Categoria: Segurança e Justiça

  • Documento militar alemão prevê Terceira Guerra Mundial em 2025

    Documento militar alemão prevê Terceira Guerra Mundial em 2025

    A Segunda Guerra Mundial terminou em 1945 e, desde então, o mundo não viu outro conflito dessa magnitude. No entanto, há quem não descarte que este cenário poderia mudar mais rápido do que gostaríamos.

    Documentos militares alemães vazados

    O jornal alemão Bild vazou um relatório militar confidencial do Ministério de Defesa da Alemanha, no qual se fala na possibilidade de a Rússia já estar a preparar-se para uma guerra direta contra os estados membros da OTAN.

    O documento descreve vários cenários hipotéticos. O mais preocupante é intitulado de “Defesa da Aliança 2025”.

    Uma tradução do The New York Post explica os detalhes: os militares russos começariam com uma grande ofensiva na primavera de 2024, já que estariam confiantes, devido ao apoio financeiro cada vez menor do Ocidente à Ucrânia.

    Para isso, já em fevereiro de 2024, a Rússia mobilizaria até 200 mil novos soldados para lutar na Ucrânia.

    Ataques cibernéticos direcionados ao Báltico

    O documento teoriza, ainda, que Moscou não se concentraria apenas na Ucrânia. Até julho de 2024, a Rússia atacaria a Estônia, a Letônia e a Lituânia, com “graves ataques cibernéticos”.

    Ao mesmo tempo, a Rússia procuraria agitar a tensão entre os seus cidadãos e a população local dos países bálticos para preparar o ambiente para seu próximo passo.

    Sob o pretexto de exercícios militares, provisoriamente chamados de “Zapad 2024”, a Rússia reuniria cerca de 50 mil soldados no extremo oeste do país e na Belarus.

    O mais perigoso estaria por vir: Moscou mobilizaria tropas para Kaliningrado, um enclave russo no Mar Báltico localizado entre a Polônia e a Lituânia, ambos membros da OTAN.

    Operação de bandeira falsa

    O documento especula que, a partir de então, o Kremlin poderia usar a desculpa de um ataque iminente da OTAN e enviar tropas para a Polônia e a Lituânia.

    O resultado final seria a tomada do Suwałki Gap, uma faixa de território entre a Polônia e a Lituânia que ligaria a Belarus (e a sua aliada, a Rússia) a Kaliningrado.

    O jornal britânico The Independent destaca que, segundo o relatório vazado, o Kremlin tentaria aproveitar o período de transição, após as eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2024, para ter espaço de manobra no Báltico.

    Uma aquisição do Báltico
    ©Fornecido por The Daily Digest

    Acusações da ONU

    Em janeiro de 2025, após uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, Putin poderia, então, acusar, falsamente, as nações ocidentais de conspirarem para derrubá-lo.

    Usando esta desculpa, Putin poderia reunir tropas para enviar à Belarus e depois ao Báltico, até março de 2025.

    Trinta mil soldados alemães seriam destacados para combater cerca de 70 mil soldados russos na Belarus.
    Confronto direto

    A OTAN, preocupada com a possibilidade de futuras incursões russas, envolver-se-ia diretamente no confronto, entre as tropas ocidentais e os militares russos.

    Este seria apenas um dos muitos caminhos que as Forças Armadas Alemãs e a OTAN em geral estão, atualmente, a estudar.

    Todas as possibilidades estão sobre a mesa

    Segundo o The New York Post, o Bild contactou fontes do Ministério da Defesa alemão e obteve a seguinte resposta: “Considerar diferentes cenários, mesmo que sejam extremamente improváveis, fazem parte do cotidiano militar, especialmente no treino”.

    “Pode haver uma guerra na Suécia”

    A Alemanha não é a única nação preocupada com um conflito maior na Europa. O ministro sueco da Defesa Civil, Carl-Oskar Bohlin, alertou, recentemente, que “poderia haver uma guerra na Suécia” e que a sua intenção não era assustar a população, mas sim prepará-la para qualquer eventualidade possível.

    “Documento tão relevante quanto o horóscopo do ano passado”

    Entretanto, a agência de notícias russa TASS informou que um representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo afirmou que os documentos alemães divulgados pelo Bild eram tão importantes e relevantes como o “horóscopo do ano passado”.

    Nenhum comentário, exceto um

    “Eu não comentaria este relatório do Bild”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enfatizando: “Recentemente, este jornal tem-se rebaixado regularmente a publicar várias notícias falsas e boatos”.

