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Ex-CEO das Americanas alvo da PF é preso na Espanha

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O ex-CEO da Americanas Miguel Gutierrez foi preso nesta sexta-feira (28/6) em Madri, Espanha, segundo informações da coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Gutierrez foi alvo de mandado de prisão preventiva na última quinta-feira (27) com a deflagração da Operação Disclosure, da Polícia Federal. Ele estava com o nome incluído na lista vermelha de procurados pela Interpol após o mandado não ser cumprido, uma vez que o ex-CEO estava fora do país.

A investigação da PF, que conta com a colaboração da atual diretoria da empresa, revelou a prática de crimes como manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo a Polícia Federal, os ex-diretores praticaram fraudes contábeis relacionadas a operações de risco sacado, que consiste em uma operação na qual a varejista consegue antecipar o pagamento a fornecedores por meio de empréstimo junto aos bancos.

Além disso, também foram identificadas fraudes envolvendo contratos de verba de propaganda cooperada (VPC), que consistem em incentivos comerciais que geralmente são utilizados no setor, mas no presente caso eram contabilizadas VPCs que nunca existiram.

Correio Braziliense

Lula aponta para os ‘cretinos’ da mídia conservadora

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Na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o chamado ‘Conselhão’, na manhã desta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar os “cretinos” da mídia conservadora, no campo da direita e da ultradireita, que, após a entrevista da quarta-feira ao portal de notícias UOL, de propriedade do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, atribuíram a alta do dólar ao seu discurso. O presidente falou em verificar a real necessidade de cortar gastos públicos.

— Quando eu terminei a entrevista, a manchete de alguns comentaristas era de que o dólar subiu pela entrevista do Lula. Os cretinos não perceberam que o dólar tinha subido 15 minutos antes de eu dar a entrevista. 15 minutos antes. Então esse mundo perverso, das pessoas colocarem para fora o que querem, sem medir a responsabilidade do que vai acontecer, é muito ruim — reclamou.

Lula disse também que “vai quebrar a cara” quem apostar no fortalecimento do dólar e no enfraquecimento do real.

— Quem estiver apostando em derivativos vai perder dinheiro nesse país. As pessoas não podem ficar apostando no fortalecimento do dólar e no enfraquecimento do real. Eu já disse em 2008. Quem não lembra a quantidade de empresa que quebrou? As pessoas acharam que era importante ganhar dinheiro apostando no fortalecimento do dólar e no enfraquecimento do real e quebraram a cara. E vão quebrar outra vez. Vão quebrar porque eu não voltei a ser presidente para dar errado. Eu só voltei porque eu tenho consciência de que vai dar certo esse país — avisou.

Desoneração

Aos conselheiros, Lula falou também sobre a desoneração da folha de 17 setores da economia e sobre a necessidade de, segundo ele, “empresários e Senado” apresentarem uma proposta de compensação.

O presidente deixou claro, mais uma vez, que não cabe ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), encontrar a solução, uma vez que a posição do governo foi de pôr fim à desoneração, medida derrubada pelo Congresso.

— Eu não sou contra a desoneração. Na crise de 2008, os empresários mais velhos se lembram, eu fiz R$ 47 bilhões de desoneração. Qual era a diferença da minha desoneração e da de hoje? É que sentavam numa mesa os empresários, o ministro da Economia e os trabalhadores, e eu queria saber qual era a contrapartida para os trabalhadores. Se eu vou dar desoneração, vou aumentar a capacidade de você ter mais dinheiro, transforma isso na estabilidade pelo menos dos trabalhadores. Mas fazer por fazer? — questionou.

Indústria

Lula também lembrou o alto volume de críticas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

— E veja que engraçado: eu vetei, foi derrubado meu veto, nós entramos na Suprema Corte. A Suprema Corte deu um prazo para que empresários, governo e Senado encontrassem uma alternativa. O Haddad pensou em uma alternativa. O Haddad tomou tanta porrada… Nunca pensei que esse moço bondoso seria tão achincalhado. E foi. Foi porque fez uma coisa que não era dele. Então eu falei: não fica nervoso não, Haddad. A necessidade de apresentar a compensação é dos empresários e do Senado. Se não apresentar, fica mantido o veto. Por que ficar nervoso com isso? — voltou a questionar.

