Vinicius Júnior brilha e Brasil derrota Paraguai por 4 a 1 na Copa América
Bênção aos motociclistas marca 2º dia da Festa do Divino Pai Eterno
Missas e Benção aos Motociclistas marcam o 2º dia de programação da Festa do Divino Pai Eterno, neste sábado (29/6), em Trindade, cidade que fica na região metropolitana de Goiânia. Mais de 3 milhões de pessoas são esperadas para o evento religioso, que termina no dia 7 de julho, que é o maior do Centro-Oeste, o segundo maior do Brasil e a maior festa do mundo dedicada ao Divino Pai Eterno. O tema desta edição é: “Pai Eterno, a Vós, nossa oração”. Para este ano, os Missionários Redentoristas estão investindo em sustentabilidade em todos os espaços onde a festa ocorre.
Prefeito Rogério destaca importância do apoio ao empreendedorismo durante a abertura da Expo Favela Innovation Goiás 2024
O prefeito Rogério destacou a importância do apoio ao empreendedorismo e a redução da burocracia na capital, durante a abertura da Expo Favela Innovation Goiás 2024, nesta sexta-feira (28/06). O evento é considerado a maior feira da América Latina de empreendedores e startups das periferias e é realizado com o apoio da Prefeitura de Goiânia.
“Goiânia hoje lidera o ranking entre as melhores capitais para se viver e é a segunda capital que mais abre portas para empreendedores. Isso traz uma relação importante porque, antigamente, até dois anos atrás, éramos a última capital em formação de documentos e processo para empreendedor. Hoje nós somos a segunda. Por quê? Reduzimos a burocracia e demos condições para que a abertura de novas empresas e empreendimentos seja o mais rápido possível”, afirmou o prefeito Rogério.
A feira conta com extensa programação para estimular o empreendedorismo na periferia. Os visitantes podem receber mentorias, participar de oficinas de capacitação e realizar inscrições em cursos gratuitos de tecnologia. Também estão previstas atividades de lazer e culturais. A expectativa é de um público de 20 mil pessoas ao longo dos dois dias de evento.
O presidente da Central Única das Favelas em Goiás (CUFA-GO), Breno Cardoso, ressaltou que a Expo Favela conecta a periferia com empresários e personalidades, formando uma rede que possa gerar negócios. “Este evento não é possível de ser feito sem a participação de parceiros, e a Prefeitura de Goiânia, desde a primeira edição da Expo Favela, apoiou e acreditou na importância do empreendedorismo da periferia. A prefeitura ajuda a viabilizar esse projeto para que possa gerar tantas oportunidades para quem é invisível, democratizando a oportunidade para a periferia”, disse.
O presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Danilo Guimarães, afirmou que eventos como a Expo Favela Innovation Goiás 2024 são de extrema importância para a capital, uma vez que fomenta as redes hoteleira e de bares e restaurantes. “A prefeitura participa com uma exposição sobre o turismo da moda, em especial a da Região da Rua 44. Eventos como esse aquecem e fomentam o turismo não só local, mas regional, aéreo e rodoviário. Os benefícios são gigantes para o município”, pontua.
Festival de games
Também na manhã desta sexta-feira (28/6), o prefeito Rogério participou da abertura do Go Game Festival, o maior evento de games e cultura geek do Centro-Oeste. A programação, que se estende até o dia 30 de junho, conta com a presença de atrações nacionais e personalidades dos universos Game e Geek.
O festival recebe apoio da Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Esportes (SMESP) e da Agência Municipal de Turismo e Lazer (Agetul). Entre as atividades programadas estão campeonatos de eSports, concursos de cosplay e apresentações de K-Pop.
Frederico da Costa, presidente da Associação Goiana de E-sports (Ages), destacou a crescente importância de Goiás no cenário de games e agradeceu o apoio da prefeitura para a realização do evento. “A Prefeitura de Goiânia é uma grande apoiadora desse mercado em expansão global”, ressaltou.
O Go Game Festival oferece uma variedade de atividades simultâneas, abrangendo fãs com diferentes interesses, estilos e formas de jogar. Os participantes têm a oportunidade de explorar ambientes com cenografias imersivas, mergulhar na cultura Geek e Pop, competir em campeonatos de e-sports, participar de concursos de cosplay e K-Pop, visitar o Museu do Videogame, conferir exposições de Action Figures e experimentar simuladores de realidade virtual, entre outras atrações.
