam as investigações do caso, teria citado o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Inácio Brazão como o autor intelectual dos assassinatos em 14 de março de 2018, segundo o site The Intercept Brasil. A delação de Lessa, que está preso desde março de 2019, ainda precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O advogado do ex-policial, Bruno Castro, não confirma a colaboração premiada entre o seu cliente e a Polícia Federal (PF).

    Logo após a divulgação sobre o acordo de colaboração premiada, Nikolas postou fotos antigas de Brazão com materiais de campanhas da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o chamou de “mandante petista”. Domingos Brazão fez campanha pela reeleição da ex-presidente em 2014, antes de se tornar conselheiro do TCE.

    Em outra publicação, o bolsonarista chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “bandido” por não ter se manifestado sobre a delação.

    Pelas redes sociais, Gleisi afirmou que Nikolas espalha “mentiras contra o PT”. A dirigente partidária também disse que o parlamentar, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vai “responder por mais este crime”. Ao longo do ano passado, o deputado foi alvo de outros processos encabeçados por membros da base governista.

    Gleisi citou a relação de Brazão com o grupo político opositor no X (antigo Twitter). O irmão de Domingos Brazão, o deputado federal Chiquinho Brazão fez campanha para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição do ano passado.

    A deputada também afirmou que a legenda do presidente Lula quer a conclusão da investigação sobre a morte de Marielle. “Quem teve apoio do suposto mandante em 2018 foi Jair Bolsonaro, prometendo ‘metralhar os petistas’. Tudo que o PT quer é que a Polícia, o MP (Ministério Público) e a Justiça concluam a investigação, sem interferências que a prejudiquem. O mandante desse crime, seja quem for, tem de pagar!”, disse.

    Estadão procurou o deputado Nikolas Ferreira, mas não obteve retorno.

  • Após se manifestar sobre desfecho da morte de Marielle, senador de Rondônia questiona: ‘Quem mandou matar Bolsonaro?’

    Após se manifestar sobre desfecho da morte de Marielle, senador de Rondônia questiona: ‘Quem mandou matar Bolsonaro?’

    O senador Marcos Rogério (PL) confrontou ontem (23) os seus seguidores nas redes sociais ao questionar: “quem mandou matar Bolsonaro?”. A pergunta ocorre após publicar mais um desfecho da morte da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco. Ela morreu no dia 14 de março de 2018 e até os tempos atuais não havia um verdadeiro culpado. Marielle foi assassinada após sair de uma agenda de trabalho. Na ocasião, o motorista lotado em seu gabinete também morreu.

    Nos últimos episódios, Ronnie Lessa, o ex-PM acusado de matá-la e Anderson Gomes, delatou Domingos Brazão (ex-MDB) como um dos mandantes do atentado que matou a vereadora e seu motorista. Preso desde março de 2019, Lessa fez acordo de delação com a Polícia Federal. O acordo ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça, o STJ, pois Brazão tem foro privilegiado por ser conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

    “Mais uma narrativa da esquerda caiu por terra. As investigações apontam para Domingos Brazão como um dos mandantes do crime. Agora, queremos saber quem tentou matar Jair Bolsonaro na campanha em 2018?”, escreveu Rogério.

    A pergunta também vem sendo feita por diversas lideranças de extrema direita do país, prática de marketing que denota mais visibilidade no país, como ocorreu com a morte de Marielle Franco que virou até estampa de roupas.

    Além de Marcos Rogério, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL) também comentou sobre o processo de delação premiada e fez o mesmo questionamento. “O Brasil de justiça sentiu um alívio nesta terça-feira (23), ao sabermos, juntos, quem mandou matar Marielle Franco. Curiosamente, o mandante delatado, Domingos Brazão, fez campanha ferrenha para Dilma Rousseff ao lado de Eduardo Cunha em 2010. Hoje é um grande dia! E agora, podemos investigar quem mandou matar Bolsonaro?”, escreveu.

  • Governo Lula aprova nova faixa de isenção do IRPF

    Governo Lula aprova nova faixa de isenção do IRPF

    O ano de 2024 traz consigo uma série de alterações nas regras do Imposto de Renda, promovidas pelo Governo Federal em 2023. Dentre essas mudanças, destaca-se o aumento da faixa de isenção do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física), impactando diretamente os idosos em todo o território nacional.

