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  • Decisão de Mendonça sobre acordo na Lava Jato abre caminho para tema ir ao plenário do STF

    Decisão de Mendonça sobre acordo na Lava Jato abre caminho para tema ir ao plenário do STF

    A decisão de André Mendonça que estabeleceu um prazo para a renegociação de acordos de leniência ajudou a amenizar o clima de incômodo no STF (Supremo Tribunal Federal) iniciado a partir das determinações do ministro Dias Toffoli que beneficiaram a J&F e a Novonor (antiga Odebrecht).

    Mendonça criou, no último dia 26, uma mesa de conciliação entre órgãos públicos e empresas que firmaram esses acordos no âmbito da Operação Lava Jato e de seus desdobramentos.

    Com isso, ele retomou o controle das discussões sobre a validade das leniências e abriu caminho para que eventuais julgamentos sobre o tema aconteçam no plenário do Supremo, composto pelos 11 ministros da corte.

    Desde março do ano passado, Mendonça é relator de uma ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental) que questiona a legalidade dos acordos.

    A apresentação desse tipo de ação é restrita a algumas autoridades, entidades e a partidos políticos. Nesse caso, ela foi proposta pelo PSOL, pelo PC do B e pelo Solidariedade, que foram representados por integrantes do escritório de advocacia de Walfrido Warde, conhecido pelos posicionamentos críticos aos métodos da operação.

    A ação é ampla e diz que as leniências foram firmadas antes do acordo de cooperação técnica que sistematizou as regras para o procedimento e, por isso, seriam ilícitas.

    No fim de dezembro, porém, Toffoli decidiu em outra ação suspender o pagamento do acordo de leniência da J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. O valor total dessa multa é de R$ 10,3 bilhões.

    O processo é relacionado às conversas hackeadas de integrantes da Lava Jato, obtidas pela Polícia Federal na Operação Spoofing.

    Em sua decisão, Toffoli apontou suspeitas, a partir do material obtido pela Spoofing, de que “teria havido conluio entre o juízo processante e o órgão de acusação para elaboração de cenário jurídico-processual-investigativo que conduzisse os investigados à adoção de medidas que melhor conviesse a tais órgãos, e não à defesa em si”.

    No fim de janeiro, sob o mesmo argumento, Toffoli estendeu sua decisão e suspendeu também a multa do acordo de leniência da antiga Odebrecht.

    O ministro vinha trabalhando para que eventuais recursos fossem levados apenas à Segunda Turma do Supremo, composta por cinco ministros e tradicionalmente de maioria contrária à Lava Jato.

    As decisões de Toffoli incomodaram uma ala do Supremo, que, sob reserva, manifestou insatisfação com a repercussão negativa e com os argumentos que ele deu para suspender as multas -de que os acordos de leniência foram firmados em ambientes de coação.

    Mas a determinação de Mendonça, que no último dia 26 fixou um prazo de 60 dias para que haja um consenso entre órgãos públicos e empresas, pôs panos quentes nesse atrito.

    Ele estabeleceu que durante esse período está suspensa qualquer multa em razão de eventual descumprimento das empresas das obrigações financeiras pactuadas.

    Mendonça afirmou que o objetivo é assegurar que as empresas negociem com os entes públicos com base nos princípios da boa-fé, da mútua colaboração, da confidencialidade, da razoabilidade e da proporcionalidade.

    O procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse que concorda com a abertura do diálogo, assim como o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas.

    A conciliação coloca frente a frente o Ministério Público Federal e órgãos como a AGU (Advocacia-Geral da União) e CGU (Controladoria-Geral da União) e empresas como a própria Novonor e a J&F, mas também a Metha (antiga OAS), a Camargo Corrêa, a Engevix, a Braskem, a Samsung Heavy Industries e outras companhias que reconheceram terem cometido ilicitudes.

    Acordo de leniência é uma espécie de delação premiada das empresas. Elas reconhecem desvios em contratos com o setor público e se comprometem a ressarcir o prejuízo em troca de continuar com contratos públicos.

    Ao anunciar a abertura da mesa de negociação, Mendonça defendeu os acordos de leniência como instrumento de combate à corrupção e afirmou que a conciliação não servirá para que seja feito “revisionismo histórico”.

    Para parte do Supremo, a decisão de Mendonça possibilita que as empresas possam negociar uma extensão no prazo de pagamento da multa ou até descontos, mas evita que os acordos sejam anulados.

    A decisão do ministro teve oposição de entidades de combate à corrupção. Elas temem que, ao contrário do que disse Mendonça, a conciliação sirva como um revisionismo da Lava Jato, e que as vítimas de práticas corruptas das empresas sejam prejudicadas.