Bastidores: aniversariante do dia, Campos Neto fala em auditório vazio e ‘dá no pé’ em Lisboa
Um dos palestrantes mais aguardados no “Gilmarpalooza”, evento realizado em Lisboa por instituto de ensino superior do ministro Gilmar Mendes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto acabou falando para um auditório longe de sua lotação máxima. Campos Neto era a principal autoridade no painel “Integração global e blocos econômicos”, nesta sexta-feira, 28.
Com viagem marcada para a Basileia, na Suíça, onde participará da reunião anual promovida pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), Campos Neto, que completou 55 anos nesta sexta, demonstrou preocupação quando a organização lhe avisou que haveria algum atraso.
Os painéis anteriores, que contavam com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e Cristiano Zanin e que foram realizados pela manhã, acabaram se estendendo até às 14h. Por isso, os participantes do fórum saíram para almoçar próximo a este horário. A participação de Campos Neto começaria às 14h30, e a maioria ainda não havia retornado.
Outro participante preocupado com o horário era o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, hoje diretor de estratégia econômica e relações com mercados do Safra. “Você fala e depois dá no pé também”, aconselhou o ex-ministro a Campos Neto.
Na roda de conversa antes de subir ao palco, Campos Neto e Levy debatiam o desempenho do presidente americano Joe Biden no debate com Donald Trump no dia anterior. “Estava na forminha né, mas fora da pergunta”, comentou Levy sobre as respostas de Biden, cuja performance ruim tem levado parte dos apoiadores do Partido Democrata a defender a troca de candidato. “Pois é, tem o da Califórnia?, completou Levy a Campos Neto, referindo-se ao governador da Califórnia, Gavin Newsom, especulado como possível substituto de Biden na corrida eleitoral.
Logo após o fim do evento, Campos Neto pediu desculpas ao ministro Gilmar Mendes, organizador do evento, e saiu apressado, sem responder perguntas da imprensa. “Acho que estão me dando uma importância maior do que tenho”, disse ao Estadão/Broadcast quando questionado sobre seu futuro após deixar o BC.
Na quinta-feira 27, o ministro Dias Toffoli, do STF, deu palestra numa sala menor, mas lotada. Toffoli defendeu a atuação da Corte, que é acusada por membros do Executivo e do Legislativo de invadir as competências dos outros Poderes. “Se tudo vai parar no Judiciário, é uma falência dos outros órgãos decisórios da sociedade”, disse.
Estadão
Projeto que multa quem doar marmita é suspenso por vereador em SP após críticas: ‘Valor foi um erro’
O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) afirmou nesta sexta-feira, 28, que o Projeto de Lei (PL 0445/2023), que determina regras para doação de alimentos (marmita) em São Paulo está suspenso da sua tramitação na Câmara de Vereadores da capital. Um dos itens do texto causou polêmica ao prever multa de até R$ 17 mil em caso de descumprimento.
Em nota, o parlamentar disse que a suspensão será feita para que se possa ouvir a sociedade civil e entidades, para “aperfeiçoar o texto”. Aprovado em 1ª votação na sessão da quarta-feira, 26, o PL precisa receber um novo aceite dos vereadores antes de seguir para a sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que já disse que vai vetar o projeto.
“Considerando a repercussão do PL 445/23, que estabelece protocolos e diretrizes de distribuição alimentar na cidade de São Paulo, informo que o projeto terá sua tramitação imediatamente suspensa”, disse vereador Rubinho Nunes, autor do projeto, em nota.
“A suspensão tem por objetivo ampliar o diálogo com a sociedade civil, ONGs e demais associações e buscar o aperfeiçoamento do texto para que a finalidade do projeto seja atendida”, completou.
Em conversa com o Estadão, o parlamentar foi questionado sobre quais mudanças pretende fazer no PL. Um dos erros, disse, foi que o projeto apresenta uma “ambiguidade” em relação às pessoas que são cobertas pelo projeto. Outro equívoco é o valor da multa a quem descumprir as medidas, que pode chegar a R$ 17 mil.
“Era só pra ONGs e associações que fazem distribuição em larga escala das marmitas. Mas tem uma interpretação abrangente que foi dada para uma parte da população, que criticou o projeto de que poderia atingir as pessoas físicas e entidades religiosas, o que não era nosso objetivo. Esse é um ponto que claramente tem que ser modificado”, disse.