    Com essa modificação, um grupo específico de contribuintes, os idosos, deixará de ser obrigado a enviar a declaração anual do Imposto de Renda se não tiverem recebido rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70 ao longo do ano de 2023. Essa medida desobriga os idosos, que antes eram obrigados a realizar esse procedimento, simplificando a burocracia fiscal para esse segmento da população.

    É importante ressaltar que os idosos que recebem aposentadorias ou pensões do INSS se beneficiam da isenção sobre parte de sua renda, considerada como rendimentos previdenciários isentos de pagamento. Mesmo com essa isenção, há a obrigatoriedade de declarar esses rendimentos à Receita Federal.

    Entendendo a isenção do IRPF em 2024

    • Atualização da Tabela do Imposto de Renda: Após mais de 20 anos sem uma atualização completa, a tabela do Imposto de Renda foi revista integralmente.
    • Nova Faixa de Isenção: Em 2024 (ano-base 2023), cidadãos com rendimento mensal médio de até R$ 1.903,98 ficam isentos do pagamento do IRPF.
    • Expansão da Faixa de Isenção até 2026: O Governo Lula planeja ampliar a faixa de isenção até 2026, contemplando cidadãos com renda média mensal de até R$ 5 mil.
    • Expectativa para Liberação da Cobrança para Faixas de Renda Inferiores: A próxima etapa prevista é a liberação da cobrança para quem recebe até dois salários mínimos.
    • Prazo para Envio da Declaração em 2024: O período para envio da declaração de Imposto de Renda terá início em 15 de março, com término em 31 de maio, conforme informações da Receita Federal.
    • Possíveis Penalidades por Atraso: Após o encerramento do prazo, aqueles que não enviarem a declaração poderão estar sujeitos ao pagamento de uma taxa extra.

    Catraca Livre

  • Luto: Ex-vereadoras, mãe e filha morrem de infarto no mesmo dia

    Luto: Ex-vereadoras, mãe e filha morrem de infarto no mesmo dia

    Maria das Neves e Ana Maria Lima foram a óbito em intervalo de apenas algumas horas

    Ex-vereadoras da cidade de Guarabira, na Paraíba, Maria das Neves Lima da Silva, de 78 anos, e sua filha, Ana Maria Lima da Silva, de 51 anos, morreram nesta terça-feira (23) em um intervalo de apenas algumas horas. Ambas sofreram infarto e estão sendo veladas nesta quarta (24), na Câmara Municipal de Guarabira.

    Em contato com a TV Cabo Branco, o filho de Maria das Neves explicou que sua irmã, Ana Maria, começou a passar mal em casa, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. A equipe teve que prestar socorro ainda na sala de estar da casa da paciente.

    Enquanto Ana Maria era atendida, sua mãe chegou em casa e se deparou com a situação. Ela chegou a ser levada para a cozinha a fim de que não visse a filha em tais condições, mas mesmo assim passou mal e também teve que receber atendimento.

    Ana Maria não resistiu ao quadro de infarto. A mãe, por sua vez, chegou a ser levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarabira. Ela morreu horas depois, sem saber que a filha tinha ido a óbito.

    Em nota, a Câmara Municipal de Guarabira se manifestou, externando “votos de pesar” em virtude dos falecimentos. A entidade ainda desejou que “Deus conforte os familiares e amigos neste momento”.

    PLENONEWS
  • Caiado é eleito presidente do Consórcio Brasil Central

    Caiado é eleito presidente do Consórcio Brasil Central

    Decisão foi unânime entre os governadores que integram o grupo. Bloco tem o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social dos estados, que juntos somam 26 milhões de habitantes.

    O governador Ronaldo Caiado foi eleito o novo presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC). Além de Goiás, fazem parte do bloco Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. A decisão foi unânime entre os demais governadores.

     

    O BrC foi criado em julho de 2015 com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social dos estados, que juntos somam 26 milhões de habitantes de 875 municípios. O presidente anterior era o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes.

    A eleição do novo presidente do bloco aconteceu em paralelo ao Fórum de Governadores do BrC. Na ocasião, o Caiado apresentou o projeto vencedor do Prêmio Boas Práticas do Consórcio Brasil Central.

    Caiado assume comando de consórcio de governadores - Entrelinhas Goiás
    Foto: EntreLinhas

    Caiado disse que já sugeriu alguns temas para discussão, envolvendo saúde, orçamento e segurança pública.

    “Vamos construir uma agenda respeitando as atividades de cada um dos colegas em seus estados, mas trazendo a sintonia das nossas ações e experiências”, citou o governador.

