Categoria: Segurança e Justiça

  • Juíza que negou pedido de prisão de motorista de Porsche manteve ladrão de desodorante preso

    Juíza que negou pedido de prisão de motorista de Porsche manteve ladrão de desodorante preso

    Magistrada que negou pedido de prisão de dono de Porsche envolvido na morte de motorista, manteve homem acusado de furto em mercado preso

    A juíza Fernanda Helena Benevides Dias, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que negou o pedido de prisão contra o proprietário do Porsche envolvido na morte de um motorista de aplicativo, anteriormente determinou a prisão de um homem que tentou furtar dois desodorantes e três garrafas de bebida de um supermercado. As informações são do portal Metrópoles.

    O furto ocorreu em agosto de 2022 no Supermercado Peri, localizado no Jardim Peri, zona norte da cidade de São Paulo. Na ocasião, os seguranças do estabelecimento flagraram um homem de 21 anos tentando roubar um litro de conhaque, no valor de R$ 16,99, juntamente com duas garrafas de vodka (R$ 16,99 cada) e dois desodorantes (R$ 18,99 cada), todos escondidos sob sua camisa.

    Após ser abordado, o ladrão reagiu, proferindo ameaças e arremessando uma garrafa contra um segurança. Após ser contido, ele foi levado à delegacia. Não houve registro de ferimentos graves, e os itens foram recuperados. Já na delegacia, o suspeito afirmou que trabalhava como lavador, possuía residência fixa, mas estava desempregado e admitiu ser usuário de crack.

    O homem já possuía antecedentes criminais. Em março de 2022, foi condenado a 1 ano e 11 meses de prisão por tráfico de drogas, cumprindo a pena em regime aberto. Durante a audiência de custódia, outra juíza do TJSP converteu o flagrante em prisão preventiva com base nesse histórico.

    O Ministério Público de São Paulo (MPSP), por sua vez, afirmou que o homem preso cometeu roubo, crime com pena mais severa em comparação ao furto. O processo referente ao caso no supermercado foi encaminhado para a 14ª Vara Criminal do Foro da Barra Funda, no TJSP, onde a juíza Fernanda Helena Benevides Dias atuava.

    Na audiência, ocorrida em novembro de 2022, o réu foi defendido pela Defensoria Pública, que afirmou sua inocência.

    A juíza, por sua vez, considerou que existiam indícios suficientes para que ele respondesse à ação penal e optou por mantê-lo preso até que houvesse uma sentença.

    “No que tange ao tempo em que o réu se encontra preso, há prazos e atos processuais pendentes e peculiares ao deslinde da ação, devendo se aguardar em especial a juntada do laudo de exame de corpo de delito. Diante do exposto, mantenho a prisão preventiva”, disse.

    Pedido negado
    O pedido de prisão contra Fernando Sastre de Andrade Filho, de 25 anos, suspeito de provocar um acidente que resultou na morte de um motorista de aplicativo em São Paulo, foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O jovem dirigia um Porsche que bateu no carro da vítima, e ele responderá por homicídio doloso, lesão corporal e fuga após a colisão.

    O suspeito, empresário do ramo imobiliário, é apontado como o responsável por colidir um carro de modelo Porsche 911 Carrera GTS, avaliado em R$ 1 milhão, no Renault modelo Sandero, dirigido por Orlando da Silva Viana, de 52 anos, na madrugada de domingo, 31. Viana, que era motorista de aplicativo, não resistiu aos ferimentos e morreu.

    O pedido de prisão do motorista ocorreu na segunda-feira, 1º, após comparecer e prestar depoimento na 30º Distrito Policial do Tatuapé, na capital paulista. “A autoridade policial representou pela decretação da sua prisão temporária e aguarda a apreciação do Poder Judiciário”, disse a SSP ao Terra.

    No entanto, segundo a defesa do empresário, representada por Carine Acardo Garcia e Merhy Daychoum, o pedido foi negado pela Justiça. “A cautelar foi negada pelo juízo do plantão judiciário, por falta de preenchimento dos requisitos autorizadores de tal prisão”, declarou em nota.

    Ainda conforme o pronunciamento, Andrade Filho não fugiu do local, “uma vez que já havia socorro sendo prestado às outras vítimas”, e os policiais militares já o haviam qualificado na ocorrência e o liberado para procurar atendimento médico.

    “Contudo, por fundado receio de sofrer linchamento, já que naquele momento passou a sofrer o “linchamento virtual”, bem como por conta do choque causado pelo acidente e pela notícia do falecimento do motorista do outro veículo, foi necessário seu resguardo”, diz a nota.

