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Justiça da Itália mantém Carla Zambelli presa

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A Justiça da Itália decidiu nesta quinta-feira (28) que a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) continuará presa em Rebibbia, na Itália.
A parlamentar tentava responder ao processo em prisão domiciliar, em um apartamento nos arredores de Roma.

O sistema judiciário italiano avaliou que há “alto perigo de fuga” e definiu que o processo de extradição da brasileira, que pode durar ainda meses, terá prosseguimento.
Com a manutenção da prisão, a parlamentar segue respondendo ao processo de extradição que pode trazê-la de volta ao Brasil. Atualmente, o processo está no Ministério do Interior, equivalente ao Ministério da Justiça do Brasil.
Uma audiência na manhã de quarta-feira (27) foi realizada por um juiz italiano. Participaram a defesa de Zambelli e um representante do governo brasileiro, responsável pelo pedido de extradição.

Na audiência de quarta-feira (27), os advogados de Zambelli alegaram fragilidade de saúde da parlamentar e afirmaram que ela é alvo de um processo de perseguição política.
Laudo médico
O laudo médico encomendado pela Justiça da Itália, na visão de diplomatas brasileiros, foi determinante para a manutenção da prisão.

O documento de 19 páginas foi obtido pela CNN. Nele, a especialista italiana em medicina legal e ciências forenses Edy Febi faz uma análise do estado de saúde da brasileira.

A médica leva em consideração os estados de saúde físico e mental da deputada licenciada e conclui que Zambelli tem condições de seguir seu tratamento médico dentro da penitenciária de Rebibbia, em Roma.

“Com o regime prisional, incluindo a possibilidade de receber as terapias de que necessita dentro do estabelecimento prisional, não surgem elementos que excluam a possibilidade de a pessoa ser mantida detida”, afirma.

A especialista italiana leva em consideração um quadro de transtorno depressivo de Zambelli, mas ressalta que “desde o início de sua detenção até a avaliação pericial, nenhuma indicação de automutilação ou comportamento anticonservador foi relatada.”

“Durante a entrevista, a paciente parecia geralmente lúcida, apropriada e adequada às circunstâncias, embora com humor deprimido e distúrbios do sono. Essas condições foram tratadas especificamente e são constantemente revisadas durante visitas psiquiátricas periódicas”, atesta.

A médica também faz referência à Síndrome de Ehlers-Danlos, uma doença rara que causa frouxidão nos músculos e articulações. Ela observa, no entanto, que o quadro clínico da brasileira “não parece ser, no momento, potencialmente fatal”.

O laudo também especifica que a greve de fome realizada pela parlamentar licenciada “não parece constituir obstáculo ao regime prisional, tendo em vista o comportamento consciente do paciente, a administração adequada da medicação e a hidratação adequada”.“Por fim, concluímos que não há provas de que o estado de saúde seja incompatível com o regime prisional, incluindo suas necessidades terapêuticas demonstradas, todas as quais podem ser atendidas dentro do centro de detenção”, afirma.

A médica italiana ainda afirma não identificar complicações no estado de saúde de Zambelli que a impeçam de viajar de avião caso seja extraditada ao Brasil, mas atesta que seria recomendado que fossem adotadas medidas de saúde para evitar efeitos adversos.

Zambelli está presa desde 29 de julho. Na última audiência, foi autorizado o acesso a medicamentos na prisão feminina de Rebibbia, em Roma.

Em maio deste ano, Zambelli foi condenada a dez anos de prisão por invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) junto ao hacker Walter Delgatti.
CNN

Esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis é alvo de megaoperação

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Uma megaoperação foi deflagrada, na manhã desta quinta-feira (28), contra um intrincado esquema bilionário no setor de combustíveis com infiltração de integrantes da facção PCC (Primeiro Comando da Capital).
A força-tarefa — composta por cerca de 1.400 agentes — cumpre mandados de busca e apreensão e prisão contra mais de 350 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

A Operação Carbono Oculto foi deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), e conta com apoio do Ministério Público Federal, Polícia Federal, Polícias Civil e Militar, Receita Federal do Brasil, Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, ANP (Agência Nacional do Petróleo) e PGE (Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo), por meio do GAERFIS (Grupo de Atuação Especial para Recuperação Fiscal).