    Parte dos integrantes do Supremo já tem sinalizado que, quando o tema das leniências chegar ao plenário, deve haver fortes discussões.

    Na última terça-feira (27), o decano da corte, Gilmar Mendes, fez uma longa manifestação crítica à Lava Jato na sessão da Segunda Turma e disse que o assunto tem “encontro marcado” com o plenário.

    Segundo ele, as renegociações trarão à tona “revelações assombrosas” a respeito de como foram celebrados os acordos.

    O relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, afirmou que antes de qualquer acordo ser fechado as empresas eram questionadas sobre a voluntariedade e que, “em todos os atos, os colaboradores estavam devidamente acompanhados e orientados por seus respectivos advogados”.

    Folha de São Paulo

  • Quase 15 mil aposentados mineiros estão com o pagamento suspenso

    Quase 15 mil aposentados mineiros estão com o pagamento suspenso

    Quase 15 mil aposentados mineiros estão com pagamentos suspensos. Mas a partir desta sexta-feira (8/3), os beneficiários do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), que não realizaram o Censo Previdenciário em 2023, poderão atualizar os dados para restabelecer o benefício. O processo de recenseamento será reaberto, e o prazo é até o dia 6 de abril deste ano.

    De acordo com dados, divulgados nesta segunda-feira (4/3) pelo Ipsemg, 14.908 nomes, de pensionistas, aposentados ou afastados preliminarmente do Poder Executivo, não realizaram o Censo Cadastral Previdenciário em 2023 e também não regularizaram a situação em 2024. Eles terão o pagamento do benefício suspenso a partir de março. A lista foi publicada em 20 de fevereiro, no Diário Oficial do Estado.

    O presidente do instituto, André Luiz Moreira dos Anjos, alerta que quem não realizar o cadastramento pode ter a suspensão do pagamento de outros meses. “Com a suspensão dos pagamentos também terão o serviço de assistência à saúde suspenso, bem como de seus dependentes”, reitera.

    André Luiz também explica que a data da regularização do pagamento influencia na data de recebimento do pagamento, ou seja, os beneficiários que realizarem o procedimento no período de 8 a 15 de março terão o benefício creditado em abril.

    Já aqueles que regularizarem de 16 de março a 6 de abril terão o benefício creditado em maio.

    O ESTADO DE MINAS

  • Ciro Gomes denuncia liberação de precatórios no governo Lula: “falcatrua maior que a do mensalão e do petrolão juntos”

    Ciro Gomes denuncia liberação de precatórios no governo Lula: “falcatrua maior que a do mensalão e do petrolão juntos”

    Político falou em entrevista sobre a polêmica liberação de R$ 93 bilhões pelo governo Lula para o pagamento de precatórios.

    Em uma recente declaração, o ex-presidenciável Ciro Gomes, filiado ao PDT, fez duras críticas à gestão da política econômica do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, Gomes abordou a polêmica liberação de R$ 93 bilhões pelo governo Lula para o pagamento de precatórios.

    Segundo Ciro Gomes, a gestão econômica de Lula e Bolsonaro merece ser comparada devido às suas diferentes abordagens. Em suas palavras, ele destacou as disparidades entre as administrações, gerando um debate acalorado sobre as estratégias adotadas para enfrentar os desafios econômicos do país.

    No cerne de suas críticas, Ciro Gomes apontou a polêmica liberação de R$ 93 bilhões pelo governo Lula para quitar precatórios. Para ele, a decisão de vender esses precatórios para poucos bancos, com deságio de até 50%, configura uma “falcatrua maior que a do mensalão e do petrolão juntos”. O político expressou sua preocupação com a possível concentração de poder financeiro nas mãos de apenas dois bancos, o que, segundo ele, prejudicaria a transparência e a equidade nas finanças do país.

    “Estranho né o Lula e o PT sem dinheiro para nada, corta daqui, corta de lá e de repente eles decidem pagar op calote de precatórios do Bolsonaro R$93 bilhões. Fui atrás e achei, sabe o que é? O governo Lula vendeu os precatórios para bancos, para poucos bancos, dois bancos, que compraram esses precatórios com deságio de até 50%. Essa falcatrua é maior que o Mensalão e o Pertrolão juntos”, disse ele em entrevista a CNN.

    A equipe de reportagem da CNN procurou o governo para comentar sobre as acusações feitas por Ciro Gomes, mas não não houve manifestação por parte das autoridades governamentais. A ausência de resposta alimenta a polêmica e levanta questionamentos sobre a transparência nas ações do governo em relação à gestão econômica.