    Além disso, as advogadas afirmam que é “prematuro” julgar as causas do acidente, pois os laudos das perícias realizadas ainda não foram concluídos, e traram o caso como uma “fatalidade”.

    “Por fim, informamos que estamos entrando em contato com a família do falecido, Sr. Ornaldo, a fim de prestar nossa solidariedade, bem como assistência necessária. Obviamente, a perda não será reparada, mas minimamente prestaremos amparo necessário neste momento de tal fatalidade”, finaliza.

    O acidente
    A colisão traseira ocorreu por volta das 2h de domingo, na Avenida Salim Farah Maluf, na capital paulista. Testemunhas informaram à Polícia Civil que o empresário de 25 anos, que conduzia o Porsche, seguia em alta velocidade pela via, que tem limite de 50 km/h, e, ao fazer uma ultrapassagem, perdeu o controle do veículo.

    Ele teria batido contra a traseira de um Sandero, conduzido pelo motorista de aplicativo. O condutor chegou a ser socorrido com parada cardiorrespiratória para o Hospital Tatuapé. Ele morreu por causa de “traumatismos múltiplos”.

    O passageiro do Porsche, de 22 anos, também ficou ferido e foi levado ao Hospital São Luiz.

    Policiais militares que atenderam ao caso informaram à Polícia Civil que a mãe de Andrade Filho compareceu ao local e disse que levaria o filho ao Hospital São Luiz, localizado no Ibirapuera, para tratar de um ferimento na boca.

    Quando os agentes foram até ao hospital para fazer o teste do bafômetro e colher sua versão do acidente, eles não encontraram nenhum dos dois.

    Em nota ao Terra, a Secretaria de Segurança Pública informou que a prioridade em casos de acidente de trânsito é garantir o resgate das vítimas e preservar o local do acidente –o que foi feito pelos PMs. Os policiais também fi

    Portal Terra

  • TAC com o MP: motoristas podem avançar o sinal na madrugada sem risco de multa

    TAC com o MP: motoristas podem avançar o sinal na madrugada sem risco de multa

    O motorista pode ou não passar no sinal vermelho durante a madrugada sem ser multado? O diretor de Trânsito da Secretaria Municipal de Mobilidade de Goiânia (SMM), Horácio Ferreira, explica que foi realizado um estudo pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e celebrado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), há mais de 15 anos e que continua valendo, que permite ao condutor seguir adiante, mesmo com o semáforo vermelho, das 23h às 4h59 da manhã, por razões de segurança, como por exemplo, risco de assalto. “Chegou-se ao entendimento que é mais seguro que o condutor não fique parado aguardando o sinal verde para avançar”, explica.

    Seguido ao TAC, a Câmara Municipal de Goiânia aprovou a Lei nº 9.178, de 24 de dezembro de 2012, que determina em seu artigo 2º que o horário de funcionamento dos radares eletrônicos será das 5h da manhã às 23h, de segunda a sexta-feira, inclusive, aos sábados, domingos e feriados, para todos os radares eletrônicos instalados nos semáforos da Capital.

    Porém, há regras, segundo Horácio Ferreira. Ele afirma que é necessário respeitar o limite de velocidade da via, já que o monitoramento é realizado 24h nos pontos onde há equipamentos eletrônicos de fiscalização, sendo que, neste caso, não entra no TAC.

    O diretor explica que há muitas dúvidas em relação ao tema, por isso, é necessário pontuar que, caso haja algum sinistro de trânsito com danos materiais ou à vida, o condutor que avançou será responsabilizado civil e penalmente, se for o caso de responder. “O termo não exime o condutor destas responsabilidades, apenas da penalidade administrativa, que é a multa de trânsito, já que ele precisa observar o fluxo e a segurança viária”, afirma Horácio Ferreira.

    Horácio Ferreira lembra que não há essa permissividade dentro do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), já que a mesma é proveniente do TAC celebrado com o MP-GO. “Aliás, por ser um termo, ele pode ser dissolvido a qualquer momento, basta que as partes entrem em acordo de que isso é irrelevante nos dias de hoje, mas não há essa discussão”, pontua.