    The Daily Digest

  • Procuradoria diz que governo Lula não age para conter mortes de indígenas na Amazônia

    Procuradoria diz que governo Lula não age para conter mortes de indígenas na Amazônia

    O MPF (Ministério Público Federal) afirma que se multiplicam relatos de mortes violentas e suicídios entre os madihas kulinas, no sudoeste da Amazônia, quatro meses após o anúncio da criação de um grupo de trabalho no governo Lula (PT) para a adoção de ações contra o quadro de violência e abandono vivido pelos indígenas.

    Segundo a Procuradoria da República no Amazonas e indígenas da região, o governo não agiu, apesar da criação do grupo pelo MPI (Ministério dos Povos Indígenas).

    A falta de ações fez o órgão convocar uma reunião para esta segunda-feira (29). O ofício foi enviado a integrantes do MPI, do MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), da Casa Civil da Presidência e à presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Joenia Wapichana.

    “As notícias de mortes violentas, suicídios e afins entre os madihas continuam a se multiplicar, inclusive entre menores de idade, sem a efetiva e urgente resposta do poder público ao tema”, cita o ofício, assinado pelo procurador Fernando Merloto Soave, que cobrou informações sobre medidas concretas adotadas, a serem repassadas num prazo de 15 dias.

    Em nota, a pasta de Povos Indígenas afirmou que tem dialogado com as organizações da área, com respostas às demandas encaminhadas e articulações institucionais para “enfrentar os desafios que impedem os povos da calha do Juruá de gozarem de seus plenos direitos”.

    Um comitê para proteção dos povos indígenas, criado em setembro, vai se reunir neste mês para tratar da situação dos povos do médio Juruá, conforme o ministério. “O MPI, em seu primeiro ano de existência, busca estabelecer suas articulações institucionais a fim de estruturar políticas sólidas para a promoção dos direitos indígenas.”

    Em reportagem publicada em 13 de setembro de 2023, a Folha mostrou o conteúdo de relatórios e imagens compartilhados com o escritório da ONU para prevenção de genocídio, com detalhamento da realidade vivida por madihas kulinas.

    O material, enviado em 11 de maio por um grupo de entidades, com a participação do MPF no Amazonas, aponta uma realidade de desnutrição infantil, insegurança alimentar, abandono, estupro, suicídio e mortes violentas desses indígenas.

    A sistemática violação a direitos, descrita em documentos e fotos, inclui retenção de cartões de benefícios sociais e uma rede de dívidas contraídas por quem vai às cidades mais próximas dos territórios tradicionais para acessar o Bolsa Família.

    O procurador Merloto enviou um relatório antropológico concluído em abril de 2022, a cargo do MPF, e um conjunto de fotos, validadas por lideranças indígenas da região, à subsecretária-geral da ONU Alice Wairimu Nderitu, assessora especial para prevenção de genocídio.

    Merloto apontou um “quadro de desumanização” dos indígenas, diretamente associado à “absoluta omissão de autoridades públicas”. Assim, nada é feito para a prevenção de um genocídio, conforme o procurador.

    Além de crianças desnutridas, há imagens de abandono em cidades no sudoeste do Amazonas, como Ipixuna, Eirunepé e Envira; corpos de indígenas com sinais de agressão e violência; e espera por atendimento em saúde.

    Os madihas kulinas estão em dez terras indígenas, especialmente no médio rio Juruá (AM), e no alto rio Purus (AC). Eles também estão no Peru. As informações são do banco de dados elaborado pelo ISA (Instituto Socioambiental), que aponta a presença de 7.200 indígenas nesses territórios no Brasil. A violação de direitos básicos inclui outras etnias, segundo o MPF.

    Após a publicação da reportagem, o MPI anunciou a criação de um grupo de trabalho para ações de socorro aos indígenas.

    Integrantes do ministério estiveram na região entre 22 e 26 de agosto. “Diante da situação de alta vulnerabilidade identificada entre os povos da calha do rio Juruá, decidiu-se pela instalação de um grupo de trabalho para tratar das necessidades identificadas”, disse a pasta na ocasião, em nota.

    Desde a visita, nada foi feito, conforme citado em ofício do MPF enviado a integrantes do governo federal. “Os madihas informaram que nada foi feito desde a visita do MPI e Funai em agosto de 2023.” As ações precisam ser emergenciais, e há grave vulnerabilidade dos indígenas, afirmou a Procuradoria.

    Os índices de suicídios nas aldeias, um problema persistente, relatado em diferentes laudos antropológicos e de saúde indígena nos últimos anos, vêm se mantendo elevados, conforme relatos de madihas kulinas a lideranças nos primeiros dias do ano.