O objetivo da proposta, como definida no texto do projeto, é “estabelecer protocolos de segurança alimentar para pessoas em vulnerabilidade social” em São Paulo.
Na prática, porém, o projeto impõe restrições às ações assistenciais ao determinar que os doadores só podem praticar o gesto de caridade se cumprirem com uma série de regras, como: ter cadastro em secretarias na Prefeitura; ter autorização da administração municipal; e apresentar plano detalhado que define onde, quando e quanto será distribuído de alimento.
Se as regras fora descumpridas, a pessoa física ou as entidades seriam obrigadas a pagar, como multa, 500 Ufeps (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo). Como cada Ufeps tem o valor atual de R$ 35,36, o pagamento de 500 dessas taxas corresponde a R$ 17.680. Além disso, no caso de reincidência, os doadores perderiam o credenciamento por três anos.
“Segundo ponto (a ser mudado no projeto de lei) é que a multa está exagerada. R$ 17 mil, 500 Ufesps, isso tem que ser modificado”, afirmou o vereador ao Estadão, que admitiu não ter calculado o valor da sanção antes da apresentação do projeto.
“Foi um erro o valor colocado. Eu não fiz o cálculo para ser sincero. E na hora que eu vi, já tinha ido. Foi uma coisa que eu já ia alterar no substitutivo. A multa não pode ter caráter expropriatório, como está com esse valor, então tem que ser reduzida. Toda lei, pra ter eficácia, precisa ter uma multa, uma sanção, teria que ser uma multa de R$ 500, R$ 600, um valor menor”, disse Rubinho Nunes.
A aprovação do PL em 1ª votação provocou reação negativa nas redes sociais. Organizações que prestam apoio às pessoas em vulnerabilidade social afirmam que a medida burocratiza o processo de ajuda aos mais necessitados e criminaliza a doação de alimentos.
“O projeto se espelha em uma lei vigente em Curitiba, que melhorou a quantidade de pessoas em situação de rua e deu acolhimento a elas. Só que, infelizmente, eu falhei na apresentação do projeto e na forma de explicar ele. É natural a reclamação, faz parte do debate democrático e é meu dever, como parlamentar, recuar e tentar conciliar o que atenda esse objetivo, que é retirar as pessoas da rua e levá-las para casas de acolhimento”, disse o vereador.
Prefeito Ricardo Nunes diz que vai vetar a proposta
Também nesta sexta, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que vai vetar o projeto, caso seja aprovado em segundo turno.
“Obviamente, se for aprovado em 2ª votação, o que não acredito, eu vou vetar. Temos de fazer com que as pessoas que nos auxiliem nesse trabalho super importante, uma relação da questão da insegurança alimentar, é dar apoio”, disse o prefeito.
“Tem de ter organização, critério. Não pode correr o risco de dar uma comida estragada para as pessoas, questão de higiene. Mas isso a gente vai fazer através de diálogo e não através de lei, de sanção. Isso se faz através de conversação”, completou Nunes.
Quais as regras que o projeto de Rubinho Nunes determina?
- Para o caso de entidades interessadas em fazer doações, o PL determina, entre as principais obrigações, que as instituições tenham razão social registrada e reconhecida pelos órgãos competentes; identifiquem os membros do quadro administrativo do grupo e façam a zeladoria da área onde as refeições serão distribuídas.
- Além disso, os voluntários da entidade precisam ter autorização da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e da Secretaria Municipal das Subprefeituras para realizar a atividade, bem como estar identificados com crachá da instituição no momento da entrega do alimento.
- No caso de pessoas físicas, as determinações são semelhantes: fazer a limpeza do local da doação, ter autorização de secretarias da administração municipal e ter cadastro atualizado na Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social.
O projeto ainda determina que:
- As autorizações concedidas tenham validade de um ano, devendo ser renovadas na pasta de Assistência Social;
- O armazenamento e transporte de alimentos devem ser realizados conforme as regras previstas pela vigilância sanitária
- As doações devem ocorrer em locais e horários previamente agendados e autorizados pela Assistência Social
- As ONGs e pessoas físicas devem elaborar um plano detalhado da distribuição dos alimentos, descrevendo onde e quando as doações serão feitas, e qual a quantidade de comida distribuída.
Estadão
A decisão da Suprema Corte dos EUA que aponta exageros em casos de acusados de invadir o Capitólio
A Suprema Corte dos EUA decidiu que promotores federais exageraram ao usar uma lei de obstrução de Justiça para acusar centenas de manifestantes que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021.