Outras duas operações também foram deflagradas hoje pela Polícia Federal contra o envolvimento do PCC na cadeia de combustíveis. Em uma delas, mandados são cumpridos na Faria Lima, principal centro financeiro do país. Apesar de terem os mesmo foco, as operações da PF não tem relação com a operação do MPSP, segundo os órgãos.

De acordo com a investigação, o esquema criminoso, que tem participação do PCC, lesou não apenas consumidores que abastecem seus veículos, mas “toda uma cadeia econômica”. A investigação aponta um valor de R$ 7,6 bilhões somente em sonegação de tributos por meio do esquema.

Cerca de 1.000 postos de combustíveis vinculados ao grupo movimentaram R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. Uma fintech que atuava como banco paralelo da organização, por exemplo, movimentou sozinha R$ 46 bilhões não rastreáveis no período.

Conforme o MPSP, o PCC está associado a uma rede de organizações criminosas, cujos vínculos são estabelecidos de forma permanente ou eventual, e convergente, de modo a assegurar a efetividade das atividades econômicas ilícitas, por meio da sua inserção na economia formal, como é o setor de combustível e o sistema financeiro.
Os mais de 350 alvos são suspeitos da prática de crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato. As irregularidades foram identificadas em diversas etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis.
Como funcionava o esquema
De acordo com a investigação, um dos principais eixos da fraude investigada passa pela importação irregular de metanol. O produto, que chega ao país pelo Porto de Paranaguá, no Paraná, não é entregue aos destinatários indicados nas notas fiscais. Em vez disso, é desviado e transportado clandestinamente, com documentação fraudulenta e em desacordo com normas de segurança, colocando em risco motoristas, pedestres e o meio ambiente.
O metanol, altamente inflamável e tóxico, é direcionado a postos e distribuidoras, nos quais é utilizado para adulterar combustíveis, gerando os lucros bilionários à organização criminosa.

As fraudes foram detectadas em centenas de postos, com consumidores pagando por volumes inferiores ao informado pelas bombas, o que é classificado como fraude quantitativa, ou por combustíveis adulterados fora das especificações técnicas exigidas pela ANP, a chamada fraude qualitativa.

A investigação apurou ainda que proprietários de postos de gasolina que venderam seus estabelecimentos não receberam os valores da transação e foram ameaçados de morte caso fizessem qualquer tipo de cobrança.

Segundo o Ministério Público, o fruto dessas fraudes foi realocado em uma complexa rede criminosa que oculta os verdadeiros beneficiários em camadas societárias e financeiras, especialmente em shell companies, fundos de investimento e instituições de pagamento.
Com esses recursos, os criminosos financiaram a aquisição de usinas sucroalcooleiras e potencializaram a atuação do grupo, que absorveu em sua estrutura criminosa distribuidoras, transportadoras e postos de combustíveis.

Veja abaixo como funcionava:
Infográfico da Receita Federal mostra organograma do complexo esquema • Receita Federal
Infográfico da Receita Federal mostra organograma do complexo esquema • Receita Federal
As transações financeiras do grupo transitam por fintechs controladas pelo crime organizado, cujo portfólio de clientes é formado majoritariamente por empresas do setor. De acordo com os responsáveis pela investigação, a escolha por uma instituição de pagamento – em vez de bancos tradicionais – visa dificultar o rastreamento dos recursos. As fintechs operavam com contabilidade paralela, permitindo transferências entre empresas e pessoas físicas sem que os beneficiários finais fossem identificados.