    Excesso de velocidade

    Nos últimos dois anos, as multas por excesso de velocidade chegaram a quase 500 mil na Capital. Foram computadas 469.266, em 2022; 441.281, em 2023; e 110.076, até o dia 10 de março deste ano, todas registradas por meio de equipamento eletrônico. Um dos motivos apontados pelo diretor de Trânsito da SMM, é a falta de planejamento. “Muitas vezes, a pessoa sai atrasada para o compromisso e quer tirar esse atraso no acelerador. E culminado a isso, tem o fato de o motorista não optar por rotas que favoreçam o deslocamento, seguindo o mesmo trajeto, sem a rota alternativa”, explica Horácio Ferreira.

    O diretor da SMM destaca, ainda, que a falta de condição de avaliação dos riscos com essa postura no trânsito pode acarretar multa ao motorista. “O condutor tem a certeza que tem o controle total do veículo e poderá reduzir a velocidade a qualquer momento, e isso é algo que não acontece. Isso acaba culminando no número de infrações e acidentes”, diz.

    Rota Jurídica

  • Imprensa brasileira sofreu algum tipo de ataque a cada três dias em 2023

    Imprensa brasileira sofreu algum tipo de ataque a cada três dias em 2023

    Em 2023, o Relatório da ABERT sobre Violações à Liberdade de Expressão registrou, mais uma vez, o assassinato de um profissional de comunicação, após receber ameaças pelas denúncias que publicava em seu blog sobre irregularidades no município onde vivia e na gestão política da região. Thiago Rodrigues foi morto com nove tiros durante uma festa de confraternização em Vicente de Carvalho (SP).

    Execuções desse tipo não são raridade no Brasil. Desde 2012, quando a ABERT começou a apurar os casos de violências sofridas por jornalistas brasileiros, foram contabilizados 26 assassinatos de profissionais da imprensa, a maioria por arma de fogo. Apenas em 2019 e 2021 não houve registros de jornalistas mortos pelo exercício da atividade profissional.

    O relatório da ABERT computou ainda 111 casos de violência não letal, envolvendo pelo menos 163 jornalistas e veículos de comunicação. Apesar da redução de 19% no número de registros e de 23,11% na quantidade de vítimas, os números apontam que a cada três dias a imprensa brasileira sofreu algum tipo de ataque.

    Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (4), em Brasília, pelo presidente da ABERT, Flávio Lara Resende.

    De acordo com o levantamento, as agressões físicas lideraram os registros de violações ao trabalho jornalístico. Pelo menos 45 casos foram contabilizados, 40% do total. O número de profissionais que foram alvo de agressores subiu para 80, um aumento de 8,11% em relação ao ano anterior.

    A cobertura política esteve em xeque e, ao relatar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro e em dias subsequentes, a imprensa enfrentou a fúria de manifestantes que agrediram, ameaçaram e insultaram profissionais dos mais variados veículos de comunicação.

    Casos de atentados, injúria e furtos cresceram substancialmente em 2023: 50%, 200% e 600%, respectivamente.

    Ameaças a comunicadores e censuras se mantiveram estáveis em relação a 2022.

    Entre as violências não letais com redução de casos estão intimidações (-56%), ofensas (-68%), ataques e vandalismos (-40%) e crimes de importunação sexual (-25%).

    Os ataques virtuais estão em um capítulo à parte. Levantamento da BITES – empresa de análise de dados para decisões estratégicas – revela que, apesar da queda no número de agressões virtuais dirigidas aos profissionais e veículos de comunicação em 2023, a imprensa brasileira sofreu 2,9 mil ataques por dia, ou dois ataques por minuto nas redes sociais.

    Desde o início da medição dos ataques virtuais pela ABERT, em 2019, a mídia brasileira sofreu 10 milhões de agressões de todos os níveis dentro das redes sociais a partir de posts publicados no Instagram, X (antigo Twitter) e Facebook.

    “O poder de corrosão da democracia, com os efeitos tóxicos da desinformação e discursos de ódio espalhados nas redes sociais, deve ser combatido com a regulamentação e responsabilização das plataformas digitais, em defesa do aprimoramento da nossa sociedade, da liberdade de expressão e do Estado Democrático de Direito”, afirma Lara Resende.

    Seguindo a tendência dos relatórios divulgados anteriormente, as decisões judiciais, 22 ao todo, não entraram na contagem de violência não letal em 2023. Do total, 13 foram favoráveis e nove contrárias à imprensa.

    A retirada do ar de reportagens ou citação de nomes, geralmente dos alvos das matérias, continua sendo o recurso mais comum na justiça.

    Em uma das ações – um exemplo de assédio judicial e processual – o Supremo Tribunal Federal (STF) extinguiu mais de 40 ações idênticas ajuizadas em vários municípios por magistrados do Paraná contra jornalistas da Gazeta do Povo, após publicação, em 2016, de reportagens sobre remunerações acima do teto constitucional recebidas por juízes, promotores e procuradores do estado.