A decisão também pode afetar um processo contra o ex-presidente Donald Trump.
Os juízes decidiram que as acusações de obstrução de um processo oficial deveriam incluir provas de que os réus tentaram adulterar ou destruir documentos.
Mais de 350 pessoas foram acusadas de obstruir o trabalho do Congresso — que, na ocasião, era a certificação da eleição presidencial de 2020, com a vitória de Joe Biden.
A lei que os promotores usaram foi aprovada em 2002, após o escândalo da gigante do setor energético americano Enron, para impedir má conduta corporativa.
O Caso Enron envolvia fraudes contábeis para maquiar perdas financeiras na empresa e é considerado um símbolo dos escândalos corporativos nos EUA.
A lei, que ficou conhecida como Sarbanes-Oxley, descreve penalidades criminais para qualquer pessoa que “alterar, destruir, danificar ou ocultar um registro, documento ou outro objeto”.
Ela também trata de qualquer pessoa que “de alguma forma obstrua, influencie ou impeça qualquer procedimento oficial”.
Os promotores do Departamento de Justiça defenderam uma interpretação ampla da lei para incluir aqueles que invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 na tentativa de manter Trump na Casa Branca.
Mas, num placar de 6×3, o tribunal decidiu que a lei deve ser interpretada de forma relativamente restrita — e usada apenas contra réus que adulteraram ou danificaram documentos.
Como a decisão afeta a situação de Trump?
A decisão animou os apoiadores de Donald Trump.
Mas ainda não está claro se a decisão interromperá um dos processos contra ele.
No caso da invasão do Capitólio e da tentativa de reverter o resultado das eleições, Trump é acusado de quatro crimes, incluindo obstrução.
A Suprema Corte também deve decidir na próxima semana sobre o argumento de Trump de que um ex-presidente não pode ser processado como qualquer outro cidadão.
“Para Trump, acho que haverá litígios”, avalia Aziz Huq, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Chicago.
“Mas as acusações contra ele envolvem falsificar ou alterar ‘registros, documentos ou objetos’. Portanto, acho que [a decisão da Suprema Corte] provavelmente não prejudica essas acusações.”
Além disso, o conselheiro especial Jack Smith também acusou Trump de outros crimes em conexão com suas tentativas de reverter o resultado da eleição de 2020: conspirar para fraudar os EUA e conspirar contra os direitos dos cidadãos.
Essas acusações continuarão independentemente do resultado do caso de obstrução.
Mas o promotor especial enfrenta um prazo óbvio. Se Trump vencer a eleição de novembro, ele poderá remover Smith de seu cargo e encerrar o caso legal federal.
E os outros réus do 6 de janeiro?
A Lei Sarbanes-Oxley foi apenas uma das várias leis usadas contra aqueles que invadiram o Capitólio em janeiro de 2021.
Cerca de 25% dos réus do motim na sede do legislativo dos EUA foram processados sob essa lei. Mas, de acordo com o procurador-geral Merrick Garland, todos eles enfrentaram acusações adicionais.
“A grande maioria dos mais de 1,4 mil réus acusados por suas ações ilegais em 6 de janeiro não será afetada por essa decisão”, disse Garland em um comunicado emitido após a decisão, no qual também expressou sua decepção com o veredicto.
O caso foi levado à Suprema Corte por Joseph Fischer, um ex-policial da Pensilvânia que participou do comício de Trump em Washington em 6 de janeiro de 2021 e depois entrou brevemente no Capitólio.
Ele foi visto discutindo com policiais em um vídeo antes de sair do prédio.
Os tribunais inferiores agora decidirão se a acusação de obstrução contra ele pode continuar.
No entanto, Fischer também enfrenta julgamento por várias outras acusações, incluindo desordem civil, conduta desordeira e agressão, resistência ou impedimento a um policial.
Mais de 1,4 mil pessoas foram acusadas de crimes relacionados ao motim de janeiro de 2021.
De acordo com dados do Departamento de Justiça, mais de 500 réus foram acusados de agredir, resistir ou impedir policiais, incluindo mais de 130 que foram acusados de usar uma arma perigosa ou causar lesões corporais graves a um policial.