    Segundo esses relatos, houve cinco suicídios recentes em duas aldeias, sendo duas adolescentes de 14 anos. Um terceiro caso envolve uma jovem de 20 anos, que deixou filhos, conforme os relatos feitos a lideranças.

    É comum o preconceito aos madihas kulinas nas cidades, a dependência ao álcool e o abandono durante a permanência nos municípios para o acesso a benefícios sociais.

    As comunidades estão distantes da cidade, e o acesso se dá por água, em percursos que podem levar dias. Nos territórios, aldeias são abandonadas diante do elevado número de mortes de indígenas, afirmam lideranças.

    Entre 2011 e 2016, houve registro de 34 casos de suicídio entre madihas, conforme dados de saúde indígena referentes à área de abrangência de três cidades.

    A taxa de mortalidade por suicídio, levando em conta os dados do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) que atende a região, é uma das mais elevadas de 2012 a 2021, na comparação com outros distritos.

    Os indígenas tiveram uma “drástica redução demográfica”, em razão da exploração em condições de escravidão em ciclos pretéritos da borracha, e houve uma grande dispersão de grupos familiares em processos de fuga dessa exploração, segundo o relatório enviado à ONU.

    Folha de S.Paulo

  • Corte Internacional de Justiça ordena que Israel tome medidas para ‘prevenir genocídio’ em Gaza e não determina cessar-fogo imediato

    Corte Internacional de Justiça ordena que Israel tome medidas para ‘prevenir genocídio’ em Gaza e não determina cessar-fogo imediato

    Em primeira decisão sobre o processo aberto pela África do Sul contra Israel por conta dos bombardeios na Faixa de Gaza, Corte de Haia disse também que vai levar o caso adiante. Decisão não fala sobre cessar-fogo. Israel nega as acusação e diz que África do Sul dá cobertura política para o Hamas.

    A Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinou nesta sexta-feira (26) que o governo de Israel deve tomar todas as medidas cabíveis para “prevenir um genocídio” na Faixa de Gaza e não acolheu um pedido de cessar-fogo imediato nos conflitos entre Israel e o Hamas no território palestino.

    A sentença é uma decisão inicial em resposta ao processo aberto pela África do Sul acusando Israel de estar cometendo genocídio com os bombardeios na Faixa de Gaza. O governo sul-africano pedia, entre outras medidas, uma medida cautelar estipulando uma pausa imediata nos ataques.

    A sentença, que decidiria pela continuidade ou não do processo, foi lida nesta manhã na sede do tribunal, em Haia, na Holanda. Já a sentença definitiva sobre se Israel comete ou não genocídio em Gaza ainda pode demorar anos para sair (veja abaixo a definição de genocídio).

    O caso é o primeiro julgamento internacional sobre a guerra entre Israel e o Hamas. O governo sul-africano acusa o israelense de genocídio. Tel Aviv nega as acusações e havia pedido que o tribunal abandonasse o caso.

    No entanto, na sessão para a ler a sentença, a juíza responsável pelo caso, Joan Donoghue, afirmou que os juízes decidiram que manterão o processo e que “pelo menos algumas alegações que a África do Sul faz são plausíveis”.

    Os juízes determinaram que Tel Aviv deve submeter um relatório à Corte no prazo de um mês especificando quais medidas foram tomadas.

    A sentença diz ainda que grupos terroristas que atuam em Gaza, com o Hamas, também devem observar e cumprir as mesmas regras. O ministro de Relações Exteriores da Palestina disse que a decisão temporária da Corte de Haia é “bem-vinda” e se manifesta “a favor da humanidade e das leis internacionais”.

    O governo israelense ainda não havia se pronunciado formalmente sobre a sentença até a última atualização desta notícia, mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sem se referir especificamente à decisão do tribunal, disse a guerra continuará.

    “Vamos continuar essa guerra até a vitória absoluta. Até que todos os reféns sejam devolvidos e até que Gaza não seja mais uma ameaça para Israel”, declarou.

    Cessar-fogo

     

    O governo sul-africano, autor do processo, elogiou a sentença mas criticou o fato de a sentença não mencionar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, como havia solicitado à Corte de Haia no processo.

    “Como fornecer ajuda e água sem um cessar-fogo? Se você ler a ordem, por implicação, um cessar-fogo deve acontecer”, disse a ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, que acompanhou a leitura da sentença em Haia.