    A venda de precatórios para instituições financeiras é uma prática legal, mas as críticas de Ciro Gomes se concentram no modo como essa transação específica foi conduzida. Ele argumenta que a venda para apenas dois bancos, com deságio significativo, levanta suspeitas sobre possíveis favorecimentos e falta de competitividade no processo.

    Fonte: Ampost

  • Caso Naiara Azevedo: Ex-marido é indiciado

    Caso Naiara Azevedo: Ex-marido é indiciado

    Naiara havia denunciado o ex por violência patrimonial, apropriação indébita, constrangimento ilegal, lesão corporal, ameaça e injúria. Polícia não divulgou por quais crimes Rafael foi indiciado.

    Rafael Cabral, ex-marido da cantora sertaneja Naiara Azevedo, foi indiciado após a conclusão da investigação da Polícia Civil de Goiás. A apuração do caso foi comandada pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher.

    Naiara havia denunciado o ex por violência patrimonial, apropriação indébita, constrangimento ilegal, lesão corporal, ameaça e injúria. A polícia não divulgou por quais crimes Rafael foi indiciado. O inquérito policial foi enviado ao Poder Judiciário no dia 22 de fevereiro deste ano.

    Agressões e divórcio

    A cantora procurou a delegacia acompanhada da advogada em 2023 e registrou dois boletins de ocorrência contra o ex-marido. Em uma das denúncias, Naiara afirma ter sido agredida por Rafael durante uma discussão entre eles, que aconteceu em 7 de julho.

    A cantora afirma que Rafael a sacudiu pelos braços, puxou seus cabelos e orelhas e, ainda, lhe deu um soco na mão direita. A violência a deixou com hematomas, registrados pela cantora em fotos (veja abaixo).

    Caso Naiara Azevedo: fotos mostram hematomas no corpo da cantora após denúncia de agressão contra ex-marido Goiânia Goiás — Foto: Reprodução
    Caso Naiara Azevedo: fotos mostram hematomas no corpo da cantora após denúncia de agressão contra ex-marido Goiânia Goiás — Foto: Reprodução

    Naiara relatou também que o ex-marido a ameaçou, afirmando que iria acabar com a vida e a carreira dela e que, depois disso, ela nunca mais iria vê-lo. Os dois foram casados por 10 anos, mas segundo a advogada de Naiara, o divórcio entre a cantora e o ex-marido foi decretado em outubro de 2021.

  • Suprema Corte decide que Trump pode disputar eleições dos EUA

    Suprema Corte decide que Trump pode disputar eleições dos EUA

    Em vitória política para Trump, juízes, de maioria conservadora, autorizaram que ex-presidente siga concorrendo à pré-candidatura pelo Partido Republicano. Sentença, unânime, julgou recurso à decisão da Justiça do Colorado, que havia proibido Trump de concorrer, mas valerá para todo o país.

    A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira (4) que o ex-presidente Donald Trump pode disputar as eleições presidenciais, que acontecem em novembro.

    Com a decisão, Trump segue qualificado para ser pré-candidato pelo Partido Republicano – ele é o favorito para concorrer pela sigla.

    A decisão ocorre na véspera da Superterça, a data na qual 15 estados e um território norte-americano votam de forma simultânea para escolher os candidatos. A expectativa é que Trump amplie a vantagem sobre a adversária Nikki Haley e praticamente assegure sua candidatura à Casa Branca.

    A sentença da Suprema Corte se refere a uma decisão específica do estado do Colorado, mas valerá para qualquer outro estado que conteste a presença de Trump na urna — e, consequentemente, para todo o país. Na prática, não há mais chance de que o ex-presidente fique de fora da corrida eleitoral.

    A decisão da Suprema Corte respondeu ao recurso da defesa de Donald Trump a uma decisão da Justiça do estado do Colorado determinando que Trump não poderia concorrer às eleições por ter violado um artigo da Constituição dos EUA.

    A Justiça do Colorado argumentou, na ocasião, que Donald Trump participou da insurreição do dia 6 de janeiro de 2021, quando milhares de pessoas invadiram o Capitólio, em Washington (leia mais abaixo). E, por ainda ser presidente à época, deveria ficar impossibilitado de voltar a ocupar um cargo público.

    Na decisão da Suprema Corte desta segunda, no entanto, os juízes, de maioria conservadora, avaliaram que cabe não cabe aos estados determinar se um candidato pode ou não concorrer às eleições.