O presidente também abordou a necessidade de fortalecer a indústria, citando como exemplo as siderúrgicas, que sofrem com a competição externa e já procuraram o governo, segundo Lula, buscando uma taxação maior para os produtos chineses.

Correio do Brasil

Uruguai de Bielsa e Darwin encanta com maior goleada na Copa América em 65 anos

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O Uruguai ainda não está nas quartas de final da Copa América por mera formalidade. Diante da Bolívia, os comandados de Marcelo Bielsa deram um show como há muito não se via. Mais especificamente desde 1959.

A Celeste Olímpica atropelou os bolivianos, pelo placar de 5 a 0, distribuídos entre Pellistri, Darwin, Maxi Araújo, Valverde e Bentancour.  Vítima desta quinta-feira, a Bolívia também sofreu a maior goleada da história dos uruguaios na competição, um 9 a 0 em 1927.

Esse é o maior triunfo do Uruguai em uma Copa América desde o triunfo de mesmo placar, sobre a Argentina, há praticamente 65 anos. Em dezembro de 1959, Silveira e Bergara foram os destaques com dois gols cada em campanha que culminou no 10º título uruguaio na história da competição.

Aquela edição foi peculiar, já que foi solicitada uma disputa extraordinária com a realização de duas copas no mesmo ano. O motivo foi a celebração pela inauguração do Estádio Modelo de Guayaquil. Ao todo cinco seleções participaram, com Equador, Brasil e Paraguai completando os participantes.

A evolução de Darwin

O centroavante do Liverpool é muitas vezes criticado na Inglaterra pela pontaria não tão afiada. O desempenho na seleção, no entanto, pode significar bons ventos para o futuro de Darwin Nuñez dos Reds.

Em grande momento, Darwin chegou a sete jogos consecutivos em que balançou as redes. Essa história começou em outubro do ano passado, com tento diante da Colômbia e, ao todo, já são dez gols marcados nesse período em que também deixou sua marca contra Brasil e Argentina.

Foram precisos pouco mais de uma dezena de jogos para Marcelo Bielsa fazer uma nação sonhar (e acreditar) novamente com um belo futebol.

O treinador argentino soma 14 partidas à frente da Celeste, com nove vitórias, dois empates e duas derrotas. El Loco transformou uma seleção que se acostumou a ser reativa, na Era Óscar Tábarez, em uma equipe agressiva em busca gol. O Uruguai sonha novamente e o título da Copa América está no horizonte. Ele é azul e resta saber se será celeste.

ogol.com.br

Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

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O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00). O arcabouço fiscal faz água e as previsões para cima (déficit futuro) crescem, por enquanto com a promessa de que o superávit pretendido apenas ficará menor. Roberto Campos ironizava, no passado, que as promessas dos detentores do Poder comprometiam apenas as pessoas que as ouviam. No caso, os economistas do mercado, pois são realistas, sabem que dificilmente as promessas do governo Lula sobre o arcabouço serão mantidas colocando em xeque as finanças do Governo Federal.

O certo é que o governo não tem merecido a confiança do empresariado brasileiro, circulando nos jornais no início do mês uma nota de repúdio das 5 mais fortes confederações de empresários (agricultura, comércio e serviços, indústria, cooperativa e transporte) à negativa de créditos legítimos que as empresas tem de PIS/Cofins para compensar a desoneração da folha de serviços negociada com o Legislativo e desrespeitada com a Medida Provisória nº 1.202/2023, que o Congresso Nacional devolveu ao Governo.

Desde o dia 12/06/2024, o dólar oscila em 5,40 a 5,42 reais e a Bolsa caiu quase 2 pontos percentuais. Pesou neste cenário a fala do presidente que prometeu aumento de tributação e queda de juros, o que afetaria o único instrumento atual de combate à inflação, que é a política monetária.