    Para o presidente da Federação Israelita de São Paulo, Marcos Knobel, a mensagem da Corte de Haia com esta sentença inicial é a de que o cessar-fogo deve estar atrelado à devolução dos reféns sequestrados pelo Hamas.

    “O debate em torno do cessar-fogo não pode ignorar a existência de mais de 130 reféns em poder do Hamas desde 7 de outubro”, declarou. “A decisão da CIJ vem acompanhada da mensagem de que a libertação imediata das pessoas que seguem em cativeiro em Gaza é essencial para o avanço nos debates para que possamos ter uma solução deste conflito”.

    A decisão determinou ainda que a Corte tem jurisdição para julgar se Israel cometeu ou não genocídio e que a África do Sul tem o direito de levar o processo contra Israel à Justiça – o Estado sul-africano é um dos observadores do cumprimento de tratados que impedem que governos cometam genocídio.

    Essa decisão é temporária, e trata-se de uma primeira etapa de um caso protocolado pela África do Sul na CIJ no qual afirma que as ações militares de Israel na guerra contra o grupo terrorista Hamas implicam um genocídio.

    Israel nega a acusação e pediu para que a CIJ rejeite o caso. De acordo com os israelenses, o governo da África do Sul está dando cobertura política para o Hamas.

    A juíza que leu a sentença disse ainda que os juízes estão “profundamente preocupados com a contínua perda de vidas em Gaza”.

    A decisão da Corte de Haia é definitiva – não é possível recorrer dela. Mas, apesar de a decisão ser vinculante, ou seja, de cumprimento obrigatório, a CIJ não pode obrigar um Estado a cumpri-la.

    A África do Sul pediu ao painel de 17 juízes que emitam nove ordens urgentes, conhecidas como medidas temporárias. Essas medidas têm como objetivo proteger a população civil da Faixa de Gaza durante o tempo em que o CIJ ouve os argumentos dos dois lados e toma decisões.

    O primeiro pedido é o que a corte dê ordem a Israel para suspender imediatamente suas operações militares contra Gaza.

    Cidadãos sul-africanos protestam em apoio aos palestinos na Cidade do Cabo, na África do Sul, durante julgamento em Haia. — Foto: Esa Alexander/Reuters
    Cidadãos sul-africanos protestam em apoio aos palestinos na Cidade do Cabo, na África do Sul, durante julgamento em Haia. — Foto: Esa Alexander/Reuters

    Argumentos da África do Sul

     

    Em sua acusação, a África do Sul afirma que Israel comete atos genocidas que incluem:

    • Matar palestinos na Faixa de Gaza.
    • Causar graves danos mentais e corporais na população.
    • Impor, de forma deliberada, condições para causar destruição física em um grupo.

    Argumentos de Israel

    O principal argumento de Israel é que o país age em autodefesa contra ameaças de genocídio do grupo terrorista Hamas.

    G1

  • Alcolumbre destinou R$ 9 milhões do orçamento secreto do governo Bolsonaro para obra tocada por empresa do suplente

    Alcolumbre destinou R$ 9 milhões do orçamento secreto do governo Bolsonaro para obra tocada por empresa do suplente

    Construtora e Reflorestadora Rio Pedreira foi investigada pela Polícia Federal (PF) em dezembro de 2022 por suspeitas de superfaturamento em outra obra viária no Amapá

    O senador Davi Alcolumbre (União-AP) enviou R$ 9 milhões do orçamento secreto para uma obra no município de Santana (AP) executada pela empreiteira de propriedade do seu suplente, Breno Barbosa Chaves Pinto. A Construtora e Reflorestadora Rio Pedreira foi investigada pela Polícia Federal (PF) em dezembro de 2022 por suspeitas de superfaturamento em outra obra viária no Amapá.

    A obra de asfaltamento em Santana é tocada por meio de um contrato entre o Ministério das Cidades e a Prefeitura de Santana. O contrato original era de R$ 9,1 milhões, sendo R$ 9,07 milhões a serem repassados pela União e R$ 45 mil como contrapartida da prefeitura.

    O empenho de R$ 9 milhões foi realizado em dezembro de 2020, mas os pagamentos só começaram no fim do ano passado. A prefeitura já pagou R$ 814.542,25 para a empreiteira do suplente do senador. Apesar da investigação da PF, Breno Chaves está prosperando nos negócios no governo Lula. Outra empresa do suplente, a L B Construção, foi beneficiada com R$ 106,65 milhões do orçamento federal em 2023.