Além das medidas de natureza criminal, o CIRA/SP (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Estado de São Paulo) afirma que vai adotar providências judiciais para bloquear bens suficientes para recuperar o tributo sonegado, cujo montante atualizado é estimado em R$ 7,6 bilhões.
CNN

Lula assina recondução de Gonet a novo mandato à frente da PGR

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a recondução de Paulo Gonet à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR). O aviso foi dado na manhã desta quarta-feira (27/8) à cúpula da PGR.
Gonet, que já ocupa o posto desde o fim de 2023, agora precisará ser novamente submetido a uma sabatina no Senado para obter a aprovação a um novo mandato de dois anos à frente do Ministério Público Federal.
O aviso da recondução do procurador-geral ao cargo ocorre na semana anterior ao início do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da ação sobre a tentativa de golpe do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

O mandato de Gonet só terminaria em dezembro. Com a antecipação da escolha, Lula sinaliza uma espécie de apoio ao trabalho do procurador-geral, que foi responsável por apresentar a denúncia contra Bolsonaro ao STF.
Fonte Agência Estado

Condomínio onde Bolsonaro está preso alerta sobre privacidade e uso de drones

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O condomínio Solar de Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mora e cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, divulgou duas notas aos moradores neste mês sobre regras de uso responsável de drones, privacidade e a entrada e saída de pessoas no local.
Em mensagem divulgada em 12 de agosto, a qual o Correio teve acesso, a administração do condomínio afirmou que o sobrevoo de drones deve respeitar os direitos constitucionais quanto à privacidade e à intimidade, aos limites do exercício de propriedade do Código Civil, à regulamentação específica da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e ao cumprimento da norma condominial.
“Constatado que um drone esteja causando incômodo ou preocupação ao sobrevoar áreas comuns ou frações ideais do condomínio, a equipe de segurança envidará esforços para identificar o operador e registrar a ocorrência. A administração, por sua vez, adotará as medidas jurídicas pertinentes, visando resguardar a segurança, a tranquilidade e o direito de vizinhança dos condôminos”, diz o texto.

05/08/2025 Ed Alves CB/DA Press.Politica. Fachada casa Ex Presidente Jair Bolsonaro.
Fachada da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, no condomínio Solar de Brasília
(foto: Ed Alves CB/DA Press)
O condomínio também destacou que os relatos e registros audiovisuais encaminhados pelos moradores à administração, para fins de apuração, serão utilizados como prova material junto à autoridade policial. Além disso, as pessoas identificadas no local e momento do fato serão indicadas pelo condomínio como possíveis testemunhas, para fins de instrução processual.

Leia também: Michelle após Moraes determinar reforço policial para Bolsonaro: “Deus é bom o tempo todo”
O outro aviso, enviado pela administração do condomínio em 6 de agosto, nega os rumores de expulsão de moradores e cita que a entrada e saída das pessoas vem ocorrendo de forma “ordeira e pacífica, apesar do agrupamento de manifestantes e jornalistas presentes” na área externa.

“Não houve necessidade de qualquer atuação repressiva da autoridade policial, sendo as ações limitadas a organização do trânsito e a divulgação dos limites aos participantes da manifestação. Além disso, a PMDF aprimorou o tratamento da situação, impedindo que os participantes se aproximem das portarias”, ressalta a nota.

Leia também: Jair Renan sobre monitoramento policial de Bolsonaro: “Um senhor todo remendado”
Monitoramento integral
Na terça-feira (26/8), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o monitoramento policial em tempo integral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro aceitou o parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal deverá enviar equipes para a casa de Bolsonaro em Brasília, onde ele cumpre prisão domiciliar.
Correio Braziliense

Senadora Damares Alves anuncia diagnóstico de câncer: “Requer muita coragem”

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A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) revelou, nesta quarta-feira (27/8), que está com câncer. A congressista não especificou o tipo da doença durante a sessão. O anúncio foi feito em meio à reunião da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, presidida pela parlamentar.
Damares afirmou que, devido ao estado de saúde, não conseguiria prosseguir com a condução dos trabalhos. “Eu estou no enfrentamento da doença. Estou tomando a coragem de fazer este anúncio público. Requer muita coragem”, declarou.

Ainda segundo a senadora, o diagnóstico foi confirmado há cerca de um mês. Ela ressaltou que já iniciou o tratamento e que sua rotina parlamentar poderá sofrer ajustes em razão da condição física. “Hoje, na reunião mais cedo, eu fiz um anúncio público na outra comissão e acho justo eu fazer este anúncio aqui também”, acrescentou.
Ao comunicar o diagnóstico, Damares pediu compreensão dos colegas e solicitou o encerramento da sessão. “Estou em meu limite físico”, afirmou a senadora, visivelmente emocionada, ao justificar a decisão.