Neste quadro, resolveu o Governo, com a catástrofe climática do Rio Grande do Sul importar arroz. A Confederação Nacional da Agricultura, todavia, mostrou a desnecessidade da importação, pois mais de 4/5 da safra do Rio Grande do Sul já tinha sido colhida e o risco de desabastecimento é rigorosamente nenhum.

Transcrevo trecho do livro que escrevi com Samuel Hanan, que demonstra a importância do agronegócio para o Brasil e a equivocada visão governamental:

Agrobusiness Brasileiro (2023)

A. 26 a 30% do PIB Brasil (+US$600 bilhões) (US$2.130 Bilhões);

B. 49 a 50% das exportações brasileiras (US$166,55 bilhões);

C. 150% do saldo da balança comercial (US$150 bilhões) – saldo Brasil: US$ 98,84 bilhões;

D. 30% dos empregos formais;

E. 40% da produção mundial de soja (complexo);

F. 50% da produção mundial de açúcar;

G. 30% da produção mundial de café;

H. 80% da produção mundial de suco de laranja;

1. 25% da produção mundial de carne bovina;

J. 30% da produção mundial de carne de frango.

BRASIL-POTÊNCIA MUNDIAL DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS (BRASIL: 2,6% DA POPULAÇÃO MUNDIAL)

(Brasil – Que país é esse? – Editora Valer, pg. 41)

Ora, no momento em que o Governo resolve comprar no exterior arroz que temos, à evidência prejudica empregos e empresas brasileiras que poderiam fornecer o produto.

A reação do setor do agronegócio tem sido, pois, coerente e imediata. Explicam, à exaustão, a desnecessidade da importação, mostrando que o governo gastaria dinheiro que não tem, levando em consideração sua dívida e, por outro lado, prejudicaria empregos de produtores e comerciantes de arroz que tradicionalmente atuam no país.

O governo, todavia, fez o primeiro leilão e empresas sem nenhuma tradição no mercado e sem força econômica suficiente ganharam, o que o obrigou a cancelá-lo, sobre pairar ainda a suspeita de ilicitude no pregão.

A grande questão que se coloca é a seguinte. Se não temos dinheiro para gastar num arcabouço fiscal cada vez mais inconfiável, se o governo não precisaria importar porque tem arroz suficiente para o Brasil, se nossa dívida chegou a mais de um trilhão de reais, por que importar arroz, vale dizer, queimar divisas para comprá-lo no exterior?

Não gostaria de lembrar Shakespeare, embora pertença à Academia William Shakespeare, mas que há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal, não há dúvida de que há.

Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho ( Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

NewsRondonia

CNJ revoga afastamento de desembargadores da Lava Jato

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu revogar o afastamento dos desembargadores federais Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Os dois atuaram em casos da operação Lava Jato e estavam afastados das funções desde abril. A decisão do CNJ foi tomada em questão de ordem levantada pelo conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello. A análise é feita em sessão virtual que termina nesta sexta-feira (28). Ele é o relator do processo administrativo disciplinar (PAD) aberto contra os dois magistrados. A decisão reverte o afastamento que havia sido determinado em 15 de abril pelo corregedor-nacional de Justiça Luis Felipe Salomão, e confirmado por maioria do CNJ no dia seguinte.

Conforme apurou a CNN, a medida foi costurada pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF). Barroso se opôs duramente a Salomão quanto ao afastamento e à abertura dos processos administrativos disciplinares contra os magistrados da Lava Jato. O PAD contra os desembargadores foi aberto pelo CNJ em junho, por maioria de votos.

O procedimento visa apurar a conduta dos magistrados que atuaram em processos da Operação Lava Jato. Além de Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, também são alvos dos processos os juízes Danilo Pereira e Gabriela Hardt (atual e ex-titular da vara da Operação Lava Jato, em Curitiba, respectivamente). O afastamento dos dois juízes foi revogado ainda em abril.

Moraes diz que ministros podem barrar anistia do 8 de Janeiro: ‘STF que interpreta a Constituição’

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 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), indicou nesta sexta-feira, 28, que o Poder Judiciário dará a última palavra caso prospere no Congresso a proposta de anistia aos presos e envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro do ano passado.