    Em outra ação, a ABERT também teve papel fundamental para que a decisão judicial de primeira instância fosse revertida e a censura evitada: a suspensão do acórdão que autorizava a cobrança das emissoras de rádio pela transmissão dos jogos do Club Athletico Paranaense.

    Para Lara Resende, “estes são apenas alguns exemplos de decisões de instâncias superiores que reconhecem a importância da informação de interesse público e o direito da população de ser informada”.

    O Brasil no mundo

    As zonas de guerra e conflito armado foram mortais para jornalistas que trabalharam em coberturas como as crises Israel-Palestina e Ucrânia-Rússia em 2023. Dados da Organização das Nações Unidas para Ciência e Cultura (Unesco) apontam que os assassinatos de profissionais da imprensa quase dobraram em comparação com os últimos três anos.

    Segundo a Unesco, a violência no Oriente Médio foi responsável pela maioria das mortes de jornalistas relacionadas com conflitos.

    O estudo revela ainda que houve um declínio significativo nos assassinatos fora das zonas de guerra. Na América Latina e no Caribe, especialmente, foram relatados 15 assassinatos, número bem mais baixo se comparado com os 43 registros de 2022.

    Na análise sobre as diferentes formas de ameaças à imprensa, o aumento global da violência contra jornalistas durante períodos eleitorais chama a atenção da Unesco, que alerta para o fato de, em 2024, 2,6 bilhões de pessoas irem às urnas em mais de 60 países.

    Brasil apresenta situação “problemática” para jornalistas

    Já o Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa da organização internacional Repórteres sem Fronteiras (RSF), que avalia as condições do jornalismo em 180 países e territórios, indica que a situação é “muito grave” em 31 países, “difícil” em 42 e “problemática” em 55, sendo “boa” ou “relativamente boa” em 52 países. De acordo com o estudo, as condições para o exercício do jornalismo são ruins em 7 de cada 10 países e satisfatórias em apenas 3 de cada 10 países.

    Pelo 7º ano seguido, a Noruega mantém o primeiro lugar entre os países com melhores condições para o exercício do jornalismo.

    O Brasil aparece em 92º lugar, classificação que indica situação problemática para o jornalismo, e o trio final, onde as condições para a imprensa são muito graves, é formado exclusivamente por países asiáticos: Vietnã (178º), China (179º) e Coreia do Norte (180º).

    O Relatório da ABERT pode ser acessado clicando aqui.

  • AGR aprova cinco novas linhas para transporte regular de passageiros

    AGR aprova cinco novas linhas para transporte regular de passageiros

    O Conselho Regulador da Agência Goiana de Regulação (AGR) aprovou, nesta quarta-feira (03/04) cinco novas linhas de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros.

    Três empresas serão responsáveis pela oferta dos serviços ligando cidades das regiões Norte, Leste e Oeste e também da região do Entorno do Distrito Federal.

    Assim, sobe para 44 as linhas aprovadas pelo Conselho nos três editais de Chamamento Público lançados em 2023. Desse total, 26 já estão em operação.

    Melhoria dos serviços prestados

    De acordo com o presidente do Conselho Regulador, Wagner Oliveira Gomes, essas novas autorizações, dentro do regime de livre concorrência e liberdade tarifária, contribuem para a melhoria dos serviços prestados e também para a redução do transporte irregular de passageiros.

    AGR aprova cinco novas linhas para transporte regular de passageiros
    Conselho Regulador da AGR aprovou, na última quarta-feira (03/04), cinco novas linhas de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros (Foto: AGR)

    Durante a sessão, o colegiado observou que os novos processos para operação de novas linhas devem vir acompanhados de estudo de viabilidade econômica.

    As linhas

    Um dos processos, de relatoria do conselheiro Ricardo Baiocchi, atendeu solicitação da empresa Rápido Federal Viação Ltda., feita por meio dos editais de chamamento público 01 e 04/2023, para operar as linhas: Goiânia a Cristalina (passando por Vianópolis e Novo Gama); Goiânia a Posse (passando por Vianópolis e Formosa); e Posse a Iaciara, direto.

    Do mesmo relator, foi aprovado o pedido da empresa Jotamar Comércio de Peças e Transportes Rodoviários Ltda., que vai fazer o trecho entre Goiânia e Iporá, constante do edital 01/2023.