    “Nós concluímos que os estados podem desqualificar pessoas (…) para ocupar cargos estaduais. Mas os estados não têm poder sob a Constituição para fazer cumprir a Seção 3 (da Constituição dos EUA, sobre quando políticos não podem voltar a ocupar cargos públicos) em relação aos órgãos federais, especialmente a presidência”, disseram os juízes na sentença.

    Os juízes decidiram a favor de Trump de forma unânime. Seis dos nove magistrados da Suprema Corte dos EUA são conservadores e, desse, três foram indicados por Donald Trump quando ele era presidente dos Estados Unidos.

    Um deles, John Roberts, já havia dito que a consequência de uma eventual aprovação da decisão do Colorado poderia ser “bastante assustadora”. Segundo Roberts, se a decisão do Colorado fosse mantida, outros estados prosseguiriam com seus próprios procedimentos de desqualificação para democratas ou republicanos.

    A decisão também acontece no mesmo dia de início do processo no qual o ex-presidente norte-americano é acusado de ter conspirado para alterar os resultados das eleições de 2020, quando ele perdeu para Joe Biden. O caso é o principal processo entre os quatro que o ex-presidente norte-americano atualmente responde na Justiça dos EUA.

    Trump celebra decisão

     

    Ainda assim, a decisão foi uma vitória política de Donald Trump, apontado como favorito em uma eventual disputa contra o presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, nas urnas em novembro.

    O ex-presidente celebrou a sentença, que chamou de “grande vitória para os Estados Unidos”.

    No domingo (3), ele havia sofrido sua primeira derrota nas prévias republicanas, quando sua única rival na corrida, a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley, venceu as prévias da capital Washington.

    Especialistas ouvidos pelo g1 também apontaram, no entanto, que Haley poderia vencer em alguns dos estados que votarão na Superterça, nesta terça-feira (5), por conta do perfil dos eleitores locais, com formação universitária e mais resistentes a propostas radicais de Trump.

    O Colorado, que havia proibido que o nome de Trump aparecesse nas cédulas de votação locais, é um dos 15 estados que realizarão primárias na Superterça.

    Entenda o caso

     

    Foto de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio dos EUA, mostra policiais conversando com apoiadores do então presidente americano, Donald Trump, incluindo Jacob Chansley (à direita), do lado de fora do plenário do Senado — Foto: Manuel Balce Ceneta/AP
    Foto de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio dos EUA, mostra policiais conversando com apoiadores do então presidente americano, Donald Trump, incluindo Jacob Chansley (à direita), do lado de fora do plenário do Senado — Foto: Manuel Balce Ceneta/AP

    Donald Trump perdeu as eleições presidenciais de 2020 para Joe Biden, mas ele se recusou a aceitar o resultado.

    No dia 6 de janeiro de 2021, Trump ainda era presidente e, na capital Washington, ele fez um discurso para uma multidão que, depois do discurso, invadiu o prédio do Congresso dos EUA (o prédio é conhecido como Capitólio).

    Anos depois, um grupo chamado Cidadãos pela Responsabilidade e Ética em Washington protocolou um processo na Justiça do estado do Colorado para barrar Trump nas eleições por causa da participação dele no episódio do dia 6 de janeiro.

    O que se argumenta?

    Quem era favorável à condenação de Trump diz que ele participou de uma insurreição e, por isso, sua candidatura seria uma violação de um artigo da 14ª emenda da Constituição dos EUA.

    O texto estabelece que pessoas que tenham participado de insurreição ou rebelião contra os EUA na condição de autoridades não podem voltar a ocupar cargos públicos.

    A regra se aplica aos presidentes?

    O principal argumento dos advogados de Trump foi o de que esse trecho da Constituição não se aplica a presidentes. E, em maioria, os juízes da Suprema Corte concordaram com esse argumento.

    Os advogados disseram que há minúcias no texto (por exemplo, não se cita explicitamente “presidente”) que na prática significam que a regra não se refere a presidentes. Os defensores de Trump têm outros argumentos (veja mais abaixo).

    Como o caso tramitou até agora?

    A juíza de primeira instância do Colorado concordou com a defesa de Trump. Ela entendeu que ele participou de uma insurreição, mas que o texto da emenda constitucional não se aplica aos presidentes.

    No entanto, em segunda instância um colegiado de juízes decidiu que o texto se aplica, sim, aos presidentes.

    O caso chegou à Suprema Corte é o do Colorado, mas houve outras decisões sobre a mesma questão em outros estados:

    • No estado do Maine, a secretária de Estado, do Partido Democrata, também decidiu afastar Trump da cédula.
    • No estado de Illinois, um juiz aposentado que tem o cargo de auditor no Conselho de Eleição sugeriu manter Trump na cédula até que a Justiça tome uma decisão, mas afirmou que considera que o ex-presidente não poderia concorrer (o juiz é do Partido Republicano).