    A empresa deve receber ainda mais dinheiro neste ano. A empreiteira venceu uma licitação do Dnit no valor R$ 268,7 milhões para pavimentação de um trecho de 56 quilômetros da BR-156. A reportagem do Estadão tentou contato com a prefeitura de Santana; com o prefeito, Sebastião Bala Rocha (PP); com a empresa e com Davi Alcolumbre, por meio da assessoria, mas não houve resposta.

    METRO1

  • Governo vai questionar TCU se bloqueio menor no Orçamento gera risco de punição

    Governo vai questionar TCU se bloqueio menor no Orçamento gera risco de punição

    O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai questionar ao TCU (Tribunal de Contas da União) se a eventual escolha por um bloqueio menor no Orçamento de 2024 em um cenário de frustração grande de receitas pode gerar punição aos gestores responsáveis pelo ato.

    Esse será o teor da consulta sobre como proceder diante do dispositivo incluído na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2024 que, para garantir a expansão real mínima de 0,6% nas despesas prevista no arcabouço, impede um contingenciamento maior.

    A inserção do trecho na LDO foi articulada pelo governo para tentar gerar respaldo legal à blindagem de recursos durante o ano, após o ministro Fernando Haddad (Fazenda) prometer a Lula a preservação de investimentos públicos.

    O Executivo precisa da resposta do TCU para ter segurança jurídica do que fazer quando as reavaliações de receitas e despesas apontarem a provável necessidade de contingenciar gastos de forma a cumprir o objetivo de zerar o déficit em 2024. O dispositivo da LDO limitaria o bloqueio a R$ 23 bilhões, segundo estimativas da Fazenda, enquanto economistas já chegaram a prever a necessidade de mais de R$ 50 bilhões.

    Embora a intenção do governo seja resguardar os técnicos que assinam os documentos, obter o posicionamento da corte de contas também deve ser determinante para o debate em torno da flexibilização da meta fiscal, que segue vivo dentro do governo.

    Se a orientação do TCU for desfavorável ao Executivo, no sentido de que é necessário bloquear um valor maior, a avaliação de uma ala do governo é de que isso tende a antecipar a rediscussão do alvo da política fiscal neste ano.

    Por outro lado, como mostrou a Folha de S.Paulo, o governo tem na MP (medida provisória) da reoneração da folha de pagamento de empresas uma espécie de “âncora fiscal” para diminuir o risco de contingenciamento no mês de março, quando é feita a primeira reavaliação do Orçamento. Assim, inicialmente não seria necessário recorrer ao dispositivo da LDO para reduzir o bloqueio, e a flexibilização da meta poderia ser adiada para maio.

    A consulta do governo ao TCU parte da premissa de que o mecanismo aprovado pelo Congresso é constitucional, pois blinda parte das despesas do alcance do contingenciamento —algo permitido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), na interpretação do governo.

    Há, no entanto, o reconhecimento da existência de um conflito entre normas. Enquanto a LDO diz que o bloqueio pode ser menor, a Lei n.º 10.028, de 2000, diz que configura infração administrativa contra a lei de finanças públicas “deixar de expedir ato determinando limitação de empenho e movimentação financeira, nos casos e condições estabelecidos em lei”.

    Segundo um interlocutor do governo, a consulta pede ao TCU uma interpretação do que fazer diante de duas regras que têm a mesma força dentro da hierarquia da legislação brasileira: uma que obriga a contingenciar e outra que limita o bloqueio.

    O documento não deve discutir a constitucionalidade do artigo da LDO, mas sim se o agente público que assina os atos pode ser responsabilizado por cumprir a nova lei.

    A preocupação de resguardar os técnicos existe porque eventual infração administrativa é passível de punição pelo TCU, com cobrança de multa.

    Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira (22), Haddad destacou que não cabe à corte de contas discutir a validade da lei —atribuição do STF (Supremo Tribunal Federal). Entre ministros do tribunal, a posição é outra: o TCU não declara a inconstitucionalidade, mas pode rejeitar as contas do Tesouro, da Fazenda e do presidente da República.

    Embora a declaração de Haddad tenha gerado ruído nos bastidores, o governo se fia nesse ponto para apostar que o TCU tem poder para interpretar a LDO, mas não afastá-la.

    Segundo interlocutores do governo ouvidos pela Folha de S.Paulo, está descartada a tese usada inicialmente pelo Ministério da Fazenda, de que o crescimento real da despesa em ao menos 0,6%, como previsto no novo arcabouço fiscal, impõe um mínimo livre de contingenciamento.

    O argumento jurídico da consulta não deve ser o arcabouço, uma vez que esse caminho já foi rejeitado pela área jurídica da Casa Civil e do Ministério do Planejamento, além do próprio TCU em conversas informais.