    A conselheira Natália Maria Briceño Spadoni foi a relatora de outro processo com a mesma finalidade, aprovando o pedido da Expresso Diamante Log Ltda., para atender a linha de Goiânia a Caldas Novas, passando pelas cidades de Bela Vista e Pires do Rio e pela GO-309. A referida linha consta do edital de Chamamento Público nº 03/2023 da AGR.

    Na mesma sessão, os conselheiros julgaram processos relativos a infrações por transporte irregular de passageiros, incluindo serviços realizados por municípios sem a devida autorização da AGR.

  • Moraes volta atrás e manda prender, de novo, coronel da PMDF pelo 8/1

    Moraes volta atrás e manda prender, de novo, coronel da PMDF pelo 8/1

    Marcelo Casimiro foi solto no último dia 28, por decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF), que reavaliou a prisão na quarta-feira (3/4)

    Seis dias após decidir pela liberdade do coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou atrás e mandou prender, novamente, o militar, acusado de omissão diante dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Na ocasião, Casimiro era o chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF.

    De acordo com a defesa dele, a prisão ocorreu nessa quarta-feira (3/4). A reportagem apurou que a revogação da liberdade de Casimiro se deu sob o fundamento de que o acusado teria se transferido para a reserva remunerada e, nessa condição, não ofereceria risco à instrução criminal. No entanto, o réu ainda está na ativa. O coronel está detido no 10º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Ceilândia.

    Metrópoles

  • Polícia prende fugitivos de Mossoró após 51 dias de buscas

    Polícia prende fugitivos de Mossoró após 51 dias de buscas

    Os detentos que fugiram do Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram presos em Marabá, no Pará. A busca pelos detentos durou 50 dias. A distância entre os dois municípios é de mais de 1500 km. A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

    As polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF) prenderam, na tarde desta quinta-feira (4/4), em Marabá, no Pará, os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33.

    Os presos são Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Deisinho. Eles fugiram da penitenciária federal na madrugada de 14 de fevereiro. Ambos são faccionados do Comando Vermelho (CV).

    O caso foi a primeira fuga registrada no sistema penitenciário federal.

    Os criminosos fugiram do complexo de segurança máxima em 14 de fevereiro. As buscas duraram 51 dias. Rogério estava de camiseta preta, cabelo e barba feitos, e apresentava ferimento no nariz. Deibson também estava barbeado, com cabelo cortado e vestia camisa gola polo e boné vermelhos.

    Chamou a atenção a localização dos dois, pois estavam a 1,6 mil quilômetros de distância da penitenciária de Mossoró.

    Metrópoles

  • MP Eleitoral solicita que órgãos atualizem dados sobre condenações que podem gerar inelegibilidade

    MP Eleitoral solicita que órgãos atualizem dados sobre condenações que podem gerar inelegibilidade

    Informações vão alimentar sistema que auxilia o Ministério Público a analisar se candidatos cumprem requisitos da Lei da Ficha Limpa

    Com o objetivo de coletar informações para subsidiar a fiscalização das Eleições 2024, o Ministério Público Eleitoral começou a enviar ofícios a diversos órgãos estaduais e municipais para que atualizem no Sisconta Eleitoral os dados relativos a decisões que podem gerar inelegibilidade. É o caso, por exemplo, de condenações penais ou por improbidade administrativa – que geram perda de direitos políticos – proferidas por órgãos colegiados,  cassação de mandatos ou registros profissionais. Em Goiás, o requerimento foi enviado para o Judiciário, o Tribunal de Contas, a Controladoria-Geral do Estado, a Assembleia Legislativa, órgãos de classe, entre outros.

    Criado pelo Ministério Público Federal (MPF), o Sisconta Eleitoral é um banco de dados nacional que cruza informações de diferentes instituições, no intuito de auxiliar os procuradores e promotores eleitorais a identificarem possíveis candidatos inelegíveis com base na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar  64/1990).  Os promotores eleitorais que atuam em Goiás também foram orientados pelo procurador regional Eleitoral, Marcello Santiago Wolff,a enviar ofícios às Prefeituras Municipais e às Câmaras de Vereadores de todos os 246 municípios goianos, para que atualizem as informações.

    A medida segue orientação feita pelo vice-procurador-geral Eleitoral, Alexandre Espinosa, a todos os procuradores regionais eleitorais do país para que solicitem aos órgãos competentes dos respectivos estados as informações necessárias para alimentar o Sisconta Eleitoral. São dados sobre condenações transitadas em julgado, perda de mandato, demissão do serviço público por processo administrativo ou judicial, rejeição de contas relativas ao exercício de cargos e funções públicas ou, ainda, pessoas excluídas do exercício da profissão por decisão de órgão de classe em razão de infração ético-profissional, entre outras causas geradoras de inelegibilidade previstas na Lei da Ficha Limpa.