    Outros argumentos de Trump

    A principal defesa de Trump era a de que a regra não se aplica a presidentes, mas os advogados também apresentaram outros argumentos:

    • Trata-se de uma cláusula obscura da Constituição, e uma clarificação deve ser feita pelo Congresso, não pela Justiça.
    • O ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Congresso não foi uma insurreição, pois foi em um único local, quase não havia armas de fogo ou outras características de uma revolta.
    • Trump não se envolveu com nada, ele só exercitou o direito dele ao livre discurso, que é protegido por lei nos EUA.

    Mas houve processo sobre a insurreição?

    Houve um outro argumento a favor de Trump: para decidir se ele participou de uma insurreição seria preciso haver um processo legal no qual os direitos dele sejam observados, o que não aconteceu –na prática, a Justiça do Colorado só decidiu que o artigo vale para presidentes.

    O trecho da Constituição é pouco citado, tanto que a Suprema Corte nunca julgou nenhum caso sobre esse parágrafo.

    O caso do Trump é histórico, e a expectativa é que uma nova lei seja criada a partir da decisão.

    Não se trata de um julgamento político?
  • “Temo parcialidade”, diz Zema sobre investigação de Bolsonaro

    “Temo parcialidade”, diz Zema sobre investigação de Bolsonaro

    Ex-presidente e aliados são alvos de operação da PF que apura suposta tentativa de golpe de Estado

    O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG) disse temer que o Judiciário atue de forma parcial na apuração da PF (Polícia Federal) sobre suposta tentativa de golpe de Estado. A investigação mira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.  “Eu sou favorável a toda investigação. Eu sempre falo que quem não deve, não teme. Eu só temo que possa haver alguma parcialidade. Aí é que está a questão”, declarou Zema em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada na 6ª feira (1º.mar.2024).

    “A Justiça no Brasil, no meu entender, tem demonstrado que, muitas vezes, tem julgado de acordo com interesses políticos e não de acordo com a lei. E isso me parece que ficou bastante acentuado nesses últimos 14 meses”, completou.

    Poder 360

  • Decisão pioneira: França torna o aborto um direito previsto na Constituição

    Decisão pioneira: França torna o aborto um direito previsto na Constituição

    País se tornou o primeiro no mundo a garantir constitucionalmente o direito ao aborto, que já era legalizado desde 1974. O presidente Macron deve promulgar a decisão nesta sexta (8), Dia Internacional da Mulher.

    O Parlamento da França aprovou nesta segunda-feira (4) a inclusão do direito ao aborto em sua Constituição nacional. Com isso, o país se tornou o primeiro no mundo a garantir constitucionalmente o direito ao aborto.

    O presidente francês Emmanuel Macron deve promulgar a decisão nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher. Segundo ele, o direito ao aborto agora se tornará “irreversível”.

    A votação desta segunda inscreveu no Artigo 34 da Constituição francesa que “a lei determina as condições em que uma mulher tem a liberdade garantida de recorrer ao aborto”. A proposta foi aprovada em sessão extraordinária que reuniu ambas as câmaras do Parlamento francês por três quintos dos votantes.

    O direito ao aborto é amplamente aceito na França, tendo apoio de 80% dos franceses, segundo pesquisas. A aceitação sobre o assunto é maior que nos Estados Unidos e em muitos outros países do mundo.

    “Estamos enviando uma mensagem a todas as mulheres: seu corpo pertence a você e ninguém pode decidir por você”, disse o primeiro-ministro Gabriel Attal aos deputados e senadores reunidos no Congresso para uma votação especial no Palácio de Versalhes, em Paris.

    As mulheres têm o direito legal ao aborto na França desde uma lei de 1974, que foi duramente criticada na época.

    Mas uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos em 2022 de reverter o julgamento Roe v. Wade, que havia reconhecido o direito constitucional das mulheres ao aborto, levou ativistas franceses a pressionar o país a se tornar o primeiro a proteger explicitamente o direito em sua lei fundamental.

    “Esse direito (ao aborto) recuou nos Estados Unidos. Então nada nos impedia de pensar que a França estaria isenta desse risco”, disse Laura Slimani, da Fondation des Femmes.