    Por isso o governo passou a usar a estratégia do artigo da LDO —que produz efeito semelhante, mas por um caminho legal distinto. Ele cria, com base na LRF, uma ressalva ao contingenciamento, em montante necessário para garantir a execução de um gasto pelo menos 0,6% maior do que no ano anterior, já descontada a inflação.

    A expectativa do governo é encaminhar a consulta ao TCU nos próximos dias. Quando formalizada, o ministro Jhonathan de Jesus será o relator, uma vez que ele já é responsável por outro processo sobre o mesmo tema, aberto a pedido do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ).

    FOLHA DE SÃO PAULO

  • Abin diz que é a ‘maior interessada’ e quer ‘apuração rigorosa’ na investigação da PF sobre Ramagem

    Abin diz que é a ‘maior interessada’ e quer ‘apuração rigorosa’ na investigação da PF sobre Ramagem

    A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou em nota divulgada nesta quinta-feira, 25, que é “a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos”, se referindo a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) que teve como principal alvo o ex-diretor da agência e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

    Na nota, a Abin afirma que a atual gestão colabora há 10 meses com inquéritos da PF e do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre “eventuais irregularidades cometidas no período de uso de ferramenta de geolocalização”, entre 2019 e 2021.

    “A ABIN é a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos e continuará colaborando com as investigações” (leia nota na íntegra abaixo).

    Já a entidade de classe dos profissionais da Abin, a União dos Profissionais de Inteligência de Estado da ABIN (Intelis) foi além, publicando nota em que critica a gestão da agência ser feita pelo que chamou de “atores exógenos politicamente condicionados”, referindo-se a Ramagem e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que o nomeou para o cargo.

    No mesmo sentido da Abin, a Intelis também afirma que os profissionais de carreira são os maiores interessados “na apuração republicana sobre eventuais desvios ou mau uso das ferramentas de Inteligência”, e reforça que “a Inteligência de Estado tem que ser preservada do debate político-partidário” (nota na íntegra no final do texto).

    A investigação da PF apura a suposta formação de uma “organização criminosa” instalada na agência durante o comando de Ramagem. O objetivo seria “monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas”, usando ferramentas de geolocalização de celulares sem a devida autorização judicial. A investigação encontrou registros de que a Abin tentou produzir provas que relacionassem ministros do STF e deputados federais de oposição a Bolsonaro ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

    Ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem é investigando por estar a frente do órgão durante período em que um suposto esquema de espionagem utilizou a estrutura estatal para monitorar adversários políticos do então presidente Jair Bolsonaro (PL), quem o escolheu para o cargo Foto: Dida Sampaio/Estadão
    Ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem é investigando por estar a frente do órgão durante período em que um suposto esquema de espionagem utilizou a estrutura estatal para monitorar adversários políticos do então presidente Jair Bolsonaro (PL), quem o escolheu para o cargo Foto: Dida Sampaio/Estadão

    Segundo a PF, o esquema teria monitorado a promotora de Justiça do Rio de Janeiro que investigou o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, o ministro da Educação, Camilo Santana e a ex-deputada Joice Hasselmann, entre outros.

    Ao defender o afastamento do deputado, a PF afirmou que a agência, sob a gestão dele, “estava a serviço, em verdade, do extrato político nacional”. Para os investigadores, a instituição foi loteada com aliados do governo, que formariam uma “estrutura paralela”. O deputado teria “incentivado e acobertado” o suposto esquema.

    Procurado pelo Estadão, ele ainda não se manifestou. Em entrevista à GloboNews, o ex-diretor afirma existir uma “salada de narrativas”.

    “Quando eu tive agora o acesso ao parecer do Ministério Público e à decisão judicial, o que nós vemos é uma salada de narrativas, inclusive, antigas e já superadas, colocadas para imputar negativamente, criminalmente, no nome da gente, sem qualquer conjunto probatório”, disse Ramagem. “Os policiais federais que estavam comigo, (nós) nunca tivemos a utilização, execução, gestão ou senha desses sistemas.”

    O que diz a Abin

    “Há 10 meses a atual gestão da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) vem colaborando com inquéritos da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal sobre eventuais irregularidades cometidas no período de uso de ferramenta de geolocalização, de 2019 a 2021. A ABIN é a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos e continuará colaborando com as investigações.”

    O que diz a Intelis

    “Os novos desdobramentos das investigações em curso sobre o suposto uso indevido do programa First Mile indicam ter havido utilização da estrutura e recursos da ABIN para práticas de desvios por parte de policiais federais inseridos na Agência.