    Tais dados devem ser transmitidos pelos próprios órgãos, por meio do sistema. Considerando que o prazo para os partidos registrarem os candidatos que disputarão as eleições municipais vai de 20 de julho a 15 de agosto, o ideal é que as informações sejam inseridas pelos órgãos no sistema antes desse período. Com base nesses dados, o MP Eleitoral vai analisar a situação de cada candidato e identificar aqueles que estão inelegíveis, para que possa atuar de forma célere, contestando as candidaturas na Justiça Eleitoral, quando confirmado o impedimento.

    “A manutenção atualizada dos cadastros de inelegíveis é medida necessária para maior eficiência da atuação do Ministério Público, sobretudo no período eleitoral que se aproxima”, pontuou o vice-PGE na orientação enviada aos PREs, no final de janeiro. Com o objetivo de auxiliar os procuradores e promotores eleitorais na tarefa, o coordenador nacional do Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe), Elton Ghersel, encaminhou a todos os estados modelos de ofícios para serem enviados aos órgãos estaduais e municipais solicitando as informações.

    Sisconta eleitoral – Utilizado pela primeira vez nas eleições de 2012, o Sisconta possibilita a geração de relatórios a partir do cruzamento dos registros de candidatura com os dados de decisões tomadas por órgãos do Judiciário, do Executivo, do Legislativo, do Ministério Público e dos conselhos profissionais que podem servir de causa para a declaração de inelegibilidade.

    Diante desse contexto, foi criado um canal para que as próprias instituições possam encaminhar as informações diretamente ao Sisconta, descentralizando, assim, o processo de alimentação do banco de dados. O canal pode ser acessado pelos órgãos por meio do link https://siscontaeleitoral.mpf.mp.br/, com login e senha únicos para todos os usuários. Após o login, o representante do órgão preenche um formulário eletrônico com alguns dados e envia o arquivo em formato de planilha com as informações. Acesse o Manual do Sisconta Eleitoral com orientações para o envio de informações.

  • Netanyahu diz que Irã tem agido contra Israel há anos

    Netanyahu diz que Irã tem agido contra Israel há anos

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira que o Irã vem agindo contra Israel há anos e, portanto, Israel está operando contra o Irã, tanto defensiva quanto ofensivamente.

    “Durante anos, o Irã tem trabalhado contra nós diretamente e por meio de seus representantes e, portanto, Israel está trabalhando contra o Irã e seus representantes, tanto defensiva quanto ofensivamente”, disse Netanyahu no início de uma reunião do gabinete.

    “Saberemos como nos defender e agiremos de acordo com o princípio simples de que quem quer que nos atinja ou planeje nos ferir, nós vamos feri-lo”, disse ele.

    Como Irã pode tentar ‘se vingar’ de Israel após morte de general

    Ambulâncias em frente a prédio
    Ataque aéreo destruiu um edifício consular (à direita) próximo à embaixada do Irã em Damasco, na Síria

    O Irã prometeu responder ao ataque aéreo de segunda-feira (1/4) ao seu consulado em Damasco, na Síria – mas que capacidade o país tem para atacar Israel e como poderia ser essa retaliação?

    Treze pessoas foram mortas, incluindo o brigadeiro-general Mohammad Reza Zahedi, uma figura importante da força Quds, o ramo estrangeiro da elite da Guarda Republicana do Irã. Israel não reivindicou o ataque.

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, “perdeu completamente o equilíbrio mental”, disse o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, citado no site de seu ministério.

    Para Fawaz Gerges, professor de Relações Internacionais na London School of Economics, a escalada de violência foi concebida para mostrar ao mundo que o Irã é um “tigre de papel”.

    O ataque também provocou uma perda significativa para a força Quds, “que na verdade se destina à coordenação e à transferência de armas e tecnologia para o Hezbollah no Líbano e na Síria”.

    O braço militar do Hamas, as brigadas Qassam, disse que Zahedi teve um “papel proeminente” nos ataques do Hamas de 7 de outubro ao sul de Israel, que desencadearam a atual guerra em Gaza que ameaça se alastrar. O Irã negou ter participado no ataque, mas apoia o Hamas com financiamento, armas e treino.

    No entanto, as opções de retaliação do Irã pelo ataque a Damasco podem ser limitadas, disseram Gerges e outros especialistas ouvidos pela BBC.