    G1

  • PF confirma somente uma delação homologada no Caso Marielle e critica vazamentos

    PF confirma somente uma delação homologada no Caso Marielle e critica vazamentos

    A Polícia Federal (PF) emitiu uma nota oficial confirmando que, até o momento, ocorreu apenas uma delação homologada pelo Judiciário na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes. A corporação se refere especificamente à delação do ex-policial militar Élcio de Queiroz.

    Na nota, divulgada na noite de terça-feira (23), a PF enfatizou sua preocupação com a divulgação e repercussão de informações falsas, alertando que tais práticas podem prejudicar o trabalho investigativo e expor cidadãos. “A divulgação e repercussão de informações que não condizem com a realidade comprometem o trabalho investigativo e expõem cidadãos”, afirmou a Coordenação Geral de Comunicação Social da PF.

    A declaração surge após a reportagem do portal The Intercept, que noticiou a delação de Ronnie Lessa, indicando o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCRJ), Domingos Brazão, como mandante do crime. A reportagem apontou que a motivação do crime seria uma suposta vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual pelo PSol e atual presidente da Embratur.

    Domingos Brazão, em uma entrevista ao portal Metrópoles, refutou veementemente as acusações de ser o mandante do crime. Ele sugeriu que a menção de seu nome poderia ser uma estratégia dos executores para desviar a atenção.

    Íntegra da nota da Polícia Federal: “A Polícia Federal informa que está conduzindo há cerca de onze meses as investigações referentes aos homicídios da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes. Ao longo desse período, a Polícia Federal trabalhou em parceria com outros órgãos, notadamente o Ministério Público, com critérios técnicos e o necessário sigilo das diligências realizadas. Até o momento, ocorreu uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário. As investigações seguem em sigilo, sem data prevista para seu encerramento. A divulgação e repercussão de informações que não condizem com a realidade comprometem o trabalho investigativo e expõem cidadãos. Coordenação Geral de Comunicação Social”

    Hora Brasília

  • Kits escolares são entregues em mais duas cidades

    Kits escolares são entregues em mais duas cidades

    Alunos da rede estadual de Avelinópolis e São Luís de Montes Belos receberam kits escolares, com uniformes, material e Chromebooks, nesta terça-feira (23/01). A entrega foi realizada pelo vice-governador Daniel Vilela, que representou o governador Ronaldo Caiado nas cerimônias nos dois municípios.

    “O Estado, sob a determinação do governador, tem feito todos os esforços possíveis para garantir o que há de melhor e assegurar um futuro melhor aos nossos alunos”, pontuou Vilela.

    kits escolares

    Em Avelinópolis, o Colégio Estadual Professor Alfredo Nasser sediou o evento que marcou a entrega de 230 kits de uniformes e 46 Chromebooks, além de materiais escolares, como cadernos, lápis, canetas, borrachas, régua, calculadora, lápis de cor, apontador e outros itens.

    De lá, a comitiva se deslocou para o Colégio Estadual Dom Pedro II, em São Luís de Montes Belos. No município, foram distribuídos 1.810 kits de material escolar e 1.143 kits de uniformes.

    “Estamos entregando o kit de material escolar com tudo de primeira linha”, enfatizou o vice-governador, ao citar que é prerrogativa do governo estadual manter um padrão de qualidade nos itens adquiridos pela administração pública.

    “Tudo isso que está sendo entregue faz diferença para um bom desempenho escolar. Nos preocupamos em oferecer o melhor e nossos professores e alunos têm correspondido. Goiás hoje é referência nacional em educação”, ressaltou.

    Transformação

    A qualificação da educação estadual em todos os municípios goianos tem sido uma política permanente desde 2019, com resultados também na infraestrutura, alimentação de estudantes e recursos pedagógicos como novos laboratórios.

    “A educação de Goiás vem se transformando. Hoje não é só investimento em estrutura física, não. É em todas as áreas”, afirmou a coordenadora regional de Educação de Trindade, Celma Aguiar.

    Avó do estudante Avelinópolis Rafael Mariano, do 7º ano, Rosangela Moreira Siqueira, 54 anos, reforçou a importância das entregas.

    “É muito bom receber esses produtos. Na minha época não tinha, era tudo comprado. Agora eles ganham de graça. Essa ajuda que o governo dá hoje é muito boa para as crianças”, enalteceu.