Damares Alves, que foi ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro (PL), cumpre atualmente seu primeiro mandato no Senado pelo Distrito Federal. Ela é uma das principais lideranças do Republicanos e tem atuação marcada por pautas ligadas à proteção de crianças e à família. Até o momento, a assessoria da congressista não divulgou detalhes adicionais sobre o tratamento.

Correio Braziliense

Juro alto é um problema maior que o tarifaço, diz ministro Luiz Marinho

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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (27), que a alta na taxa básica de juros, hoje em 15% ao ano, é um problema maior para a economia nacional que o tarifaço de Donald Trump.

Marinho foi questionado por jornalistas sobre o impacto do juro alto no mercado de trabalho.

“Peço para o santo dos juros baixar esse juro, esse é o principal problema, maior que o tarifaço. Precisamos de redução de juros urgentemente para a atividade se manter”, disse.

O ministro também afirmou que, no pior dos cenários, o Brasil poderia perder 320 mil empregos com o tarifaço, mas frisou que, com as medidas anunciadas pelo governo para auxiliar os empresários, isso não deve acontecer.

As empresas exportadoras que tomarem crédito subsidiado pelo governo precisarão assumir o compromisso de manutenção dos empregos.

Ao todo, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai disponibilizar R$ 40 bilhões em crédito para as empresas afetadas.
“Creio que passaremos por isso, e tenho certeza que o comércio exterior brasileiro sairá mais forte”, concluiu o ministro.
CNN

União Brasil encaminha saída do governo Lula e pressiona ministro a entregar cargo

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O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), tem feito um esforço nos bastidores para tentar se manter no cargo por mais tempo no governo Lula. Sabino está sendo pressionado pela cúpula do União Brasil a deixar o ministério depois que o partido antecipou a discussão para o desembarque do governo.

?? Ainda assim, interlocutores da legenda consideram a saída do governo irreversível e dizem que, se Sabino não sair do governo “por bem”, a alternativa será expulsá-lo da agremiação.

Apesar de cobrarem a saída do ministro do Turismo, interlocutores dizem que “ninguém quer comprar briga com [Davi] Alcolumbre”, presidente do Senado Federal, e lembram que as outras duas vagas de ministérios são indicações dele. Alcolumbre é filiado ao União Brasil.

Os ministros Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional, e Frederico Siqueira, das Comunicações, não são filiados ao partido e foram indicados pelo presidente do Senado.

Integrantes do União avaliam que Davi Alcolumbre tem direito de continuar no governo se quiser e pode indicar o próximo nome do Turismo, mas isso não significa vínculo com o partido.

Relação com o governo
A avaliação interna no partido é de que a situação se tornou insustentável após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizer que o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, não gosta dele, nem do governo. Lula disse que também não gosta de Rueda.
Durante a reunião, Lula cobrou os ministros do União Brasil e do Progressistas a tomarem lado e saírem em defesa do governo.

À GloboNews, Sabino disse que não vê sentido em discutir a saída do governo neste momento, considerando que ainda falta mais de um ano para a eleição de 2026.

“Somos um partido que tem muitos filiados e tenho certeza que vários deles estão dispostos a apoiar o presidente Lula. Não vejo razão, por causa de uma eleição que vai acontecer daqui a mais de um ano, em antecipar agora uma discussão e uma decisão para esse momento que nós temos tanto prazo para decidir”, declarou o ministro.
Mais cedo, durante discussão sobre o tema no grupo de Whatsapp do diretório nacional do União Brasil, Sabinofez uma argumentação semelhante, mas não convenceu os correligionários.

Na conversa, ele argumentou que outros partidos também possuem pré-candidatos à eleição de 2026 contrários a Lula e, ainda assim, mantém cargos na Esplanada, em uma referência indireta ao PSD. Também reforçou a ideia de que não considera prudente antecipar discussões sobre o pleito do próximo ano.

Para integrantes do União, no entanto, a fala de Lula levaram a situação para o pessoal e a permanência no governo ficou “insustentável” e “humilhante”. A insistência de Sabino em continuar no ministério também tem incomodado interlocutores de Rueda.