    “O Irã não é capaz de um grande confronto com Israel, dadas as suas capacidades militares e a sua situação econômica e política”, disse Ali Sadrzadeh, autor e analista de assuntos do Oriente Médio. “Mas terá de encontrar uma resposta para o seu público interno e proteger a sua reputação entre os seus aliados regionais.”

    Gerges também disse que é pouco provável que o Irã faça uma retaliação direta contra Israel, “apesar de Israel ter realmente humilhado o Irã”.

    Em vez disso, o Irã provavelmente terá de exercer “paciência estratégica” para dar prioridade a um objetivo mais importante: fabricar uma bomba nuclear.

    “O Irã está acumulando poder, enriquecendo urânio e fazendo progressos. E o grande prêmio para o Irã não é enviar 50 mísseis balísticos e matar 100 israelenses, mas estabelecer uma dissuasão estratégica, não só contra os israelenses, mas contra os EUA.”

    Quais outros caminhos estão abertos aos iranianos?

    “Não podemos excluir que talvez o Irã possa usar o ciberespaço como outra dimensão para se vingar de Israel, seja para realizar ataques cibernéticos à tecnologia da informação, para paralisar, para roubar, para vazar informações, ou para tentar distrair”, diz Tal Pavel, do Instituto Israelense de Estudos de Política Cibernética, à BBC.

    “Sabemos que durante a última década e meia, há uma guerra cibernética clandestina em curso entre o Irã e Israel. Portanto, neste caso, pode ser apenas mais uma etapa disso”, disse ele.

    Caberá ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, decidir quais as medidas que Teerã irá tomar.

    Reuters

  • TJGO lança nesta sexta Cejusc para resolver protesto em cartório sem a necessidade de judicialização

    TJGO lança nesta sexta Cejusc para resolver protesto em cartório sem a necessidade de judicialização

    Entre janeiro de 2018 e março de 2024, apenas em um cartório de Goiânia foram protestados cerca de 386 mil títulos, o que representa quase R$ 5 bilhões de saldo devedor e (ou) a recuperar. Diante desses números, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), em parceria com a Corregedoria-Geral de Justiça, lançará, nesta sexta-feira (5), às 10 horas, o Cejusc do Cartório do 1º Registro de Pessoas Jurídicas, Títulos e Documentos e Protestos de Goiânia, localizado na rua 9, no Setor Oeste.

    O objetivo do novo Cejusc é atender a população da capital, auxiliando na quitação e (ou) renegociação de milhares de títulos protestados (atualmente 26 mil títulos). Entre eles Certidões de Dívida Ativa (CDA), contratos, duplicadas de compra e venda, prestação de serviço, cheques, notas promissórias, entre outros, sem a necessidade de ação judicial.

    Além de conciliar visando o pagamento de títulos já protestados, qualquer credor que deseje protestar títulos devidos por pessoa física ou jurídica poderá procurar o Cejusc para uma audiência de conciliação.

    Para o presidente do TJGO, desembargador Carlos França, a criação deste Cejusc vai ajudar a desafogar o elevado número de ações judiciais envolvendo protestos de títulos, além de contribuir com a celeridade da justiça e o crescimento econômico da capital. “A prestação jurisdicional ágil e eficiente sempre foi o nosso maior objetivo e é por essa razão que priorizamos a gestão criativa e inteligente de nossos recursos e investimos na conciliação e consequente desjudicialização. Com esse Cejusc, vamos conseguir atender de forma rápida e eficaz uma parcela da população que precisa resolver suas demandas financeiras”, afirma Carlos França, segundo quem o projeto deverá ser ampliado futuramente.

    Já para o Corregedor-Geral da Justiça do Estado de Goiás, desembargador Leandro Crispim, o projeto-piloto, representado pelo Cartório do 1º Registro, soma esforços para expandir o movimento de conciliação. “O nosso objetivo é tornar efetivos os resultados da conciliação para a população goiana, seguindo a diretriz estratégica 2 de 2023, do Conselho Nacional de Justiça, visando sempre a desjudicialização e desburocratização”, garante.

    O Coordenador do Nupemec, juiz Leonys Lopes, por sua vez, destaca que os métodos adequados de solução de conflitos assumem importante papel para a resolução amigável e eficiente dos conflitos. “Diante do elevado número de processos em tramitação, o Poder Judiciário de Goiás vem buscando estratégias efetivas para celeridade na resolução de demandas e reconstrução das relações em sociedade, oportunizando, por meio do diálogo, a pacificação social”, pontua o magistrado.