“Quem admite anistia ou não é a Constituição Federal e quem interpreta a Constituição é o Supremo Tribunal Federal”, disse Moraes durante o Fórum de Lisboa, evento promovido por instituição de ensino superior do ministro Gilmar Mendes.

A anistia é defendida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tem sido citada nos bastidores do Congresso como moeda de troca pelo apoio do campo bolsonarista nas eleições pelas Presidências da Câmara e do Senado, em 2025.

“O Supremo Tribunal Federal é uma instituição centenária. Obviamente que quando a democracia é mais atacada e a Constituição é mais atacada o Supremo Tribunal Federal tem a missão de defendê-la e assim o fez”, disse Moraes em alusão às eleições de 2022.

Moraes volta a defender regulação de big techs

Moraes ainda reforçou a necessidade de regular a atuação das big techs donas das redes sociais, sob o argumento de que outros País não permitem a existência de setores sem regulação. “É um absurdo que as big techs queiram continuar sendo uma terra sem lei, sendo instrumentalizadas contra a democracia”, afirmou.

“Não existe mais nenhuma dúvida que as redes sociais, as big techs, precisam ser regulamentadas e responsabilizadas. Não há dúvida disso”, completou.

Estadão

Diretor-geral da PF vai a ‘Gilmarpalooza’ bancado por alvo de inquérito suspenso por Gilmar

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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, viajou para o Fórum Jurídico de Lisboa a convite da Fundação Getulio Vargas, que em 2022 foi alvo de operação da própria PF sob suspeita de uso de estudos e pareceres para fraudar licitações e corromper agentes públicos. No dia seguinte a essa operação, que resultou em busca e apreensão nas sedes da instituição em São Paulo e no Rio de Janeiro, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes determinou a suspensão da investigação e revogou as medidas cautelares impostas.

O Fórum de Lisboa é organizado pelo IDP, instituição de ensino fundada por Gilmar Mendes, pela FGV e pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

A assessoria da PF informou que Andrei viajou a convite da FGV e que a organização do evento foi responsável por custear passagens e hospedagem. Além disso, Andrei foi acompanhado por seguranças e recebeu diárias do governo federal.

A PF não se manifestou, porém, sobre pergunta específica relacionada ao fato de uma fundação que já foi alvo de investigação ter bancado parte dos custos da viagem do diretor-geral. A FGV também não quis se manifestar sobre o assunto.

Em contato anterior, a assessoria do IDP disse que os organizadores do evento não estavam custeando despesas de convidados. Procurada novamente nesta quinta-feira (27), devido à divergência de informações em comparação com a manifestação da PF, o IDP não respondeu.

A afirmação do instituto de que a organização não está custeando passagens, hospedagens ou outros gastos de convidados colide também com o que dizem ao menos outros dois participantes.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, disse que os custos de sua ida ao fórum também são arcados pela FGV. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou por meio de sua assessoria que a viagem foi paga pelo IDP, com o Senado ficando responsável pelas diárias.

O Fórum de Lisboa, que chega neste ano à sua 12ª edição, tem se consolidado no calendário político de autoridades brasileiras, mas carrega também como marcas a falta de transparência e potenciais situações de conflito de interesse.

Ano após ano tanto o IDP quanto a FGV se recusam a detalhar financiadores do evento e os custos da organização. A falta de transparência também se estende a algumas das autoridades participantes.

A reportagem procurou os gabinetes dos seis ministros do STF que constam na programação do evento —Gilmar, Barroso, Dias Toffoli, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes—, mas, à exceção de Barroso, nenhum deles informou quem está bancando a viagem.

O STF disse que não há desembolso da corte para essas viagens.

Os seis ministros do tribunal se deslocaram a Lisboa em meio ao debate sobre os gastos em eventos aos quais comparecem juízes das cortes superiores, além de eventuais conflitos de interesse.

Respondendo em nome de todos eles, a assessoria do STF disse, sobre esse último ponto, que participação de ministros nesse tipo de evento não pode ser considerada favor feito pelos organizadores.