    G1

  • Em caso de Terceira Guerra Mundial: O que fazer se uma explosão nuclear realmente acontecer

    Em caso de Terceira Guerra Mundial: O que fazer se uma explosão nuclear realmente acontecer

    Em meio às tensões entre as potências nucleares mundiais, a ameaça de uma explosão nuclear torna-se cada vez mais alarmante e possível. Embora ninguém queira pensar numa tragédia tão catastrófica, é essencial estar preparado e saber o que fazer caso algum líder mundial com muito poder nas mãos acabe decidindo tomar a direção errada e partir para este caminho terrível e sombrio. Especialistas em desastres começaram a compartilhar seus conhecimentos caso uma bomba atômica exploda. Dizem que os minutos e horas após a explosão são extremamente críticos para determinar a nossa sobrevivência.

    Na galeria, descubra o que fazer se o pior cenário nuclear realmente acontecer.

    Quão perigosas são as bombas nucleares?

    O número de vítimas fatais causadas por uma arma nuclear depende do seu tamanho, local de detonação e quantidade de pessoas expostas à explosão. Uma única arma nuclear tem o potencial de causar centenas de milhares de mortes imediatas numa grande cidade. O arsenal nuclear da Rússia tem capacidade, por exemplo, de atingir quase qualquer local do planeta.

    O que é uma explosão nuclear?

    De acordo com o site americano Disasters and Emergencies, uma explosão nuclear é o resultado de um dispositivo que utiliza uma reação nuclear para criar uma explosão. Esses dispositivos variam em tamanho, desde pequenos portáteis até aqueles transportados por grandes mísseis. Esses equipamentos têm o potencial de causar danos significativos de várias maneiras.

    Vários tipos de perigos

    O brilho ofuscante, a força do impacto da explosão, a radiação que danifica células, o fogo e o calor que podem causar ferimentos e destruição, o pulso eletromagnético que pode derrubar dispositivos eletrônicos, a sujeira radioativa e detritos caindo em forma de chuva — chamados de precipitação — são todos os perigos que uma explosão nuclear representa.

    Quanto tempo temos depois do anúncio?

    No caso de uma bomba nuclear vir da Rússia em direção aos EUA, por exemplo, se as pessoas forem prontamente alertadas sobre o ataque iminente, prevê-se que elas teriam aproximadamente 30 minutos ou menos para procurar abrigo. Isso significa que, na pior das hipóteses, não haverá tempo para planejamentos no momento.

    Onde acontecerão os anúncios?

    Numa entrevista, Irwin Redlener, especialista em preparação para desastres da Universidade de Columbia, sugere que a televisão ou o rádio seriam as fontes mais confiáveis para receber informações sobre um potencial ataque nuclear. Além disso, sirenes altas provavelmente soariam como um alerta.

    Com o que se parece

    Quando uma bomba nuclear explode, a arma dispara um imenso flash de luz e uma gigante bola de fogo laranja.

    Primeiros 15 minutos: busque segurança corporal

    Para evitar a cegueira temporária causada pela luz, é aconselhável proteger imediatamente os olhos. Uma bomba de 1 megaton pode causar cegueira temporária em indivíduos num raio de extensão de 21 km em um dia claro e até 85 km em uma noite clara.

    Deite com o rosto para baixo

    Além de procurar abrigo atrás de qualquer coisa que possa fornecer proteção, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) aconselham os indivíduos a se deitarem no chão, com o rosto para baixo, colocando as mãos sob o corpo para se protegerem contra objetos voadores e calor intenso. Outra orientação é usar um lenço para cobrir o nariz e a boca. Manter a boca aberta pode ainda ajudar a garantir que seus tímpanos não estourem com a pressão.

    Se você estiver num carro
    ©Shutterstock
    Se você estiver num carro

    Se você estiver em um carro quando ocorrer a explosão, pare o veículo com segurança e agache-se dentro dele. No entanto, é importante que você não fique lá por muito tempo.

    Mais ou menos 15 minutos antes da precipitação nuclear

    Mais ou menos 15 minutos antes da precipitação nuclear
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    Diz-se que os sobreviventes de um ataque nuclear têm aproximadamente 15 minutos até que os grãos da precipitação nuclear cheguem ao solo. O contato com essas partículas pode causar doenças pela radiação, danificando as células do corpo, representando um risco potencial de fatalidade.


    Exposição à radiação
    ©Shutterstock

    Exposição à radiação

    De acordo com o Centro Johns Hopkins para Segurança Sanitária, o risco de exposição à radiação diminui em 55% uma hora após a explosão, e após 24 horas é reduzido em 80%. Portanto, é crucial procurar abrigo imediatamente.

    Busque um abrigo

    Redlener sugere procurar abrigo na direção oposta aos edifícios caídos e longe do vento. Se não houver áreas cobertas próximas, tente distanciar-se da explosão dentro de 10 a 15 minutos e, em seguida, encontre rapidamente um abrigo para se proteger da nuvem de radiação.