    Resolução CNJ

    A criação do Cejusc do Cartório do 1º Registro de Pessoas Jurídicas, Títulos e Documentos e Protestos de Goiânia e a disponibilização de pessoal com capacidade técnica e gerencial estão em consonância com a Resolução 125 do CNJ e com a Diretriz Estratégica 2 do CNJ, que instituiu a Política Nacional de Tratamento dos Conflitos de Interesses. O objetivo da resolução é assegurar a conciliação e a mediação das controvérsias entre as partes, assim como prestar atendimento e orientação aos cidadãos.

    O projeto da criação do Cejusc se tornou possível, também, devido ao Código de Normas e Procedimentos do Foro Extrajudicial da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás (CGJGO), que viabiliza a realização de pagamento de títulos que já foram protestados nos Cartórios de Protestos de todo o Brasil.

    Fonte: TJGO

  • Por que Estado nos EUA decidiu recriminalizar porte de drogas

    Por que Estado nos EUA decidiu recriminalizar porte de drogas

    O Estado do Oregon, nos Estados Unidos, aprovou uma lei que recriminaliza o porte de drogas.

    A nova regra reverte uma política experimental — a medida antidrogas mais liberal adotada nos EUA — que tornava a posse para uso pessoal um crime punível apenas com multa de até 100 dólares (R$ 506).

    A nova legislação passará a penalizar aqueles que possuem pequenas quantidades de drogas com até 180 dias de prisão.

    Tina Kotek, governadora de Oregon, afirma que o Estado ainda pretende fornecer um caminho para o tratamento de drogas, em vez de punir os usuários.

    Ela promulgou a nova lei na segunda-feira (1/4). As regras atualizadas passam a valer a partir do dia 1º de setembro.

    A reabilitação e a desestigmatização dos usuários eram os principais objetivos da lei original, conhecida como Medida 110, que foi aprovada em 2020.

    Porém, houve um aumento no número de overdoses, o que fez os legisladores e os apoiadores da medida recuarem.

    A Medida 110 foi vista por muitos como o esforço mais liberal dos EUA para descriminalizar drogas como a cocaína, a heroína e a metanfetamina.

    Os líderes estaduais admitiram, no entanto, que houve vários problemas durante a implementação. Eles destacam alguns obstáculos nos serviços de reabilitação e o aumento das overdoses de fentanil, fatos que causaram alvoroço no Estado.

    Dois policiais revistam um suspeito de tráfico de drogas em Portland, Oregon, ao lado de um lixo específico para o descarte de seringas
    Dois policiais revistam um suspeito de tráfico de drogas em Portland, Oregon, ao lado de um lixo específico para o descarte de seringas

    Em cidades como Portland, o número de pessoas consumindo drogas abertamente nas ruas, nas calçadas e em frente às lojas aumentaram consideravelmente.

    O prefeito de Portland, Ted Wheeler, disse ao jornal The New York Times que “as taxas de dependência e de overdose dispararam”.

    Wheeler, que continua a apoiar a Medida 110, acusou o Estado de não implementar a lei de forma eficaz. Ele disse que a descriminalização do uso de drogas aconteceu antes que os serviços de reabilitação fossem implementados.

    Além de penas reforçadas para posse de drogas para uso pessoal, a nova lei ainda estabelece formas de oferta de tratamento como alternativa às penas criminais.

    A governadora Kotek acredita que o sucesso da lei dependerá da coordenação entre vários níveis de governo, bem como entre os prestadores de cuidados de saúde, que ela descreve como “parceiros necessários”.

    Alguns dos que originalmente apoiaram a Medida 110 votaram a favor da nova lei durante a sessão legislativa, pois parecia haver sinais de um movimento dos eleitores para derrubar a lei de 2020. Os democratas mais progressistas do Estado, no entanto, se opuseram à mudança.

    Eles seguem preocupados com o fato de que o aumento das penas criminais apenas levaria a mais detenções e não conseguiria resolver a raiz do problema do tráfico de drogas no Oregon.

    “A pesquisa mostra consistentemente que, (para) as pessoas que estão encarceradas em cadeias e prisões, a taxa de overdose aumentou substancialmente”, aponta Kassandra Frederique, diretora executiva da ONG Drug Policy Alliance, ao jornal USA Today.

    “E quando as pessoas saem das cadeias e prisões, a probabilidade de mortes por overdose também aumenta substancialmente em comparação com a população em geral”, conclui ela.

    BBC