“Ministros do Supremo conversam com advogados, com indígenas, com empresários rurais, com estudantes, com sindicatos, com confederações patronais, entre muitos outros segmentos da sociedade. E muitos participam de eventos organizados por entidades representativas desses setores, inclusive por órgãos de imprensa”, disse o STF, em nota.

“Quando um ministro aceita o convite para falar em um evento, e a maioria dos ministros também tem uma intensa atividade acadêmica, ele compartilha conhecimento com o público do evento. Por isso, a questão não está posta da maneira correta, não se pode considerar a participação do ministro no evento como um favor feito a ele pelo organizador. Por essa razão, não há conflito de interesses.”

Como mostrou a Folha de S.Paulo, ao menos 160 autoridades da Justiça, dos governos estaduais, da gestão Lula (PT) e de outros órgãos públicos receberam aval para participar do fórum.

Dados de portais da transparência apontam gastos já realizados pelos órgãos públicos de ao menos R$ 450 mil para levar 30 dessas autoridades a Portugal. O valor ainda deve aumentar, pois há pagamentos que são confirmados após o fim da viagem.

Em 2023, o gasto público com diárias e passagens relacionadas ao fórum alcançou ao menos R$ 1 milhão.

Folha de São Paulo

Brasil soma 92 leões, com DM9 líder e Grand Prix para Almap e Gut no Cannes Lions

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Passado o frenesi da semana dedicada ao Festival de Cannes é possível filtrar e refletir sobre o que de melhor o evento traz para o ecossistema publicitário. Em um panorama mais holístico, além do ‘palco’, nossa diretora executiva, Regina Augusto, que acompanhou a 71ª edição do Cannes Lions, selecionou seis pontos-chave com base em suas impressões gerais sobre tendências apontadas pelo maior evento global de criatividade. Confira:

Nenhum grande blockbuster

Como muita gente costuma comparar o Cannes Lions ao Oscar, diferentemente da maior premiação do cinema mundial, que esse ano teve sua melhor safra em muitos anos, o Cannes de Criatividade não foi palco de nenhum case que tirasse o fôlego dos 12 mil participantes do evento.

(Re)valorização do humor

Depois da pandemia, duas guerras concomitantes e emergência climática, a publicidade resgatou uma das fórmulas mais eficientes para captar a atenção do público: o humor. E o próprio Festival deu um empurrãozinho para isso ao incluir o humor como subcategoria em 13 áreas de inscrições.

É sobre negócios

Do Grand Prix de Titanium para a ação “Doordash-all-the-ads”, criada pela Wieden+Kennedy, de Portland, que promoveu uma verdadeira corrida entre o público que acompanhou o Super Bowl neste ano para consumir produtos, ao Grand Prix de Mídia “Tá na Mão”, conquistado pela GUT para o Mercado Livre em uma estratégia para a Black Friday 2023, que contou com participação da Globo, ações comerciais embaladas de criatividade resgataram a essência da publicidade: gerar negócios.

Esse mesmo case da GUT, que também foi condecorado com Leões em diversas outras categorias, e o bom desempenho do Brasil no Mídia Lions, demonstra a força do modelo brasileiro de publicidade que une criação e mídia na mesma estrutura. Em um mundo onde criatividade e dados se cruzam, esse diferencial da indústria brasileira sagra-se como um grande trunfo.

Causas sociais em baixa? 

Muita gente comentou ao longo da semana passada que o movimento anti-woke e um certo cansaço das marcas por campanhas de impacto social poderiam explicar a percepção de que campanhas desse tipo, que marcaram as duas últimas edições, ficaram em segundo plano. Pelas razões expostas acima, essas campanhas acabaram ficando mais difusas no meio do Festival.  Nessa linha, destaque para o Grand Prix de Entertainment com o documentário “We Are Ayenda”, da Creative X Palo Alto e Modern Arts Los Angeles para WhatsApp que conta a história da Equipe Nacional de Futebol Feminino do Afeganistão e sua heroíca fuga do país após a ascensão do Talibã ao poder em 2021.