    Abrigos ideais
    Precauções em construção com vários andares
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    As áreas ao ar livre, carros e casas móveis não são abrigos adequados, ressalta o governo dos EUA. Em vez disso, é recomendável buscar refúgio em edifícios de tijolo ou concreto, como escolas ou escritórios. O ideal é escolher habitações com porões para ficar por um tempo. Na ausência de prédios robustos, ainda é aconselhável buscar abrigo dentro de casa, mas esteja longe de janelas.

    Cuidado redobrado em prédio com vários andares

    Ao buscar abrigo em um prédio de vários andares, procure ficar no centro dele, principalmente se tiver janelas. Se tiver janelas, evite também os andares superior e inferior. A força das ondas de choque pode quebrar o vidro, mesmo a 16 km do local da explosão, por isso é importante ficar o mais longe possível dessas instalações.

    Primeiras 24 horas: tomar banho e se manter abrigado
    Retirar roupas contaminadas
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    As primeiras 24 horas após uma explosão são cruciais para reduzir a exposição à radiação e, portanto, bastante críticas para a sua saúde. Embora alguns níveis de danos causados pela radiação sejam tratáveis, há um ponto em que nada pode ser feito.

    Tire as roupas contaminadas

    Se você estava ao ar livre durante a explosão ou quando a precipitação radioativa chegou, é crucial remover todas as roupas contaminadas o mais rápido possível. Evite tocar nos olhos, nariz e boca e limpe cuidadosamente a pele exposta – mas evite usar lenços desinfetantes na pele.

    Descarte as roupas sujas

    De acordo com as recomendações do CDC, é aconselhável lacrar as roupas contaminadas, bem como quaisquer lenços ou panos utilizados para limpeza corporal ou facial, em um saco plástico.

    Tome banho o mais rápido possível

    As pessoas que estavam do lado de fora durante uma explosão devem tomar banho assim que puderem. Use água morna e aplique sabonete suavemente, pois esfregar com força pode machucar a pele, que serve como uma barreira protetora natural. Cubra quaisquer cortes ou escoriações durante o enxágue. Se um banho não for possível, use um pano limpo e úmido para limpar cuidadosamente a pele ou o cabelo exposto.

    Não use nenhum produto

    Usar coisas como condicionador, loção corporal ou creme facial após a exposição a uma explosão nuclear não é uma boa ideia. Supostamente, os produtos podem se ligar a partículas radioativas e prendê-las em nossa pele e cabelo.

    Coma apenas coisas embaladas
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    Coma apenas coisas embaladas

    Será seguro comer apenas de recipientes selados como embalagens, garrafas ou latas, bem como coisas que estavam em lugares fechados como uma despensa ou geladeira. No entanto, o CDC recomenda limpar recipientes, balcões e utensílios antes de comer qualquer coisa. Certamente não devemos comer nada que tenha ficado descoberto, como frutas ou vegetais de uma horta, por causa da exposição à precipitação.

    Fique abrigado por 24 horas

    Até que lhe digam para sair, você deve ficar em seu abrigo por pelo menos 24 horas para que o risco de contaminação possa diminuir suficientemente.

    Mantenha o distanciamento social

    Se você está em um abrigo compartilhado, mantenha uma distância de pelo menos seis metros entre você e pessoas que não fazem parte de seu núcleo familiar. Se possível, use máscara nesses casos.

    Tenha uma ordem de prioridades estabelecida

    Mesmo que a gente queira se reunir com nossos entes queridos imediatamente, a prioridade é que todos permaneçam seguros e não contaminados nas primeiras 24 horas após uma explosão. Só depois desse período, é que é mais seguro se reunir e evitar a exposição a radiação perigosa.

    Mantenha o lugar limpo

    Mantenha sua área de convivência no abrigo limpa e desinfete itens tocados com frequência, como brinquedos, celulares e outras superfícies. Evite tocar em superfícies que muitas pessoas tocam, como maçanetas, e lave as mãos com frequência.

    Mantenha-se sintonizado

    Talvez celulares, televisão e internet tenhas suas transmissões interrompidas, mas é importante ficar atento a informações oficiais para saber quando é seguro sair do abrigo e para onde você deve ir. Rádios movidos à bateria e manivela são uma aposta segura em uma situação nuclear de emergência.

    Como se preparar

    Apesar de ninguém poder viver se preparando para a destruição iminente, há pequenas coisas que podemos fazer para estarmos preparados para o pior cenário, como identificar locais de abrigo nas áreas que frequentamos. Você também pode preparar um kit de suprimento de emergência com coisas como água engarrafada, alimentos embalados, medicamentos, um rádio de pilha, uma lanterna e uma muda de roupa.