E mais de 1,3 mil pessoas foram acusadas de entrar ou permanecer em um edifício ou terreno federal restrito. Mais de 100 dessas pessoas foram acusadas de entrar em uma área restrita com uma arma perigosa ou mortal.
Com reportagem adicional de Kayla Epstein.
BBC
Anistia, regulação das redes, ativismo judicial: os recados de Barroso, Moraes e Dino ao Congresso
Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandaram uma série de recados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Congresso Nacional em declarações no Fórum Jurídico de Lisboa, evento realizado na capital de Portugal. Entre os pontos abordados pelos ministros estão desde a possibilidade de anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro a regulação das redes sociais e das big techs.
Batizado de “Gilmarpalooza” por ser organizado pelo instituto de ensino superior de Gilmar Mendes, o fórum reúne representantes dos Três Poderes do Brasil, empresários do País e figuras notáveis lusitanas em painéis variados para discutir temas pertinentes ao Direito entre os dois países. Os ministros participam como convidados.
Em um recado ao Congresso, Moraes indicou, nesta sexta-feira, 28, que o Poder Judiciário dará a última palavra caso prospere a proposta de anistia aos presos e envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro do ano passado.
“Quem admite anistia ou não é a Constituição Federal, e quem interpreta a Constituição é o Supremo Tribunal Federal”, disse Moraes.
A anistia é defendida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tem sido citada nos bastidores do Congresso como moeda de troca pelo apoio do campo bolsonarista nas eleições pelas Presidências da Câmara e do Senado, em 2025.
“O Supremo Tribunal Federal é uma instituição centenária. Obviamente que quando a democracia é mais atacada e a Constituição é mais atacada o Supremo Tribunal Federal tem a missão de defendê-la e assim o fez”, disse Moraes em alusão às eleições de 2022.
Moraes volta a defender regulação de big techs
Moraes ainda reforçou a necessidade de regular a atuação das big techs donas das redes sociais, sob o argumento de que outros países não permitem a existência de setores sem regulação. “É um absurdo que as big techs queiram continuar sendo uma terra sem lei, sendo instrumentalizadas contra a democracia”, afirmou.
“Não existe mais nenhuma dúvida de que as redes sociais, as big techs, precisam ser regulamentadas e responsabilizadas. Não há dúvida disso”, completou.
Descriminalização do porte de maconha
Outro assunto que veio à tona entre os ministros foi a decisão do STF pela descriminalização do porte de maconha. O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, afirmou na quinta-feira, 27, que a Corte cumpriu o seu papel ao decidir pela descriminalização e que o presidente Lula tem “liberdade de expressão” para discordar da decisão.
Lula afirmou na quarta, 26, que o STF não tem que se “meter em tudo” e que decisões como a desta semana sobre maconha geram “rivalidade” com outros poderes. Ainda de acordo com Lula, o STF não pode “pegar qualquer coisa” para julgar.
“Não sou censor do que fala o presidente e menos ainda fiscal do salão. O que posso dizer é que o Supremo julga as ações que chegam ao plenário, inclusive os habeas corpus e recursos extraordinários de pessoas que são presas com pequenas quantidades de drogas”, rebateu Barroso ao ser questionado sobre as declarações de Lula.
Dino rebate Lula
O ministro Flávio Dino também respondeu às críticas feitas pelo presidente à decisão da Corte. O magistrado argumentou que o tribunal é instado a decidir sobre temas polêmicos por causa da “conflagração” social.
Dino argumentou nesta sexta que temas em conflito na sociedade brasileira têm desaguado no Poder Judiciário, o que obriga os magistrados a agir.
“Quando as situações conflituosas caminham por aquela praça (dos Três Poderes) e não encontram outra porta, acham o prédio do Supremo mais bonito, a rampa é menor, e lá elas entram. Lá chegando, nós (ministros) não podemos jogar os problemas no mar ou no Lago Paranoá, e nós não podemos prevaricar”, afirmou Dino.
“É por isso que o Supremo Tribunal Federal ‘se mete em muita coisa’. Nós somos metidos em muita coisa justamente em face dessa conflagração que marca a sociedade brasileira”, completou o ministro.
A posição do ministro se alinha a de outros integrantes da Corte. Dias Toffoli afirmou na última quinta-feira, 27, que “se tudo vai parar no Judiciário, é falência dos outros órgãos decisórios”.