Publicitários brasileiros – cidadãos do mundo

Para muito além dos 92 Leões conquistados pelo Brasil nesta edição, a participação e a presença de profissionais brasileiros nas fichas técnicas de muitas campanhas que ganharam Leões e Grand Prix no Cannes Lions é extensa. Nos corredores do Palais, ouvi dizer que esse percentual chegou a cerca de 40% das peças premiadas em 2023. Não sei qual é a fonte dessa estatística, mas se tem algo que o Brasil passou a ser exportador de primeira linha é de talento criativo.

Para ter acesso a mais detalhes sobre as premiações de campanhas brasileiras, clique aqui.

 

Tripulação de astronautas está presa no espaço após falha mecânica e o tempo deles está diminuindo

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A missão Starliner da Boeing em parceria com a NASA cujo objetivo é levar alguns astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS). No entanto, a missão que deveria retornar em 13 de junho, porém uma falha no sistema de hélio e deve voltar somente em 2 de julho.

Durante o voo que partiu da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, em 5 de junho, foram descobertos cinco vazamentos de hélio no sistema de propulsor da espaçonave.

Atualmente, a Starliner está acoplada na ISS. Contudo, o combustível é limitado e o módulo de vôo da Boeing só poderá ficar ancorado por mais 45 dias, porque após esse tempo, a oportunidade de um voo seguro diminui.

A NASA afirma que não existe pressão para que a Starliner deixe a ISS, porque existem muitos suprimentos em órbita, e a agenda da estação está aberta até agosto, o que não gera tanta pressão para que a missão retorne para Terra às pressas.Problemas recorrentes

Este não é o primeiro problema que a Starliner passa. No primeiro voo de teste, foi registrado uma falha de software que colocou o módulo em órbita errada. Na segunda tentativa, problemas na válvula de combustível, além disso, problemas nos paraquedas foram corrigidos.

IGN Brasil

STF invalida exigência de autorização do TJ para medidas cautelares contra autoridades de Goiás

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Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) invalidou norma da Constituição do Estado de Goiás que exigia autorização colegiada do Tribunal de Justiça local (TJGO) para medidas cautelares em inquéritos e ações penais contra autoridades. A decisão se deu na sessão virtual encerrada em 21 de junho passado, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7496, ajuizada pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol).

A regra, inserida na Constituição estadual pela Emenda 77/2023, passou a exigir decisão do Órgão Especial do TJGO, por maioria absoluta, para apreciar pedidos cautelares (prisão preventiva, busca e apreensão e bloqueio de bens, entre outros) no curso de procedimentos criminais contra autoridades que têm foro especial na corte local, como deputados estaduais e prefeitos.

Em seu voto pela procedência do pedido, o relator, ministro Dias Toffoli, afirmou que a competência para legislar sobre o tema é da União, e, portanto, a Constituição estadual não poderia regular o foro por prerrogativa de função diversamente dos limites estabelecidos no modelo federal.

Ainda segundo ele, a exigência de deliberação prévia de órgão colegiado do TJ-GO viola o entendimento do STF de que o relator pode apreciar monocraticamente as medidas cautelares penais requeridas na investigação ou na instrução processual. Além disso, a regra viola o princípio da isonomia, pois dá às autoridades de Goiás uma garantia diferenciada e mais ampla que a assegurada aos demais detentores da prerrogativa, sem um fundamento idôneo que a justifique. Para Toffoli, a norma vai de encontro à jurisprudência constitucional e ignora toda uma linha histórica de precedentes sobre a matéria.

A decisão da Corte estabelece que a norma da Constituição de Goiás deve ser interpretada de forma a permitir que desembargadores apreciem individualmente as medidas cautelares penais requeridas durante a fase de investigação ou no decorrer da instrução processual nos casos de urgência. A mesma interpretação deve prevalecer quando for necessário sigilo para assegurar a efetivação da diligência pretendida. Por fim, o ministro explicou que fica ressalvada a obrigatoriedade de referendo pelo órgão colegiado competente em momento oportuno, especialmente quando resultar em prisão cautelar, mas sempre sem comprometer ou frustrar sua execução da medida.

ADI 7496