    Gerenciamento de estresse

    Durante esses tempos estressantes, tente se manter conectado com os entes queridos para ajudar a gerenciar o estresse e o trauma. Mesmo sem uma explosão nuclear, é essencial cuidar da nossa saúde mental durante tantas ameaças iminentes à nossa segurança. E lembre-se: você não está sozinho nisso!

    Fonte StarsInside

     

  • Influencer brasileira que denunciou estupro coletivo na Índia diz que crime a marcou: ‘Tive uma segunda chance de estar viva’

    Influencer brasileira que denunciou estupro coletivo na Índia diz que crime a marcou: ‘Tive uma segunda chance de estar viva’

    Casal foi atacado por um grupo de homens durante uma viagem pelo continente asiático. Caso foi denunciado pela influencer e o marido nas redes sociais.

    A influencer brasileira Fernanda Santos, que denunciou ter sido vítima de um estupro coletivo na Índia, desabafou que teve uma segunda chance de estar viva. Nas redes sociais, ela explicou que ela e o marido já viajaram para 66 países e que nunca tiveram problemas.

    “Sou forte e continuarei sendo independente do que digam. Eu tive uma segunda chance de estar viva, e vou agarrá-la e viver minha vida feliz, marcou-me, sim, mas não vou deixar que isso me consuma”, escreveu Fernanda em uma rede social.

    O crime aconteceu na última sexta-feira (1º), no distrito de Dumka. Segundo a embaixada brasileira em Nova Déli, três dos sete suspeitos já foram identificados e estão presos. Os nomes deles não foram divulgados.

    O desabafo foi postado após a influenciadora contar que está recebendo ataques depois de ter reportado o crime. Na rede social, Fernanda compartilhou uma resposta a criticando por postar a foto do rosto de um dos suspeitos do crime.

    “Tenho que me esconder agora? Tenho que deixá-los esconderem-se? E não denunciar? Não vou fazer isso, vou ensinar a todos, é preciso para que a justiça seja feita. Ninguém sabe de [coisa] nenhuma do que estou passando, então eu saberei como devo agir. E não, EU NÃO TENHO VERGONHA, porque eu não tive culpa, e sem esses monstros”, escreveu.

    Quem é a influencer

     

    Nas redes sociais, Fernanda tem um perfil próprio e outro junto com o marido, o espanhol Vicente Barbera. Juntos há dez anos, o casal viaja o mundo em motos e divide as aventuras que vivem com mais de 177 mil seguidores.

    “Ao redor do mundo em uma motocicleta”, descrevem. Sempre sobre duas rodas, Fernanda e Vicente compartilham fotos e vídeos das belezas naturais, culturais e gastronômicas dos mais de 65 países onde eles já passaram.

    Muito sorridente e alegre, Fernanda ainda mostra nas redes sociais a rotina dessas viagens e vídeos brincando, dançando e beijando o marido. Além disso, instruções de manutenção na moto e as rotas por onde passam.

  • Mulher suspeita de enterrar filho recém-nascido vivo é presa em GO

    Mulher suspeita de enterrar filho recém-nascido vivo é presa em GO

    Uma mulher foi presa na sexta-feira (1º) em Rio Verde (GO), suspeita de ter enterrado o próprio filho recém-nascido, ainda vivo, em 2009.

    A Polícia Civil informou que a mulher deu à luz a um menino, em casa, no dia 24 de outubro de 2009. Ela teria jogado a própria placenta no vaso sanitário e enterrado a criança em um corredor lateral na própria casa.

    Na ocasião, a polícia foi acionada e localizou o bebê. A perícia concluiu que a criança nasceu com vida. Por isso, a mulher chegou a ser indiciada por homicídio qualificado, mas foi denunciada por infanticídio, que ocorre quando uma mulher dá à luz uma criança e a mata por influência do seu estado mental no pós-parto.Mulher suspeita de enterrar filho recém-nascido vivo em quintal é presa em  Rio Verde | Goiás | G1

    A suspeita disse não saber que estava grávida na época, e que o bebê não teve nenhuma reação ao nascer. A prisão é preventiva e a mulher foi encaminhada ao Presídio de Serranópolis.

    A prisão se deu no contexto da Operação Xadrez 121, da Polícia Civil, que cumpre mandados de prisão de autores de homicídio, latrocínio, feminicídio, tráfico de drogas, estupro e outros crimes em Goiás.

    Folha de São Paulo