    Se confirmados os ilícitos apurados, a problemática gestão da ABIN por Alexandre Ramagem e seus assessores reforça a importância de a Agência ser gerida por seu próprio corpo funcional, e não por atores exógenos politicamente condicionados, como no governo anterior.

    Reafirmamos a confiança nos profissionais de carreira da ABIN, que são os maiores interessados na apuração republicana sobre eventuais desvios ou mau uso das ferramentas de Inteligência – semelhantes às utilizadas nos sistemas de Inteligência de democracias consolidadas.

    A Inteligência de Estado tem que ser preservada do debate político-partidário, e os profissionais de carreira precisam ser valorizados. A ABIN e seus profissionais merecem respeito.”

    Diretoria Executiva da Intelis – União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin

    Estadão

  • Após se manifestar sobre desfecho da morte de Marielle, senador de Rondônia questiona: ‘Quem mandou matar Bolsonaro?’

    Após se manifestar sobre desfecho da morte de Marielle, senador de Rondônia questiona: ‘Quem mandou matar Bolsonaro?’

    O senador Marcos Rogério (PL) confrontou ontem (23) os seus seguidores nas redes sociais ao questionar: “quem mandou matar Bolsonaro?”. A pergunta ocorre após publicar mais um desfecho da morte da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco. Ela morreu no dia 14 de março de 2018 e até os tempos atuais não havia um verdadeiro culpado. Marielle foi assassinada após sair de uma agenda de trabalho. Na ocasião, o motorista lotado em seu gabinete também morreu.

    Nos últimos episódios, Ronnie Lessa, o ex-PM acusado de matá-la e Anderson Gomes, delatou Domingos Brazão (ex-MDB) como um dos mandantes do atentado que matou a vereadora e seu motorista. Preso desde março de 2019, Lessa fez acordo de delação com a Polícia Federal. O acordo ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça, o STJ, pois Brazão tem foro privilegiado por ser conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

    “Mais uma narrativa da esquerda caiu por terra. As investigações apontam para Domingos Brazão como um dos mandantes do crime. Agora, queremos saber quem tentou matar Jair Bolsonaro na campanha em 2018?”, escreveu Rogério.

    A pergunta também vem sendo feita por diversas lideranças de extrema direita do país, prática de marketing que denota mais visibilidade no país, como ocorreu com a morte de Marielle Franco que virou até estampa de roupas.

    Além de Marcos Rogério, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL) também comentou sobre o processo de delação premiada e fez o mesmo questionamento. “O Brasil de justiça sentiu um alívio nesta terça-feira (23), ao sabermos, juntos, quem mandou matar Marielle Franco. Curiosamente, o mandante delatado, Domingos Brazão, fez campanha ferrenha para Dilma Rousseff ao lado de Eduardo Cunha em 2010. Hoje é um grande dia! E agora, podemos investigar quem mandou matar Bolsonaro?”, escreveu.

  • Médico e pastor morrem após colisão frontal na GO-060 em Goiás

    Médico e pastor morrem após colisão frontal na GO-060 em Goiás

    O médico Thiago Rosa e o pastor Arnaldo Moreira conduziam os carros e ficaram presos às ferragens após a colisão

    Dois homens morreram após dois carros baterem de frente na GO-060, entre Claudinápolis e Santa Bárbara. O acidente aconteceu no final da tarde de terça-feira (23) e vitimou o médico Thiago Ubirajara Araújo Rosa e o pastor Arnaldo Moreira de Oliveira, que eram os condutores dos veículos.

    Imagens de câmeras de segurança mostram quando o pastor trafega na rodovia com um Ford Ka vermelho em alta velocidade segundos antes do acidente. Arnaldo bateu de frente com um Audi A4 conduzido pelo médico.

    O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro, mas, ao chegar no local, encontrou as vítimas já sem vida. Os homens foram encontrados presos às ferragens.

    Após perícia realizada pela Polícia Técnico-Científica, os militares fizeram a retirada dos corpos das ferragens e deixaram as vítimas aos cuidados do Instituto Médico Legal (IML).

    Nas redes sociais, as prefeituras de Anicuns e Avelinópolis lamentaram o ocorrido. A primeira disse que Thiago contribuiu significativamente para a a cidade, “deixando um legado de serviço e comprometimento”.