Estadão
Democratas se esforçam para limitar danos após desempenho vacilante de Biden em debate contra Trump
Os aliados do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se esforçavam nesta sexta-feira para conter as consequências de seu desempenho vacilante no primeiro debate presidencial de 2024, depois que ele teve dificuldades para rebater uma série de ataques e falsas alegações de seu rival republicano Donald Trump.
A campanha de Biden esperava que um desempenho forte dissipasse as preocupações entre os eleitores de que o democrata de 81 anos é velho demais para cumprir um segundo mandato de quatro anos.
Em vez disso, um Biden que soava rouco se atrapalhou com suas palavras em alguns momentos, especialmente nos estágios iniciais do debate.
Um doador de Biden, que pediu anonimato para falar livremente sobre o presidente, classificou seu desempenho como “desqualificante” e previu que alguns democratas voltarão a pedir que Biden se afaste em favor de outro candidato antes da convenção nacional do partido em agosto.
Democratas em pânico trocaram mensagens perguntando se Biden consideraria a possibilidade de desistir.
Um estrategista do Partido Democrata disse que seria algo sem precedentes que um candidato se retirasse da disputa tão tarde no ciclo eleitoral, mas que haverá pedidos para que Biden faça exatamente isso.
Entrevistas com eleitores indecisos confirmaram que foi uma noite ruim para Biden. Eles descreveram sua apresentação como fraca, embaraçosa e difícil de assistir.
Duas autoridades da Casa Branca disseram, no meio do debate, que Biden estava resfriado, mas isso apenas refletiu ainda mais a ansiedade de seus assessores com relação ao desempenho.
A vice-presidente Kamala Harris admitiu que Biden teve um “início lento”, mas argumentou que seu histórico de três anos e meio como presidente superava um evento de 90 minutos.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom – que poderia ser uma das principais alternativas democratas se Biden se afastasse – descartou a noção de que Biden poderia ser substituído.
O debate na sede da CNN em Atlanta ocorreu muito antes na campanha do que qualquer debate presidencial moderno, com mais de quatro meses – uma eternidade na política dos EUA – antes da eleição de 5 de novembro.
Isso pode atenuar os danos causados a Biden, à medida que a memória de seu desempenho se desvanece e as notícias geram novas manchetes.
Com as pesquisas de opinião mostrando que a disputa estava empatada antes do debate, até mesmo uma pequena mudança poderia alterar a trajetória da campanha.
Em um restaurante Waffle House em Atlanta, nas primeiras horas desta sexta-feira, Biden parou para comer no caminho de volta à campanha e disse aos repórteres: “Acho que nos saímos bem.”
Perguntado se tinha alguma preocupação com seu desempenho, ele declarou: “Não. É difícil debater com um mentiroso.”
O segundo e último debate da campanha deste ano está programado para setembro.
Reuters
Chrisóstomo: “Lula não pode continuar dirigindo o Brasil como um bêbado irresponsável”
Nas redes sociais, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) não maneirou nas críticas ao presidente Lula (PT) e informou que assinou o novo pedido de Impeachment protocolado na Câmara dos Deputados contra o chefe do executivo nacional.
“Lula não pode continuar dirigindo o Brasil como um bêbado irresponsável. É preciso pará-lo. Por isso, com mais outros parlamentares de direita, assinei pedido de impeachment de Lula. Os crimes fiscais não podem continuar neste país. Pedalada fiscal é crime!”, disparou o líder de extrema-direita de Rondônia numa publicação realizada hoje (28) via Instagram.
Até o momento, mais de 50 deputados assinaram o pedido. Os signatários acreditam que Lula praticou as pedaladas fiscais por conta da alteração dos dados do INSS para reduzir em quase R$ 12 bilhões de reais as projeções de despesas com a Previdência Social em 2024.
“No caso em tela há até uma confissão do crime, consistente em uma nota técnica editada pela Coordenação de Orçamento e Finanças do INSS, responsável pelas projeções de gastos do órgão, que teve sua projeção inclusive alterada às pressas, em virtude da exigência legal de publicação do Relatório Bimestral de Avaliação das Receitas e Despesas Primárias”, justificou Ubiratan Sanderson (PL-RS) autor principal do pedido.
Num passado nada distante, a prática das pedaladas fiscais provocou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), no segundo mandato, em 2016. Foi o primeiro caso no Brasil que um presidente foi impedido de prosseguir com o mandato por causa da prática considerada criminosa.