Antonio Rueda, presidente eleito do União Brasil — Foto: Divulgação
Antonio Rueda, presidente eleito do União Brasil — Foto: Divulgação

Na terça-feira (26), após a fala de Lula, Rueda soltou uma nota rebatendo o presidente.

“A fala do presidente evidencia o valor da nossa independência e a importância de uma força política que não se submete ao governo”, diz trecho da nota.
Saída de Sabino
A ala do União Brasil mais próxima ao presidente do partido defende Sabino entregue o cargo já nos próximos dias.

“Ou ele sai do ministério ou ‘é saído’ do partido”, diz um integrante ligado à cúpula do partido.
Além disso, Sabino já vinha desagradando parlamentares desde que assumiu o ministério. A queixa é que o ministro não teria priorizado o partido na distribuição de convênios e emendas no Turismo.

Apoio do União a Tarcísio
Internamente, a cúpula do União avalia apoiar a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência da República – mesmo com a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União).

A expectativa entre integrantes do partido é que o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) assim como o governador de São Paulo, se lance como vice na chapa de Tarcísio.

Essa possível configuração da chapa fez parte de um acordo para que Rueda assumisse o comando da federação entre o União e o Progressistas – e não Ciro Nogueira.

Divórcio como medida protetiva de urgência permite recomeço a mulher vítima de violência

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Nas matérias exatas, os círculos representam ciclos contínuos: têm início, meio e fim, sempre retornando ao mesmo ponto. A vida de Vitória Pereira Salomão parecia seguir esse desenho, até que ela decidiu romper o ciclo da violência. Com o apoio do Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher (Nudem) da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), conquistou o divórcio como medida protetiva de urgência – uma decisão inédita no estado, que transformou sua trajetória em um novo caminho rumo ao recomeço.

Professora de matemática, Vitória exala coragem desde o olhar. Aos 38 anos, e mãe de quatro filhos, há alguns anos deparou-se com um desafio que supera todos os já enfrentados: o de encerrar um relacionamento marcado por violência doméstica, que já havia deixado feridas profundas. “Para mim era muito importante simplesmente não estar mais vinculada. Eu só queria encerrar esse laço que me prendia nessa relação que já era inexistente”, exprimiu.

O passo para a liberdade se concretizou em setembro de 2024, depois que o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em recurso apresentado pelo Nudem, confirmou a competência do Juizado da Violência Doméstica e Familiar para a ação de divórcio, conforme prevê a Lei Maria da Penha. A decisão criou um precedente histórico, permitindo que mulheres em situação de violência possam pedir o divórcio diretamente nos Juizados de Violência Doméstica.

Busca por acolhimento

Vitória já possuía uma medida protetiva contra a aproximação do ex-companheiro desde 2023, que ainda sim insistia em manter contato. Foi por acaso que a assistida descobriu que poderia requerer o divórcio liminarmente pelo próprio Juizado de Violência Doméstica, que possui competência híbrida, ou seja, pode analisar tanto questões civis quanto criminais envolvendo a mulher vítima de agressão.

“Eu não queria passar por uma revitimização caso tivesse que buscar a Vara de Família. Quando eu tive acesso ao texto da Lei, percebi que ele expressava exatamente o meu sentimento. Então, eu busquei essa possibilidade no Judiciário para que o meu problema fosse resolvido”, contou Vitória. Inicialmente, a professora procurou um amigo advogado, mas foi junto ao Nudem que encontrou apoio. “Senti necessidade de um acolhimento feminino”, disse.

Em ação ao 4° Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Goiânia, o Nudem, por meio da defensora pública Tatiana Bronzato, requereu o divórcio com base no artigo 14-A da Lei Maria da Penha, que desde 2019 permite a tramitação de divórcios nesses juizados especializados. “A permanência do status do matrimônio com o ofensor lhe causa constrangimentos e abalos emocionais”, sustentou.

Apesar da objetividade da legislação, o pedido foi inicialmente negado em primeiro grau, sob argumento de que a competência seria da Vara de Família. Em recurso ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), a Defensoria reforçou que a própria Constituição garante o direito à solicitação do divórcio, e que a Lei Maria da Penha estabeleceu competência híbrida aos Juizados de Violência Doméstica para assegurar a proteção integral da mulher.