    A segunda afirmou que o médico e o pastor foram seres que salvaram vidas. “Uma tragédia que uniu duas vidas! Dois seres que salvavam vidas! Dr. Thiago Ubirajara, exerceu a medicina com um verdadeiro dom! Pastor Arnaldo salvava vidas através da palavra de Deus. Mesmo local, o mesmo horário, atuantes na cidade de Avelinópolis, despediram de todos que os amavam em um grande sentimento de missão cumprida”, diz trecho.

    Mais Goiás

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  • PF confirma somente uma delação homologada no Caso Marielle e critica vazamentos

    PF confirma somente uma delação homologada no Caso Marielle e critica vazamentos

    A Polícia Federal (PF) emitiu uma nota oficial confirmando que, até o momento, ocorreu apenas uma delação homologada pelo Judiciário na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes. A corporação se refere especificamente à delação do ex-policial militar Élcio de Queiroz.

    Na nota, divulgada na noite de terça-feira (23), a PF enfatizou sua preocupação com a divulgação e repercussão de informações falsas, alertando que tais práticas podem prejudicar o trabalho investigativo e expor cidadãos. “A divulgação e repercussão de informações que não condizem com a realidade comprometem o trabalho investigativo e expõem cidadãos”, afirmou a Coordenação Geral de Comunicação Social da PF.

    A declaração surge após a reportagem do portal The Intercept, que noticiou a delação de Ronnie Lessa, indicando o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCRJ), Domingos Brazão, como mandante do crime. A reportagem apontou que a motivação do crime seria uma suposta vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual pelo PSol e atual presidente da Embratur.

    Domingos Brazão, em uma entrevista ao portal Metrópoles, refutou veementemente as acusações de ser o mandante do crime. Ele sugeriu que a menção de seu nome poderia ser uma estratégia dos executores para desviar a atenção.

    Íntegra da nota da Polícia Federal: “A Polícia Federal informa que está conduzindo há cerca de onze meses as investigações referentes aos homicídios da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes. Ao longo desse período, a Polícia Federal trabalhou em parceria com outros órgãos, notadamente o Ministério Público, com critérios técnicos e o necessário sigilo das diligências realizadas. Até o momento, ocorreu uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário. As investigações seguem em sigilo, sem data prevista para seu encerramento. A divulgação e repercussão de informações que não condizem com a realidade comprometem o trabalho investigativo e expõem cidadãos. Coordenação Geral de Comunicação Social”

    Hora Brasília

  • Rússia: avião com prisioneiros ucranianos cai e deixa 74 mortos

    Rússia: avião com prisioneiros ucranianos cai e deixa 74 mortos

    O avião militar russo caiu por volta das 11h (horário de Moscou) desta quarta (24/1) em Belgorod, próximo à fronteira com a Ucrânia

    Um avião de transporte militar russo, de modelo Ilyushin Il-76, que transportava prisioneiros ucranianos, caiu, nesta quarta-feira (24/1), em Belgorod, próximo à fronteira com a Ucrânia, e deixou 74 mortos, de acordo com o Ministério da Defesa da Rússia.

    A aeronave caiu por volta das 11h, 5h no horário de Brasília. Em nota, a pasta afirmou que estavam a bordo do avião 65 militares capturados das Forças Armadas ucranianas, além de seis tripulantes russos e outras três pessoas que ainda não foram identificados.

    O avião transportava prisioneiros de guerra ucranianos até um ponto de resgate. A operação é fruto de um acordo entre as nações que visa a troca de pessoas detidas, tanto civis quanto militares, durante o conflito.

    Segundo um deputado russo, a aeronave militar teria sido derrubada por três mísseis. Imagens divulgadas na internet mostram o momento da queda do avião, e logo em seguid,a uma explosão.

    Confira o suposto momento da queda do avião:

    Ucrânia confirma ataque

    A Ucrânia confirmou a autoria do ataque contra o avião militar russo. As autoridades ainda alegaram que a aeronave carregava mísseis e não prisioneiros. A informação é da agência de notícias francesa AFP.

    Segundo o governo ucraniano, esse carregamento de armamento bélico seria destinado para bases russas que atacam a região da cidade de Kharkiv, próxima à fronteira com a Rússia.

    Rússia investiga “incidente” com avião

    Em comunicado no Telegram, Vyacheslav Gladkov, governador de Belgorod, informou que um “incidente” ocorreu no distrito de Korochansky, nordeste da cidade. No momento, uma equipe de investigadores e funcionários de emergência trabalham no local da queda do avião.

    Gladkov afirmou que cancelou os compromissos da agenda oficial e está indo inspecionar o local. Ele disse que investigadores e trabalhadores de emergência já estavam no local.

    O Kremlin deve investigar o incidente.

    Metrópoles