Causa de queda de helicóptero em Goiás será investigada pelo Cenipa
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) vai apurar a causa da queda de um helicóptero que deixou três pessoas feridas, ontem, em Água Fria de Goiás, cidade a cerca de 104km de Brasília. As vítimas são o piloto Ayrton Vargas, 66 anos; Ricardo Emediato, 38, sócio-fundador do Grupo R2; e Lucas Batista Bezerra, 32, empresário do DJ Bhaskar, irmão do também artista da música eletrônica Alok. Todos foram trazidos para hospitais da capital federal. Emediato e Batista estão estáveis, segundo fontes médicas. O quadro de Vargas, porém, é mais delicado.
Os três decolaram de Brasília, pela manhã, com destino a Alto Paraíso (GO). Ao Correio, um amigo e colega de profissão do piloto, que preferiu não se identificar, contou que, além de conduzir aeronaves, Vargas trabalha com a venda de imóveis na região turística. O propósito da viagem, segundo essa fonte, seria mostrar terrenos a ambos que, supostamente, teriam intenção de adquirir propriedades na área que visitariam.
Informações da aeronáutica e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) indicaram que, aparentemente, a pouco menos de 20 minutos para o pouso no destino, o helicóptero caiu na Lagoa da Jacuba, próxima ao município de Água Fria de Goiás. O Correio esteve no local e, para acessar a área exata do acidente, foi preciso entrar em uma fazenda, próxima à lagoa. Reiler Cunha, gerente do local, contou que o acidente foi visto por um dos funcionários.
“Ele viu a queda. Um (dos passageiros saiu do helicóptero e) gritava por socorro na água. Com ajuda de outros colegas pegamos um barco e fomos ajudar os três”, contou, acrescentando que uma das vítimas conseguiu chegar, sem ajuda, até a beira da lagoa. Cunha contatou os bombeiros, que — como a equipe de reportagem do Correio — trafegaram por uma precária estrada de terra no meio da mata. Eles chegaram cerca de duas horas depois que o gerente e seus funcionários resgataram os tripulantes. “Tivemos a impressão de que eles estavam bem. O piloto apresentava escoriações no rosto”, disse Reiller. Entretanto, Vargas começou a mostrar sinais de piora e, por isso, foi levado pelos empregados da propriedade a Água Fria.
Socorro
A tenente Alessandra Nogueira Rego, do CBMGO, afirmou que o helicóptero era particular, mas não soube dar detalhes como, modelo, marca, prefixo e ano de fabricação da aeronave. A militar, que integrava equipe que auxiliou as vitimas. acrescentou que tiveram apoio de médicos enviados pelo hospital de Água Fria. “Chegamos ao local com os médicos e encontramos duas vítimas. Uma havia sido levada ao Hospital Municipal de Água Fria, antes da nossa chegada”, contou.
Segundo Alessandra, os tripulantes teriam relatado que, pouco antes da queda, o helicóptero começou a perder altura. E, logo que despencou na lagoa, a aeronave afundou rapidamente, mas dando tempo de eles saírem. “Um deles (dos acidentados) estava melhor e conseguiu nadar até à margem e os outros dois foram resgatados pelos fazendeiros. Como o piloto estava muito grave, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal fez o transporte aéreo dele ao Hospital de Base”, explicou a tenente. A unidade de saúde brasiliense também recebeu Emediato, que como Vargas e Batista — que foi para o hospital Santa Lúcia —, veio com os militares brasilienses para a capital federal.
Preocupação
O quadro do piloto, de acordo com os médicos, é mais grave. Ele está com suspeita de traumatismo craniano (TCE), teve um corte na região da cabeça e cerca de cinco fraturas no tórax. Por outro lado, o sócio do Grupo R2 encontra-se estável, assim como o empresário do DJ Bhaskar.
A empresa de Emediato emitiu uma nota oficial relatando o ocorrido e que ele se encontrava bem. “A R2 informa que está acompanhando o fato de perto e roga para o pronto e rápido restabelecimento de todos os envolvidos no acidente”, finalizou a mensagem.
Submersa na lagoa, a aeronave deve ser retirada nos próximos dias, segundo informações do Cenipa, que investigará o acidente. Helicópteros para cinco passageiros têm, em média, 4m de altura e 13m de cumprimento. A investigação que será realizada tem, entre outros propósitos, prevenir novos acidentes e levantar informações que permitam entender o que houve. As conclusões permitirão recomendações sobre a segurança.
Correio Braziliense