Recomeço

O Tribunal acolheu os argumentos e, em decisão unânime, reconheceu a possibilidade de decretação de divórcio liminar como medida protetiva de urgência. “Foi muito emocionante perceber que a minha luta não era só por mim, mas por todas as mulheres que precisam encerrar seus vínculos por questões de violência doméstica” enfatizou Vitória, que carrega no nome o resultado da decisão.

Do luto pela perda da família idealizada ainda na infância ao fim de um relacionamento abusivo, Vitória aprendeu a se reinventar. A docência continua sendo paixão, mas agora divide espaço com o Direito, curso que ela abraçou após vivenciar de perto o funcionamento da Justiça. E, como em sua matemática, provou que nem todo fim é encerramento: às vezes, é apenas o traço de uma nova elipse. Hoje, ela redesenha a própria história.

Série de reportagens

Durante o Agosto Lilás, mês dedicado ao enfrentamento à violência contra a mulher, a Defensoria Pública apresenta a série de reportagens que compõem a campanha Agosto Lilás: assistência que acolhe. A iniciativa tem como objetivo demonstrar os avanços alcançados pelo Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher (Nudem) na garantia de direitos à mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Ao longo da campanha, que também celebra os sete anos do Nudem, as vozes e histórias de assistidas ganham espaço, revelando caminhos de luta, acolhimento e transformação.

Câmara articula votação de PEC para proteger parlamentares e até blindá-los de investigações

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O colégio de líderes da Câmara dos Deputados decidiu pôr para votação, na quarta-feira (27/8), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta proteções para parlamentares e pode até blindá-los de investigações e ações do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ressuscitou a proposta, apelidada de PEC das Prerrogativas, e definiu o deputado Lafayette Andrada (Republicanos-MG) como relator no último dia 19.

Os líderes costuraram acordo para começar a votação da PEC na sessão de quarta-feira, mas, ainda não se sabe qual versão da proposta será discutida. A perspectiva é que Andrada entregue o relatório até quarta-feira de manhã e inclua dispositivos que inicialmente não constam na versão aprovada pela Comissão Especial.

A mudança central que os parlamentares pretendem incluir protegeria deputados e senadores de investigações e ações do STF, uma espécie de blindagem. O objetivo deles é condicionar a abertura de processos a uma autorização prévia do Congresso Nacional.

O que prevê a PEC das Prerrogativas?

Apresentada à Câmara pelo então deputado Celso Sabino (União Brasil-PA), hoje ministro do Turismo, a PEC das Prerrogativas começou a ser discutida em 2021, mas travou após aprovação na da versão final na comissão especial.

O texto ganhou fôlego novamente em 2023 com a prisão do à época deputado Daniel Silveira por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A ordem impôs a prisão ao parlamentar em flagrante pelos crimes de coação e ameaça ao Estado democrático de direito.

A versão da PEC aprovada pela comissão especial proíbe a prisão em flagrante de parlamentares. A única exceção é quando o crime cometido é inafiançável, e, ainda nessas condições, o parlamentar deverá seguir na custódia da Câmara, quando deputado, e do Senado, quando senador.

A proposta também impede que parlamentares sejam afastados de seus mandatos por decisões da Justiça. O texto ainda prevê que as determinações que afetem o cumprimento do mandato só começam a valer depois que o plenário do Supremo Tribunal Federal confirmá-las.

O TEMPO

Moraes manda Polícia Penal monitorar Bolsonaro 24 horas por dia

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta terça-feira (26/8) que a Polícia Penal do Distrito Federal passe a monitorar em tempo integral o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente em prisão domiciliar.
O magistrado atendeu à manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que na véspera havia defendido o reforço da fiscalização por considerar haver risco de fuga.Segundo a decisão, equipes deverão manter vigilância permanente no endereço de Bolsonaro, mas de forma discreta e sem qualquer tipo de exposição midiática.

Moraes deixou claro que o acompanhamento não pode invadir a esfera domiciliar nem causar incômodos à vizinhança. O uso de uniforme e armamento ficará a critério da Polícia Penal.

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